segunda-feira, 30 de abril de 2012

Profissão Repórter - - Deficientes Físicos, Parte 2 - HDTV (720P)

Os repórteres Felipe Gutierrez e Raphael Prado vão à maior festa de surdos do país, que acontece uma vez por ano em São Paulo. Eles mostram os jovens se divertindo com a vibração da música e paquerando com uma linguagem que todo mundo vê.

Eliane Scardovelli e Theo Ruprecht pegam a estrada com a Tribo de Jah, a banda de cegos que ganhou fama cantando reggae. Os músicos se conheceram em uma escola especial e decidiram formar a banda.

A repórter Mariane Salerno acompanha o difícil recomeço de quem passa a viver em uma cadeira de rodas. Martins passava em frente a um bar quando viu uma briga e tentou avisar a polícia. Ele levou um tiro e ficou paraplégico. .

domingo, 29 de abril de 2012

Danilo Gentili entrevista Boris Casoy

O âncora do Jornal da Noite é o convidado de hoje do Agora é Tarde. Boris Casoy falou sobre o início na carreira de jornalista e também mostrou suas habilidade no pebolim.

Boris Casoy é um dos grandes jornalistas brasileiros. Sua poliomielite é somente um detalhe.




Boris Casoy A deficiência deixa marcas profundas. Um dos âncoras de telejornalismo de maior credibilidade da televisão brasileira, Boris Casoy 59 anos, autor do célebre bordão isto é uma vergonha, teve poliomielite ao completar um ano de vida

A doença deixou seqüelas físicas, mas a marca maior foi a psicológica, gerada pela discriminacão na infância. Ao Jornal da AME, fala com exclusividade sobre como aprendeu a lidar com a deficiência. Confira:

AME – Fale-nos sobre sua deficiência.

Boris Casoy – Eu tive poliomielite com um ano de idade, logo após meu aniversário. É uma história peculiar, porque eu tenho uma irmã gêmea e nós dois pegamos a doença juntos. Isso foi em 1942, e, na época não havia nenhum tipo de vacina. Minha irmã foi acometida de uma febre muito leve e minha mãe não separou os dois nenês. Minha irmã ficou paralisada e cinco dias depois eu fui acometido pela doença. Ambos 

ficamos com seqüelas.

AME – Como foi sua infância?

Boris – Minha infância foi difícil. Eu praticamente não andava. Minha perna direita não se sustentava: usava um aparelho que servia de estrutura. Praticamente, tinha apenas a perna esquerda. Era vítima da incompreensão das demais crianças, recebia apelidos como mula-manca e era colocado para fora nas brincadeiras, pois não podia correr. Eu era o que chamavam de café com leite: não valia. No pegador, as crianças às vezes se deixavam ser pegas; percebia que havia tarefas facilitadas para mim, tanto pela professora, como pelos colegas. Em 1945, 46, Psicologia não era uma coisa tão difundida, não havia uma determinada orientação pedagógica para tratar com cuidado, de maneira igual, as pessoas com deficiência. A forma como me tratavam, realmente marcava. Havia também aquelas professoras que diziam: coitado desse menino. E quando me queixava para minha mãe, ela, sem poder fazer nada, chorava. E eu me sentia culpado por fazê-la chorar, deixá-la triste. Relutava em levar para ela determinadas queixas, que seriam desabafos das coisas que me aconteciam e que me chocavam. Eu percebia que era um incômodo, estorvo. Muitas vezes essas coisas ficaram caladas em meu pequeno peito infantil. Enfim, uma deficiência como a que tive sei que marca tremendamente. Provavelmente, deva ter marcas dessa deficiência até hoje. Isso foi até os 9 anos, quando minha mãe nos levou, a mim e a minha irmã, para os EUA para fazer uma cirurgia. Eu fiquei com uma perna mais fina do que a outra, mas voltei andando, mancando muito pouco, algo quase imperceptível.



AME – E a adolescência, como foi?

Boris – Após a cirurgia, aos nove anos de idade, começou, então, uma segunda etapa na minha vida, quando entrei na pré-adolescência. Foi uma espécie de ganhar o tempo perdido. Fiquei extremamente ansioso, rebelde, tive uma explosão de energia, vitalidade, vigor, como que tentando fazer tudo o que não tinha feito. Eu sentia que estava fazendo tudo o que não fazia, sentia o gosto das brincadeiras, queria curtir aquilo intensamente. Naquele momento, não gostava de mostrar minha perna, não gostava de me mostrar, as pessoas reparavam, olhavam, mas, fora isso, eu passei a me considerar normal, porque, embora mancando, passei a fazer tudo o que as demais pessoas faziam, inclusive jogar futebol. O problema, pelo menos aparentemente, estava superado. Mas sei que deixa marcas. Na medida em que ouço uma história, vejo o tema numa peça de teatro, ou em filme, ou, ainda, em campanhas de vacinação, tenho uma rememoração muito pesada

té o último ano, mas não cheguei a me formar, pois não fui buscar meu diploma. Acabei optando por atuar na área jornalística. Desde os 15 anos eu trabalho em rádio. Eu uni meu gosto por rádio ao gosto por esporte. Como não podia andar, era um grande ouvinte de rádio, admirava aquele milagre da transmissão da voz. Quando voltei dos EUA, em 1950, estava iniciando a TV Tupi e acabei me interessando muito. Trabalhei também em jornal, fui editor-chefe da Folha de São Paulo, por oito anos. Agora, estou vivendo há 12 anos uma experiência intensa com televisão.

AME – Tendo sentido na própria pele as. Uma doença dessas marca profundamente uma criança. Eu ainda tenho o consolo de ter me saído bem. Com 59 anos, me considero normal, mas essa doença marca muito psicologicamente.


AME – E você conseguiu superar essas marcas?

Boris – Eu não sei. Aparentemente sim, mas acho que são marcas indeléveis, não têm solução. Nunca consultei um terapeuta, um especialista. Inclusive, os tratamentos eram altamente traumatizantes, algumas vezes, imobilizantes. Engessavam as crianças, colocavam compressas muito quentes, minha mãe procurava fazer tudo que aparecia. Eram verdadeiras torturas e nos tiravam o tempo de convívio com outras crianças, tempo de brincadeira. Eu vejo um conjunto de coisas. Não são facilmente solucionáveis. Certamente minha alma está marcada, e estou contando aqui somente o que está em minha memória. Por isso quando vejo uma criança deficiente, meu meu sentimento é de solidariedade porque sei exatamente o que aquela criança sente, porque eu senti na própria carne.

AME – E seu lado profissional, como se desenvolveu?

Boris – Eu fiz curso de Direito, a dificuldades de um portador de deficiência, como você vê a relação da sociedade hoje com quem possui deficiência?

Boris – A visão que a sociedade tem hoje do deficiente

é muito melhor do que antes. Havia dois fatores antes: a exclusão aliada a um sentimento de pena. Ou havia piedade ou pena, ou eram as duas coisas. Eu acho que hoje existe basicamente na sociedade um sentido de, primeiro, integração e, depois, criação de oportunidades. Eu me lembro quando começaram a surgir as primeiras associações voltadas para o deficiente. Já era um menino crescido, tinha 11 ou 12 anos, e me lembro disso. Eram grandes novidades no Brasil. Veio a vacinação, a maneira de encarar a doença e os deficientes mudou muito, até porque o esporte tornou os deficientes charmosos. Hoje um menino que usa bengala, alguém que sofreu um acidente de moto, hoje posa como alguém que quebrou uma perna. Quem tem deficiência nos dentes, por exemplo, hoje, já não é incômodo, pois as crianças têm até prazer em usar aparelho para corrigir a dentição. Os aparelhos de correção são bonitos, tem um certo charme, pode parecer uma bobagem, mas esse conjunto de coisas alterou comportamentos. Hoje não vejo tanta piedade, vejo muito mais que as deficiências ganharam os meios de comunicação, há campanhas em todo o Brasil. Toda mobilização comunitária que foi acontecendo, toda cidadania que vai se aperfeiçoando tem propiciado uma visão diferente. Se bem que ainda ache que pouco se concretiza em São Paulo, em termos de calçada rebaixada, escadaria que possibilite um acesso mais fácil, mas isso vai se amalgamando, vai se tornando uma conquista. Um conceito que eu sempre procuro inocular nas pessoas é o deficiente não precisa de piedade, e sim de oportunidade. Há associações que conseguem fazer que deficientes alcancem o máximo de seu rendimento.

AME – Profissionalmente, em algum momento, houve alguma dificuldade em função de sua deficiência?

Boris – Não, profissionalmente, não. Claro, eu não escolhi ser atleta. Claro que tenho limitações físicas, posso ser um atleta amador, com relativa qualidade, mas profissionalmente não, não tive nenhuma dificuldade. Há várias pessoas portadoras de deficiência que trabalham comigo e também não acho que elas sofrem piedade nem exclusão. A gente até brinca com as deficiências. Não vejo nenhum tipo de discriminação nem essa coisa da piedade. Eu acho que a piedade é um sentimento discutível. A piedade acaba sendo um instrumento de rebaixamento de quem é alvo dessa piedade, de colocação num nível de incapacidade, de incompetência. A piedade é um instrumento de exclusão. Eu acho que isso está desaparecendo. Está se formando um conceito diferente. Profissionalmente eu nunca me senti tratado

diferente, discriminado.

AME – E qual é sua opinião sobre a pessoa portadora de deficiência no mercado de trabalho?

Boris – Existe uma legislação e acho que não tem sido cumprida, mas eu não vejo discriminação. Há pessoas com deficiência que são extremamente competentes. Talvez haja um certo preconceito em relação a determinadas deficiências, como a visual, por exemplo. Mas outros tipos de deficiências físicas, auditivas, por exemplo, as pessoas são tratadas normalmente. Acho que há também uma certa barreira em relação ao deficiente mental, pelas limitações, mas essas pessoas fazem muito bem suas tarefas, dentro de seus limites. As pessoas deficientes se vêm com um grande desafio pela frente e são extremamente competentes e dedicadas. Isso, porque o trabalho é prazeroso, como desafio e como exercício de vida.

Essas pessoas são entusiasmadas, aplicadas no trabalho, são altamente confiáveis, até porque são curtidas, peneiradas pelo sofrimento, embora muitas vezes não aparentem, pois têm um comportamento alegre. Quem admite deficientes em sua empresa, não está fazendo generosidade nenhuma, está fazendo muito bem para sua empresa, pois quando eles têm chance são bons profissionais.

AME – Você tornou conhecida a exclamação isto é uma vergonha. Na área da deficiência, o que você considera hoje uma vergonha?

Boris – Eu não queria rotular dessa forma. Não sou um estudioso da área, sou apenas um observador. Não tenho me aprofundado, talvez até por uma falha minha em verificar o que falta. Não tenho uma visão de que algo nessa área seja uma vergonha. Eu tenho uma visão otimista neste campo. Acho que as coisas têm melhorado, com todas as dificuldades. As pessoas têm se unido. Há 20 anos, eu não imaginava que haveria uma competição entre portadores de deficiência, como as Paraolimpíadas. Nunca! São coisas que provocam uma fileira de bons acontecimentos, vão conquistando cidadania.

AME – Qual é sua mensagem para os portadores de deficiência que ainda não alcançaram esse seu otimismo?

Boris – Eu sou um otimista. A melhor mensagem que eu posso transmitir é a de esperança, mas não aquela esperança chorosa, desesperançada. É uma esperança real e alegre. Uma esperança incentivadora para as pessoas não se tornarem passivas, continuarem procurando se superar. Nessa comunidade, eu não poderia esquecer uma participação extremamente importante das mães e pais do deficiente, que têm uma tarefa de enfrentar a situação de maneira heróica, esperançosa e alegre. Sempre nas campanhas de vacinações eu tenho contado sobre minha deficiência, sempre digo que pai e mãe que não levam o filho para vacinar são criminosos. Parece apavorante, mas é para apavorar mesmo. Pais que negligenciam e não levam os filhos para vacinar são criminosos, mesmo! Agora, quem foi atingido tem que procurar reagir da melhor maneira possível, não se deprimir, não se estressar, mas elevar o máximo possível seu entusiasmo. Os pais devem transformar seus filhos em seres humanos prestantes, com amor e incentivo.

AME – E sua irmã gêmea, como vive hoje?

Boris – Minha irmã é secretária, tem netos e está muito bem, igual a mim. Na minha impressão, acho que a pólio a atingiu mais, como mulher. Ela foi mais atingida, embora as deficiências sejam parecidas, porque na adolescência eu usava calça comprida e ela, com vestido, exibia muito mais as marcas da pólio do que eu. Mas ela casou-se e é feliz. Se ela não fosse deficiente, ela teria uma vida muito parecida com a que tem hoje.

http://turismoadaptado.wordpress.com/2012/04/29/boris-casoy-e-um-dos-grandes-jornalistas-brasileiros-sua-poliomielite-e-somente-um-detalhe/

‘Gladiadores’ das cadeiras de rodas conhecem o rúgbi

Motivados pelos choques, paratletas se unem para formar o primeiro time de rúgbi em cadeira de rodas do Paraná, o Curitiba Rugby CR


Daniel Caron/ Gazeta do Povo / Curitiba Rugby se prepara para a disputa do Brasileiro, entre 30 de maio e 3 de junho, em Caiobá
Curitiba Rugby se prepara para a disputa do Brasileiro, entre 30 de maio e 3 de junho, em Caiobá




Murderball é um documentário norte-americano de 2005, indicado ao Oscar no ano seguinte. E serviu de inspiração para a criação do primeiro time de rúgbi em cadeira de rodas no Paraná, os Gladiadores Curitiba Rugby CR.
O filme fala sobre a vida de atletas iniciantes e consagrados no esporte que batiza a película. Em uma tradução mais ou menos literal, murderball significa “bola assassina”, indício que se trata de uma modalidade agressiva. Tem (muito) contato físico e as trombadas fazem parte do jogo. E é disputado sobre cadeira de rodas, exclusivamente com paratletas tetraplégicos (com limitações de movimento nos membros superiores e inferiores).
Características
Esporte se inspira no basquete em cadeiras de rodas e no hóquei
Inspirado no basquete em cadeira de rodas e no hóquei no gelo, o rúgbi em cadeira de rodas leva em sua formação características de vários esportes. A bola oficial é a mesma do voleibol, em uma quadra das dimensões das de basquete (28 m x 15 m). Dois cones marcam a linha do gol. A partida é disputada em cadeiras de rodas especiais, com rodas inclinadas e reforço na armação para diminuir o risco de o equipamento tombar. Cada equipe tem quatro jogadores em campo (dois atacantes e dois na defesa), em times mistos de homens e mulheres. Um ponto é marcado cada vez que um atleta de posse da bola atravessa a linha de gol adversária.
Com um nome politicamente incorreto, o esporte criado pelos canadenses em 1977 foi rebatizado quatro anos depois de murderball para rúgbi em cadeira de rodas. Suavidade é substantivo que fica de fora durante os quatro tempos de oito minutos de uma partida.
“Os choques me chamaram a atenção para começar a praticar. Outros paradesportos me pareciam muito ‘parados’”, diz o empresário Leonardo Rodrigues da Silva, 39 anos. Antes do rúgbi CR, ele não havia praticado nenhum esporte desde que ficou paraplégico, após um mergulho que resultou na lesão da coluna, há 15 anos.
Leonardo é um dos 15 participantes do Gladiadores, que entre 30 de maio e 3 de junho vai disputar o Campeonato Bra­­sileiro, em Caiobá. O evento terá a participação das outras 15 equipes do país.
“Foi assistindo [o filme] Murderball que soube da existência do rúgbi CR. Em 2010, vi uma oficina sobre o esporte e decidimos colocar em prática para oferecer mais uma opção de atividade física aos tetraplégicos, que antes tinham à disposição apenas a bocha”, conta o técnico do time, Marcelo Kamarowski.
Para os Jogos de Londres, o Brasil não terá uma seleção na disputa, mas pode ter um time na Paralimpíada do Rio (2016), visto que o país anfitrião se classifica para todas as modalidades.
“Temos a intenção de revelar atletas, mas o principal é divulgar o esporte e in­­­centivar a criação de mais equipes”, diz o presidente da Federação Paranaense de Rugby em Cadeira de Rodas, Car­­los Kamarowski, irmão de Marcelo.
A estudante Tainá Melany Santos, 20, começa a descobrir o esporte. Nesta semana, participou, com o irmão Wesley, 18, de seu terceiro treino. “Na primeira vez, estranhei bastante o bate-bate das cadeiras de rodas. Agora, estou gostando da experiência, especialmente porque meu irmão está muito motivado”, diz a jovem, que tem deficiência física congênita e até duas semanas atrás nunca havia praticado esporte algum.
A equipe surgiu há um ano pela organização não governa­mental Saúde e Esporte e tem o apoio da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), que cede o espaço para os treinamentos e forneceu duas cadeiras de rodas para a modalidade (cada uma custa em torno de R$ 3 mil).

sábado, 28 de abril de 2012

Bonecas Especiais



Essa é a adorável boneca cega e seu belo cãozinho guia da Bindependent

Estas são as bonecas deficientes físicas da Saw Able, elas fazem fisioterapia e os ítens podem ser encontrados separadamente.

Bonecos com síndrome de Dawn criado pela empresa americana The Children Factory. São laváveis e também possuem várias etnias.

A infância é uma ótima fase em nossas vidas, existem crianças especiais de cujo o mercado de brinquedos esquecem delas principalmente. Nos países desenvolvidos, existem brinquedos para crianças com deficiência física, auditiva e visual, aqui no Brasil infelizmente não se tem notícia de coisas parecidas, talvez o único boneco que eu vi que tinha deficiência por aqui foi aquele do Teleton. Os brinquedos que eu apresentei não encontrados aqui em nosso país, eu já digo isso por que tenho certeza que tem muita gente que iria perguntar onde encontrar para poder presentar uma criança especial. Vai aí um recado para as fábricas de brinquedos: Vamos fabricar brinquedos para essas crianças, vamos incluí-las também. Toda criança tem o direito de brincar seja com qual deficiência ela possua. As bonecas apresentadas não estão disponíveis à venda aqui no Brasil.

Brasil tem vaga na esgrima nos Jogos Paralímpicos de Londres



DO  http://www.cpb.org.br/noticias/brasil-tem-vaga-na-esgrima-nos-jogos-paralimpicos-de-londres/

Jovane Guissone conquista vaga para as Paralimpíadas. País tem agora 128 vagas oficiais nos Jogos e número deve aumentar ainda mais até junho





A vaga brasileira na Esgrima em Cadeira de Rodas para os Jogos Paralímpicos de Londres foi oficializada nesta sexta-feira, 27, pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC), e já tem dono. O gaúcho Jovane Guissone, dono de medalhas de bronze e prata nas Copas do Mundo de 2011 e 2012, marca a volta do Brasil às disputas em Paralimpíadas.
“Vamos comemorar a volta do Brasil às competições de Esgrima após a ausência em Pequim 2008. Jovane é um atleta que simboliza a retomada da Esgrima no Brasil e o trabalho do Comitê Paralímpico Brasileiro feito nos últimos anos para desenvolver a modalidade. Quero cumprimentar o Jovane por todo seu esforço e determinação em busca da vaga. Esperamos que ele seja o modelo e espírito da nova geração de esgrimistas brasileiros para os Jogos do Rio 2016. Com a esgrima oficialmente confirmada nós passamos a ter concretizada nossa expectativa de estar em 18 modalidades nos Jogos. Um recorde”, comemorou o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons.
Com a vaga de Guissone o Brasil soma 128 vagas e o número tende a crescer.
“A gente conseguiu aumentar o número de praticantes na Esgrima no Brasil e hoje temos uma competição que está cada vez mais consolidada. Além disso temos levado nossos atletas para competições no exterior e trouxemos no ano passado pela primeira vez uma disputa internacional para o Brasil, o Regional das Américas. Considerando o histórico da modalidade no País, essa vaga tem que ser muito comemorada. Ela é importante para o País, para a Delegação Brasileira e com ela conquistamos nossa  18ª modalidade nos Jogos”, reforçou Edilson Tubiba, diretor técnico do CPB e chefe de missão do Brasil nos Jogos de Londres.
O Brasil aguarda agora o número final de vagas no Atletismo, Natação, Remo e Tênis em Cadeira de Rodas para fechar a Delegação que representará o País em Londres. A convocação oficial da Delegação Brasileira para os Jogos Paralímpicos de Londres será publicada no site do CPB no dia 20 de junho.
Vagas garantidas pelo Brasil
Atletismo – 10 (sete no masculino e três no feminino)
Basquete em Cadeira de Rodas – 12 (feminino)
Bocha – 7
Daniele Martins BC3 (MG)
Dirceu Pinto BC4 (SP)
Eliseu Santos BC4 (PR)
José Carlos Chagas BC1 (MG)
Luiza Lisboa BC2 (SP)
Maciel Santos BC2 (SP)
Natali Mello BC2 (SP)
Ciclismo – 2
Esgrima em Cadeira de Rodas – 1
Jovane Guissone (RS)
Futebol de 5 – 10
Futebol de 7 – 12
Goalball – 12 (seis no masculino e seis no feminino)
Halterofilismo – 5
Alexander Whitaker (SP)
Josilene Ferreira (GO)
Bruno Carra (SP)
Rodrigo Marques (MG)
Márcia Menezes (PR)
Hipismo – 4
Marcos Alves (DF)
Sérgio Oliva (DF)
Vera Mazzilli (DF)
Davi Salazar (DF)
Judô – 10 (cinco no masculino e seis no feminino)
Natação – 3 (duas no masculino e uma no feminino)
Remo – 1
Tênis de mesa – 14
MASCULINO
Classe 2: Ronaldo Souza e Iranildo Espíndola (DF)
Classe 3: Welder Knaf (PR)
Classe 4: Ezequiel Babes (PR)
Classe 5: Claudiomiro Segatto (PR)
Classe 6: Carlo di Franco Michell (MG)
Classe 8: Paulo Salmin Filho (SP)
Classe 10: Carlos Alberto Carbinatti (SP)
Classe 11: Lucas Maciel (SP)
FEMININO
Classe 4: Joyce Oliveira (SP)
Classe 5: Maria Luiza Passos (PR)
Classe 8: Jane Karla Rodrigues (GO)
Classe 10: Bruna Alexandre (SP)
Classe 11: Iliane Faust (PR)
Tiro Esportivo – 1
Vela – 2
Bruno Neves (SP)
Elaine Cunha (SP)
Vôlei Sentado – 22 (11 no masculino e 11 no feminino)
Comunicação CPB (imprensa@cpb.org.br)
Janaína Lazzaretti
Ananda Rope
Estagiário: Jorge Macedo

Maria Gadú - Tempos de Escola - 27/10/11

Programa Tempos de Escola (Canal Futura) com participação de Maria Gadú.
Falta 30 segundos do começo do segundo bloco, mas o vídeo tá ótimo. :)

Entrevista com Augusto Cury - Revista Veja


Com a colaboração do Instituto da Inteligência no Brasil

O psiquiatra Augusto Cury diz que não escreve para fazer sucesso, mas pra seguir um princípio, o de "escrever sendo fiel à própria consciência". "Quem não segue este pensamento contrai uma divida impagável consigo mesmo. Não quero passar mensagens edificantes para os leitores, mas desejo provocar a mente deles, estimulando-os a pensar criticamente sobre as teses que proponho."
Cury se autodefine como um "estudioso da mente humana" e critica a imprensa brasileira, que, acredita, o lê de maneira preconceituosa. Aparece pouco na mídia e raramente dá entrevista. Confira abaixo, um desses raros momentos.
Qual o segredo para viver de literatura no Brasil?Sempre vivi do exercício da psiquiatria e da psicoterapia. Somente depois de anos publicando livros, sobrevivo da literatura. Por onde ando, estimulo novos escritores a publicarem e procuro abrir espaço para eles nas editoras, mas viver de livros é muito difícil. O autor ganha no máximo 10% do preço de capa. Em certas regiões, às vezes recebe-se menos da metade desse porcentual, e em países como Japão ou Israel recebe-se menos ainda. Não há segredos ou regras para viver da literatura. Sigo alguns princípios, como jamais escrever para fazer sucesso; ser fiel à minha consciência; e superar o cárcere da rotina para abrir as janelas da mente e libertar a imaginação.

Quanto tempo em média o senhor gasta para escrever um livro? Por causa da quantidade de material escrito e não publicado, tenho reorganizado as ideias e publicado livros em média a cada seis meses, mas não conseguirei manter esse ritmo, embora me encante escrever.

O senhor tem ajuda ou escreve sozinho? Não tenho uma equipe que me ajude. Ao contrário, tenho necessidade vital da solidão para me reencontrar e libertar meu imaginário. Um dos meus embates com meus queridos editores é o ciúme que tenho de meus textos. Embora aceite determinadas sugestões, ajo como um amante apaixonado, que não abre mão do estilo e do conteúdo. Costumo dizer que não sou um exímio autor, mas um grande obsessivo. Frequentemente reescrevo meus textos mais de dez vezes, procuro lapidar as ideias como um artesão das palavras. Meus editores ficam ansiosos quando me enviam a versão final corrigida gramaticalmente, porque sabem que farei grandes "cirurgias" nos textos. Meus livros são obras intermináveis.

Incomoda que suas ficções sejam chamadas de obras de autoajuda?Categoricamente, sim. Meus livros, embora tratem de alguns temas universais, são de filosofia e psicologia aplicada e não de autoajuda, pois não oferecem respostas prontas nem soluções mágicas ao leitor. Se assim fossem, pesquisadores de diferentes países não os usariam em suas teses acadêmicas e cursos de pós-graduação. Sou publicado em mais de 50 países e a análise crítica que fazem das minhas obras é isenta de preconceito, diferente de determinados setores da mídia brasileira. O principal jornal da Coreia do Sul fez recentemente uma matéria com grande destaque sobre a psicologia e filosofia contida no livro O Vendedor de Sonhos.

Como o senhor define as ficções que escreve?São romances psiquiátricos, psicológicos e filosóficos. Tratam de temas complexos como os transtornos psíquicos, o controle do psiquismo exercido pelo sistema social, a crise na formação de pensadores, os paradoxos de uma sociedade democraticamente livre, mas psiquicamente asfixiada, e a paranoia do consumo de produtos e não de ideias.

Qual a função da literatura?A ficção me liberta, me faz transpirar, encontrar minhas incoerências e mazelas. Ela desengessa meu psiquismo e me torna um caminhante nas trajetórias do meu próprio ser. Desejo provocar a mente dos leitores. Por exemplo, há mais de 1,8 milhão de pessoas com anorexia nervosa no Brasil, "morrendo de fome" com alimentos sobre a mesa; os índices de suicídio estão aumentando, a cada minuto uma pessoa se suicida na Terra; a incidência de câncer é assustadora em relação às décadas passadas; a homofobia borbulha no tecido social. Como se calar diante disso? A literatura não deve ser focada no entretenimento dos leitores, ela tem de ter um sabor político-social-psicológico.


Fonte: Revista Veja

EXERCÍCIOS PARA APRENDER A PENSAR



Se eu fosse ministro da Educação, criaria um curso obrigatório de técnicas de observação, quanto mais cedo na escala educacional, melhor. Incentivaria os alunos a estudar menos e a observar mais, e de forma correcta. Um curso que apresentasse várias técnicas e treinasse os alunos a observar o mundo de diversas formas. O curso teria diariamente exercícios de observação, como:

1. Pegue uma cadeira de rodas, vá à escola com ela por uma semana e sinta como é a vida de um deficiente físico no Brasil.

2. Coloque uma venda nos olhos e vivencie o mundo como os cegos o vivenciam.

3. Escolha um vereador qualquer e observe o que ele faz ao longo de uma semana de trabalho. Observe quanto ele ganha por tudo o que faz ou não faz.

Quantas vezes não participamos de uma reunião e alguém diz "vamos parar de discutir", no sentido de pensar e tentar "ver" o pro-blema de outro ângulo? Quantas vezes a gente simplesmente não "enxerga" a questão?

Se você realmente quiser ter idéias novas, ser criativo, ser inovador e ter uma opinião independente, aprimore primeiro os seus sentidos. Você estará no caminho certo para começar a pensar.

Stephen Kanitz


20% da população da RMC tem alguma deficiência


Dados do IBGE revelam que população nessa situação quase dobrou
THOMAZ FERNANDES - AMERICANA

Cadeirante aguarda embarque em ônibus adaptado em Campinas
Cerca de 20% da população da RMC (Região Metropolitana de Campinas) é deficiente. A proporção dobrou entre 2000 e 2010 e o número foi ainda maior nesse período. Entre os 2,7 milhões de habitantes identificados pelo censo de 2010, 570.327 tem algum tipo de deficiência irreversível. Dez anos antes, o número era 257.061 entre os 2,3 milhões de moradores, o que significa 10%. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou ontem os dados da pesquisa por amostragem.A pesquisa levou em conta deficientes auditivos, visuais, motores e mentais. Os grupos foram definidos com alguma dificuldade, grande dificuldade ou impedimento total. Em proporção à população, Monte Mor tem o maior número de habitantes com deficiência, 23% (leia texto abaixo).
Entre as razões identificadas para o aumento, estão os acidentes de trânsito e a violência. Para a ex-presidente e integrante do Conselho dos Deficientes de Campinas, Roseli Bianco, esses dois índices são os principais fatores para a ampliação de deficientes. “Cada dia que passa, há pessoas jovens indo parar em cadeiras de roda por acidentes, sobretudo em motocicletas, ou por ação da violência”, disse.
AVANÇOS
Cadeirante, Roseli diz que nesses dez anos a vida para os deficientes se tornou mais fácil. “A situação melhorou muito, mas ainda está longe de ser a ideal. Falta muita coisa para as cidades melhorarem”, disse. A conselheira avalia que há mais organizações e políticas públicas para deficientes do que em 2000. “Acreditamos que há mais organização por parte dos próprios deficientes e hoje há melhores condições”, disse.
Roseli ponderou que ainda há muito a ser melhorado. Ela considera que ainda não há chance para que deficientes auditivos e visuais possam se locomover e acessar serviços sem dificuldades. “Acessibilidade não é somente arquitetônica. Nós queremos chegar em um ponto em que não precise de lei de cotas para deficientes, que os deficientes possam competir de igual pra igual por vagas em empregos”, completou.
Os deficientes visuais, para Roseli, enfrentam mais problemas para encontrar empregos e se locomover de forma independente. “Quando avaliamos a inserção profissional, deficientes visuais são os que se encaixam com menos facilidade”, disse. A causa disso seria a falta de adaptação para o deficiente visual no ambiente de trabalho.



Fontes:http://portal.tododia.uol.com.br/?TodoDia=cidades&Materia=673690 

sexta-feira, 27 de abril de 2012

(Cultura) Maria Gadú faz show em Curitiba em maio

Da http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=1231417&tit=Maria-Gadu-faz-show-em-Curitiba-em-maio


A apresentação está agendada para o dia 4 de maio no Teatro Positivo


Divulgação /


O novo CD Mais uma Página deve ser o foco da cantora na apresentação. No novo trabalho, além da canção "Oração ao Tempo" tema da novela "A Vida da Gente", da Rede Globo, há músicas cantadas em inglês, como a bela "Like a Rose".

O repertório da apresentação deve incluir também os sucessos do primeiro trabalho como "Shimbalaiê", “Linda Rosa” e "Sonhos Roubados".
A artista também tem promovido o DVD gravado com o cantor Caetano Veloso. Um show com o cantor foi marcado em Curitiba em novembro do ano passado, mas foi cancelado.
Os ingressos custam a partir de R$ 65.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Deficientes relatam dificuldades e desafios em relacionamentos amorosos.








Deficientes relatam dificuldades e desafios em relacionamentos amorosos.


Em diversos relatos, deficientes físicos e mentais contam as barreiras que têm de superar para conquistar uma vida amorosa bem-sucedida.


Adrian Higginbotham, de 37 anos, conta que para ele, que é cego, as dificuldades começam no primeiro contato, o ponto de partida para qualquer relacionamento.


"Você não pode entrar em uma sala de modo casual e dar aquela olhada. Você não pode sorrir para alguém que você já viu duas vezes anteriormente passando pela rua", diz Higginbotham.


Com um título provocante, o programa "The Undateables" (que poderia ser traduzido como "Os Inamoráveis") conta histórias como a de Higginbotham e virou alvo de discussões acaloradas nas redes sociais principalmente por conta do título.


O programa mostra ainda uma agência de namoros especializada em pessoas com dificuldade de aprendizagem, a "Stars in the Sky", que assegura que seus clientes cheguem seguros ao local do encontro e os ajuda a encontrar "a pessoa certa".


A agência diz já ter organizado mais de 180 encontros desde 2005, com um saldo de um casamento, uma união entre pessoas do mesmo sexo, três noivados e 15 relacionamentos sérios.


O programa mostra que, apesar de muitos deficientes estarem casados e felizes ou não terem dificuldades para namorar, outros enfrentam uma gama variada de reações e, às vezes, atitudes estranhas, principalmente quando o par não sofre de deficiência.


Lisa Jenkins, de 38 anos, relata sua experiência em um encontro com um amigo de um amigo que não sabia que ela tinha paralisia cerebral.


"Nós entramos em um bar e ele imediatamente desceu os degraus diante de nós. Eu tentei descer, mas simplesmente não consegui. Não havia corrimão", conta.


Quando seu acompanhante perguntou se algo estava errado, Jenkins teve de contar sobre sua paralisia cerebral.


"Eu podia ver a mudança em seu rosto. Ele ficou instantaneamente menos atraído por mim", diz.


"Eu já tive homens que se sentiam atraídos por mim, mas achavam que havia algo de errado com eles por isso."


Jenkins conta que já chegou a ouvir de um potencial pretendente que ele "sempre teve interesse por sexo bizarro".


Em uma sondagem feita em 2008 pelo jornal britânico The Observer, 70% dos entrevistados disseram que não fariam sexo com um deficiente.


Shannon Murray, uma modelo na casa dos 30 anos, há 20 em uma cadeira de rodas, conta que, quando era adolescente, alguns rapazes lhe ofereciam uma bebida e em seguida perguntavam se ela ainda podia fazer sexo.


O programa discute também a era dos encontros pela internet e um novo dilema surgido com ela: um deficiente deve revelar sua condição imediatamente ou esperar que as pessoas o conheçam melhor antes de contar sobre sua deficiência.


Murray – que tem sempre em seu telefone uma lista de bares e restaurantes com acesso fácil para cadeiras de rodas, com medo de parecer pouco independente em um primeiro encontro – diz que já fez os dois.


Ela conta que em apenas uma ocasião um pretendente resolveu abandonar a relação após descobrir que ela era deficiente.


Murray diz que tentou também a abordagem oposta, colocando em um site de relacionamentos comum uma foto em que sua cadeira de rodas era bem visível e uma frase bem-humorada, dizendo que, se o interesse da pessoa era escalar o Everest, ela não poderia ir junto, mas ficaria no campo base e tentaria manter a barraca aquecida.


"Esperava que, revelando minha deficiência assim, no início, geraria menos interesse, mas acabei recebendo mais respostas do que quando escondia a cadeira. Fiquei entre as cinco mulheres que receberam mais atenção no site naquela semana", conta.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Resultados projeto Empreendedores do Futuro - ONG Gente de Bem e SEBRAE

Vídeo de apresentação dos resultados do Projeto Empreendedores do Futuro, realizado no Vale do Ribeira, para o SEBRAE-PR
                                                            http://www.gentedebem.org

Políticas de inclusão levam pessoas com deficiência às escolas e universidades


Kalil Assis Tavares, aprovado no vestibular de geografia da UFG, recebe homenagem do ministro Mercadante (Foto: Fabiana Carvalho) Até 2014, o Ministério da Educação deve completar a instalação em todos os municípios brasileiros de salas com recursos multifuncionais, espaços com material pedagógico e de acessibilidade para atendimento a estudantes pessoas com diversos tipos de deficiência. A afirmação foi feita pelo ministro Aloizio Mercadante, durante a solenidade de comemoração do Dia Internacional da Síndrome de Down. O evento foi realizado na manhã desta quarta-feira, 21, no Congresso Nacional, em Brasília.

Para ele, o Brasil tem uma dívida histórica com as pessoas com deficiência que, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representam 24% da população nacional. “Ofertar ensino a esse público é obrigação do Estado e a dívida com essa comunidade é muito antiga e muito grande”, afirmou.

Presentes em 83% dos municípios brasileiros, mais de 24 mil salas com recursos multifuncionais já foram implantadas em escolas públicas federais, estaduais e municipais. Dominó e memória tátil, lupa eletrônica, calculadora sonora e programas computacionais adaptados estão entre os mais de 30 itens que compõem as salas.

Mercadante anunciou ainda que serão atendidos nas escolas da rede pública de ensino 378 mil crianças e adolescentes com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), administrado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Esse benefício é destinado a idosos ou pessoas com deficiência com impedimentos de longo prazo. 

O ministro citou outras políticas de sua pasta destinadas a permitir maior acesso desse público. “Ainda há no Brasil crianças pobres que não vão à escola por problemas de acessibilidade. Vamos começar a buscá-las em casa, com a distribuição de 2,6 mil ônibus”, afirmou. 

Outra ação que será implementada é a reserva de 150 mil vagas para qualificação profissional de pessoas com deficiência, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec). Desde 1998, o número de matrículas de estudantes especiais em escolas regulares passou de 43,9 mil para 558 mil em 2011.

Down - Comemorado internacionalmente há seis anos, o dia 21 de março é dedicado as pessoas com síndrome de Down, deficiência que decorre da alteração no 21º par de cromossomos do código genético. A data foi incluída no calendário oficial da Organização das Nações Unidas (ONU) no ano passado. Senadores, deputados, ministros de Estado e entidades ligadas à prestação de assistência a pessoas com deficiência se reuniram para homenagear personalidades e pessoas com a síndrome que se destacaram em suas áreas de atuação.

Kalil Assis Tavares é um dos 18 alunos com síndrome de Down matriculados em universidades federais. Ele foi um dos homenageados na cerimônia, por superar as dificuldades de aprendizagem e ser aprovado recentemente no vestibular para geografia na Universidade Federal de Goiás (UFG). “Pretendo ser professor de geografia. Estudava algumas horas por dia”, conta. 

A mãe do jovem, Eunice Tavares, lembra que ele estudou no ensino regular e relata a reação do filho ao receber o resultado. “Foi uma opção da família. A gente acreditou nele e o colocou no ensino regular para ver como se comportaria. Quando recebeu o resultado do vestibular, ele ficou bastante emocionado, penso que não esperava.”

De acordo com os dados do Censo da Educação Superior de 2009, a quantidade de estudantes com algum tipo de deficiência intelectual matriculadas em instituições de ensino superior, públicas e privadas, chega a 465. Desse total, 62 estão em instituições federais. 

Assessoria de Comunicação Social