sexta-feira, 5 de outubro de 2012

ENTREVISTA: Andrew Parsons, Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro


Dirigente comenta sobre o excelente rendimento do Brasil em Londres 2012 e sobre as expectativas para a primeira edição dos Jogos na América do Sul



A aguardada final dos 200m rasos T44 no Estádio Olímpico de Londres 2012 teve um início previsível, um desenrolar surpreendente e um fim para os anais do esporte. A recuperação do jovem brasileiro Alan Fonteles nos últimos 50 metros para ultrapassar o mito sul-africano Oscar Pistorius, que, dias antes, disputara provas olímpicas, chocou o mundo e gerou uma das imagens mais expressivas dos Jogos Paralímpicos.
Andrew Parsons abraça Alan Fonteles enrolado na bandeira do Brasil (Foto: CPB)
O ouro de Fonteles ajudou o Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e membro do Comitê Executivo do Comitê Paralímpico Internacional, Andrew Parsons, de 34 anos, a cumprir a promessa feita ao público brasileiro antes de Londres 2012: o sétimo lugar no quadro de medalhas, duas acima da classificação de Pequim 2008. Para Rio 2016™, a meta é a quinta posição, o que, na edição londrina, significaria 12 medalhas de ouro a mais.
Nesta entrevista, o dirigente, que ocupa o cargo mais alto do Movimento Paralímpico no Brasil desde 2009, comenta sobre o desafio dos próximos quatro anos, uma continuação do planejamento até agora bem-sucedido que iniciou com a vitória do Rio de Janeiro para sediar os Jogos.  Fala ainda dos esforços para a mudança de foco na imagem do atleta paraolímpico. Confira:
Como foi seu início no Movimento Paralímpico?
O esporte fez parte da minha vida desde muito novo. Pratiquei muitos esportes, mas não me profissionalizei. Sempre quis trabalhar com algo relacionado e procurava me informar sobre as entidades esportivas. Morava em Niterói, vizinha ao Rio, e estava terminando o curso de Comunicação Social na Universidade Federal Fluminense, onde ficava o CPB. O esporte paralímpico tinha todos os ingredientes que eu queria. Além da emoção e adrenalina, continha um elemento social.
Costumo dizer que não existe crise de identidade no Movimento Paralímpico, mas uma sinergia. Só conseguimos o respeito das pessoas com e sem deficiência enfatizando o alto rendimento e a competitividade. O reconhecimento do potencial do desporto paralímpico propicia uma reabilitação emocional para as pessoas com deficiência. Em certo ponto da gestão esportiva, não levamos em consideração o fato de serem pessoas com deficiência, mas atletas. A ideia é mostrar que a deficiência é uma entre as dezenas de características que essas pessoas têm.
O senhor é jornalista de formação e tem 15 anos de CPB. Como analisa a evolução do esporte paralímpico do Brasil neste período?
O Movimento Paralimpico se tornou mais maduro. Tomou consciência do seu tamanho e potencial. Temos um modelo bom de parceria, trabalhamos em coordenação com as confederações paralímpicas. O Movimento Paralímpico se profissionalizou em relação a verba e posicionamento. A aproximação com os meios de comunicação se deu a partir de Atenas 2004, quando o CPB adquiriu os direitos de transmissão dos Jogos e sublicenciou para 13 emissoras de televisão. Com isso conseguimos bater recordes de transmissão e cobertura jornalística dos Jogos Paralímpicos no Brasil. Foi aí que o Brasil passou a entender que os Jogos Paralímpicos não eram para pessoas com deficiência, mas sim para atletas de alto rendimento.
Andrew Parsons comemora com a equipe brasileira de goalball em Londres 2012 (Foto: CPB)
Atenas foi um divisor de águas?
Atenas nos ajudou no recrutamento de novos atletas. Daniel Dias e André Brasil, que hoje são estrelas, tomaram conhecimento do potencial do esporte paralímpico naquela edição dos Jogos. Se espelharam no Clodoaldo Silva (nadador detentor de 13 medalhas em Jogos Paralímpicos) e foram responsáveis por metade das medalhas de ouro que ganhamos em Pequim 2008 (ganharam oito medalhas de ouro, quatro cada). Em Pequim, repetimos a estratégia e em Londres não precisamos mais investir em compra de direitos de transmissão, pois uma emissora de tv se interessou e comprou. Mostramos que a transmissão dos Jogos Paralímpicos é comercialmente viável.
Quais os benefícios dos Jogos Paralímpicos em casa?
Acho que é o ápice da curva que o Movimento Paralimpico vem fazendo nos últimos anos. Espero que as pessoas assistam aos Jogos e torçam pelo esporte paralímpico. Espero que fique evidente o potencial do esporte paralimpico como diversão para o público de modo geral. O maior legado vai ser para as pessoas com deficiência. Afinal de contas, se eu posso vibrar por uma pessoa com deficiência que pode levar o meu país ao pódio numa competição esportiva,  esta pessoa pode ser meu amigo de trabalho, meu chefe. O esporte é um grande meio para mostrar que as pessoas com deficiência podem desempenhar diversos papéis na sociedade.
Como analisa os resultados obtidos pelo Brasil nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012?
O Brasil deu um passo firme e relevante para se incluir entre as potências paralímpicas mundiais. Tivemos momentos de afirmação do Brasil nos Jogos de Londres. A vitória do Alan Fonteles é um desses momentos. Ao mesmo tempo, conseguimos nos tornar uma referência positiva em gestão esportiva. Desenvolvemos projetos e programas para chegar ao sétimo lugar e conseguimos. Estamos falando de pular duas posições quando você já está entre os dez primeiros. Cada posição avançada é uma potência esportiva que você deixa para trás.
Quais os próximos passos?
Em 2009, depois que ganhamos o direito de sediar os Jogos Paralímpicos, fizemos um planejamento até 2016. Cada modalidade tem seu próprio caminho. Cada uma tem seu ritmo de intercâmbio de atletas, treinadores, investimento maior na base e apoio a atletas de ponta. Para 2016, teremos dois esportes novos no programa, que são a paracanoagem e o paratriatlo. O Brasil tem ótimos resultados nos campeonatos mundiais dessas modalidades, portanto acho que o ingresso desses esportes no programa irá nos ajudar a alcançar nossa meta.
E as maiores barreiras?
Continuamos trabalhando o quinto lugar como referência, mas temos que analisar melhor os Jogos de Londres. Avançamos as duas posições almejadas e repetir este feito se tornou muito mais difícil, por estarmos atrás apenas de grandes potências. Temos consciência que o referencial mudou. Existe uma concentração maior de medalhas nas grandes potências e isso faz com que tenhamos que ganhar um número maior de medalhas e em mais modalidades.
Estamos caminhando na direção certa, mas precisamos de mais estrutura e mais envolvimento. Acho que temos um bom apoio governamental, mas é fundamental o apoio da iniciativa privada. Ganhamos medalha de ouro em cinco esportes e precisamos ampliar esse leque. Temos potencial para isso, só precisamos de um gás a mais.
Dirigente entrega medalha em Londres 2012: planejamento cumprido à risca (Foto: CPB)
SAIBA MAIS SOBRE O MOVIMENTO PARALÍMPICO
A prática de atividades físicas por pessoas com deficiência teve início no mundo em meados do século XX, entre o fim dos anos 40 e o início dos anos 50, na Europa, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Durante a guerra, um considerável número de combatentes sofreu lesões na coluna vertebral, ficando paraplégicos ou tetraplégicos, principalmente nos países europeus envolvidos no conflito. Este contexto influenciou o neurologista e neurocirurgião alemão Ludwig Guttmann a iniciar um trabalho de reabilitação médica e social de veteranos de guerra que apresentavam sequelas, especialmente medulares, utilizando práticas esportivas.
A primeira edição dos Jogos Paralímpicos foi realizada em Roma em 1960. Naquela época, a estrutura e organização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos eram bem diferentes das atuais. As competições aconteciam em cidades e datas diferentes.
No Brasil, a prática do esporte adaptado foi trazida quase uma década depois da primeira edição dos Jogos Paralímpicos, por pessoas que tratavam suas lesões em hospitais no exterior e que assistiam à prática esportiva de pessoas com deficiência. A primeira participação dos brasileiros em uma competição paradesportiva internacional foi nos Jogos Parapanamericanos de Buenos Aires em 1969.
Em Jogos Paralímpicos, a primeira participação foi em Heidelberg 1972, na Alemanha. A conquista da primeira medalha foi em Toronto 1976, por Luis Carlos da Costa e Robson Sampaio de Almeida na competição de duplas de Lawnballs, uma espécie de bocha na grama.
O Comitê Paralímpico Internacional (IPC) foi criado em 1989. Seu atual presidente é Philip Craven. Cabe ao IPC a chancela dos Jogos Paralímpicos de verão e de inverno, e a supervisão dos campeonatos mundiais.
O CPB foi constituído em 1995. A entidade é o órgão máximo do esporte paraolímpico brasileiro e representante legal do país junto ao IPC. É responsável também pela organização, fomento e participação brasileira nos Jogos Paralímpicos, nos Jogos Parapanamericanos e nos campeonatos mundiais. A sede do CPB está localizada em Brasília.

http://www.rio2016.org/noticias/noticias/entrevista-andrew-parsons-presidente-do-comite-paralimpico-brasileiro?tplace=Not%C3%ADcias&tid=ENTREVISTA%3A+Andrew+Parsons%2C+Presidente+do+Comit%C3%AA+Paral%C3%ADmpico+Brasileiro#.UG8vdiUaVOd.facebook

Preconceitos...

Não voto em deficiente…


 
Nas eleições deste ano, houve uma explosão bem visível de candidatos “malacabados”. É gente montado em cadeira, puxando cachorro e prejudicado geral das partes que não acaba mais…. Todo mundo disputando uma vaga de prefeito ou vereador.
Na minha página do Facebook se multiplicam os pedidos de “vote em mim” porque eu sou igual a você! Vote em mim porque eu não vou correr do eleitor! Vote no ceguinho porque ele não vai enxergar os cofres para roubar!
Traduzo esse momento de tantas candidaturas como de oportunistas que querem uma boquinha para mamar nas tetas públicas, mas também de valorização da oportunidade de tentar “morder” um espaço para representar uma causa legítima e incandescente na realidade brasileira: a da inclusão, da necessidade de promover acessos.
Ri pra mais de metro com pedidos de algumas pessoas para que eu indicasse um desses estropiados para ser votado. Mas neeeeem a pau Juvenal! :cool:
Meu negócio é ficar do lá de cá tacando pedra em quem está do lado de lá não durma! A escolha de um candidato é um processo de convicções pessoais que deve ser feita baseada em valores, em pesquisa, e em análise dos sujeitos que se candidatam.

Charge mostra eleitor, diante da urna, dizendo que vai votar, dessa vez, em candidato que canta legal, em outro que faz dar gargalhada…
“Ôh tio, mas um candidato que ande montado em cadeira de rodas não pode ter uma visão mais voltada para o povo que vive no mundo paralelo de quem tem uma deficiência?”
Pero que si, pero que no… né?! :lol:   . Para saquear cofres governamentais, para se ligar a bandidos que só querem tirar proveito da coisa pública, para sacanear o povo não é preciso ser inteirinho das partes, não.
Mas reconheço que mais pessoas com deficiência na política representam uma evolução de integração social. Mostra que as pessoas estão mais ligadas em todas as demandas da vida. A diversidade de candidatos dá mais chance para o eleitor.
Pode ser que o cidadão do time dos quebrados que concorra tenha mais conhecimento de causa e, assim, possa ter resultados mais efetivos se eleito. Temos já alguns exemplos disso.
Diante da urna, candidato faz “minha mãe mandou escolher esse daqui, mas como eu sou teimoso…

Contudo, fazer pela inclusão, pelo pleno acesso tem de ser prerrogativa de todo bom candidato que quer fazer uma cidade melhor, um país melhor. Ter uma deficiência, volto a dizer, não é atestado de integridade moral, de competência para falar a seus pares, de comprometimento.
O mais importante é que, no domingo, as ações feitas nas urnas de todo o Brasil, sil, sil sejam bem pensadas.
Eu não voto em deficiente. Eu voto em cidadão comprometido, em quem tenha competência, em quem seja e pareça honesto, em quem tenha ideias e planos que melhorem a vida das pessoas, independentemente de suas condições físicas e sensoriais.
Bom voto a todos e beijos nas crianças!
* Imagens do Google Imagnes

Crianças no dia 12 de Outubro de 2012


A APRAS MULHER preparou através da Campanha Solidária do dia das Crianças: “ A arte de Br : )car”, um evento especial para as crianças no dia 12 de Outubro de 2012 , com a Peça Infantil “ Pinóquio” no horário 14h00 às 15h00, no Teatro
Regina Vogue - Shopping Estação, Curitiba. Para participar é simples, o investimento por pessoa é um brinquedo, por isso retire o seu ingresso na APRAS – Associação Paranaense de Supermercados, em horário comercial (08h00 às 18h00) a partir do dia 08/10/2012 até o dia 11/10/2012. Os ingressos são limitados para 326 pessoas.

Vale relembrar que o objetivo da campanha é promover o conhecimento através do bom humor e alegria aos associados APRAS, clientes, e crianças, visando através da participação dos mesmos a arrecadação de brinquedos para doação para as instituições beneficiadas (APACN, Hospital Pequeno Príncipe, Associação Curitibana dos Órfãos da AIDS, Pequeno Cotolengo Paranaense, e Crianças Carentes da PROVOP
AR). Ao total serão 965 crianças beneficiadas pela campanha.

Participe!! Contribua de forma singela com a doação de brinquedos e troque por ingressos para participar do evento.

Vamos juntos tornar o dia das crianças ESPECIAL!!

Video http://www.facebook.com/photo.php?v=316536861787342

Acessibilidade é foco de melhoria no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha


A nova estrutura proporciona uma experiência inesquecível ao visitante que poderá aproveitar os mais de 2.558 m2 de trilhas suspensas e 1.609 m2 de mirantes que promovem maior conforto e segurança. A reforma já foi feita na Trilha do Golfinho e a Trilha do Mirante Dois Irmãos, possibilitando inclusive a vista da praia do Sancho.
Publicada em 05 de outubro de 2012 - 11:15
Foto mostra antes e depois de trilha passar por obra de acessibilidade
A nova estrutura construída no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PARNAMAR – FN) é uma das mais acessíveis do país àspessoas com dificuldade de locomoção e cadeirantes. A concessionária EcoNoronhaSite externo. está construindo trilhas acessíveis para os principais pontos de visitação do Parque. Já foram entregues a Trilha do Golfinho e a Trilha do Mirante Dois Irmãos, possibilitando inclusive a vista da praia do Sancho, eleita pelo Prêmio O Melhor de Viagem da revista Viagem e Turismo, a praia mais bonita do Brasil. Mosana Cavalcanti, coordenadora do Programa de Turismo Acessível – Pernambuco sem Fronteiras (unidade de Projetos Especiais) é cadeirante e já havia visitado o PARNAMAR – FN antes do acidente que a deixou paraplégica.
“Eu já tinha ido à Noronha várias vezes e as trilha existentes eram rústicas e exigiam bastante esforço. Era impossível ir alguém em cadeira de rodas, com muletas ou mesmo idosos com dificuldade de locomoção. Simplesmente não teria como aproveitar”, explica Mosana.
Ela foi a primeira cadeirante a passear pela Trilha do Golfinho que é totalmente acessível a pessoas com dificuldade de locomoção. “Não tenho palavras para descrever a sensação. Foi uma surpresa misturada com emoção, depois de nove anos usando cadeira de rodas, me deparar com o Mirante dos Golfinhos, do Sancho e Dois Irmãos. Foi uma sensação de dignidade sem tamanho. Foi e é possível realizar a caminhada tranquila pela trilha”, explica. Mosana também participou da entrega da primeira fase das obras de melhoria ao Parque.
Segundo ela, agora o cadeirante ou pessoa com dificuldade de locomoção que for ao PARNAMAR – FN terá uma grande experiência. “Acabou a concepção de que a Ilha não pode receber as pessoas com deficiência, idosas e crianças. Agora podemos tudo, passear, tomar banho de mar e mergulhar. Tem algumas pousadas com apartamentos/bangalôs adaptados ou parcialmente adaptados, restaurantes com acesso, está tudo melhorando para quem tem dificuldade de locomoção”, ressalta.
Antes do trabalho da EcoNoronha, pessoas com dificuldade de locomoção não tinham acesso facilitado aos pontos turísticos mais importantes da ilha, nem aos mirantes das praias. “Eu estou encantada, está muito bom, para os usuários de cadeira de rodas”, conclui Mosana.
De acordo com o gerente da filial EcoNoronha, Pablo Mórbis, esta foi uma preocupação para a nova fase de melhorias no parque. “Nós estamos muito felizes em poder proporcionar essa oportunidade ao visitante com dificuldade de locomoção. Nosso trabalho é atender cada vez melhor o turista que chega ao PARNAMAR – FN”, destaca.
Obras de melhorias
A primeira fase das obras de melhoria da estrutura turística no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha foi entregue em setembro. A EcoNoronha, empresa que administra a visitação e a infraestrutura colocada à disposição do visitante no parque, entregou a conclusão da primeira fase do projeto. A nova estrutura proporciona uma experiência inesquecível ao visitante que poderá aproveitar os mais de 2.558 m2 de trilhas suspensas e 1.609 m2 de mirantes que promovem maior conforto e segurança.
A trilha do Golfinho Sancho foi a primeira a ser construída. Ela liga o Posto de Informação e Controle (PIC) do Golfinho Sancho até o mirante dos Golfinhos. Este PIC proporciona uma estrutura antes inexistente: estacionamento, sanitários, duchas, guarda-volumes, locação de bicicleta para passeio, mapas, lanchonete e loja de suvenires.
Todos os materiais utilizados para a obra são ecologicamente sustentáveis, reduzindo consideravelmente o impacto ambiental. Dentre os materiais está sendo utilizada a madeira biossintética, desenvolvida a partir de plástico reciclado. Dessa forma, o parque é o primeiro do Brasil a utilizar em sua totalidade esse tipo de material.

Pessoas com deficiência são convocadas para pesquisa


Acidentes de trânsito são a causa de 40% dos casos de paraplegia e tetraplegia
“Os números revelam que o país vive uma verdadeira epidemia de lesões e mortes no trânsito”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em comunicado oficial publicado em novembro de 2011.
“Devemos pressionar por políticas públicas consistentes de prevenção de deficiências. As vítimas de acidentes de trânsito tornam-se muitas vezes pessoas com deficiência! A obrigatoriedade, no Brasil, da adoção dos mesmos itens de segurança básicos para todos os tipos de carro, já comum em grande parte do mundo, é indispensável. As medidas impostas pela Lei Seca fazem sua parte na política de prevenção e provam que é possível mudar.” afirma Teresa Amaral, superintendente do IBDD.
Traumas e lesões decorrentes da violência no trânsito são umas das principais causas de deficiência- e de mortes- no Brasil. Em dez anos, entre 2001 e 2011, o número de vítimas com invalidez permanente aumentou mais de vinte vezes, passando de 11 mil para 239 mil, segundo os dados do DPVAT, seguro obrigatório pago pelos proprietários dos veículos, responsável pela cobertura às vítimas dos acidentes.
De acordo com reportagem publicada pelo jornal Folha de São Paulo no início do ano, a violência no trânsito é responsável por 3,1% das aposentadorias compulsórias pagas pelo INSS – gasto previdenciário de aproximadamente R$ 8,6 bilhões.
Outro número alarmante foi divulgado pela Clínica de Lesão Medular da AACD – Associação de Assistência à Criança Deficiente – de São Paulo -: acidentes de trânsito são a causa de 40% dos casos de paraplegia e tetraplegia.
“Hoje, o levantamento de vítimas de acidente que se tornam deficientes não existe no Rio e o atendimento em saúde para elas é precaríssimo no Rio de Janeiro, precisamos pressionar pela qualidade desse atendimento e pela volta dos leitos para reabilitação para grandes lesados na nossa cidade” protesta Teresa Amaral.
A Associated Press, AP, agência de notícias internacional, e o IBDD contam com a participação de todos em um trabalho inédito de pesquisa sobre o tema. Caso você tenha sofrido ou conheça alguém que sofreu algum acidente de trânsito, entre em contato conosco pelo email impresa@ibdd.org.br ou pelo e-mail de Bradley Brooks, da AP, bbrooks@ap.org .
Se possível, coloque na mensagem as seguintes informações: nome; idade; ano e local em que ocorreu o acidente; descrição do acidente; que tipos de seqüelas o acidente provocou; a marca e ano de fabricação do carro. É importante apontar também sua possível causa, Se essa causa foi falta e/ou falha em algum item de segurança, indicar qual: freios, airbags, cinto de segurança, etc.
Fonte: Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência

TIRINHA SUPER NORMAIS