segunda-feira, 24 de março de 2014

Lançamento de bonecos para ensinar a Língua de Sinais


Um novo empreendimento visa ajudar crianças surdas ou com dificuldades de comunicação – “SignLanguageDoll.com“, um projeto nascido na Califórnia, EUA.
Os designers desta linha de brinquedos dizem ter criado uma ferramenta divertida para melhorar as habilidades de comunicação através do uso da língua de sinais, beneficiando os usuários e ajudando irmãos,  parentes e amigos de pessoas com deficiência auditiva a aprender o sistema.

“Estes bonecos estão se tornando uma ferramenta de ensino em todo o mundo. Através deles, pode-se  fazer a ponte entre quem precisa de língua de sinais, porque  podem ser ensinados  facilmente “, disse o diretor do projeto. Além do que  atende às necessidades de crianças com deficiência auditiva e seu meio ambiente. Os fabricantes afirmam que os bonecos têm sido muito benéficos para as crianças com autismo, paralisia cerebral, deficiência visual, síndrome de Down e outras necessidades especiais.
Entre as peculiaridades destes bonecos, destaca a ductilidade nas articulações das mãos, permitindo que você faça os principais sinais do sistema de sinal, além de modelos com aparelhos auditivos e implantes cocleares, ferramentas de brinquedos que ajudam a ambos os dispositivos incorporar as crianças em suas vidas diárias através do jogo e perder a sensação de “estranheza”.

“Estamos abrindo a porta de comunicação para estas crianças na construção da independência e da liberdade através da comunicação”, dizem os fabricantes.
Além de seu objetivo de negócio, a empresa tem um programa de conjunto, onde indivíduos e empresas podem patrocinar uma boneca e doar para escolas ou escolas especiais.
http://www.deficienteciente.com.br/2012/11/lancamento-de-bonecos-para-ensinar-a-lingua-de-sinais.html

A vida de Mara

Mara Gabrilli vê felicidade onde não há desconforto, sente prazer nas pequenas coisas e desconhece o medo da morte. Em meio à luta pela acessibilidade, ela pondera diante de uma balança invisível: cuidar de si mesma ou cuidar dos outros
A Vida de Mara
Fernando Martins Ferreira Veja a galeria completa

por Bruna Veloso
O apartamento onde mora a deputada federal Mara Gabrilli fica em uma área nobre de São Paulo – há uma jacuzzi na enorme sacada, a sala ampla é inundada pela luz cinzenta da tarde que atravessa as portas de vidro e a decoração é simples, mas sofisticada. Mara nasceu em uma família abastada, viajou o mundo, estudou em bons colégios. Mas as possibilidades financeiras parecem nunca tê-la atraído mais do que as possibilidades humanas.
Mara, 46 anos, virou Mara Gabrilli, psicóloga, publicitária, colunista, política articulada e voz ativa na busca por melhores condições para os deficientes físicos no Brasil, sua principal plataforma de campanha, depois de ter se tornado tetraplégica em um acidente de carro em 1994, aos 26 anos. Tetraplégica: a condição física que vem sempre atrelada ao nome dela parece insignificante diante da vivacidade do discurso, da fluidez das palavras, da maneira como ela interage com o interlocutor. A cadeira de rodas é mera coadjuvante.
Primeira titular da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo (2005-2007), depois vereadora (2007- 2010) e, por fim, deputada federal (eleita em 2010, pelo PSDB-SP), Mara diz que sempre teve um “olhar para Direitos Humanos”. Vai concorrer ao segundo mandato na Câmara dos Deputados – e não pensa na possibilidade de não ser reeleita.
O quão difícil é ser mulher na política? O gênero faz diferença?
Faz, mas para o lado bom. Eu acho ótimo, porque me traz mais um diferencial. Acho que lá os homens são mais delicados com as mulheres, e vejo que me tratam com muito respeito, com mais delicadeza do que entre eles. Vou naquelas reuniões de bancada, e é até engraçado: você olha, estão lá 60 homens – e eu. Não vejo problema, pelo contrário. Acho que abre muita porta. Olho aqueles homens todos e agradeço por não ser um deles [risos].
Em uma escala de 1 a 10, onde o Brasil estaria quando o assunto é a inclusão do deficiente?
Se a gente for levar em consideração infraestrutura e serviços, eu colocaria o Brasil no número 2. Mas, por outro lado, a gente tem alguma coisa que é meio intrínseca do brasileiro, que está um pouco na frente. Embora o povo daqui não tenha o hábito, não tenha serviço, não tenha auxílio, existe uma predisposição emocional para ser mais acolhedor e mais inclusivo, sem refletir sobre o assunto. Acho que nesse ponto a gente é 8. Mas é algo que eu enxergo no modo de ser, que não é lapidado.

Você parece ter uma personalidade muito bem desenhada em todas as fases da sua vida, antes e depois do acidente. Mas qual foi a principal mudança no seu modo de agir e pensar após ter se tornado tetraplégica?
Acho que muitas mudanças aconteceriam inevitavelmente. Mas foi muito trabalhoso conseguir chegar num equilíbrio. Sabe, eu estava hoje no avião, e pensei: “Nossa, estou tão feliz”. E não tem nada acontecendo. Eu me lembro de momentos muito difíceis, então ficou muito mais fácil e recrutável um momento de felicidade na minha vida. Porque se eu estiver sem nenhum desconforto físico e emocional, é felicidade. Sabe um bebê? Ele meio que começa a chorar, gritar e espernear, oscila entre desconforto e momento de prazer. Se ele não está com frio, com cólica, ele está bem. E foi muito trabalho para eu conseguir chegar nisso [ ficar confortável]. Durante muito tempo, passei por muito desconforto longo, contínuo e frequente. Toda a sorte de desconforto. E hoje eu tenho bem mais momentos confortáveis do que antes de eu sofrer o acidente.
Foi mais difícil lidar com a realidade de ser deficiente ou lidar com a impressão das pessoas à sua volta ante a sua deficiência?
A impressão das pessoas não me ajudou em nada. Pelo contrário, incomodava. Mas com certeza não era esse meu maior incômodo. O meu maior incômodo foi o vazio em que eu me encontrei. Eu não conhecia aquilo. Não era classificável. Não sabia como faria para chegar ali [aponta com a cabeça], como seria quando a pessoa que estava do meu lado não estivesse, como seria pra deitar na cama... Eu não sabia nada.
http://rollingstone.uol.com.br/edicao/edicao-90/vida-de-mara

Ato na Boca Maldita marca Dia da Sindrome de Down














Campanha ao Dia Internacional da Sindrome de Down, comemorado nesta sexta-feira (21) na Boca Maldita no

 Centro de Curitiba.
Foto: Valdecir Galor/SMCS






















Saúde e bem-estar: Acesso e Igualdade para todos. Este é o tema da campanha alusiva ao Dia Internacional da Sindrome de Down, comemorado nesta sexta-feira (21) na Boca Maldita, no Centro de Curitiba. A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência da Prefeitura de Curitiba apoia o evento, organizado pela Associação Reviver Down, que apoia famílias com pessoas com a síndrome de Down.
Para a secretária especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Curitiba, Mirella Prosdocimo, a  mobilização é essencial. "Acreditamos que ações deste tipo colaboram para derrubar preconceitos e também para promover o envolvimento de toda a sociedade em busca de uma cidade mais humana, que respeite as diferenças. Mais uma vez a sociedade civil faz o seu papel e, nós do poder público, apoiamos e fazemos a nossa parte também" disse Mirella, que passou pelo evento na Boca Maldita nesta sexta pela manhã.
Segundo a médica pediatra Nanci Palmeiri de Oliveira, que atende no Ambulatório da Síndrome de Down do Hospital de Clínicas, nascem em Curitiba ao menos uma criança com síndrome de Down por semana e uma média de 54 ao ano. Estima-se que vivem em Curitiba e região metropolitana cerca de 3 mil pessoas com a síndrome. "É importante que as mães procurem o ambulatório para passar por todo o protocolo que atende as diretrizes da Organização Mundial da Saúde", alerta Nanci Oliveira, que é mãe de uma pessoa com síndrome de Down.
Trabalho
A Associação Reviver Down, fundada em 1993, é uma entidade sem fins lucrativos que tem como propósito acolher pessoas com a síndrome e trabalhar pela inclusão em todos os grupos sociais. "Um dos principais programas da Reviver é o Nascer Down, pelo qual os pais recebem a visita dos voluntários, seja mães, psicólogos e pediatras da associação, que oferecem apoio à família dos recém-nascidos", conta a fundadora da Reviver Down, Noemia da Silva Cavalheiro.
Moradora no Cascatinha, em Santa Felicidade, Vilma Tani da Silveira, de 30 anos, prestigiou a ação. Ela é mãe da Rafaela Bastos, hoje com 11 anos, e explica que teve dificuldades no início mas que logo recebeu ajuda. "Identifiquei a síndrome de Down da minha filha na gestação. Foi um choque. Recebi ajuda que foi primordial e vi que com amor as crianças se desenvolvem e têm potencial para estarem inclusas na sociedade" disse Vilma.
O que é a Síndrome de Down?
A síndrome de Down é uma alteração genética. O diagnóstico é feito pelo exame de cariótipo (conjunto de cromossomos que uma célula humana possui). As pessoas com síndrome de Down apresentam algumas características comuns, como hipotonia (flacidez da musculatura) ao nascer, o comprometimento intelectual (o ritmo de aprendizagem é mais lento) e o fenótipo (a aparência física).
Mais informações: www.reviverdown.org.br(41) 3223-5364
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