domingo, 29 de maio de 2016

Autismo: Quando a inclusão é, na verdade, exclusão

Todas as crianças têm direito à inclusão no ensino regular, sejam elas deficientes ou não.

Inclusão, do dicionário:
  1. Incorporação, inserção, integração.
  2. Integração absoluta de pessoas que possuem necessidades especiais ou específicas numa sociedade.
De acordo com nossa legislação, nenhuma escola pode se recusar a receber um aluno com autismo. Mas estar matriculado não significa estar incluso. Muitos professores não possuem conhecimento suficiente para receber essas crianças, nem recebem o suporte necessário para atendê-las com qualidade.
Estar dentro desse contexto não seria então uma forma de exclusão?
Vemos então crianças dentro da sala de aula que não participam das atividades em grupo, que não conseguem aprender o que é proposto, que não conseguem comunicar o que desejam, que não conseguem ter amigos, que não desenvolvem a linguagem, etc.
Estar dentro da sala de aula, como mais um desafio que o professor não consegue dar conta, sem explorar suas capacidades e sem saber lidar com suas limitações, pode comprometer ainda mais o desenvolvimento do aluno dentro do espectro.
Muitas crianças acabam por se “adaptar” ao padrão, principalmente quando possuem o grau mais leve, e conseguem evoluir e aproveitar os benefícios que o ambiente escolar oferece. Mas já vi muitos casos de abandono da escola porque a criança não conseguiu acompanhar o desenvolvimento dos colegas ou porque houve agravamento de comportamentos inadequados.
Existem algumas medidas que podem ser tomadas pela escola, para que ela se torne mais inclusiva. É sobre essas medidas que falarei em breve!
A inclusão de alunos com necessidades especiais, em classes comuns, exige que a escola regular se organize de forma a oferecer possibilidades objetivas de aprendizagens a todos os alunos, especialmente àqueles portadores de deficiência.
(Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica/2001)
Por Amanda Puly