sexta-feira, 30 de março de 2012

MEU NOME É RÁDIO-O FILME


Solidariedade, sentimento ensinado por este lindo filme. Meu Nome é Rádio, um roteiro baseado em pessoas e como podem ajudar-se mutuamente. Todos têm algo a aprender uma com as outras. O diretor Michael Tollin conta a história verídica de um treinador de um time de futebol que passa a ser o tutor de um jovem negro e com deficiência mental fazendo este se tornar um homem corajoso e o ensina a nunca desistir de seus sonhos.O filme acontece na década de 70, no interior dos Estados Unidos, o treinador Harold Jones (Ed Harris) após flagrar seus jogadores maltratando Rádio (Cuba Gooding Jr.) resolve trazê-lo para acompanhar os treinos e a participar do dia a dia da escola T. L. Hanna High School.
O treinador supera vários obstáculos no filme para que Rádio não fique desamparado. Vai contra a diretora da escola e o ministério público por ser tratar de um colégio estadual e um dos pais dos jogadores pede o afastamento do jovem negro, pois supõe ser ele o causador dos problemas. No entanto o treinador se mantém firme e determinado a ajudar Rádio. Ensina-o a ler, escrever, a se comunicar, a rotina dos treinos e ele se torna o monitor das turmas o 3º ano anunciando as merendas no microfone. Harold Jones revela a sua filha em dado momento do filme que durante dois anos entregava jornais e teve a oportunidade de ajudar um garoto, mas não o fez e justifica a filha o porquê de estar ajudando agora. No natal Rádio ganha vários presentes, e passa a ser admirado por todos na cidade, exceto o pai de um dos jogadores que pede a saída de Rádio do time. Uma das cenas mais emocionantes ocorre quando Ed entra na barbearia e diz por mais que ame o Futebol, deixaria de ser treinador para continuar a educar o jovem.
Rádio se forma junto com o 3º ano, e é o orgulho do treinador, um homem que emociona a todos por ter provado que as melhores vitórias do mundo acontecem na vida real. Precisou abrir mão de algo que amava para ser solidário a uma pessoa que nem conhecia. Hoje, Rádio e o atual treinador do Time de Hanna.



C

LISTAGEM DE FILMES SOBRE AUTISMO


 APRENDIZ DE SONHADOR



--Gilbert (Johnny Depp) vive numa pequena cidade do interior. Sua família depende dele para tudo desde que o pai morreu: para sustentar a casa; para tomar conta do irmão Arnie (Leonardo DiCaprio, indicado ao Oscar de ator coadjuvante), que é retardado e vive arranjando problemas; para cuidar da mãe, que nunca sai de casa e tem um sério problema de obesidade. Ele trabalha numa mercearia e já não agüenta sua vida. Quando Becky (Juliette Lewis) e sua família aparecem na cidade, Gilbert se apaixona. Essa e outras mudanças abrem espaço para que ele veja esperança e beleza em sua vida.



BENNY E JOHN
--Benny cuida de sua irmã Joon, que sofre de sérios problemas psicológicos, desde a morte dos pais. Ela ganha, num jogo de pôquer, sua cara-metade: o irreverente Sam, um jovem inteiramente fora do comum, apaixonado pelos mestres da comédia muda. E o leva para casa, para desespero de Benny. Ele se vê, pela primeira vez, com ciúmes da irmã, com mêdo de perdê-la, mas tendo que aceitar que ela quer (e pode) ter sua própria vida.



CÓDIGO PARA O INFERNO
--Quando uma operação não tem o resultado esperado Arthur Jeffries (Bruce Willis), um agente do F.B.I., se torna bode expiatório e é relegado a segundo plano, sendo usado só em operações de rotina. Mas sua vida tem uma radical mudança quando Simon Lynch (Miko Hughes), um menino de nove anos autista, sem o menor esforço desvenda um "indecifrável" código do governo americano que tinha custado dois bilhões de dólares. Assim, o responsável pelo projeto ordena que este contratempo em forma de criança seja eliminado, mas o agente encarregado da missão mata os pais do garoto (e simula que o marido matou a mulher e se suicidou), mas a criança não é encontrada. Jeffries descobre Simon em um esconderijo e não aceita a versão do "suicídio". Fica claro que querem o garoto morto, ele não sabe quem e nem o motivo mas decidiu protegê-lo e sozinho, pois não sabe em quem confiar. Outras pessoas são mortas e, se não agir rápido, Simon poderá ser a próxima vítima do chefe de uma agência que está determinado a fazer qualquer coisa para manter seu poder e prestígio.



DANÇANDO NO ESCURO
--Selma Jezkova (Björk) é uma mãe solteira portadora de uma doença hereditária na visão. Tentando impedir que seu filho fique cego como ela está ficando, Selma trabalha o máximo que pode para economizar e pagar sua operação. Só que quando um vizinho amigo passa por problemas financeiros e a rouba, têm-se início uma série de trágicos acontecimento que mudarão para sempre os rumos de sua vida.



EXPERIMENTANDO A VIDA
--Molly McKay (Elisabeth Shue) é uma mulher de 28 anos queé intelectualmente "lenta", pois sofre de autismo desde a infância. Ainda muito jovem foi internada, mas agora, com o fechamento da instituição, Buck McKay (Aaron Eckhart), seu irmão, fica com sua guarda. Buck não a via desde quando ela era criança, assim apesar de irmãos eram dois estranhos. Além disto Buck está atravessando problemas em sua vida profissional. Quando Buck fica sabendo através dos médicos de uma arriscada cirurgia experimental que pode curar Molly, ele dá seu consentimento. A operação é um sucesso e Molly deixa de sofrer de autismo, sendo que paralelamente revela um genial intelecto. Mas a intensa concentração da sua personalidade autista permanece e Buck constata que a nova Molly vai enfrentar outro grande desafio.

quer saber mais consulte o link:
http://www.autismo.com.br/principal.php

Livro explica os sinais do autismo em bebês e crianças



Incentivar o diagnóstico — ou ao menos a suspeita — de autismo. Essa é a intenção do livro Autismo — Não espere, aja logo! — Depoimento de um pai sobre os sinais de autismo, lançado neste mês (março) pela editora M.Books (136 páginas, R$ 39). O livro, de autoria do jornalista Paiva Junior, editor-chefe da Revista Autismo e pai de um garoto com autismo, busca explicar sem nenhuma linguagem técnica os sintomas do autismo e destacar a importância de um dos únicos consensos a respeito do transtorno em todo o planeta: quanto antes se inicia o tratamento, melhores são as chances de se ter mais qualidade de vida e desenvolvimento de habilidades. O livro tem prefácio do neuropediatra José Salomão Schwartzman e contra-capa com texto do neurocientista Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia (EUA).

Mesmo que os pais não aceitem bem o diagnóstico ou ainda não tenham uma confirmação definitiva, fechada (até porque essa confirmação comumente vem depois dos 3, 5 ou até 6 anos de idade), o autor procura incentivar que iniciem o tratamento logo: "não esperem, ajam!". "É preciso aproveitar essa grande 'janela' de desenvolvimento dos primeiros anos de vida", explica o autor, com a autoridade de quem tem um filho de quase 5 anos, que está no espectro do autismo. Paiva é também pai de uma menina de quase 3 anos, porém, com desenvolvimento típico ("normal").

O jornalista escreve como pai, por isso não há o uso excessivo de termos técnicos e jargões: "Não escrevo em 'linguagem técnica de médico', escrevo de forma que profissionais de educação e saúde, além de pais e parentes de autistas possam entender o autismo e, ao suspeitar de comportamentos autísticos em alguma criança possam sugerir que encaminhem-na para a avaliação de um especialista. “É um texto de leigo para leigo, de pai para pais", explicou Paiva Junior, que faz questão de destacar que "o livro não habilita ninguém a diagnosticar autismo, papel que é dos médicos neurologistas, neuropediatras e psiquiatras da infância".

Conteúdo extra

QR Code para o site http://LivroAutismo.PaivaJunior.com.br

Outro diferencial do livro são os links para conteúdo extra, com QR Codes (códigos de barras de duas dimensões que podem ser fotografados por telefones celulares para acessar conteúdo online) levando a extensões de capítulos, relatos de famílias, vídeos e material que será permanentemente atualizado.

Nesta primeira edição do livro, toda a arrecadação do autor será revertida para a Revista Autismo, um projeto sem fins lucrativos. Portanto, comprar o livro não apenas ajuda no diagnóstico precoce, mas também contribui para que a revista permaneça existindo.

No site http://LivroAutismo.PaivaJunior.com.br há mais informações e um conteúdo extra relacionado a vários capítulos, inclusive link para comprar o livro.

LivroAutismo — Não espere, aja logo!, 136 páginas, R$ 39,00, editora M.Books, 2012.
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Conheça técnicas de comunicação alternativa com Nadia Browning « Programa Especial

Programa Especial exibido na TV Brasil em 02/04. Conheça a terapeuta ocupacional Nadia Browning. Há mais de vinte anos, ela desenvolve técnicas de comunicação alternativa para pessoas com deficiência. Nadia e Fábio Góes, antigo paciente, mostraram como essa terapia é desenvolvida em uma sessão.


LiVox - Sistema de Comunicação Alternativa para Tablets


O LiVox é o primeiro sistema de comunicação alternativa para tablets totalmente em português do mundo! Desenvolvido por Carlos Pereira na Reamo Beike, o sistema tem ajudado pacientes que não conseguem se comunicar a viverem uma vida mais digna e significativa.

Esse programa certamente ajudará muitas pessoas como autistas, idosos…O LiVox é o primeiro sistema de comunicação alternativa para tablets totalmente em português do mundo! Desenvolvido por Carlos Pereira na Reamo Beike, o sistema tem ajudado pacientes que não conseguem se comunicar a viverem uma vida mais digna e significativa.

Piloto automático do Google auxilia pessoa com deficiência



Da Incluir

Um automóvel com piloto automático do Google foi testado por uma pessoa com deficiência, informou a companhia nesta quarta-feira, 28.
O “Self-driving car” mostrou a Steve Mahan, que não tem 95% da visão, como viajar pela cidade num Toyota Prius, equipado com a tecnologia do Google para autocondução.
Com a tecnologia, o motorista não precisa usar mãos nem pés. O automóvel possui radares e lasers para detectar a localização. Durante o teste, havia um copiloto que portava um computador portátil conectado ao carro.  
"Estou muito acima do que se considera estar legalmente cego", comenta Mahan. Ele explica a diferença que automóvel faria em sua vida. "Isto me daria independência e a flexibilidade para ir a lugares onde tenho que ir e quero ir quando eu necessitar fazer coisas."

Novo livro totalmente Inclusivo


Da Sentidos

Lia Zats lança segundo livro da coleção "Adélia"


Dia 31 de março, a partir das 16h, na Livraria da Vila da Fradique Coutinho, ocorre o lançamento do segundo livro da coleção "Adélia". A coleção é dirigida a crianças com deficiência visual, total ou parcial, já alfabetizadas ou não. Mas a coleção foi feita pensando também em toda e qualquer criança, em pais, sejam eles videntes ou deficientes visuais, que gostam de ler para seus filhos, em profissionais que atuam na área da deficiência. Por isso, os livros da coleção têm texto em tinta e em Braille, com um inovador processo de impressão, têm cores contrastantes, têm texturas, relevos e cheiros. Por que tudo isso junto estimula os sentidos e o prazer de ler. Muitos livros fazem isso. Muito poucos fazem isso para tantas pessoas. A coleção conta com o patrocínio da IBM.


Descaso na 9a Corrida de Aniversário de Porto Alegre


Do RS PARADESPORTO


Secretaria do Esporte realiza prova com premiação em vales compras para andantes e R$ 0,00 para categoria paraolímpica e, para completar, constrói palco sem acessibilidade


VEXAME é a melhor palavra para definir o que a Secretaria de Esportes do Município de Porto Alegre fez no último domingo em Porto Alegre. O que era para ser uma corrida comemorativa ao aniversário da Capital se transformou em palco de discriminação e violação aos direitos das pessoas com deficiência.

Os corredores da RS PARADESPORTO Carlos Roberto Oliveira e Altemir Luis Oliveira venceram a prova e anotaram ótimos tempos. Mas, infelizmente, o fato que merece destaque na prova é negativo e lamentável.

Mesmo depois de advertido por 2 ofícios encaminhados por nossa Associação, o Sr. Edgar Meurer, Secretário de Esportes, seguiu firme na sua convicção de que não há discriminação em REALIZAR uma prova com premiação em vales compras para os corredores andantes e sem premiação similar aos corredores da categoria paraolímpica. 

E, para piorar a situação, o Sr. Edgar comandou a construção de um palco para a cerimônia de entrega de medalhas e troféus sem acessibilidade. O descaso submeteu os vencedores da categoria paraolímpica à humilhante condição de receber seu prêmio abaixo do palco.

Indagado a respeito, o Sr. Secretário Edgar Meurer se desculpou e disse que foi um "erro" de sua parte a não construção de um palco acessível. Porém, desculpas já não satisfazem mais a comunidade e, especialmente, as pessoas com deficiência. 
 
O momento da premiação dos cadeirantes foi constrangedor. Chamados pela organização, os cadeirantes tiveram, primeiro, que vencer o degrau do meio fio da calçada e depois se submeter ao constrangimento de ser premiado abaixo do palco. 

Os atletas da RS Paradesporto optaram por não se submeter ao constrangimento. Enquanto o Secretário teve coragem de sacar fotos com o 3o colocado da prova, Carlão se retirou em meio à cerimônia (fotos abaixo).
 
Enquanto Secretário Edgar Meurer premia 3o colocado da prova, o vencedor, Carlos Roberto de Oliveira, se retira da cerimônia, em protesto

Já o vice campeão da prova, Altemir Luis de Oliveira (o Gringo), também atleta da RS Paradesporto, se negou a receber a premiação ao saber que o palco não tinha acessibilidade.


Luiz Portinho, Presidente da RS Paradesporto, declarou que não deixará o caso transitar em julgado e que lutará até o fim para que a Prefeitura de Porto Alegre corrija a grave falha e JAMAIS repita os fatos. 

- O que vimos hoje foi repudiável. Os corredores em cadeira de rodas foram desconsiderados e tiveram seus direitos violados de forma muito grave. Em qualquer lugar sério, um Secretário de Estado que fizesse o que o Sr. Edgar Meurer fez seria demitido, afirmou Portinho. 

O Vice Presidente da RS Paradesporto, Ronaldo Germano, que correu a prova, também mostrou desapontamento com a situação.

- Não é possível que um Secretário desrespeite assim as pessoas com deficiência. Já era um absurdo a questão da premiação diferenciada. E o palco sem acessibilidade só confirmou o que já estava mais do que evidente, a Secretaria de Esportes não queria que os corredores em cadeira de rodas participassem da prova.  

O fato positivo foi o protesto realizado pelo movimento paraolímpico, que contou com a adesão maciça da população que compareceu ao Gasômetro no ensolarado domingo. Com 100% de adesão, o povo demonstrou solidariedade aos corredores paraolímpicos (foto abaixo)


O que tinha tudo para ser um domingo de sol e festa, se transformou em desrespeito e violação de direitos. A partir de agora a RS Paradesporto tomara providências para reparar os prejuízos causados aos corredores e para impedir que os fatos vivenciados no último domingo se repitam. 

O Presidente Luiz Portinho informou que o caso já foi entregue ao departamento jurídico que deverá, em breve, propor ações judiciais em nome dos corredores prejudicados. Portinho também declarou que confeccionará um dossiê e o encaminhará diretamente ao gabinete do Sr. José Fortunati, Prefeito de Porto Alegre, solicitando esclarecimentos e providências.

AACD faz parceria para criar jogos de reabilitação física

DÉBORA MISMETTI
EDITORA-ASSISTENTE DE "SAÚDE" 

A AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) firmou nesta semana um acordo com a Microsoft para o desenvolvimento de jogos de videogame especiais para reabilitação. 
Os videogames com sensores de movimento, como o Wii da Nintendo e o Xbox, da Microsoft, já são usados em instituições para auxiliar atividades de fisioterapia. 
O objetivo agora é criar jogos concebidos por fisioterapeutas e fisiatras da AACD e desenvolvidos com o apoio técnico da empresa. 


Bianca Helena Felipe, 8, faz fisioterapia na AACD com o uso do videogame Xbox, acompanhada da mãe, Rosana

O presidente da instituição, Eduardo Carneiro, afirma que os primeiros softwares criados nessa parceria podem começar a sair em três ou quatro meses.
A ideia é que pacientes que frequentam a AACD possam levar o aparelho e o jogo para casa e fazer os exercícios. A venda dos jogos para outras instituições no Brasil e no exterior também está no horizonte, segundo Carneiro, e pode ser mais uma fonte de renda da entidade.
Os direitos autorais serão compartilhados entre a instituição e a Microsoft. "Estamos iniciando uma nova era em reabilitação. É um processo sem volta", diz Carneiro.
Os jogos do Xbox com o sensor Kinect, que capta os movimentos do usuário sem a necessidade de controles, já são usados na instituição como parte auxiliar das terapias de reabilitação.
"É difícil que uma criança com paralisia cerebral consiga jogar tênis, mas com esse brinquedo ela consegue. As crianças gostam, saem cansadas do brinquedo, fazem esforço físico mesmo."
Bianca Helena Filippe, 7, é uma das crianças que usam o jogo como parte das sessões de fisioterapia. Ela tem paralisia cerebral e começou a frequentar a AACD com um ano e meio. Está aguardando uma operação corretiva nas pernas há dois anos.
Sua mãe, Rosana Maria Felippe, 46, diz que a menina gosta do videogame. "Quando faz pontinhos, ela fica toda alegre e quer mostrar para mim. Tenho até de sair da sala para ela não perder a concentração no jogo."


Fonte: www1.folha.uol.com.br publicado 29/03/2012

Quarto de uma criança com deficiência


Por: Maria Alice Furrer


A NBR 9050/2004 (Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos) visa proporcionar ao maior número possível de pessoas – independentemente de idade, estatura ou limitação de mobilidade ou percepção – a utilização de maneira autônoma e segura do ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos.
Esta Norma também determina que edificações residenciais multifamiliares (condomínios, edifícios e conjuntos habitacionais) devem ser acessíveis em suas áreas de uso comum (calçadas, recepção, estacionamento, área de lazer e outros), sendo facultativa a aplicação do disposto nesta Norma em edificações unifamiliares (residências destinadas a uma única família). Assim, a moradia deve ser adequada às necessidades específicas de seus usuários.
 Hoje vamos analisar alguns pontos que a Norma traz em relação aos quartos acessíveis de locais de hospedagem, comparando-os com um quarto adaptado de acordo com as necessidades do morador.
 
 

A figura acima é uma planta padrão de um quarto de hospedagem acessível, extraída da NBR 9050/2004. O espaço do quarto prevê área de giro para cadeira de rodas, área de circulação interna e uma porta de pelo menos 0,80 m de largura. Apesar de não estar ilustrado na figura, a norma também especifica que os mobiliários dos dormitórios acessíveis devem atender às condições de alcance manual e visual, e as camas devem ter 0,46 m de altura, além de outras especificações.
Agora vamos observar alguns mobiliários do quarto de uma criança de 4 anos com paralisia cerebral, que, apesar de conseguir andar, possui comprometimento das duas pernas e do braço direito.

 
 

Esta é uma mesa utilizada para fazer as tarefas da escola e atividades de lazer. Ela é fixada na parede e, conforme houver necessidade de regular sua altura, basta fixá-la novamente, ou seja, não é preciso comprar outra mesa.
As quinas são arredondadas para evitar possíveis incidentes. Os lápis e demais recursos são organizados em potes logo acima da mesa, numa altura confortável para a criança, além de estar bem visível e organizado.
No centro deste mobiliário existe um recorte, onde o tronco da criança fica encaixado. No caso desta criança, isso é necessário para que o braço direito tenha melhor apoio e, consequentemente, mais função. Sem contar que a postura de tronco é favorecida, já que há uma maior estabilidade.
A cadeira ainda não estava pronta, por isso não foi fotografada.

 

Há um tapete no quarto. A Norma diz que tapetes devem ser evitados em rotas acessíveis. Entretanto, neste caso, não interfere na circulação e na segurança da criança nem dos outros moradores do apartamento.
Esta cama é mais baixa que o normal. Somado à espessura do colchão, a parte mais distal da cabeceira possui 40 cm de altura, um pouco mais baixa do que estipulado na NBR 9050/2004. Com esta altura, a criança tem segurança, conforto e autonomia para subir e descer da cama a qualquer momento.
Nesta foto ele está subindo na cama. No canto direito da foto existe um puff, onde a criança consegue levantar e sentar sem ajuda.

 

A foto acima ilustra o momento em que a criança incia o movimento para descer da cama, sem precisar de ajuda.
Para subir e descer de locais mais elevados é necessário auxiliá-lo. Mesmo quando consegue fazê-lo com independência, ele o realiza com mais dificuldade.


Na imagem acima, a criança aparece adotando a postura de pé, logo após descer da cama.
Estes mobiliários tornaram fácil o acesso para esta criança, de acordo com suas necessidades específicas.

Maria Alice Furrer