sábado, 10 de setembro de 2011

Guilherme Finotti mostra que a inclusão dá certo

Atendo o Guilherme desde os 6 anos de idade. Sempre soube do seu potencial. Estou muito feliz em saber que na classificação geral do vestibular da Feevale, ele obteve a 9ª colocação, o que lhe garantiu uma bolsa integral do Programa Universidade para Todos – ProUni.

Além disso, entre os candidatos que concorreram a bolsas na Feevale, Finotti obteve a 3ª nota mais alta, ficando atrás apenas de um estudante de Biomedicina e um de Direito.

Só que foi necessário apelar para o Ministério Público e principalmente à imprensa, para que conseguisse fazer o ENEM. Após cursar o técnico de informática e os ensinos fundamental e médio utilizando um computador adaptado como meio de comunicação, Finotti foi impedido pelo Inep (Instito Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão responsável pela Enem, de usar o equipamento na prova.

A não realização do exame o impedia de pleitear vaga nas universidades que adotassem o exame como ferramenta de seleção, além de acabar com a chance de concessão de bolsa de estudos.

Desde maio, a família vinha tentando a inclusão do filho no Enem, tendo sido comunicada da autorização do Inep em meados de novembro. Ele obteve média 6,6 no exame, um bom resultado diante da média nacional fixada em 4,7. Hoje ele está atuando no meu projeto Design Inclusivo, como meu bolsista de iniciação científica, onde já desenvolveu um software para auxiliar a alfabetização de Pcs.

Agora iniciará a outra parte da luta que é a de mostrar ao mercado de trabalho que ele é um ótimo programador. Muita água vai rolar ainda....


Postado por Regina de O. Heidrich às Quinta-feira, Fevereiro 25, 2010
 
 http://inclusodepneesnaescola.blogspot.com/2010/02/guilherme-finotti-mostra-que-inclusao.html

Educação para todos, mas ao estiilo indiano!

Naquele que já foi o país dos marajás, barracões viram salas de aula para crianças que precisam ser salvas do trabalho infantil



Texto Alex Fisberg

Sorriso aberto: a turma da professora Revathi Thulo acredita em um futuro melhor!

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Educação para todos, mas ao estilo indianoNaquele que já foi o país dos marajás, barracões viram salas de aula para crianças que precisam ser salvas do trabalho infantil





21/07/2011 14:13

Texto Alex Fisberg Foto: Alex Fisberg





O barracão dentro de um canteiro de obras na cidade de Chennai, no sul da Índia, é abafado, tem paredes de metal e pouco lembra uma sala de aula.Mas abriga uma unidade das chamadas escolas de transição, instituições que acolhem jovens indianos - a maioria vítima do trabalho infantil - que nunca receberam Educação formal. A iniciativa do governo indiano, em parceria com várias organizações não governamentais, pretende universalizar a Educação Básica no país (estima-se entre 8 milhões e 27 milhões o número de crianças de até 14 anos fora da escola, dependendo da fonte consultada).



Antes do início das atividades, um burburinho da garotada falando diferentes línguas toma conta da classe. O único capaz de entender todas as conversas é Ragu (na foto, de camisa branca e mão no queixo), de apenas 10 anos. Nos últimos três, ele perambulou com os pais por seis estados indianos e agora pode se comunicar em cinco dos 26 idiomas oficiais do país. "De todos os lugares por onde passei, esta escola é onde me sinto mais seguro. Posso aprender e não preciso trabalhar." As crianças ficam nas escolas de seis a nove meses. Depois, são encaminhadas paraturmas regulares, em que podem continuar os estudos e, quem sabe, até chegar à universidade.



A turma de Ragu tem 18 alunos, com idades entre 4 e 13 anos. Basicamente, eles estão ali para ser alfabetizados em telugu - o idioma do estado de Andhra Pradesh, de onde todos vieram. Com estratégias variadas, a professora Revathi Thula se vira como pode para ensinar a ler e escrever. Vale tudo: às vezes, ela pede que os estudantes mais adiantados leiam em voz alta para os demais e, em outras ocasiões, promove atividades de escrita no quadro. O desafio de Revathi é entender as necessidades específicas de cada um e dar acompanhamento individualizado a todos. "Eu me divido para ajudar a turma", diz a educadora.



É difícil mensurar o impacto das unidades de transição, pois não há dados estatísticos confiáveis. Mas o sorriso estampado no rosto de crianças como Ragu não deixa dúvidas: elas se enchem de esperança por um futuro melhor.

http://educarparacrescer.abril.com.br/gestao-escolar/educacao-todos-ao-estilo-indiano-634431.shtml