domingo, 9 de fevereiro de 2014

Grupo de pagode Além sa visão


Pets muito especiais


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Há três anos, o consultor de marketing Bruno Marino parou o carro em uma rodovia para resgatar a vira-lata Clarinha, que fora atropelada horas antes. O cão tinha parte do corpo quebrado e um corte na barriga que sangrava muito. Na clínica veterinária, ele descobriu que o animal estava com uma fratura na coluna e perderia o movimento das pernas traseiras. Decidiu adotá-la.
Desde então, o pet perambula pelo apartamento do dono arrastando-se. Pelas ruas, passeia animadamente em uma cadeira de rodas, feita por um artesão de Curitiba. “Ela leva uma vida normal comigo. Somos muito apegados”, diz o consultor de marketing, que aprendeu a contornar a deficiência do pet.

Henry Milléo / Gazeta do Povo
Henry Milléo / Gazeta do Povo / A psicóloga Fernanda Primo e a filha Sara se revezam para cuidar do cão Steve e da gata Dorinha, que são cegosAmpliar imagem
A psicóloga Fernanda Primo e a filha Sara se revezam para cuidar do cão Steve e da gata Dorinha, que são cegos
Cachorros e gatos deficientes têm um alto nível de dependência dos humanos. Marino diz que Clarinha precisa de ajuda para urinar, o que faz apertando a bexiga dela. Na cadeirinha, o bichinho não pode passar mais de duas horas por dia, pois isso pode gerar lesões. Como o cuidado é um pouco mais delicado, o dono diz que não a deixa com ninguém: “Ela costuma viajar sempre comigo”.
Como nas pessoas, o problema enfrentado pelo animal vai determinar o tipo de enfermagem. A surdez costuma não ser problema dentro de casa ou no quintal. “Mas é preciso cuidar com a rua, por causa do barulho dos carros ”, alerta Rhea Cassuli, médica veterinária da clínica Pró-Vita. A cegueira, no entanto, exige uma adaptação maior por parte dos bichos, que podem se machucar em ambientes diferentes ou trombar com móveis e cair de escadas.
A psicóloga Fernanda Primo tem um cachorro e um gato cegos. Steve, cão que está há seis meses na família, foi resgatado da rua, vítima de um acidente em que perdeu os olhos. Dorinha, por sua vez, estava em uma clínica veterinária para ser sacrificada após ser abandonada pelos antigos donos há dois anos. “Aqui eles ganharam um lar”, diz a psicóloga.
A opção pelo sacrifício animal em quadros de deficiência pode parecer a mais fácil em alguns casos, mas também é a mais cruel. “Se o animal o acompanhou desde filhote, por que abandoná-lo nesse momento em que ele mais precisa de cuidado?”, questiona Rhea, que se recusa a dar a solução final aos seus pacientes. “Ainda há esperança para eles terem uma boa vida”, diz. Os exemplos desta reportagem confirmam.

Gazeta do Povo

Atitudes que fazem a diferença com as pessoas com deficiencia!


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