domingo, 8 de março de 2015

Homenagem a todas as mães especiais. Parabéns mulheres guerreiras

O poema foi exibido durante o telejornal para exaltar as virtudes das mulheres na data que é comemorada no...
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'Momento mágico', diz pai sobre adoção de gêmeos com deficiência

Casal não conseguia ter filhos, buscou adoção e se emocionou ao conhecer um casal de gêmeos com 3,5 anos de idade. Família é uma exceção no Brasil.

Acesse o vídeo no :



http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/03/momento-magico-diz-pai-sobre-adocao-de-gemeos-com-deficiencia.html
“Foi a melhor decisão que eu tive na minha vida”, conta a mãe da Maria Vitória. “A minha vida seria totalmente sem graça se não tivesse eles aqui”, diz Fabiana, mãe dos gêmeos Raíssa e Benjamin.
Essas famílias nunca imaginaram que adotariam uma criança com deficiência. Maria Vitória, de 2 anos, foi abandonada pelos pais biológicos e passou o primeiro ano de vida em uma UTI. A médica Fernanda, que fazia estágio no hospital onde a menina foi deixada, acompanhou a história de perto.
“A Maria Vitória tem mielomelingocele, que é uma alteração da medula. Ela não mexe as pernas. Ela tem um pouquinho de dificuldade de manter o pescocinho duro. Ela tem outra complicação, que chama Síndrome de Arnold Chiari Tipo 2. Um dos sintomas é dificuldade para engolir. Ela respira por um tubinho na traqueia. Ela come por um botãozinho dentro do estômago, uma sonda”, conta Fernanda Godoi. 
Fernanda não conseguia tirar Maria Vitória da cabeça.  “A Fernanda chegava em casa e contava: ‘Ah, mãe! Conheci uma menininha, você precisa ver e começou a contar a história’”, conta Mônica Alves, fisioterapeuta.

“Voltava todo final de semana para minha casa, chorava de saudade. Queria ela de volta. ‘Pai, mãe, tem uma criança abandonada’. Um dia, eles desejaram conhecê-la.”, lembra Fernanda.
“Eu olhei pra carinha dela, ela olhou na minha cara e mandou um beijo. A gente ficou tudo assim, bobo.”, lembra a mãe da Fernanda e da Maria Vitória.
“Na hora que minha mãe viu, falou: ‘eu quero essa criança’. “Eles estavam em outra fase da vida. Os dois filhos criados já, podendo curtir e, de repente, uma criança de um aninho vindo para casa, especial”, conta Fernanda.
“Foi tudo muito rápido. Entre a gente conhecer ela e ela vir pra casa demorou um mês e meio.”, lembra a mãe de Maria Vitória.
Fernanda passou a ser irmã de Maria Vitória. “Tudo parece que se encaixou. Foi incrível.”, afirma Fernanda.

Casal se surpreende ao procurar o Cadastro Nacional de Adoção
Marcos e Fabiana não conseguiam ter filhos.
“Eu falei para ela: ‘talvez, a gente não saiba agora o porquê. Mas tem um motivo’. Mal sabíamos o que estava vindo pela frente.”, diz Marcos Clarck, engenheiro mecânico.
Veio, então, a ideia da adoção.
“No começo, nós optamos por um filho, até dois anos de idade, menino ou menina, e sem deficiências.”, conta Fabiana.
O casal procurou o Cadastro Nacional de Adoção, e esperou por um ano, até que Fabiana foi chamada.
“E eu saí de lá com o nome de duas crianças: ‘Raíssa e Benjamin’. Que eram os meus filhos”, conta Fabiana Clarck, engenheira química. 
“Ela começou a contar. Olha, parece que são gêmeos, três anos e meio, já era diferente do nosso perfil.”, lembra Marcos.
“A gente começou de um jeito e acabou, na prática, de um jeito diferente. A gente foi abrindo nosso coração. A gente queria ser só pai e mãe. A gente queria ter uma família, sem muita condição.”, diz Fabiana.
Três dias depois, foram ao abrigo onde os gêmeos viviam. Raíssa e Benjamin nasceram com paralisia cerebral.
“Eu olhei para Fabiana para ver quem iria olhar primeiro. Fui eu. E, no momento que eu vi, no momento que eu vi, eu estava olhando para o meu filho. Eu sabia que eu estava olhando para o meu filho. Foi uma ligação imediata. O Benjamin abriu os bracinhos e veio no meu colo. E duas tias que estavam lá olhando, elas ficaram emocionadas. Falei: ‘por que vocês ficaram emocionadas?’ ‘Porque o Benjamin não vai em colo de homem. Quando ele foi no seu colo... Ele achou o pai.’”, conta Marcos, muito emocionado ao lembrar da cena.
“Foi um momento mágico. As deficiências das crianças, a gente quase não se importou com isso, porque elas eram tão maiores do que aquilo. Que aquilo, naquele momento, era um detalhe.”, afirma Marcos. 
“A Raissa, eu achei ela a menina mais linda, a minha princesinha tanto sonhada. Ela era perfeita”, conta Fabiana. 
A assistente social falou: ‘Raíssa, Benjamim, o Marcos e a Fabiana querem saber se vocês querem ser os filhinhos deles’, conta Marcos.

A Raíssa abriu um sorrisão, Benjamin também. Foi o sorrisão mais lindo! Um sim assim... Um sorriso tão sincero, que era o que ela queria”, diz Fabiana ao chorar com a lembrança.
Problema para o baixo número de adoções de crianças com deficiência
Essas famílias são exceções. No Brasil, 5.673 crianças estão cadastradas para adoção. Dessas, mais de 20%, têm, ao menos, alguma doença ou deficiência. Mas dados recentes mostram que apenas 7,5% (33.207) dos pretendentes aceitariam crianças nessas condições.
Para este especialista, o problema não é só o preconceito.
“O que acontece, muitas vezes, é que ninguém despertou a esse pretendente à adoção a se abrir para um caso especial. É necessário que o próprio poder judiciário informe a esse pretendente à adoção para essa categoria de criança.”, explica o presidente da Comissão de Direito à Adoção da OAB-SP.

“Adotar uma criança especial, acho que assusta muito. Mas dá. É incrível.”, afirma Fernanda.
“Mas filho normal também dá trabalho. E, às vezes, muito mais.”, contam os pais da Maria Vitória.
“Tudo o que você faz pra ela tá bom. Se você tira da cama, ela ri. Se você coloca na cama ela ri também. Tudo pra ela está bom. Tudo pra ela é festa. Como você pode ter problema?”, conta pai de Maria Vitória.

Fantástico: Hoje, a sua família é como você sonhou?
Fabiana e Marcos, pais de gêmeos Raíssa e Benjamin: “Ela é muito melhor do que eu podia imaginar. Cada passo que eles dão, é uma vitória, uma conquista para toda família. Eu acho que traz um sentido especial”.

Homenagem ao Dia Internacional da Mulher da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social



Homenagem ao Dia Internacional da Mulher da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social
Notícia Principal
06/03/2015
Paraná fortalece ações para garantia dos direitos das mulheres
Formada em Direito e aprovada no exame da Ordem dos Advogados do Brasil, Adriana Denise Bezerra, 35 anos, integra a Assessoria da Pessoa com Deficiência da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Paraná. Vítima de paralisia cerebral, a advogada diz estar realizando um antigo sonho.
“Acredito que minha formação profissional, aliada à minha experiência de vida, me permite desenvolver um bom trabalho. Quero passar meu conhecimento não só para as pessoas com deficiências, mas para toda a sociedade, e ajudar a fazer com que a inclusão se transforme em um processo natural e não uma obrigação prevista em lei”, diz.
Adriana pode ser considerada um exemplo de superação. Órfã desde o nascimento, foi adotada pela patroa de sua mãe, ainda na maternidade. Com dificuldade de se alimentar teve a previsão médica que não viveria mais de sete dias. Graças à dedicação de sua nova mãe, Lúcia, ela sobreviveu alimentada com conta-gotas.
A paralisia acarretou algumas sequelas em Adriana, como a dificuldade de falar e escrever, mas nada disso impediu que estudasse e se tornasse uma profissional. Hoje, além de trabalhar como servidora pública, a advogada integra o Núcleo de Inclusão de uma universidade, em Curitiba. “Lá tenho a missão de acompanhar os estudantes com deficiência, da inscrição até a formatura”. Com orgulho e brilho nos olhos, ela conta que fica feliz por servir de exemplo. “Os alunos dizem que é muito bom ter alguém que realmente entende o que precisam e que, se eu consegui, também serão vitoriosos”, diz.
PLANO – Adriana representa um segmento importante de mulheres que tiveram seus direitos consolidados no Plano Estadual de Políticas para Mulheres, lançado pelo Governo do Estado, em dezembro de 2014. No documento estão metas, parcerias, prazos e indicações orçamentárias que direcionarão as ações governamentais na formulação de políticas públicas para melhorar a realidade das mulheres paranaenses em todas as dimensões.
“O Plano representa um grande avanço na efetivação dos direitos das mulheres paranaenses de forma integral. As propostas incluem o enfrentamento às violências, autonomia econômica, inclusão e superação das desigualdades sociais”, explica a secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa.
PARTICIPAÇÃO - Construído a partir de um estreito diálogo entre governo e sociedade civil, representada pelo Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM), o plano é fruto da mobilização de quase dois mil paranaenses que participaram de conferências municipais, regionais e estadual de políticas para as mulheres.
“Foi uma conquista coletiva, depois de quase uma década de luta. Para nós é uma resposta a todos os segmentos populacionais de mulheres do nosso Estado”, conta a conselheira do CEDM, Silvana Rausis Fcachenco.
PROTEÇÃO INTEGRAL – A Política Nacional de Assistência Social mantém sua centralidade na família, com foco em todas as situações de vulnerabilidade que possam atingir as famílias e indivíduos.
No Paraná é a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social quem coordena os serviços de proteção social das famílias, atuando na prevenção às situações de risco e no atendimento em situações de ameaça ou violação de direitos.
O trabalho preventivo é realizado nos 548 Centros de Referência Especializados em Assistência Social (Creas) do Estado, onde a equipe técnica trabalha para fortalecer os vínculos familiares e comunitários. Nas unidades elas também recebem os encaminhamentos necessários para acessar serviços de saúde, educação, trabalho, assistência social e conquistar sua emancipação.
As famílias com um ou mais membros que sofrem violação de direitos, incluindo as mulheres vítimas de violência, recebem apoio, orientação e acompanhamento nos Centros de Referência em Assistência Social (Cras).
O governo estadual também apoia a implementação do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, que tem como objetivo prevenir e enfrentar todas as formas de violações de direitos. As ações compreendem o combate aos efeitos da violência contra as mulheres, e também superação das desigualdades entre mulheres e homens.
EMPREGO – Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que, em 2014, as mulheres ocuparam 59,15% do saldo de empregos formais registrado no Paraná, que foi de 34.708 postos com carteira assinada.
O setor que mais criou postos de trabalho para as mulheres foi o de serviços, com 16.839 vagas. Em segundo lugar veio o setor do comércio, com 5.143 postos, seguido da administração pública, com 833.
Na análise dos dados, verifica-se que as mulheres são maioria nas admissões nas quais as faixas salariais são mais baixas. De acordo com Caged 2014, do total de 17.620 admissões com até meio salário mínimo, 59,38% foram de trabalhadores do sexo feminino.
https://www.facebook.com/adrianadenise.bezerra