sexta-feira, 17 de maio de 2013

Campanha de conscientização popular alerta sobre cegueira sem cura por glaucoma

Mara Gabrilli 

Dupla de personagens “Olho e Colírio” interagem com a população da cidade de 20 a 24 de maio para alertar sobre cegueira sem cura pelo glaucoma; sala sensorial no vão livre do Masp tem objetivo de fazer população conhecer as limitações das pessoas que perderam a visão
Você sabia que 1/3 dos brasileiros com mais de 16 anos de idade nunca foi ao oftalmologista? Preocupada com esse dado e suas consequências, a Sociedade Brasileira de Glaucoma promoverá várias atividades na cidade de São Paulo na Semana Nacional de Combate à Cegueira pelo Glaucoma(20 a 24 de maio). Uma dupla de atores caracterizados como “Olho e Colírio” percorrerá os principais pontos da metrópole fazendo esquetes divertidas e esclarecedoras para alertar as pessoas para a principal causa de cegueira sem cura do mundo. No dia 23, a dupla vai parar a principal avenida da cidade, a Paulista. 
Entre 9h e 16h, quem passar pelo vão livre do MASP será convidado pela dupla de personagens “Olho e Colírio” a entrar em uma sala sensorial totalmente escura e a descobrir quais são alguns objetos expostos por meio do tato já que estará com os olhos vendados. Voluntários deficientes visuais  da Fundação Dorina Nowill guiarão as pessoas nessa descoberta. Após, poderá tirar e levar para casa fotos com os personagens da campanha cujo slogan desse ano é “VEJA TODOS OS DIAS”. Todas as cenas clicadas na data serão expostas em um mural especial no site da iniciativa: www.cuidadocomoglacoma.com.br. “Lutar contra o glaucoma é um grande desafio. A doença não tem cura, mas pode ser tratada e evitar a perda da visão desde que seja descoberta o quanto antes.”, afirma Dr. Vital Paulino Costa, presidente da SBG e Chefe do Setor de Glaucoma da Unicamp.
Segundo o oftalmologista, a preocupação da sociedade médica aumentou ainda mais a partir dos resultados de uma pesquisa IBOPE encomendada por ela. Os dados apontaram que a maioria dos brasileiros nunca foi ao oftalmologista e, como consequência, há um grande desconhecimento sobre o glaucoma. “Essa é uma doença silenciosa e não apresenta sintomas. Os pacientes só percebem que estão com problemas na visão quando ela já está em estágio avançado”.
As ações contam com o apoio da Associação Brasileira dos Amigos, Familiares e Portadores de Glaucoma (Abrag) e fazem parte da campanha nacional de conscientização popular “Cuidado com o Glaucoma”, iniciativa da entidade. Com apoio do Ministério da Saúde, a Campanha visa alertar as pessoas para o diagnóstico e tratamento precoce da doença que se não tratada corretamente, evolui para perda total da visão de forma gradativa.
O glaucoma atinge hoje 2% dos brasileiros acima dos 40 anos (cerca de 1 milhão de pessoas), chegando a triplicar após os 70 anos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a cada ano são registrados 2,4 milhões de novos casos no mundo. O mais preocupante é que a maioria dos indivíduos não apresentam sintomas e nem sabe que tem a doença. Por isso, além da performance e da interação com as pessoas, a dupla “Olho e Colírio” distribuirá cartilhas educativas e simulará a importância do colírio para a visão no tratamento da doença.
SERVIÇO:
Semana de Combate à Cegueira por Glaucoma
Campanha de Conscientização Popular “Cuidado com o Glaucoma”
Interação Dupla Olho e Colírio na Avenida Paulista
De 20 a 23 de maio: vários locais ao longo da avenida
Sala Sensorial no Vão Livre do MASP
Dia 23 de maio, quinta-feira
Horário: das 9h às 16h
Local: vão livre do MASP (Museu de Arte de São Paulo)
Av. Paulista, 1578 - Bela Vista  São Paulo
Sobre o glaucoma
O glaucoma atinge mais de 1 milhão de brasileiros e mais de 60 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). É uma doença ocular hereditária e progressiva causada pelo aumento da pressão intraocular e que causa lesão no nervo óptico. Silencioso, costuma apresentar sintomas quando já está em estágio avançado ou quando ocorre perda do campo visual. Em 80% dos casos, se não tratada, a doença evolui para perda total da visão de forma gradativa.
Alguns grupos de pacientes merecem atenção especial devido a maior predisposição: o risco de glaucoma aumenta com a idade e é mais frequente em pessoas acima dos 40 anos. Parentes de pacientes com glaucoma também apresentam maior risco. Indivíduos de etnia negra ou afrodescendentes estão na zona de alerta, pois a incidência da doença é quatro vezes maior do que em relação aos demais. Além destes, pacientes míopes que utilizam lentes acima de seis graus, diabéticos, que já tiveram doenças intraoculares ou trauma ocular também fazem parte do grupo de risco.
Sobre a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG)
A Sociedade Brasileira de Glaucoma foi fundada em 1981 pela iniciativa de um grupo de oftalmologistas que, durante uma conversa informal, decidiu organizar uma entidade que tivesse como objetivo principal difundir informações atualizadas a respeito da doença. É formada por médicos oftalmologistas especialistas em glaucoma e se reúne periodicamente para discutir o glaucoma na população brasileira. Além disso, promove reuniões científicas com o intuito de promover a educação continuada dos oftalmologistas do país a respeito do glaucoma.
Mais informações: http://www.sbglaucoma.com.br 
Sobre ABRAG
A Associação Brasileira dos Amigos, Familiares e Portadores de Glaucoma foi criada no primeiro semestre de 2000. Ela nasceu a partir da conscientização de médicos especialistas e familiares de pacientes sobre a necessidade de oferecer apoio, educação e informação para familiares e portadores do glaucoma.
A ABRAG conta com o suporte de escolas superiores de Medicina, do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, da Sociedade Brasileira de Glaucoma e de médicos especialistas. A entidade visa também a conscientização dos grupos de risco e a troca de experiências entre as pessoas envolvidas.
Mais informações: www.abrag.org.br

Caminhada Viva o Centro a Pé, em Porto Alegre, será dirigida também a pessoas com deficiência


O roteiro será pelo centro baixo e terá início às 10h, com saída do totem do Caminho dos Antiquários, na rua Demétrio Ribeiro, em frente à Praça Daltro Filho. Após subir a rua Marechal Floriano, o passeio seguirá pela avenida Borges de Medeiros (por baixo do Viaduto Otávio Rocha) e rua da Praia até a Praça da Alfândega.

Diversos símbolos que representam pessoas com deficiência
As caminhadas promovidas pelo programa Viva o Centro a Pé, de Porto Alegre (RS)Site externo., são orientadas por professores universitários, estudiosos em história, arquitetura e artes que narram a história de edificações e espaços públicos do Centro da cidade. São oferecidas duas vezes por mês, sempre aos sábados, com ponto de saída junto ao totem do Caminho dos Antiquários, na Praça Daltro Filho. A iniciativa busca sensibilizar moradores e turistas quanto aos espaços de importância histórica e cultural do município.
A caminhada orientada Viva o Centro a Pé do próximo sábado, 18, será dirigida também a pessoas com deficiência visual e auditiva, já que contará com a participação de profissionais de mediação em Libras e especialista em audiodescrição.
O roteiro será pelo centro baixo e terá início às 10h, com saída do totem do Caminho dos Antiquários, na rua Demétrio Ribeiro, em frente à Praça Daltro Filho. Após subir a rua Marechal Floriano, o passeio seguirá pela avenida Borges de Medeiros (por baixo do Viaduto Otávio Rocha) e rua da Praia até a Praça da Alfândega.
A caminhada será orientada pelo professor de história da UfrgsSite externo., Renato Holmer Fiore, além da interpretação em Libras de Simone Dornelles, audiodescrição de César Fraga. A duração é de aproximadamente duas horas. Em caso de chuva, o evento será cancelado.
No sábado acessível, pessoas com deficiência visual necessitam de voluntários para conduzi-las na caminhada. Solicitamos às pessoas que se disponibilizarem a atuar como guias que se apresentem à organização do evento 20 minutos antes da caminhada.
Os interessados devem solicitar inscrição pelo e-mail vivaocentroape@gmail.com e aguardar confirmação. Para participar é necessário doar alimentos não perecíveis. Outra opção é a doação de ração para cães e gatos, que será destinada aos animais, por meio da Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda). Existem caixas para o recolhimento no ponto de saída das caminhadas.
A realização é da Secretaria Municipal da Cultura (SMC) - Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo - e do Programa Viva o Centro, com apoio da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).

Fonte: http://www.blogdaaudiodescricao.com.brSite externo.

Lei garante início de tratamento de câncer em 60 dias



São Paulo - A partir da quinta-feira (23) pacientes com diagnóstico de câncer deverão ter assegurado o início do tratamento em até sessenta dias. O direito está previsto em lei editada ano passado e que entra em vigor na próxima semana.
O tempo começa a ser contado a partir do registro do prontuário do paciente. Caso o prazo não seja respeitado, pacientes devem procurar secretarias de saúde de suas cidades. De acordo com a norma, início do tratamento pode ser quimioterapia ou radioterapia ou cirurgia.
Serviços que não atenderem o prazo estarão sujeitos a punições administrativas. As exceções para a regra são casos em que o tratamento não é indicado, câncer de pele que não seja melanoma e câncer de tireoide sem fatores clínicos. De acordo com o Ministério da Saúde, no entanto, não será preciso muito esforço adequação à regra. Levantamento feito pela pasta com registros dos últimos cinco anos mostra que 78% dos casos de câncer em estágio inicial iniciam o tratamento neste prazo.
Entre pacientes que tiveram diagnóstico da doença em estágio avançado, 79% tiveram início também antes dos 60 dias. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que números mais confiáveis sobre a espera para o início do tratamento serão obtidos a partir dos próximos meses, quando entrar em funcionamento um Sistema de Informação de Câncer, um software oferecido pela pasta gratuitamente para secretarias, a partir desta semana. De acordo com Padilha, até agosto todos os registros de novos casos da doença terão de ser feitos por esse sistema.
O ministro anunciou nesta quinta-feira, 16, a edição de uma portaria para regulamentar a dedução fiscal de empresas que contribuam com doações para medidas de combate ao câncer e reabilitação de pessoas com deficiências. A partir de amanhã, com a publicação da regra, entidades sem fins lucrativos poderão se credenciar no Ministério da Saúde. Depois do credenciamento, elas devem apresentar projetos candidatos à doação. "Eles serão tanto na área de assistência, quanto de pesquisa ou para aquisição de insumos", disse o ministro.
Aprovado, empresas poderão sair em busca de parceiros. Empresas e pessoas físicas que fizerem doações poderão abater do seu imposto de renda as contribuições.
Dados do Instituto Nacional do Câncer indicam que este ano deverão ser registrados 518 mil novos casos da doença no País. Não há levantamento no ministério sobre quantos pacientes têm o diagnóstico da doença já em estágio avançado. O câncer é responsável por cerca de 15% das mortes do País.