quinta-feira, 24 de maio de 2012

Escolas terão R$ 100 milhões para acessibilidade


Do Visto Livre

Os recursos, provenientes do FNDE, destinam-se a 12.165 mil unidades municipais, estaduais e do Distrito Federal para serem aplicados, prioritariamente, na contratação de serviços de construção de rampas, alargamento de portas e passagens, assim como a instalação de corrimãos. Sanitários também devem ser adequados para acessibilidade e colocação de sinalização visual, tátil e sonora. A verba pode ser aplicada, ainda, na aquisição de itens como cadeiras de rodas, bebedouros, mobiliários acessíveis ou softwares específicos.Escolas públicas de 3.433 municípios receberão R$ 100 milhões para realizar adequações arquitetônicas nas sedes e investir em outras melhorias para favorecer a igualdade de condições de acesso e aprendizagem aos alunos com deficiência. O repasse de recursos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) às unidades de ensino foi normatizado pela Resolução nº 27, de 2 de junho de 2011, publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira (3).
Censo Escolar de 2010 – Quase 500 mil alunos matriculados em unidades de ensino regular são estudantes com deficiência e apenas 20% das escolas públicas de educação básica atendem a critérios de acessibilidade a esse público. Neste ano, serão atendidas as escolas que receberam sala de recursos multifuncionais em 2009 eregistraram matrícula de estudantes com essa característica no Censo de 2010. Cada unidade de ensino pode receber recursos que variam de R$ 6 mil a R$ 9 mil, de acordo com o número de alunos. “Os estudantes com deficiência devem ter acesso a todas as dependências da escola”, pondera a diretora de políticas de educação especial do Ministério da Educação (MEC), Martinha Clarete.
A Escola Acessível faz parte do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), que reduz a burocracia na transferência de recursos. Para recebê-los, as escolas devem elaborar planos de ações que serão submetidos à aprovação das secretarias de educação, observados os critérios e normas gerais de acessibilidade nas obras.
Política de educação inclusiva foi lançada em 2008
Os resultados do Censo Escolar da Educação Básica apontam um crescimento significativo nas matrículas da educação especial nas classes comuns do ensino regular. De acordo com o MEC, esse crescimento é reflexo de política adotada que inclui programas de implantação de salas de recursos multifuncionais, adequação de prédios escolares para a acessibilidade, formação continuada de professores da educação especial e do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) na escola, além do programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade. O objetivo é estimular a formação de gestores e educadores para a criação de sistemas educacionais inclusivos. A política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva foi lançada em 2008 paralelamente a aprovação, por meio de emenda constitucional, da convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os direitos das pessoas com deficiência. De acordo com a convenção, devem ser assegurados sistemas educacionais inclusivos em todos os níveis


Ação da ADD em aeroportos, foi premiada por críticos da publicidade



DA ADD




Ação criada pela agência age para a ADD foi considerada a melhor do mês de Fevereiro/2010, na categoria Uso de Mídia, pelo site Ads of the World. A peça já havia sido escolhida pelo Best Ads como a Melhor na categoria Outdoor.



Nos dias 17 e 18 de janeiro de 2010, ao chegar ao Aeroporto de Cumbica, em São Paulo, os passageiros eram surpreendidos por carrinhos de bagagem com apliques que simulavam um deficiente numa cadeira de rodas. Desta forma, quem empurrava um desses carrinhos, parecia estar empurrando um cadeirante. O conceito era “Ajude um atleta a ir para a Paraolimpíada. Faça uma doação.”
Criada em 1996 pelo professor de educação física Steven Dubner juntamente com a administradora de empresas Eliane Miada, a ADD – Associação Desportiva para Deficientes é uma instituição sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento de pessoas com deficiência por meio de práticas esportivas adaptadas, ensino e cursos de capacitação, facilitando o processo de resgate da auto-estima, integração e inclusão social.
Contando com o patrocínio de empresas como Aliança do Brasil, Atlas Schindler, Bicbanco, Carglass, Converplast e SESVESP, a ADD apóia atletas nas modalidades basquete em cadeira de rodas, natação, atletismo, ciclismo tandem e surf.
Em 13 anos de atividades, a ADD possui um total de 11 mil pessoas com deficiência atendidos diretamente e outros milhares indiretamente.

Casa acessível e amigável

Casa e Cia



Os pisos antiderrapantes são importantes para evitar quedas. A Gyotoku, em parceria com o arquiteto e paisagista Benedito Abbud, desenvolveu o piso Drenac para ambientes externos. Antiderrapante, o produto evita a formação de poças, garantindo segurança e facilitando a locomoção. Preço sugerido: R$ 135 o m² (20 x 20 wcm)



Construir uma casa acessível não se resume a pensar em pessoas com mobilidade reduzida. É necessário possibilitar a todos uma vida melhor



A chamada arquitetura universal projeta ambientes para que todos possam usar - pessoas em cadeiras de rodas, com dificuldades de locomoção ou mesmo idosos que precisam de cuidados especiais. "Trata-se de pensar em uma casa acessível e amigável para toda a família, em projetos que não prezem apenas a facilidade de acesso, mas também itens que permitam um uso seguro e simples da casa, diminuindo seus riscos", afirma a arquiteta Sandra Perito, do Instituto Brasil Acessível.
De acordo com Sandra, o ideal é trabalhar a acessibilidade de uma casa ainda em seu projeto. "São diversos detalhes que precisam ser atendidos em uma casa acessível, e durante uma reforma, muitas vezes, isso não é possível ou o custo torna-se inviável." A arquiteta cita o exemplo dos interruptores, que em uma casa acessível precisam ser iluminados e ficar a 45 cm do piso. "Imagine trocar todas as caixas de interruptores de uma casa e seus acabamentos em uma reforma. O custo seria muito alto", complementa.

Foto: Eugenio Gular
A BANCADA NA COZINHA (projeto Sandra Perito) possui duas estações de trabalho em desnível, uma com vão embaixo, possibilitando a utilização por peso as em cadeiras de rodas. A torneira tem alavanca de girar, fácil de manusear, e o piso é antiderrapante


O ASSENTO REMOVÍVEL (Deca) traz mais segurança na hora do banho para quem tem dificuldade de locomoção. O produto é feito de aço inox e, em certos casos, pode ser revestido por camadas de PVC antibacteriano. Resistente à corrosão, o assento suporta peso superior a 150 quilos. Preço sugerido: R$ 390

Além das noções da arquitetura universal para se construir uma casa ou reformar um ambiente, para alcançar a acessibilidade os arquitetos contam com as diretrizes da NBR 9050. "Ela ajuda a direcionar o que precisa ser reformado nos ambientes, tanto em espaços públicos como em residências particulares", afirma Mariana Alves, arquiteta especializada no assunto. "O que mais acontece hoje é a reforma de certos ambientes para que se adaptem às novas condições do morador, seja por uso de cadeira de rodas ou dificuldade de locomoção de um idoso", completa.


Os espaços que precisam de mais cuidado na hora de reformar são o no banheiro e a cozinha. "Nos outros você pode arrumar os móveis ou abrir mais espaço, mas na cozinha e banheiro precisamos trocar peças, piso e instalar componentes de segurança.".




Foto: Eugenio Gular
NESTE BANHEIRO ACESSÍVEL , da arquiteta Sandra Perito, o boxe abre para os dois lados, 80 cm de vão, para a entrada da cadeira de rodas. As barras de apoio oferecem segurança na hora do banho, assim como o alarme de emergência instalado dentro do boxe. Na bancada, os móveis com rodízios deixam o espaço livre











Itens obrigatórios 
Produtos e algumas lições básicas ajudam a trazer mais segurança para uma casa. "Os tapetes devem ser retirados, para diminuir o risco de quedas e de que enrosquem na cadeira de rodas. As maçanetas devem ser do tipo alavanca, que facilitam o uso, e as áreas de circulação devem ter 1,2 m de diâmetro", afirma Mariana.

Entre os produtos que ajudam a deixar a casa mais acessível estão as barras de apoio, que podem ser instaladas dentro do banheiro - ao lado do vaso sanitário e no interior do box. No banheiro, cozinha e áreas externas é preciso colocar piso antiderrapante.
No boxe do banheiro o ideal é a instalação de portas de correr ou com abertura para fora, assim é possível ajudar uma pessoa em caso de queda. O assento removível para o banho também facilita o dia. "Além disso, a altura da bancada do banheiro precisa ser adequada e os móveis podem ser com rodinhas, para que não atrapalhem quem usa cadeira de rodas", sugere Sandra.
Já na cozinha é preciso planejar tampos com variações altura, e o recomendado é que a pia seja regulável, possibilitando o uso por pessoas com diferentes estaturas ou mesmo sentadas. E torneiras do tipo alavanca ou cruzeta, que permitem o fácil acionamento.
Outros itens tecnológicos como sensores de presença, alarmes de emergência e interruptores remotos ajudam a deixar a casa mais segura e amigável.


Foto: Carlos Piratininga
O BOX TAMBÉM É EQUIPADO com barras facilitadoras de acesso e a porta de vidro (AZV ) de três folhas tem abertura bem ampla para permitir a passagem de andador ou cadeira de rodas. Os acessórios são da Interbagno



Foto: Carlos Piratininga

Todos estão convidados!!!! Compareçam!!!


Informação em http://www.incluir.org.br/

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