segunda-feira, 9 de junho de 2014

Cadeirante reclama de falta de rampas em loja da Renner em Ribeirão Preto

A atleta Danielle Nobile reclama da falta de acessebilidade em loja de departamentos de Ribeirão Preto, SP (Foto: Danielle Nobile/ Arquivo Pessoal)Danielle Nobile reclama da falta de rampas em loja da Renner (Foto: Danielle Nobile/ Arquivo Pessoal)













O que era para ser uma simples compra de roupas acabou se tornando um transtorno para a paratleta Danielle Nobile, de 28 anos. Cadeirante há um ano e sete meses, após um acidente de carro, a jovem escolheu as peças que mais gostou, mas não conseguiu pagar pelos produtos porque os caixas ficam no andar de cima da loja de departamentos, cujo único acesso é por uma escada com cinco degraus. Danielle conta que tentou pedir ajuda, mas não encontrou nenhum atendente. Por fim, acabou indo embora, sem levar nada.
A assessoria de imprensa da Lojas Renner alegou que essa foi “uma situação pontual” e que o magazine está passando por uma ampliação do espaço. Ainda de acordo com a Renner, um projeto de acessibilidade deve ser implantado na reforma em andamento.
Dor de cabeça
Danielle conta que precisava de uma jaqueta esportiva e então decidiu ir até o centro de compras na última terça-feira (3), mas percebeu que enfrentaria dificuldades assim que chegou à loja. “Entrei pela entrada principal, que fica em frente a uma chopperia. Lá dentro, vi que o departamento de esportes ficava na parte de baixo, mas não havia rampa para descer, apenas uma escada", relembra a jovem, que deu uma volta por dentro do shopping, até encontrar uma porta secundária. Os problemas, no entanto, não terminavam por aí.
“Eu achei o que eu queria, peguei os produtos e fui pagar, mas o caixa ficava na parte de cima e, de novo, eu não tinha como chegar pela falta de rampas. Eu tentei encontrar alguém pra me ajudar, mas não tinha um vendedor sequer ali. Fui embora sem o que eu queria, porque a loja não me deu a chance de comprar", reclamou Danielle, afirmando que antes de sair, pediu a outra cliente que a ajudasse a fazer uma foto, mostrando o problema da loja. A imagem se tornou uma forma de protesto no Facebook.
Danielle diz que essa não é a primeira vez que enfrenta problemas porque não encontra acessibilidade em estabelecimentos comerciais. "É um constrangimento, mas não só pra mim. Imagine um idoso com dificuldade de locomoção, ou uma mãe com carrinho de bebê, como fariam sem a rampa de acesso? A sociedade precisa entender que somos iguais a qualquer outra pessoa, nos saímos, gostamos de passear e fazemos compras também.”
Em implantação
A assessoria da rede de lojas Renner alegou que a situação enfrentada por Danielle foi um caso pontual e informou que, assim como o Ribeirão Shopping passou por uma recente expansão, a loja também está sendo ampliada. O novo projeto prevê acessibilidade, mas ainda em fase de implantação, porque as obras estão acontecendo por etapas.
O Ribeirão Shopping, por outro lado, informou que a acessibilidade está incorporada “no espírito de todas as lojas” do centro de compras e que todas estão se adequando.
G1