sábado, 31 de maio de 2014

Mães de filhos hiperativos

Se seu filho é uma criança muito agitada e desatenta, pode ser que seja hiperativo. Entenda mais sobre o assunto

mãe observa o filho

Algumas crianças parecem ser ‘elétricas’, correm, pulam de um lado para o outro, sobem em lugares altos, perdem objetos, gritam o tempo todo e não prestam atenção. O sono nem sempre é tranquilo, na escola vivem aprontado, e não é raro envolverem-se em brigas e confusões. Nesses casos as mães costumam entrar em choque sem saber o que fazer com os filhos.
Caso o seu filho apresente essas características existe uma grande possibilidade de que ele seja hiperativo. A hiperatividade é uma síndrome denominada Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

O que é um filho hiperativo


A síndrome costuma ser mais frequente entre meninos, a hiperatividade costuma diminuir normalmente até os 18 anos. É importante afirmar que nem toda criança portadora da síndrome possui a hiperatividade acompanhada pelo déficit de atenção, algumas são apenas hiperativas ou desatenciosas. A preocupação deve ser maior com crianças que apresentarem um grau de déficit de atenção mais elevado que a própria hiperatividade.
Uma criança hiperativa é aquela que normalmente costuma ser mais agitada que o restante de sua idade, que possui dificuldades para se concentrar em apenas uma atividade e não consegue ficar quieta. O filho hiperativo não é uma criança má, estúpida ou preguiçosa. Ele pode não conseguir ficar sentado no sofá da sala assistindo a TV, ou passar horas a fio na frente do computador ou vídeo game, no geral ele age de forma diferente das demais crianças, é inconstante e em alguns casos tem algum grau de dificuldade nas relações de amizade.
Normalmente mães de filhos hiperativos  possuem mais dificuldade em disciplina-los, tornando-se um desafio para os pais e professores, no entanto todas essas diferenças no comportamento não impedem que o filho hiperativo ame os pais e também queira ser amado e tratado com carinho.

Como diagnosticar a hiperatividade


Nesses casos o acompanhamento do profissional da saúde especializado em TDAH é indispensável, pois somente a avaliação do médico poderá determinar se existe ou não a hiperatividade.
Alguns estudos indicam que a hiperatividade pode se manifestar já nos primeiros meses, ou seja, aquele bebê agitado que quase não dorme e está sempre choramingando, pode ser um bebê hiperativo. O comportamento da criança portadora do Déficit de Atenção com Hiperatividade dá sinais claros que indicam a presença da síndrome, por isso é de extrema importância os pais observarem atentamente o desenvolvimento dos filhos ao longo dos primeiros anos de vida.
No entanto é preciso muita cautela antes de afirmar com toda certeza que a criança é hiperativa, algumas vezes a negligencia dos pais em relação à educação dos filhos ou a falta de limites, faz com que a criança apresente comportamento desajustado que pode vir a ser identificado erroneamente como se fosse hiperatividade.

Tratamento para a hiperatividade


Tratar a criança hiperativa requer muita paciência, disciplina e amor por parte dos pais e familiares. A missão é desafiadora e cabe ao casal unir forças para lidar com a situação agindo em conjunto com firmeza e dedicação. O uso dos medicamentos prescritos pelo médico e o tratamento psicológico adequado somado à ação firme e determinada dos pais sempre geram resultados positivos que tornam a vida da criança mais saudável e alegre.
Aos pais cabe ainda a tarefa de estabelecer normas que irão ser aplicadas no dia a dia, tais como agendar horário para a realização das tarefas diárias, acompanhamento do desenvolvimento escolar e principalmente estimular a criança através de elogios e palavras de incentivo evitando as críticas e toda e qualquer forma de agressividade.
A hiperatividade pode ser confundida com problemas comportamentais ou outros tipos de doenças que podem afetar o comportamento da criança. Por este motivo para identificar se seu filho é hiperativo é necessário um diagnóstico médico e um acompanhamento adequado.
Assista o vídeo e veja algumas dicas de como identificar se seu filho é uma criança hiperativa e tratamentos
Como saber se meu filho é hiperativo - Programa TPM Ulbra TV 4/2/13

Saiba mais informações sobre mães de filhos hiperativos


http://mundomulheres.com/maes-de-filhos-hiperativos/

Seminário debate turismo acessível

Começa nesta segunda-feira (02) o Seminário Turismo Acessível: uma cidade hospitaleira para todos. O evento é promovido pela Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Instituto Municipal de Turismo e será realizado até terça-feira, na Universidade Positivo.
O objetivo do seminário é debater o turismo e o lazer inclusivos, levando em conta desde o atendimento adequado até questões mais técnicas de acessibilidade.
O seminário também visa ao aprimoramento do atendimento ao público com deficiência para a Copa do Mundo 2014.
Participam funcionários da rede hoteleira, de bares e restaurantes e servidores públicos.
Seminário de Turismo Acessível
Data: 02 e 03 de junho
Horário: 8h às 17h15
Local: Universidade Positivo (Rua Professor Pedro Viriato de Souza, 5300)
2 de Junho: no Auditório 1 do Bloco Vermelho
3 de Junho: no Auditório do Bloco Azul. 
Inscrições: no local ou através do site: http://aprendere.imap.org.br/portal
(clique no menu inscrições aos cursos/presenciais e selecione o mês de maio)
Entrada Franca
Mais informações: (41) 3363-5236 Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/seminario-debate-turismo-acessivel/33068#.U4jJwwfzgN4.facebook

INCLUSÃO: A DIFERENÇA ENTRE TER INTELIGÊNCIA E SER UMA PESSOA INTELIGENTE

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A DIFERENÇA ENTRE TER INTELIGÊNCIA E SER UMA PESSOA INTELIGENTE
Temos o costume de associar inteligência ao desempenho intelectual e acadêmico ou a carência de habilidades para processar informações que repercutem no desenvolvimento escolar
AMESTOY (1996) coloca que a inteligência é um sistema aberto e modificável, capaz de responder aos efeitos de uma estimulação dirigida, integral e sistemática, ou seja, uma capacidade que permite ao indivíduo adaptar-se a situações problemáticas que se apresentam na vida.
Desta forma, uma pessoa inteligente é aquela que tem habilidade para resolver problemas, habilidade verbal e habilidade social.
Segundo Amestoy uma pessoa inteligente é aquela que:
- interessa-se por tudo;
- raciocina logicamente;
- aceita os outros como eles são;
- leem muito e sobre diversos temas;
- reconhecem seus erros;
- mostram sentido comum;
- tem facilidade de se expressar;
- entendem o que leem;
- relacionam e encontram aspectos comuns entre ideias;
- tem mente clara e aberta;
- pensam antes de falar e agir;
- mostram flexibilidade em seus atos e em seus pensamentos;
- sabem muito a respeito de um campo específico;
- são francas e honestas consigo mesma;
- avaliam as situações;
- entendem-se com as pessoas;
- acatam normas sociais;
- são sensíveis as necessidades dos outros.
Desta forma, a inteligência é um conceito que não se baseia no indivíduo, e sim, leva em conta o mundo a sua volta e a cultura onde o indivíduo está inserido.
Além disso, o indivíduo inteligente obedece aos seus impulsos não conscientes os quais o motivam a buscar e tentar. A intuição é uma capacidade muitas vezes reprimidas em nossa sociedade pois não é estimulada na educação formal.
Ela pode se manifestar de forma espontânea ou desenvolvida nos ajudando a conectar ideias prévias, a suprimir bloqueios, a articular ideias e nos abre para o novo onde podemos demonstrar de forma efetiva o nosso potencial de inteligência que, nem sempre, está relacionado a dados obtidos em testes classificatórios.
http://atividadesparaeducacaoespecial.com/publicacoes-relacioadas-a-educacao-especial/inclusao-a-diferenca-entre-ter-inteligencia-e-ser-uma-pessoa-nteligente/

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sexta-feira, 30 de maio de 2014

Minha vida em Cor de Rosa


Pais mostram em vídeo transformação de filho transgênero de 6 anos

Uma das primeiras coisas que Ryland disse foi: "Eu sou um menino" Foto: Reprodução / Youtube / The Whittington Family
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Se muitos adultos têm dificuldade de compreender o conceito de identidade de gênero, imagine uma criança. Para Ryland Whittington, de 6 anos, isso sempre foi muito claro. Nascido como menina, ele nunca se identificou com o seu sexo e questionava constantemente seus pais sobre o assunto. Quando completou 5 anos, Jeff e Hillary Whittington, de San Diego, Estados Unidos, permitiram que ele fizesse a transição do universo feminino para o masculino.
Ryland durante sua transição, com roupas masculinas
Ryland durante sua transição, com roupas masculinas Foto: Reprodução / Youtube / The Whittington Family

Na última semana, a família foi homenageada no 6º Harvey Milk Diversity Breakfast e recebeu o Premio Inspiração depois de exibir o vídeo em que mostra a transição do filho Ryland de menino para menina. No evento, o garoto subiu ao palco usando terno e gravata e leu um anúncio ao público: “Meu nome é Ryland Whittington. Eu sou uma criança transgênera”.

Ryland após realizar o implante coclear
Ryland após realizar o implante coclear Foto: Reprodução / Youtube / The Whittington Family

O vídeo “The Whittington Family: Ryland's Story”, publicado na web nesta semana, já alcançou quase 350 mil visualizações no Youtube. A família só foi confrontada com a identidade de gênero dele, quando Ryland já estava mais crescido. Isso porque ele nasceu com um problema de surdez e só começou a escutar após fazer um implante coclear — dispositivo tecnológico que estimula as fibras nervosas do ouvido. Pouco depois de aprender a falar, ele contou aos pais: “Eu sou um menino”.
O menino se identificava com outro gênero desde pequeno
O menino se identificava com outro gênero desde pequeno Foto: Reprodução / Youtube / The Whittington Family

Jeff e Hillary, despreparados para lidar com a novidade, acharam que era algo temporário, que iria passar. Mas, ao completar 5 anos, ele começou a rejeitar tudo que se relacionasse ao universo feminino. O estopim foi quando ele questionou aos pais: “Por que Deus me fez assim?”.
A família decidiu, então buscar ajuda profissional e pesquisar sobre a identidade de gênero de crianças. A explicação encontrada foi que Ryland é transgênero. A pesquisa trouxe um baque: 41% das pessoas transgêneras tentam cometer suicídio devido à dificuldade de serem aceitos socialmente. Decididos, Jeff e Hillary, que têm também uma filha mais nova, abraçaram a “nova” identidade de seu filho.
A família reunida
A família reunida

A mudança das roupas, dos brinquedos e da decoração do quarto foram apenas algumas das alterações. O menino adorou cortar os cabelos e a família ainda precisou se adaptar a se referir a ele no gênero masculino.
O menino dançando em um casamento
O menino dançando em um casamento Foto: Reprodução / Youtube / The Whittington Family

“A identidade de gênero de Ryland não foi provocada pelo nosso jeito de criá-lo, nossa estrutura familiar ou fatores ambientais”, explica um trecho do vídeo. As imagens retratam a infância de um menino comum e feliz.
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Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/mundo/pais-mostram-em-video-transformacao-de-filho-transgenero-de-6-anos-12658070.html#ixzz33FZHpc5u

terça-feira, 27 de maio de 2014

Lenine visita o projeto “Diferentes Talentos”

Lhttp://encontrossocioambientais.com.br/home/?p=1141enine visita o projeto


                                        A paixão pela transformação na vida das pessoas e a luta continua por uma sociedade que respeite às diferenças. Esse é o mote de um dos anfitriões dos Encontros no Rio de Janeiro, a “Associação Niteroiense de Deficientes Físicos (Andef)”. Com uma recepção calorosa da médica neurologista Tania Rodrigues e do presidente Guilherme Ramalho, o tema da conversa foi a inclusão inversa. Afinal, se antigamente as pessoas com deficiência iam até a sociedade para mostrar que fazem parte dela, hoje toda a comunidade é trazida para esse convívio. Em todas as atividades realizadas na linda sede de 26.000 m2, existem pessoas com e sem deficiência juntas. Lenine jogou com os atletas de basquetebol em cadeira de rodas e com a equipe de bocha, além de assistir ao treino da Seleção de Futebol de Cinco para Cegos e do grupo de Dança Corpo em Movimento, com direito a uma versão especial de “Jack Soul Brasileiro”.
A criação do Ano Internacional da Pessoa com Deficiência, instituído pela ONU em 1981, foi o estopim para começar a sonhar com um local para a valorização dos direitos do segmento. De lá para cá, vem crescendo e se transformou na principal instituição de pessoas com deficiência do Brasil, com 800 profissionais com deficiência, 200 atletas paralímpicos e quase 10.000 atendimentos realizados por ano. O projeto “Diferentes Talentos” foi aprovado na primeira seleção pública do Esporte Educacional da Petrobras, e hoje atende 500 crianças e adolescentes de Niterói e municípios vizinhos. Os preconceitos vão diminuindo e as pessoas atendidas multiplicam essa ideia. Elas que serão os principais agentes dessa mudança de mentalidade em nossa sociedade.

domingo, 25 de maio de 2014

Tatiana Rolim " Mãe, escritora, psicóloga que anda sobre rodas"

Com quantos anos sofreu a lesão medular e como foi?
Foi exatamente no dia do aniversário da cidade de São Paulo, 25 janeiro de 1995, eu tinha 17 anos quando fui atropelada por um caminhão na cidade de  Franco da Rocha, na época eu trabalhava, estudava, dançava , era modelo, e ainda jogava vôlei na equipe de minha cidade, participei de poucos campeonatos, minha altura não ajudava e eu me dava melhor com fotos  do que nas passarelas.
-Ah! Eu Também já tinha um  namorado e naquele momento vivenciava a descoberta dos prazeres  numa relação o a dois...Eu tinha saído pra pedalar com uma miga, muito amiga por sinal, até hoje nos falamos, coincidentemente enquanto estou respondendo a essa entrevista  ela me ligou para dar feliz aniversário,  hoje completo meus 36 anos de idade, ou seja 19 anos  de lesão medular. Bom com o atropelamento eu tive graves sequelas, a principal lesão medular, mas para os médicos isto não era o pior  e sim a  possibilidade  de ter o braço direito amputado, o que me deixaria menos independente motoramente...

 Qual a sua reação imediata ao saber que ficaria paraplégica?
É como digo no vídeo que fiz  a pouco pela empresa Dot Conecept,  isto foi gradativamente , acho que um processo continuo, especialmente porque fiquei muito tempo em coma, cirurgias e quando tive alta não entendia exatamente o que tinha acontecido, aonde eu estava, em que momento eu estava e como falo no meu primeiro livro “ Meu andar sobre rodas” eu já não sabia se vinha ou se ia para um guerra.
Mas certamente quando me dei conta, foi duro, foi muito triste e me lembro claramente; acho que foi no banho como na cena da novela que também participei na qual a atriz Aline Moraes se via nua e confrontava seu corpo, aquela cena é descrita também no meu livro, sabe era uma mistura desta cena e da cena da atriz  Carolina Dieckman ficando careca, porque meus cabelos caiam, enquanto eu tomava banho.Este foi o dia mais triste da miha vida.

 Quais as principais adaptações iniciais foram necessárias em sua vida?
Bom quando cheguei em casa, naquela época eu morava  numa casa nada acessível, tínhamos escadas, a cidade de Franco da Rocha não é boa arquitetonicamente falando como a maioria da periferia do estado, além de  tudo minha  casa era um sobrado, estava feita na vida com todas as dificuldades. Fora isto eu sai do hospital praticamente tetraplégica,  porque quase perdi o braço direito que é cheio de cicatriz, enxertos e o esquerdo sofreu um trauma neurológico, então eu dependi por cerca de uns oito, nove ou dez meses de muita ajuda até pra comer.Naquela época, por ser sobrado a minha casa, meus pais improvisaram meu quarto na sala, lá eu dormia , almoçava e recebia muitas e muitas visitas.Com o tempo a vida seguiu , retomou seu rumo e em dois anos  eu voltei  trabalhar, andar sobre rodas, em minha cadeira de rodas, e assim com muito esforço da família eu e meus queridos pais fizemos uma casa nova, acessível, com calçada rebaixada, banheiro grande, com barras, somente isto, pois com o resto eu fui me adaptando também. Sei que esta não é realidade de todo mundo, mas é bem possível, ninguém precisa ganhar muito dinheiro, mas é bem possível de se fazer um quarto, uma  rampa que muitas vezes ajudam muito, para isto é essencial que a família esteja unida, junta pra superar as limitações.
 .
4-O convívio com os amigos mudou? Você continuou com suas atividades normais?
 Ufa, se contínuo, é como acabei de falar acima, a família estando unida tudo se torna mais fácil. Eu sempre digo que  sou grata a Deus por tudo, primeiro a minha vida retomou o rumo na sua essência, até desfilar eu voltei a desfilar com cadeira de rodas, e os amigos se tornaram ainda mais próximos com eu disse no inicio da entrevista ,a amiga que estava comigo no dia do acidente, Meire, permanece na minha vida como sempre, hoje se muitos outros se afastaram foi simplesmente pelo rumo que a vida deu para cada um , mas certamente não pela minha deficiência.  Moro em Osasco há 10 anos e eles na maioria continuam em Franco da Rocha, outros foram para Suécia, Inglaterra, Estados Unidos, ou seja, a minha deficiência não tem a nada a ver com isto, é o rumo natural da vida de cada um.
Naturalmente que hoje ter quase 40 anos, tenho novos amigos, novos  ciclos, mas muitos da infância, adolescência permanecem na minha vida e a medida do possível estamos juntos.

 Como foi namorar para você depois do acidente?
Esta parte foi uma das partes que mais falei no meu livro meu “Andar sobre rodas” e naturalmente quando resolvi escrever sobre a gravidez e convidei outras meninas para faz o depoimento das suas histórias no livro “Maria de rodas”, eu queria que também contassem sobre esta parte, porque ainda é um tema bem limitado, cheio de tabus.Todo ano eu participo de um seminário de sexualidade na feira Reatehc, neste ano de 2013 eu espero vocês na feira ( ver o site por favor e divulgar  )REATECH- Seminário de Sexualidade.
Bom, eu depois da alta, por ainda ter o quadro de dependência total sai com uso de sonda vesical, aquela da sacolinha, sabe? Porque eu não tinha força pra me sentar, me trocar , etc,  e com tanta dependência, eu ainda tinha um namorado, passamos a ficar sozinhos aos finais de semana, e eu temia que ele me procurasse, afinal pouco antes do acidente tínhamos iniciado a vida sexual e confesso que é uma das coisas mais maravilhosas na vida de um ser humano. Assim quando me dei conta da perda da minha sensibilidade e da possibilidade do prazer pelo orgasmo fiquei arrasada. E então num final de semana juntos, de repente nos vimos prontos para as tentativas, mas não tínhamos nenhuma informação, há 20 anos não era como hoje: blog, face book, internet, i pode, etc, não tínhamos acesso, o  máximo que tinha era o livro do Marcelo Rubens Paiva “ Feliz ano velho”, que também  me inspirou a escrever o meu que acabou sendo comparado a uma versão feminina do dele.
Assim como o início dos treinos sexuais só tínhamos decepções, eu chorava de um lado e ele se frustrava por outro sem saber como me acolher, o que era  muito pior do qualquer reação de homem que não sabe o que fazer  quando uma  mulher chora.  Com muita vergonha perguntei para meu médico com quem eu fazia tratamento na AACD , mas  não foi muito eficaz nas  orientações e eu percebi que tinha que partir de mim mesma, assim foi e no fim deu certo, sabia ? Não é aquela maravilha dos meus 17 anos, mas é muito bom, hoje se me perguntarem o que eu mudaria em mim, eu mudaria isto, apenas  conexão do prazer, nem preciso andar, basta (  ,,,) rs

Você acha que alguns dos seus amores não foram correspondidos por conta da deficiência?
Sou uma mulher cheia de  experiências, algumas constam no meu livro no livro” Meu andar sobre rodas”, lá tem inclusive uma experiência destas. Aconteceu sim, como também aconteceu o contrário, pela deficiência ser justamente o alvo dos devotees. Tudo isto me ensinou muito, amadurecei  imensamente como pessoa e como mulher.


Como foi sua vida durante a faculdade, que curso fez e quais as dificuldades de acessibilidade você enfrentou?
Para começar quando resolvi fazer faculdade, eu ainda estava pedalando, tinha duvidas entre psicologia e veterinária, mas com foco em atendimento hospitalar, seja para um ou para outro, ou seja animais ou humanos, eu queria estar num hospital para atende-los como paciente, optei pela psicologia, era mais barato e mais perto, menos tempo e  eu tinha pressa em voltar  trabalhar e seguir minha vida. Quando cheguei à faculdade, de cara  tinha escadas para os andares superiores, com jeitinho fui conquistando a diretoria, que  cedeu aos meus pedidos : rampas, elevadores, banheiros acessível, vaga de estacionamento e tudo isto, na FACULDAE DE FILOSOFIA, CIENCIA E LETRAS DE GUARULHOS-FIG, famosa Fiquinha, lá eu iniciava o meu trabalho como consultora que sou hoje pela minha própria empresa TRinclusao, acessória em inclusão social. Quando se tem o conhecimento nada é perdido e eu busquei muita coisa neste tempo. Lá foi um palco de aprendizado riquíssimo, não só de saber técnico e cientifico, mas da vida pessoal também e com o tempo quebrei paradigmas de acessibilidade porque outros alunos com deficiência e grávidas  passaram a usar o elevador.
-Ah! Quando não tinha elevador e eu tinha aulas no piso superior, eu ia de cavalinho nas costas dos  meninos da classe  e as meninas carregavam a cadeira, não era pra mim humilhação, mas  também não era o certo, né?


 Ser mãe cadeirante abala a questão psicológica, como foi sua gravidez e seu parto?
Abalar não abala não,.kkk
Acho que desde que seja algo programado na vida nada abala, e assim foi a espera da minha filha. Eu estava num momento impar da minha vida conjugal e biológica, parecíamos que íamos nos separar a qualquer momento e meu relógio biológico sinalizava que eu tinha que fecundar, assim num termino e outro da relação quando voltamos optei pela gravidez, avisei-o do dia  fértil e a fizemos. Eu ficaria abalada se ele se recusasse..kk . Bom, depois disto tivemos crises graves  que efetivamente nos levou a separação e confesso isto sim levou a questões psicológicas, porque apesar de tudo eu não queria uma criança sem pai, não queria fazer parte de uma estatística universal, mas lá vou eu!! A gravidez em si, foi um processo mágico e com  a esperava da minha filha nascia as primeira páginas de “Maria de rodas”, o livro que originalmente seria “Rodas de mamãe” quando era uma escrita só minha e solitária,  até que eu convidei as outras “Marias” para concluírem o texto que eu não teria respostas, pois só saberia responder quando minha filha tivesse dois, três, quarto anos. Eu sabia que não precisaria esperar minha filha crescer tanto para poder concluir o texto, pois já tinham pessoas nestas condições, daí juntei uma coisa com a outra e assim elas toparam  e nasceu o livro “Maria de rodas”, delícias e desafios na maternidade e mulheres cadeirantes. Eu quis que apenas fossem mulheres cadeirantes, pois esse é  justamente o maior  tabu para os médicos e sendo mulheres com lesão medular  é pior ainda por conta de todas as complicações  decorrentes da lesão, tudo isto está no livro, no site mariaderodas.com.br e   em outras fontes. Hoje pela TRINCLUSAO pretendo desenvolver um curso de capacitação médica, pois atuei 10 anos na área da saúde, trabalhei também 10 anos na AACD Osasco como psicóloga e possuo extenso conhecimento técnico sobre o tema, o que inicialmente  era meu propósito, escrever algo cientifico.

 Quais as dores e as delícias de ser mãe?
Dores, não há,  o que existem são desafios. Isto todos os  dias, de como educar alguém para ser um ser melhor. E delicias estão em cada momento, a cada minuto, porque é tudo maravilhoso, mas todo muito cansativo, eu por exemplo não tenho uma assistente para me ajudar, tenho que conciliar; limpar casa, lavar, passar, cozinha, levar para escola, buscar e neste meio período trabalhar em casa na minha empresa TRINCLUSAO,  ainda não tenho condições de ter uma assistente para me auxiliar em tudo, então é corrido e  cansativo, mas o prazer que se tem por ser mãe é impar !!

 Você se mostra uma pessoa muito alegre, mas houve momentos em que você pensou que não conseguiria ir além e lhe deixaram triste?
Eu sempre fui muito extrovertida, espontânea, dona de mim, e quando me vi  com deficiência achei que tinha perdido isto em mim , literalmente,  que o caminhão tivesse atropelado isto também ,mas quando vi que eu era eu mesma e que tinha meus pais ao meu lado, meus amigos que faziam fila para me ver, para estarem comigo, pra irem ao centro de reabilitação comigo,eles tinham uma agenda, cada dia da semana era um , era uma festa, eu tinha na época do acidente uma amiga para cada coisa - uma para cortar unhas, para o banho, para dormir comigo,  amigos meninos que iam na fisioterapia, me tiravam de casa por conta das escadas, eu tinha tudo isto, não poderia reclamar, embora triste aos poucos vi que não perdi NADA, só o andar, mas aos poucos reconheci que o ANDAR está na cabeça , nos desejos e na vontade insistente de se chegar a algum lugar e isto não depende de pernas,  não é , eu posso chegar de carro, de cadeira, de bike, de colo, a pé, de mula ou de qualquer coisa, basta chegar ! E seguir a cabeça e minha cabeça está lá. Mas claro que houve momentos que tive medo, toda situação nova nos assusta, há uma delas que me marcou muito, foi quando o médico no INSS em 1998, numa perícia me disse que iria me aposentar na próxima perícia. Eu fiquei chocada com aquilo. Como aos 18, 19 anos eu aposentada por  invalidez? Era assim que eles aposentavam as pessoas? Eu não queria ser uma inválida, eu poderia muito mais! Embora o próprio médico me desacreditasse e dizia – “Olha no teu  caso, é bem difícil, melhor se aposentar” -  eu fui lá e fiz o contrário na perícia, eu disse não , não quero  ser aposentada.
E fiz uma carta pedindo para ser dispensada porque eu acreditava que poderia trabalhar registrada. Não demorou muito  e em seguida comecei de fato trabalhar, na época meu pai me levava, de trem , metrô e depois ônibus, eram 3 hs e meia de viagem de Franco da Rocha até Morumbi, e assim foram meses até eu aprender ir sozinha e ter coragem para enfrentar a vergonha das pessoas que me a olhavam, não existiam ônibus adaptados e eu já iniciava timidamente as brigas por questões de políticas publicas para pessoas com deficiência.
Outra coisa me que deixou triste, foi uma paixão há pouco tempo, anos após a minha separação, ele era americano tinha conflitos culturais comigo por ser brasileira, espontânea como somos entre outros  e me dei conta que não conseguiria mudá-lo, mas não pela minha deficiência, hoje nada disto pesa, os homens e as pessoas se apaixonam pela inteligência que se tem , ninguém gosta de gente sem conteúdo ou de gente que só tem lamurias da vida não é ??

 Quais autonomias você conquistou em relação a ser uma pessoa com deficiência?
Nossa são varias, , muitas , não tenho uma lista disto, mas posso dizer que não luto só por mim , há uma causa de muitos milhões envolvidas nisto, acabei me aproximando de eixos políticos, já estive em Brasília na Conferência Nacional da Pessoa com Deficiência que é um evento  muito importante neste segmento, também militei pelo conselho municipal em Osaco e São Paulo, estou em constantes debates de políticas visando garantias de direitos das pcds. Mas Também por mim, há conquistas pessoais, quando comprei meu apartamento exigi adequações, rampa, acesso, portas largas, etc,  enfim  ou quando vou a um mercado e tem alguém na vaga reservada,  eu busco orientar a pessoa para respeitar, sabe é um exercício diário, que gostaria que  não fosse necessário, uma vez que já tivéssemos em pé de igualdade de respeito e cidadania...

 Você costuma viajar?  Que tipo de falta de acessibilidade que te impede de ter maior liberdade em viagens?
Apesar de ser muito extrovertida, eu sou caseira, gosto de ficar em casa, tenho o estilo literária, por exemplo, são 3hs da manha e estou respondendo a puta deste blog com super carinho são nestas horas que componho livros, capítulos, páginas  para revista REACAO, onde tenho uma coluna, ou outros sites que contribuo, como o DEFICIENTESIM , etc, mas quando viajo as dificuldades são evidentes de vagas reservadas ocupada, quarto adaptado de hotel ocupado por alguém não deficiente como aconteceu numa pousada no Riocentro, na feira REACESS, texto publicado inclusive na revista REACAO sobre o descaso, mas de maneira geral muitas coisas mudaram pra melhor,  quando me dou conta de que há 15,20 anos nada disto era falado,estou contente com os avanços ,mas ainda há muito a fazer..

Por que resolver escrever? Seu livro " Meu Andar Sobre Rodas" é uma auto-biografia?
O livro meu andar sobre rodas resume-se na pergunta que eu fazia sempre ao meu ortopedista do HSPM –SP, a cada retorno eu pergunta se voltaria a andar  e ele sempre dizia , sim,, você  vai, eu sai de lá toda contente naquele início de 1995,  quando iniciei o tratamento de reabilitação eu tinha certeza que andaria, como todo lesado medular. Daí quando realmente vi que não andaria, que a coisa era séria e que andar não dependia das pernas, mas dos meus ideais  e sonhos eu voltei lá no médico já com o livro quase pronto e disse : - Ehh! Dr bem que o  senhor disse que eu andaria, só nunca me disse como “ Eu ando sobre rodas” !!! Assim nasceu todo o conceito e depois vieram as experiências, afetivas, sexuais,  mercado de trabalho, etc


 13. O que te fez escrever Maria de Rodas, e porque convidar outras autoras??
Eu estava no período gestacional e vivenciava a grande espera da minha filha, pelo facebook me aproximei de uma amiga da Fácil de Guarulhos e estávamos grávidas do mesmo tempo, tínhamos os mesmos sonhos, desejos e preocupações, única diferencia era que eu não andava e andava, daí já iniciava o pensamento de publicar algo sobre nossas conversas, éramos  apenas mulheres, mães se preparando para chegada dos filhos, daí nasceram as crianças, minha filha Maria Eduarda e João Pedro, filho  da Fernanda Formell, sem tempo deixamos de nos falar, quando retomamos tínhamos duvidas que ai tinham a ver com deficiência que ela não tinha   então direcionei o tema para as outras meninas, assim quando meu texto estava pronto elas poderiam concluir com outras resposta,  pois já tinham os filhos prontos e com as respectivas experiências com crianças maiores de 3, 4 , 6 anos,   assim eu não precisaria esperar tudo isto para minha filha crescer e  eu escrever , foi quando “Nasceu Maria  de rodas”.

Atualmente quais são seus projetos de vida?
Trabalhar muito pela TRINCLUSAO  gostaria de usar o espaço aqui do blog para divulgar a empresa que presta consultoria para empregabilidade de pcds no mercado de trabalho ver o site http://www.trinclusao.com.br/, pedir para candidatos me enviarem seus currilum vitaes  para futuras vagas.
Ter uma condição de vida satisfatória  para realizar outros tantos desejos, há outros livros em andamento, um deles com tema relacionado a mulheres, nada muito específico da deficiência, mas algo em desenvolvimento, conto com você para futura divulgação.
Tenho muitos projetos relacionados a minha vida pessoal, familiar, educação da minha filha e etc, mas Tb muitos projetos profissionais, Tb tenho um sonho de ter uma   bonequinha da inclusão, pois fui condutora da tocha olímpica em 2004 Brasil-Athenas e acredito que sendo um produto pedagógico isto contribui muito  com a formação das crianças.

15-O que te faz feliz hoje?
As mesmas coisas de ontem , de antes ontem , de um ano atrás, tenho um estado de felicidade comigo mesma, gosto de tudo em mim, só mudaria questão sensitiva para 100%, mas sou feliz com tudo que tenho, com tudo que faço, me sinto realizada com tudo que conquisto e hoje sou feliz por ver a TRINCLUSAO no mercado da inclusão, entre as grandes empresas, mas ainda falta muito pra ser realizado, mas nada me faz menos feliz, sei que tudo tem seu tempo e sua hora.

15- Deixa uma mensagem para nossos leitores.
Acreditem firmemente no poder criativo de sua mente,  no seu talento, no seu potencial se você não acreditar ninguém vai acreditar por ti, eu não sou melhor do que ninguém, da mesma forma que pude você também pode , saia de casa enfrente o transporte coletivo, arranje um emprego se for, não fique na marginalidade de um beneficio que te invalidada, tenha coragem mostre resultado pra você mesmo, mas só faça isto se for do teu coração, não pra provar pra ninguém, eu tinha isto no coração e na mente ,  Cá estou.
Desejo sucesso a todos, um abraço e obrigada pela oportunidade.




http://avidasegueourinhos.blogspot.com.br/2013/02/tatiana-rolim-mae-escritora-psicologa.html

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Aos 7 anos, menino arrecada R$5 mil para ajudar cegos no aprendizado

Em forma de agradecimento, Alejandro recebe um abraço e uma carta de um dos meninos que ajudou com sua iniciativa

22/05/2014 às 11h49
Atualizado em 22/05/2014 às 12h17
Alejandro recebe abraço caloroso de Pedro (Foto: Encontro com Fátima Bernardes/TV Globo)Alejandro recebe abraço caloroso de Pedro (Foto: Encontro com Fátima Bernardes/TV Globo)
A pouca idade não foi empecilho para o pequeno Alejandro Cuan Tichauer mudar a vida de muitos cegos. Aos 7 anos, ele decidiu que compraria uma máquina braile para ajudar uma associação que presta assistência a pessoas com deficiência visual. “Teve uma palestra na minha escola e disseram que tinha uma máquina que ajudava pessoas cegas a ler e escrever. Eu achei legal e queria fazer uma coisa que mais pessoas participassem”, disse o menino.
A mãe do pequeno, Bety, disse que ele chegou em casa com a ideia de comprar uma máquina que ela nem sabia o preço. "Quando eu vi que custava R$2 mil, eu disse que a gente poderia juntar os troquinhos em casa e que um dia a gente ia conseguir comprar, e ele falou: 'E se mais gente ajudar?'. Aí eu falei que seria mais rápido e ele pediu para eu colocar nas redes sociais uma cartinha que fez. Em uma semana ele tinha R$5 mil", disse ela. "Eu comprei 2 máquinas e 25 bengalas", contou Alejandro.
No Dia do Abraço, o garoto recebeu o carinho do amigo Pedro, deficiente visual que foi beneficiado com a máquina. Pedro levou a máquina braile para o programa e mostrou como o aparelho funciona.
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http://gshow.globo.com/programas/encontro-com-fatima-bernardes/O-Programa/noticia/2014/05/aos-7-anos-menino-arrecada-r5-mil-para-ajudar-cegos-no-aprendizado.html

Deficiência Intelectual: o que é e como tratar


Foto criada em 16-05-14 às 12.28 Você sabe o que é a
Você saberia dar um conceito a alguém que te perguntasse o que é Deficiência Intelectual? Bem, pelo sim ou pelo não, pensamos que divulgar o conceito ajudaria todo mundo não só a saber (ou a saber mais) como explicar o que é Deficiência Intelectual, como também a ter mais informações quanto as formas de tratamento e outras dúvidas que são frequentes. Assim, trouxemos textos e links da APAE de SP que tem um espaço na internet só dedicado ao assunto. Dá uma olhada no conceito e em outras informações que trouxemos para vocês:
A Deficiência Intelectual, segundo a Associação Americana sobre Deficiência Intelectual do Desenvolvimento AAIDD, caracteriza-se por um funcionamento intelectual inferior à média (QI), associado a limitações adaptativas em pelo menos duas áreas de habilidades (comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho), que ocorrem antes dos 18 anos de idade.
No dia a dia, isso significa que a pessoa com Deficiência Intelectual tem dificuldade para aprender, entender e realizar atividades comuns para as outras pessoas. Muitas vezes, essa pessoa se comporta como se tivesse menos idade do que realmente tem. A Deficiência Intelectual é resultado, quase sempre, de uma alteração no desempenho cerebral, provocada por fatores genéticos, distúrbios na gestação, problemas no parto ou na vida após o nascimento. Um dos maiores desafios enfrentados pelos pesquisadores da área é que em grande parte dos casos estudados essa alteração não tem uma causa conhecida ou identificada. Muitas vezes não se chega a estabelecer claramente a origem da deficiência. Entre os inúmeros fatores que podem causar a deficiência intelectual, destacam-se alterações cromossômicas e gênicas, desordens do desenvolvimento embrionário ou outros distúrbios estruturais e funcionais que reduzem a capacidade do cérebro. • Síndrome de Down – alteração genética que ocorre na formação do bebê, no início da gravidez. O grau de deficiência intelectual provocado pela síndrome é variável, e o coeficiente de inteligência (QI) pode variar e chegar a valores inferiores a 40. A linguagem fica mais comprometida, mas a visão é relativamente preservada. As interações sociais podem se desenvolver bem, no entanto podem aparecer distúrbios como hiperatividade, depressão, entre outros. • Síndrome do X-Frágil – alteração genética que provoca atraso mental. A criança apresenta face alongada, orelhas grandes ou salientes, além de comprometimento ocular e comportamento social atípico, principalmente timidez. • Síndrome de Prader-Willi – o quadro clínico varia de paciente a paciente, conforme a idade. No período neonatal, a criança apresenta severa hipotonia muscular, baixo peso e pequena estatura. Em geral a pessoa apresenta problemas de aprendizagem e dificuldade para pensamentos e conceitos abstratos. • Síndrome de Angelman – distúrbio neurológico que causa deficiência intelectual, comprometimento ou ausência de fala, epilepsia, atraso psicomotor, andar desequilibrado, com as pernas afastadas e esticadas, sono entrecortado e difícil, alterações no comportamento, entre outras. • Síndrome Williams – alteração genética que causa deficiência intelectual de leve a moderada. A pessoa apresenta comprometimento maior da capacidade visual e espacial em contraste com um bom desenvolvimento da linguagem oral e na música. • Erros Inatos de Metabolismo (Fenilcetonúria, Hipotireoidismo congênito etc.) – alterações metabólicas, em geral enzimáticas, que normalmente não apresentam sinais nem sintomas sugestivos de doenças. São detectados pelo Teste do Pezinho, e quando tratados adequadamente, podem prevenir o aparecimento de deficiência intelectual. Alguns achados clínicos ou laboratoriais que sugerem esse tipo de distúrbio metabólico: falha de crescimento adequado, doenças recorrentes e inexplicáveis, convulsões, atoxia, perda de habilidade psicomotora, hipotonia, sonolência anormal ou coma, anormalidade ocular, sexual, de pelos e cabelos, surdez inexplicada, acidose láctea e/ou metabólica, distúrbios de colesterol, entre outros.
A Deficiência Intelectual não é uma doença, mas uma limitação. A pessoa com Deficiência Intelectual deve receber acompanhamento médico e estímulos, através de trabalhos terapêuticos com psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.
De forma geral, a pessoa com Deficiência Intelectual tem, como qualquer outra, dificuldades e potencialidades. Seu acompanhamento consiste em reforçar e favorecer o desenvolvimento destas potencialidades e proporcionar o apoio necessário às suas dificuldades garantindo seu bem-estar e inclusão na sociedade.
Se você quiser saber mais, clica nos links abaixo da APAE SP :
- Como diagnosticar a Deficiência Intelectual?
- Direitos e Benefíios da pessoa com Deficiência Intelectual.
Você tem algo a acrescentar ou a dizer sobre Deficiência Intelectual? Pode comentar e deixar seu registro! =)

UTP PROMOVE O TEMA “A PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO E SEUS REFLEXOS SOCIAIS” EM PALESTRA

A Comissão de Inclusão da UTP organizou uma programação especial durante a Semana da Promoção Humana que contou com a participação do Procurador do Trabalho da 9ª Região, Dr. Iros Reichmann Losso, que ministrou a palestra “A pessoa com deficiência no mercado de trabalho e seus reflexos sociais”.
Segundo o procurador, as empresas precisam discutir mais esse assunto dentro do ambiente de trabalho. “A legislação obriga o empresariado a refletir sobre o papel social que precisa ser exercido.”
O evento tradicional faz parte da filosofia da universidade, que é promover o desenvolvimento de competências e habilidades humanas, voltadas para o exercício da cidadania. Na UTP, a Promoção Humana vai além das aparências: “é a essência da instituição, ideal de seu fundador, professor Sydnei Lima Santos, falecido em 2001, e de sua esposa Maria de Lourdes Rangel Santos”, explica a pró-reitora de Promoção Humana da UTP, Ana Margarida Taborda.
“Promoção Humana é algo que você sente. É muito difícil definir, mas depois de um tempo na Tuiuti é fácil perceber o que é e onde está.”
A professora Adriana Bezerra, que faz parte da história da Tuiuti há 31 anos, foi a responsável pela organização da palestra. No final do evento ela agradeceu emocionada a participação de todos. “Há 31 anos eu comemoro esta data.”
SITE

http://www.utp.edu.br/2014/05/utp-promove-o-tema-a-pessoa-com-deficiencia-no-mercado-de-trabalho-e-seus-reflexos-sociais-em-palestra/

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Menino com autismo vira contador de histórias em escola de Itanhaém, SP

Diego mostra os desenhos que utiliza para contar histórias para a classe  (Foto: Mariane Rossi/G1)Diego mostra os desenhos que utiliza para contar histórias para a classe (Foto: Mariane Rossi/G1)
Um menino autista de 10 anos virou o contador de histórias de sua classe em uma escola municipal de Itanhaém, no litoral de São Paulo. Diego Escada Louzada apresentou, desde pequeno, as características do transtorno, mas a convivência com outras pessoas na escola lhe trouxe mais conhecimento do mundo e de si. O jeito inibido, característico do autismo, é pouco perceptível em Diego enquanto ele brinca de contar histórias para a turma e é aplaudido pelas outras crianças. O que poderia ser considerado um desafio para qualquer autista, é um prazer para ele.
Tatiana, mãe de Diego, durante uma visita a escola do menino (Foto: Mariane Rossi/G1)Tatiana, mãe de Diego, durante uma visita a
escola do menino (Foto: Mariane Rossi/G1)
Laudo médico atestando que Diego tem autismo (Foto: Divulgação/Prefeitura de Itanhaém)Laudo médico atestando que Diego tem autismo
(Foto: Divulgação/Prefeitura de Itanhaém)
Tatiana Escada descobriu que o filho tinha autismo quando o menino estava com três anos. Ela começou a notar algumas atitudes estranhas do filho. “Ele apontava as coisas, não falava o que queria, tinha resistência à dor. Com um barulho muito estridente, ele colocava as mãos nos ouvidos. A gente foi reunindo os fatos e fomos a um neurologista”, conta ela.
Segundo o Ministério da Saúde, o autismo é considerado uma síndrome neuropsiquiátrica. Embora seja uma etiologia específica que não tenha sido identificada, estudos sugerem a presença de alguns fatores genéticos e neurobiológicos que podem estar associados ao autismo. Diversos sinais e sintomas podem estar ou não presentes, mas as características de isolamento e imutabilidade de condutas estão sempre presentes. Tatiana diz que a notícia foi um baque para ela e a família. “Você se questiona muito. Até entrei em uma depressão. Depois, li muito sobre o assunto e comecei a entender e foi fluindo. Hoje eu trato ele como uma criança normal”, fala. Após o diagnóstico, Diego iniciou o tratamento com fonoaudióloga, pedagoga e neuropsicóloga.

Tatiana e o Diego saíram de Santos, onde moravam com o pai do garoto, e foram viver em Itanhaém. Mesmo com o transtorno, Diego foi matriculado na escola municipal Maria Graciette Dias, pelo sistema de inclusão. “O Diego é um autista. Todos os autistas têm direito a um estagiário. Eles são estudantes e ficam com essas crianças de inclusão. Na nossa escola, a gente tem uma média de 13 crianças especiais.”, explica a diretora Rita de Cássia Brandão Gouvêa.
A professora  Marlene Carraro Mucsi, de 50 anos, diz que Diego chegou na escola muito arredio e não gostava muito de ter contato com as pessoas.  Ela só acompanhava o menino de longe, mas, neste ano, começou a dar aulas para Diego. “Já tinha trabalhado com outras deficiências, mas com autismo foi a primeira vez”, diz. A professora foi aprendendo a lidar com o menino no dia a dia. “O grau do autismo dele é leve, não há necessidade de trabalhar atividades diferenciadas com ele, o que precisamos é respeitar o tempo. A gente conhece outros autistas que são agressivos, inquietos, não param sentados em sala de aula. Não é o caso dele”, explica a professora. Ela ressalta que Diego acompanha as lições na classe do 5º ano como qualquer outro aluno. Segundo Marlene, o menino lê muito bem, é alfabético, consegue fazer contas e resolver os problemas de matemática.
Professora Marlene, Diego e a estagiária Carol (Foto: Mariane Rossi/G1)Professora Marlene, Diego e a estagiária Carol
(Foto: Mariane Rossi/G1)
A convivência com outras crianças e os cuidados das professoras fez o menino melhorar de comportamento e também a ganhar mais conhecimento. Na escola, ele também descobriu, principalmente, a aptidão para o desenho e animação. A mãe dele conta que o menino adora ficar no computador, vendo vídeos, fazendo desenhos e criando histórias, principalmente, com o Mickey, o personagem preferido de Diego.
Na sala de aula, ele coloca os desenhos na lousa digital e vira um contador de histórias, interpretando os personagens. “Eu faço a narradora e ele o Mickey. Na verdade, ele não lê a história, ele decora as falas. De vez em quando, é no início da aula, às vezes, é no final”, explica a professora. Do outro lado da sala, estão diversos outros alunos com a mesma idade de Diego. Eles riem com a interpretação do menino, entendem a história e, no final, batem palmas pela apresentação do colega de classe. “Para ele é bom. A questão de ele desenhar bem também motiva as outras crianças a quererem desenhar como ele. Já cria um convívio, uma proximidade”, diz a mãe do menino.
Diego e a professora contando histórias para a classe (Foto: Mariane Rossi/G1)Diego e a professora contando histórias para a classe (Foto: Mariane Rossi/G1)
Por causa da contação de histórias, Diego também passou a ter mais comunicação com as pessoas, mesmo que, assim como outros autistas, não goste de muito contato físico. Tatiane vê o quanto o filho melhorou no âmbito social. “Ele começou a evoluir de uma maneira tão rápida, até na questão de amizade, tem mais carinho, mais afeto das outras crianças, tem a estagiária que fica direto com ele. Eu me arrependi de não ter colocado antes nessa escola”, admite.

Já Diego mostra orgulhoso os desenhos do Mickey, expostos em um painel que foi colocado em um dos corredores da escola. Para a mãe, o futuro do filho sempre estará ligado ao mundo da animação. “Ele fala que quer trabalhar na parte de animação de estúdios. Eu acho que é o que ele vai acabar seguindo”, diz Tatiana.
Diego antes de contar uma história sobre o Mickey (Foto: Mariane Rossi/G1)Diego antes de contar uma história sobre o Mickey (Foto: Mariane Rossi/G1)




                         
                      
      

domingo, 18 de maio de 2014

Proposta de aula sobre erros gramaticais

A proposta de aula sobre erros gramaticais tem como principal objetivo apresentar aos alunos mecanismos que norteiam o funcionamento da linguagem padrão

Ensine seus alunos a entenderem a verdade que se esconde por detrás dos erros gramaticais na língua portuguesa
Ensine seus alunos a entenderem a verdade que se esconde por detrás dos erros gramaticais na língua portuguesa
Assaltaram a gramática
Assassinaram a lógica
Meteram poesia, na bagunça do dia a dia
Sequestraram a fonética
Violentaram a métrica
Meteram poesia onde devia e não devia
Lá vem o poeta com sua coroa de louro
Agrião, pimentão, boldo
O poeta é a pimenta do planeta
(Malagueta!)
(Assaltaram a GramáticaOs Paralamas do Sucesso)
“Assaltar” a gramática é tarefa para os transgressores da língua portuguesa. Quem são os transgressores da língua portuguesa de quem fala a canção? Os poetas! Afinal de contas, na linguagem literária, quase tudo é permitido. Errar é humano, mas errar propositalmente é questão de poesia.
E em nossa linguagem do dia a dia? É permitido errar? Esse será o mote para nossa aula de português sobre erros gramaticais. A intenção é fazer com que os alunos compreendam alguns aspectos do funcionamento da língua a partir da análise de “subversões” gramaticais encontradas nas diversas plaquinhas e anúncios distribuídos pela cidade. Para isso, você deverá adotar a seguinte metodologia:
Peça que a turma divida-se em grupos;
Os alunos deverão, em passeios pelo bairro ou pela cidade, procurar plaquinhas ou anúncios que contenham “erros gramaticais”;
Eles deverão fotografar a pesquisa e elaborar cartazes contendo todo o material encontrado;
Se preferir, o material também poderá ser projetado através de um projetor multimídia (data show);
Peça que cada grupo faça a exposição do material encontrado e que formulem suposições que tenham por objetivo explicar a ocorrência dos erros;
Importante: Sugerimos que a aula seja aplicada em turmas de Ensino Médio, pois os alunos dessa fase normalmente já estão habituados a fazer trabalhos em grupo fora do ambiente escolar.
Professor, nossa sugestão de aula sobre erros gramaticais não deve apenas apontar erros, muito menos ridicularizar quem, em uma tentativa frustrada de acerto, acabou cometendo um deslize gramatical. Limitar-se a dizer o que está certo ou o que está errado fugirá à proposta, pois a intenção é permitir que os alunos entendam o porquê de determinadas escolhas linguísticas, assim como elaborar hipóteses que expliquem os erros encontrados. Para que isso aconteça, os grupos deverão pesquisar e estudar sobre o tema proposto, pois só assim poderão encontrar explicações plausíveis para a ocorrência dos erros.
Reforce com a turma a ideia de que a gramática é o livro que prescreve nosso código linguístico e que o ideal é que ele seja respeitado, sobretudo na linguagem escrita. Explique que muitas pessoas erram na hora de escrever em virtude do desconhecimento das regras, fato que não está necessariamente vinculado à ideia de ignorância sobre o assunto, podendo ser explicado sob os aspectos que regem as variações linguísticas. Nosso objetivo é permitir que os alunos compreendam o quanto a modalidade escrita pode ser influenciada pela modalidade oral e que a maioria dos erros gramaticais acontece em razão da complexidade das regras que regem nosso idioma. A ideia é abolir o maniqueísmo linguístico que divide a língua portuguesa entre o que é certo e o que é errado, entre quem “fala bem” o idioma e quem “fala mal”. Permita que seus alunos lidem com os próprios erros e com os erros dos outros de maneira analítica e consciente!

Por Luana Castro
Graduada em Letras