Nasci com paralisia cerebral em Cuiabá MT. Lá fiquei um mês, eu acho que passei da hora de nascer. Ia nascer no final de Novembro e nasci em Dezembro, mas tudo bem.
Em Cuiabá, o médico não descobriu que eu tinha paralisia cerebral. Mudei para o norte do Paraná, para Rolândia/Londrina, onde morava toda minha família. O meu avô paterno ficava comigo no colo, ele achava que eu estava muito “duro” e mandou os meus pais me levarem a uma neurologista. A Dra. Eliana Wanderlei pediu alguns exames e detectou que eu tinha paralisia cerebral. A partir desse momento comecei a fazer fisioterapia e não larguei mais.
Mudei-me novamente. De Rolândia para Curitiba, a capital do Estado do Paraná, onde havia muitas oportunidades de ensino e fisioterapia. Estudei na Associação Paranaense de Reabilitação (APR), fiz até a 5ª série, além de aprender o que é a vida. Lá também tive acompanhamento de informática, T.O., fonoaudióloga e muito mais. Saí da APR e fiquei um ano sem estudar porque nenhum colégio queria me aceitar, pois tinha cursado só até a 5ª série.
Voltei a estudar no CEBJA Paulo Freire e consegui uma professora de apoio permanente através do governo. Neste momento conheci a neurologista Dra. Lúcia Cotinho, e fiz com ela três aplicações de Box até agora. Ela deu um ânimo a mais na minha vida.
Tornei-me um guerreiro, quando então fui convidado pela Dra. Lúcia Cotinho para participar de um projeto de informática na Associação Pais e Amigos de Crianças com Deficiência Motora (APACDM), juntamente com o Comitê para Democratização da Informática (CDI). Para participar do projeto tive que fazer um curso de cidadania e depois tive que dar uma aula no fim curso. A coordenação me perguntou assim: “Matheus você quer dar aula? Se você não quiser não precisa!” Antes de responder eu pensei: “eu vou mostrar a minha capacidade!” E respondi: “EU VOU DAR ESSA AULA!” Peguei o tema EDUCAÇÃO. A aula foi um sucesso. Graças a Deus! Até rendeu reportagens na RPC, Paraná TV, e no jornal O Estado do Paraná. Segue anexa, a matéria do jornal O Estado do Paraná.
“Descobrir com a vida que nada é impossível, é só querer!”
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Por que sou um Guerreiro?
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