terça-feira, 5 de agosto de 2014

“Tecnologia existe para melhorar as relações entre professores e alunos”, diz fundador da Khan Academy







Fonte: Divulgação
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Salman Khan: o e-learning pode mudar sim o papel dos professores na educação
A partir desta quarta-feira (6), a Khan Academy assina uma coluna semanal nos sites da Universia para estreitar o relacionamento com os alunos e dar dicas sobre diversos temas da Matemática – especialmente para os candidatos do Enem 2014.

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» Dicas de ferramentas para a educação

Falamos, por e-mail, com o fundador da plataforma, Salman Khan. Físico formado pelo MIT, Khan dava aulas despretensiosas de matemática e as postava no YouTube para ajudar seus primos. Com vídeos curtos e simples, suas explicações ficaram tão populares na internet que ganharam o mundo nascendo, assim, a Khan Academy. A plataforma tem tradução para o português graças a uma parceria da Fundação Lemann. Nela, o estudante só avança quando o aprendizado estiver consolidado.

A seguir, leia a entrevista da rede Universia com Salman Khan:


Universia Espanha - O e-learning muda o papel dos professores na educação?

Bons professores sempre foram os únicos capazes de mudar a mentalidade dos seus alunos. Mais do que excelentes professores sobre um determinado tema, eles são os únicos que conseguem promover um amor pelo aprendizado em geral, que dura por toda a vida de um estudante. Acreditamos que ferramentas como Khan Academy permitem que os professores dediquem ainda mais energia nessa tarefa tão importante gastando menos tempo ensinando e elaborando testes de avaliação, mas sim se relacionando com os seus alunos e os ajudando a liderar projetos. Então, a resposta é sim: o papel do professor pode mudar com o e-learning, mas de uma forma que está mais relacionada com o que os grandes mestres sempre fizeram.

Universia Colômbia - Como a capacidade de um estudante pode ser medida no e-learning?

Há várias maneiras interessantes de medir o progresso desse estudante. No Khan Academy, por exemplo, qualquer aluno pode acompanhar seu próprio progresso através do nosso painel de aprendizagem. Lá, eles ficam sabendo tudo o que conquistaram (medalhas e pontuações) - o que é muito motivador. Para os professores e tutores, há também um painel com a mesma proposta. Um professor pode ver quais dos seus alunos podem estar com mais dificuldade em uma determinada lição e intervir para ajudá-lo.

Universia Brasil - Poderia, por favor, nos dizer quem você sempre admirou e por quê?

O economista Muhammad Yunus é um dos meus heróis. Como fundador do banco Grameen Bank, ele passou a oferecer microcrédito para milhões de famílias pobres de Bangladesh. O que é realmente inspirador sobre o seu trabalho é que ele viu uma maneira diferente de ajudar as pessoas. Ele observou mulheres em Bangladesh não faziam nada porque não podiam comprar os seus próprios equipamentos (que custavam poucos dólares). Ele, então, fez um empréstimo para algumas pessoas dando oportunidades, e viu que esse ato simples foi capaz de mudar a vida de uma pessoa necessitada.

Universia Porto Rico - Como o e-learning complementa o ensino tradicional de forma eficaz?

Uma das ideias para isso eu escrevi em meu livro The One World Schoolhouse. A tecnologia deve ser vista como ferramenta para melhorar e fortalecer as relações entre professores e alunos. O e-learning desafoga o professor permitindo que ele tenha mais tempo para conversar com seus alunos e explorar novas ideias em sala de aula.

Universia Brasil - Você mencionou que a missão do Khan Academy é proporcionar uma educação gratuita, de qualidade, para qualquer pessoa e em qualquer lugar. Esse é um grande objetivo. Está dando certo? 

Estamos no início de um dos pontos de inflexão mais importantes da história: a Revolução da Informação. Acredito que em mil anos, os historiadores olharão para trás e considerarão esse momento tão importante como foi a Revolução Industrial, o advento da imprensa ou até mesmo a agricultura. Acredito que o principal benefício da Revolução da Informação é também a sua principal desvantagem: aumenta a produtividade e riqueza, com o risco de marginalizar aqueles com menos recursos ou educação. Sempre sonhei que, talvez, o Khan Academy poderia ser uma instituição global que aproveita a Revolução da Informação para resolver esse problema. Se pudermos ajudar para que um número muito maior de pessoas entre na sala de aula qualificada, haverá equidade e estabilidade na sociedade. Desta forma, a Revolução da Informação avança e acelera. Em minha mente, a nossa missão deve ter essa ambição.


Projeto sensacional treina cães para que possam ajudar no dia a dia de cadeirantes

Cao InclusãoTodo mundo já viu cães guia que auxiliam pessoas com deficiência visual em tarefas do dia a dia. Mas você sabia que esses animais também podem ser treinados para ajudar quem tem dificuldades com mobilidade? Essa é a proposta do Cão Inclusão, projeto incrível que busca disponibilizar gratuitamente cães treinados para quem usa cadeira de rodas.
Os cães de assistência proporcionam mais autonomia e segurança para essas pessoas. No caso dos cadeirantes, os animais podem ajudar a abrir e fechar portas, chamar o elevador e até mesmo pegar objetos que tenham caído no chão, como uma chave ou um celular.
Mas eles também treinam outros cães para auxiliarem os deficientes visuais e auditivos, vejam eles abaixo:
  • O Cão-Guia é treinado para obedecer comandos, andar em linha reta, ignorar distrações como cheiros, outros animais e pessoas, manter ritmo constante, virar à esquerda e à direita, seguir em frente e parar sob comando. Eles reconhecem e evitam obstáculos que coloquem em risco a pessoa, como telefones públicos na calçada, buracos e placas. Os cães param na parte inferior e superior das escadas até ter permissão para prosseguir e ficam deitados em silêncio enquanto a pessoa está sentada
  • Os Cães-Ouvintes são treinados para alertar sons importantes como campainhas, telefone, chaleira, quando o bebê está chorando ou quando alguém está chamando. Eles fazem contato físico e levam seus parceiros com deficiência auditiva até a fonte do som.
toddy - Um cão de assistencia
O Cão Inclusão é um projeto que conta com o apoio de empresas e pessoas físicas para poder selecionar, treinar e manter esses cães. O processo de preparação de cada animal demora cerca de 2 anos, entre seleção, educação com uma família voluntária, treinamento específico e ambientação com o cadeirante com quem irá viver. Segundo o projeto, cada cão trabalha por cerca de 8 anos e sua “aposentadoria” e bem-estar estão mais que garantidos. Que iniciativa incrível, hein?

Luis Ricardo

Deficiente desde 2005, viu alguns dos seus sonhos interrompidos por uma inflamação na medula, que o tornou um deficiente físico. Botafoguense, carioca, bem humorado, psicólogo de bar e um churrasqueiro de final de semana.

Depois de ter braços e pernas amputados, jovem lança livro de superação

pedro pimenta
Pedro Pimenta era saudável, estudioso, esportista e baladeiro, como todo adolescente de 18 anos. Em 2009 ele foi internado e diagnosticado com meningococcemia – infecção generalizada causada por uma bactéria. Os médicos deram 1% de chance de sobreviver. Pedro conseguiu, mas amputou os quatro membros – os braços, acima do cotovelo, e as pernas acima do joelho. Dez meses depois nunca mais sentou numa cadeira de rodas, mora sozinho na Flórida, Estados Unidos, onde faz faculdade de economia, e acaba de lançar o livro Superar é Viver (Leya). “Essa bactéria não é rara e nosso corpo a elimina, mas o meu sistema imunológico estava muito baixo”, explica Pedro. No hospital, ele ficou em coma induzido por uma semana e, quando acordou ouviu e viu a notícia. “Quando abri os olhos meus braços e pernas estavam gangrenados. Num dia sou um cara de 1,80 metros, no outro meus membros estavam apodrecidos. Foi um choque”, afirma ele, que teve que fazer enxertos tirando pele da barriga e colocando nas pernas. Mas nada desanimou o rapaz. “Quando acordei do segundo coma perguntei sobre o show do AC/DC que teria em São Paulo. Minha família já tinha comprado ingressos duas semanas antes. Consegui a liberação do meu médico para ir de ambulância e voltar imediatamente – isso dois meses depois da cirurgia. Isso me deu mais energia para suportar o resto”, diz Pedro.
“Fui condenado a uma vida na cadeira de rodas, sem ter independência. Uma das coisas que me ajudou muito foi estudar música eletrônica no hospital no computador – eu conseguia mexer com os restos dos braços. Até ganhei um concurso internacional de remixes. Por isso não tive depressão, porque tracei metas para manter minha cabeça distraída”. Sua ‘nova vida’ com próteses começou em 2010, seis meses depois de sair da internação. “Comecei a assistir à vídeos de amputados que andavam uma barbaridade. No fim, sempre via a logotipo de uma empresa – poxa, eu sou um baita cliente para uma empresa de próteses. Conheci o vice-presidente da empresa e comecei a fazer um tratamento em Oklahoma (EUA), para ex-soldados feridos do Iraque e Afeganistão que viviam sem cadeira de rodas. Ele me disse: ‘você tem que se adaptar o mundo e não o contrário’. Isso mudou minha vida. Foi um treinamento bruto e saí de lá muito mais forte. Desde dezembro de 2010 não uso mais cadeira de rodas. Se você quer chegar a esse nível tem que ser uma pessoa regrada, porque gastamos cinco vezes mais energia do que uma pessoa normal para andar”, diz ele.
Quando entrava num restaurante ou lugares públicos fazendo tudo sozinho, as pessoas olhavam para Pedro com ar de admiração e foi assim que começou a receber convites para dar palestras. Em 2012 se mudou para a Flórida para fazer faculdade de economia, conseguiu uma namorada, dirige carro sem adaptação, escova os dentes, faz sua própria comida, enfim, vive uma vida normal. “No início eu colocava minhas próteses em 40 minutos, hoje consigo em cinco minutos. Cheguei num nível de independência que não poderia imaginar”, diz ele, que vê mais problema em subir escadas e não em encontrar namoradas. “Arrumei uma namorada muito rápido e isso é como você se enxerga, tendo ou não mãos e pernas”, afirma. O que mais mudou dentro de você? “Hoje sou um cara mais atento às dificuldades alheias, ao sofrimento do outro. Quero fazer algo filantrópico porque tenho muito prazer quando sirvo de mentor a outro amputado. Isso para mim é uma missão de vida, servir de exemplo positivo para as pessoas. Na minha casa não tem nada adaptado, lavo, cozinho, limpo a casa e, em vez de ficar desesperado e mandar tudo para o inferno, quebrei tudo em desafios pequenos. Uso a mentalidade para me considerar um cara normal e dizer não às adaptações. Nunca fiz terapia na vida. Sou muito teimoso, mas acredito que quem resolve meus problemas sou eu mesmo”, diz.
Trechos do livro:
“Neste livro vou contar minha história de vida: como um garoto paulista de classe média, que como tantos outros ainda não tinha definido que carreira seguir, sofreu uma terrível fatalidade, aprendeu a encarar as consequências e se tornou um homem que supera suas dificuldades com determinação e trabalho duro. Mas não se engane: apesar do curto espaço de tempo — pouco mais de quatro anos — esse foi um processo árduo repleto de momentos de medo, insegurança e muita dor. Encaro meus braços e pernas como ferramentas que perdi. Elas foram substituídas por outras que não funcionam tão bem, mas que me possibilitam fazer quase tudo que fazia antes. De modo diferente, mas que de forma alguma condicionam a minha felicidade”.
“Não há nada mais compensador que testemunhar a transformação das personalidades ao fim do trabalho, saber como fui importante para mudar suas mentalidades. Minha vida é uma luta diária, acompanhada sempre pela dor. Não mato um leão, mas um zoológico por dia. Em vez de me entregar à tristeza, penso em como posso dedicar ainda mais tempo e esforço para avançar com meus projetos e planos”.
[ Fonte - Época ]
 
 

Britânica que só consegue mexer os olhos termina faculdade de história


  • Uol

  • Dawn Faizey Webster e o computador que transforma o movimento dos olhos em texto
    Dawn Faizey Webster e o computador que transforma o movimento dos olhos em texto
A britânica Dawn Faizey Webster, 42, está se formando em história antiga pela Open University (Universidade Aberta, em tradução livre) após seis anos de curso -- feito que já seria motivo de orgulho para sua família. Para realizar esse desejo, Dawn enfrentou sua precária condição física: ela consegue mexer apenas os músculos dos olhos.
Dawn sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em 2003 e, como sequela, teve paralisia total de quase todos os músculos do corpo, exceto os dos olhos. Além de piscar os olhos, ela também consegue fazer pequenos movimentos com a cabeça - a condição é conhecida como síndrome do encarceramento.
Sem poder falar ou se mover, Dawn começou a fazer faculdade em 2008.
A graduação foi realizada com a ajuda de um laptop que transforma o movimento dos olhos de Dawn em texto. Com o equipamento, ela consegue escrever até 50 palavras por hora. Nesse ritmo, provas que demorariam cerca de três horas chegaram a durar três semanas. 
Para escrever no laptop, ela empurra os botões fixados em ambos os lados da cabeça para mover o cursor na tela e pisca para registrar as letras. Segundo Dawn, o computador foi sua "tábua de salvação". 
Dawn contou ao tabloide britânico "Daily Mail" que ficou muito feliz e orgulhosa por ter conseguido o diploma e alcançado seu objetivo. "Quando eu tive meu acidente vascular cerebral, eu percebi que não seria capaz de fazer qualquer coisa física. Então, decidi usar a coisa que não tinha sido afetada, que foi o meu cérebro", afirmou. 
Além de sua graduação, a mulher também escreveu sua autobiografia e, agora, pretende fazer mestrado em história da arte. 
Dawn teve o AVC duas semanas após o nascimento de seu filho, Alexander. Os problemas começaram ainda na gravidez, quando ela foi diagnosticada com pré-eclâmpsia, doença associada à hipertensão da gestante. Atualmente, Alexander tem 11 anos.
*Com informações do Daily Mail. 
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Conheça histórias de sucesso na educação50 fotos

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19.abr.2012 - Menina que nasceu sem as mãos ganha concurso de caligrafia nos Estados Unidos Leia mais Reprodução

Imagem: PNUD Brasil



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Imagem: PNUD Brasil