terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Cão saca dinheiro e faz compras para dona no Reino Unido


FONTES: G1.com


Labrador treinado faz tudo que dona, que sofre de doença rara, não pode.
Ele me devolveu a vida, diz Kate Cross, que passou 18 meses em casa.






A inglesa Kate e seu labrador Bayron em reportagem do Daily Mail (Foto: Reprodução)



Muitos donos se acham sortudos quando seus animais de estimação são convencidos a pegar seus chinelos ou o jornal na porta. Mas o labrador Byron faz estes e outros vários favores para sua “melhor amiga”, Kate Cross, que usa cadeira-de-rodas, todos os dias.

O cão treinado é fundamental para Kate, que sofre da síndrome de Ehlers Danlos. A doença rara faz com que as articulações da professora aposentada sejam tão frágeis que ela pode deslocar o ombro apenas ao abrir uma porta.

Mas Byron nunca está longe de Kate e aprendeu a fazer todas as coisas que ela não consegue no dia-a-dia. É o cão quem pega a roupa lavada, faz a cama, vai às compras e até saca dinheiro do caixa eletrônico para sua dona.

“Ele me deu minha vida de volta. Eu posso viver independentemente e não dependo do meu marido ou outra pessoa fazendo as coisas para mim porque está sempre do meu lado. Não consigo mais imaginar minha vida sem ele”, disse Kate ao “Daily Mail”.
Antes dele, Kate contou ter passado 18 meses sem sair de casa sozinha.

A professora aposentada de 49 anos vive em Hinckley, no Reino Unido e ganhou o cachorro em 2007. Segundo ela, Byron foi treinado na instituição de caridade Canine Partners, baseada em Sussex, que já treinou centenas de cães para ajudar pessoas que realmente precisam de ajuda.

Após meses de intensivo treino na instituição de voluntariado, os pequenos cachorros são apresentados a seus novos companheiros, antes de um treinamento também na nova casa.
Byron, que tem 7 anos, ajuda Kate desde o momento em que ela acorda, servindo de suporte para que ela consiga sair da cama e ir para a cadeira-de-rodas.

Enquanto ela prepara o café da manhã, o labrador abre a geladeira e pega o leite. É também ele que pega sua própria tigela para a primeira refeição, e depois a coloca para lavar.

Byron acompanha Kate ao supermercado, onde pega os produtos localizados nas prateleiras mais baixas da lista de compra. E, para inveja dos outros donos de cães, é ele mesmo quem abre a porta do banheiro para usar, quando precisa.

Escolas incluem tablet na lista de compras




Clipping Educacional - Folha de São Paulo
Em alguns casos, equipamentos portáteis são vendidos junto com livros didáticos virtuais pelo próprio colégio
Órgãos de defesa do consumidor dizem que pais precisam ser avisados sobre item antes da matrícula
Colégios particulares do país passaram a incluir tablets nas suas listas de material escolar. Em alguns casos, esses computadores portáteis com acesso à internet e tela sensível ao toque são vendidos nas próprias escolas.
No colégio Sigma, de Brasília, o tablet é obrigatório: os pais dos 1.200 alunos do 1º ano do ensino médio tiveram de comprar os aparelhos, que podem chegar a R$ 2.000.
Além disso, desembolsaram mais R$ 1.200 em programas que substituem os livros didáticos -no Sigma, a mensalidade ultrapassa R$ 1.000.
Segundo o professor André Fratezzi, do colégio, o material digital "é interativo, tem vídeos, músicas, animação" -a idade da maioria dos estudantes fica entre 14 e 16 anos.
Já o Colégio Cristão de Jundiaí, no interior paulista, vende tablets por R$ 1.000. Até agora, a escola diz que cerca de 40% dos pais compraram.
A escola MV1 Anderson, do Rio, dá a opção aos alunos que quiserem substituir as apostilas de papel pelo material virtual. "O tablet é uma sugestão", diz o coordenador Miguel Bastos. "O material eletrônico tem um custo 30% menor para o aluno", afirma.
Na Dínamis, também carioca, há empréstimo dos aparelhos. "Os tablets são da escola, o aluno usa e devolve ao fim do dia", afirma o coordenador Raphael Barreto.
O colégio São Paulo, de Salvador, comprou iPads, da Apple, e subsidiou metade do valor para os alunos. O preço por pessoa ficou em R$ 825.
DIREITO DO CONSUMIDOR
O colégio Antônio Vieira, também na capital baiana, vende os tablets com apostilas por R$ 1.067. E o material didático só funciona naquele tipo de aparelho. Por causa disso, a escola é alvo do Procon. O colégio diz que tenta solucionar o problema.
Órgãos de direito do consumidor ouvidos pela Folha não são consensuais sobre a legalidade de incluir os tablets no material escolar.
O Procon do Distrito Federal diz que não há problema, desde que os pais sejam avisados antes da matrícula.
O de São Paulo concorda e acrescenta que a escola só pode propor atividades em aula com o tablet se todos tiverem o material, para evitar "diferenciação pedagógica".
Já na Bahia, onde a venda "casada" do aparelho e do material pelo colégio Antônio Vieira está sob questionamentos, o Procon diz que é proibido obrigar os pais a comprar o tablet e que a escola tem de oferecer o material didático de várias maneiras, em apostilas e em meios digitais.
"Não vejo por que a escola obrigar [a compra de um] tablet como material didático", afirma a superintendente do órgão, Cristiana Santos.
A maior parte das escolas diz que a aquisição não é obrigatória e que quem não comprar pode acompanhar as atividades no equipamento dos colegas ou imprimir a lição antes.
Prós e contras do tablet na escola
PRÓS
1 Facilita a interação
Alunos têm acesso a variadas fontes de pesquisa e podem interagir com a produção dos colegas; permite transição fácil entre atividades com e sem tecnologia
2 Ajuda na avaliação
Sistemas permitem que alunos respondam a perguntas e professores tenham acesso a isso na hora
CONTRAS
1 Pode dispersar
Ambientes on-line podem ser usados por alunos para atividades não pedagógicas
2 Escrita é mais difícil
Os tablets não são muito confortáveis para escrever e a participação por escrito é fundamental na aprendizagem
Docente precisa saber dominar tecnologia, dizem especialistas
DE SÃO PAULO
Especialistas em educação e tecnologia afirmam que o fator mais importante para que o uso do tablet seja bem sucedido em sala de aula é a preparação dos professores.
"Todo o trabalho, com tablets, netbook, notebook, sempre vai depender do professor", diz Maria da Graça Moreira da Silva, coordenadora do curso de graduação de Tecnologia e Mídias Digitais da PUC-SP.

Para ela, é possível fazer atividades em sala de aula mesmo que só alguns alunos tenham o aparelho.

O professor Gilberto Lacerda dos Santos, especialista em tecnologia de educação da UnB (Universidade de Brasília), também afirma que os professores precisam estar preparados.
"As vantagens não vêm automaticamente, elas dependem da intervenção do professor. Se você não tem professor formado e com competência para desvendar o aparelho, não há impacto pedagógico possível", diz.
O professor acrescenta que, caso isso não ocorra, não vale a pena tirar do docente um meio que ele já domina (papel, caneta e livros didáticos) e dar um que ele não domina, como o tablet.
INTERATIVO
Se o professor estiver bem preparado, diz, o aparelho pode trazer vantagens por ser interativo, ampliar as possibilidades de pesquisa devido à conexão com a internet e permitir que o aluno produza conteúdo.
Como desvantagem, ele cita o risco de dispersão dos estudantes, principalmente se usarem a internet e as redes sociais na sala de aula.
Os especialistas ressaltam que o tablet é uma tecnologia nova e que ainda é cedo para saber qual será o impacto do uso do aparelho nas escolas.
Agora, ministério promete máquina para professores
DE BRASÍLIA
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou ontem que até 600 mil dos tablets que o governo vai comprar serão destinados a professores -e não para alunos, como era o objetivo inicial do MEC ao lançar a licitação, ainda sob o comando de Fernando Haddad.
Como a Folha revelou na terça, o MEC conclui licitação para comprar até 900 mil tablets a um custo previsto de R$ 330 milhões. Agora, a atual gestão decidiu ficar com dois terços dos equipamentos, deixando 300 mil para Estados e municípios.
No início da semana, o ministério havia informado que a divisão seria na proporção inversa.
O ministro agora diz que há estudos de universidades federais sobre o uso pedagógico da máquina e que os professores serão treinados. Antes, o ministério dizia que uso seria aprendido na prática.
Apesar de estar no cargo há dez dias e de não ter lançado a licitação, Mercadante disse que o programa foi todo formatado na sua gestão e que os equipamentos começarão a ser distribuídos a partir do segundo semestre deste ano.
Pernambuco
Estado vai dar equipamento para 170 mil
PE vai distribuir tablets aos 170 mil alunos do 2º e 3º anos do ensino médio da rede estadual. A licitação, no valor de R$ 170 milhões, foi concluída ontem, e a entrega será feita em março.
Os alunos vão ficar com os aparelhos após a conclusão do ensino médio, o que obriga o Estado a comprar tablets todos os anos.