quinta-feira, 1 de julho de 2010

Robôs ganham pele artificial


SÃO PAULO - Para interagir com segurança no mundo dos humanos, os robôs precisam ser capazes de reagir com rapidez à presença de pessoas.

Foi justamente pensando nisso que os pesquisadores do Fraunhofer Institute, na Alemanha, desenvolveram uma pele artificial que dota os robôs com uma espécie de tato.

A cobertura sintética torna a reação dos robôs à presença humana bem mais rápida. Pense em um caso simples, como os robôs-mordomos vistos em filmes futuristas. Seria essencial que eles soubessem, por exemplo, que devem parar de andar ao pisar no pé de alguém. Ou que não movessem mais o braço quando este atingisse o rosto de uma pessoa.


Estendendo o exemplo, o mesmo vale para outras máquinas não humanóides, como linhas de produção em fábricas, nas quais maquinários pesados são manipulados diariamente. Neste caso, a pele artificial também poderia ser aplicada ao chão, em locais próximos às máquinas – de forma que elas detectassem o que se aproxima a coordenassem seus movimentos para evitar uma colisão.(foto)


Formado por espuma condutora, tecido e um circuito inteligente, o sistema sensorial detecta pontos de contato e diferencia entre um toque suave ou duro, reconhecendo imediatamente quando se trata de uma pessoa.


A forma e tamanho dos sensores colocador na pele podem variar, mas quanto mais “células” colocadas, maior é a precisão na hora de detectar o ponto de contato. Um controlador dos sensores processa os valores medidos e os envia para o robô.


A pele foi criada e patenteada em 2008, e desde então o sistema vem sendo aprimorado; hoje ele pode se adaptar a formas retas ou curvas.


Paula Rothman, de INFO Online
Quinta-feira, 01 de julho de 2010 - 17h42