sábado, 27 de fevereiro de 2010

Robô ajuda a tratar pacientes que não podem andar

Domingo passado estava vendo o Fantástico, teve uma reportagem sobre um aparelho para deficiente físico, é tipo de uma esteira!! Veja a segui->

O equipamento, o primeiro a chegar ao Brasil, é fabricado na Suíça, custa quase R$ 2 milhões e foi doado à Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), que não tem fins lucrativos.

Um robô está ajudando quem quer andar e não pode. Como todas as outras meninas de 8 anos, o que Giulia Castilho mais gosta de fazer é brincar. “Na escola, eu pinto, faço prova. Eu gosto de português”, avisa.

Ela tem paralisia cerebral, o que compromete a mobilidade. A menina se identifica com uma personagem da novela Viver a Vida. “Eu gosto da Luciana”, diz Guilia.

Luciana, interpretada por Aline Moraes, é uma modelo que sofreu um grave acidente e agora anda em cadeira de rodas. “O papel da moça da novela está sendo bem claro, bem otimista. E eu vejo que a Giulia meio que se compara”, conta a mãe de Giulia, Paola Castilho.

A rotina é puxada: ecoterapia, hidroterapia e fisioterapia três vezes por semana. Hoje, a Giulia vai experimentar um aparelho novo, e como toda novidade, ele vai dar mais ânimo aos pacientes e deverá acelerar o processo de reabilitação de quem tem dificuldade para andar.

O equipamento, o primeiro a chegar ao Brasil, é fabricado na Suíça, custa quase R$ 2 milhões e foi doado à Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), que não tem fins lucrativos.

“Ela encurta o tempo de terapia. Ela realmente traz um benefício bastante grande, ela é um elemento coadjuvante na terapia, mas que acelera bastante os resultados”, diz o diretor da AACD, Eduardo de Almeida Carneiro.

Primeiro o tronco é todo amarrado a um colete que suspende a pessoa. Depois, o aparelho reveste o paciente, dando suporte para os movimentos.

“Ela vai trabalhar a parte de força muscular e essa troca de passos que a gente precisa automatizar. Comprimento de passo, velocidade, cadência. São todas essas coisas que a gente trabalha na marcha”, explica a médica Alice Ramos.

O exercício estimula a musculatura e dá condicionamento físico. Pode encurtar o caminho para pacientes como Giulia e Edson Barbezan. Dois anos atrás, a bicicleta dele quebrou na estrada. No tombo, ele lesionou a medula.

“Na hora, que você sai dessa máquina a sensação é muito boa. É uma sensação de leveza. Eu espero que ela me leve ao lugar, onde eu comecei, como eu era antes”, diz o serralheiro Edson Barbezan.

Na tela, um vídeo simula nos movimentos que a criança faz durante o treino. “Então, eu vou associar movimentos que o paciente vai fazer no aparelho com os movimentos que vão aparecer na tela”, explica a médica.

A novidade faz sucesso! “Qualquer coisinha que ela faça, por menor que seja, para mim já é uma vitória”, comemora a mãe de Giulia, Paola Castilho.

Fontes: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1499531-15605,00-ROBO+AJUDA+A+TRATAR+PACIENTES+QUE+NAO+PODEM+ANDAR.html
Educar na diversidade é aceitar desafios
Alunos deficientes e não deficientes na mesma sala de aula. Muito mais do que um sonho: essa já é a realidade para alguns brasileiros
Por Katia Deutner


A importância da conscientização

Na teoria, tudo parece bonito. Mas e na prática, como são as coisas? "Um professor não capacitado pode excluir o deficiente ainda mais do processo de aprendizado, repassando atividades diferentes ou até ignorando sua presença em sala de aula", alerta Zulmira Braga, gerente de educação da Fundação ArcelorMittal Brasil e coordenadora do programa "Educar na Diversidade". Na verdade, o profissional se sente despreparado para trabalhar com um aluno em ritmo diferente dos demais, exigindo uma atenção especial. "Por exemplo, uma professora me disse que nunca havia recebido um aluno com deficiência em sua classe e não tinha ideia de como lidar com a situação. Resolveu conversar com a turma antes, explicando que chegaria um colega diferente deles e que precisariam respeitá-lo. Como o menino não conseguiu acompanhar o ritmo da turma, a professora pediu à escola uma estagiária, que durante a aula, ficava jogando bola com o garoto, enquanto o resto dos alunos, de fato, estudava. Esta educadora estava o excluindo de duas formas: destacando a sua diferença em relação aos demais e designando atividades que impediam sua integração na classe", conta a gerente.

De acordo com Zulmira, problemas como este são cada vez menores. E isso graças à captação de professores para a inclusão. Os governos regionais estão despertando para essa necessidade e tomando medidas para que se concretize. "Seja criando leis ou buscando parceiros para viabilizar as capacitações", exemplifica a coordenadora.

A Prefeitura da Cidade de São Paulo também tomou providências estabelecendo metas para a capacitação dos professores. Atualmente, frequentam a rede municipal 13.697 estudantes com deficiências, matriculados em classes comuns. São oferecidos serviços de apoio educacional especializado em 157 Salas de Apoio e Acompanhamento à Inclusão, instaladas nas unidades educacionais. Há ainda o grupo Professor de Apoio e Acompanhamento à Inclusão, que realiza serviço de itinerância nas escolas, para orientar toda a equipe educacional. Fora isso, a cidade conta com seis Escolas Municipais de Educação Especial (EMEE), que atendem mais de 1.430 estudantes com surdez e outros quadros de deficiência. Está previsto ainda para este ano um curso de formação específica para supervisores, diretores e coordenadores pedagógicos sobre gestão da escola inclusiva.

Revista Sentidos