quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

DICAS PARA LIDAR COM ALUNO DISLEXICO




FONEMAS FRUSTRANTES

Os cérebros dos disléxicos têm conecções diferentes dos cérebros normais, e portanto processam a linguagem com menos eficiência. Em particular, os disléxicos têm dificuldade com as unidades de linguagem chamadas fonemas. Os fonemas são definidos como os menores segmentos compreensíveis da linguagem.(não confundir fonema com letra, o primeiro refere-se a som, o segundo a escrita) Por exemplo, a palavra falada "pato" é constituida de quatro fonemas: pêe, aaa, têe, ooo. Para a maioria das pessoas, o processo de quebrar as palavras em fonemas ocorre autamaticamente, sem pensamento consciente. Assim como nos separamos os fonemas sem pensar nisso, nos também os introduzimos em nossa fala automaticamente: "pato" tem duas sílabas, mas é feito de quatro sons distintos. Entre os 4 e 6 anos, as crianças percebem que os fonemas fazem as palavras.

Dificuldades com Fonemas

Os disléxicos não decodificam as palavras, eles têm dificuldade em acessar a informação pertinente àquela palavra que eles armazenaram. Eles freqüentemente confundem palavras com sons semelhantes como "vaca" e "faca." Quando é mostrada a figura de uma vaca, por exemplo, um disléxico pode chamá-la, uma "faca", embora quando solicitado para defini-la, ele corretamente responde, que é um animal que dá leite e carne. Em outras palavras, o disléxico sabe o que o objeto é, mas ele ou ela não podem acessar a palavra correta para este.
Dislexia a guerra das letras.

Por Suzel Tunes (stunes@edglobo.com.br)

Fábio adora comida esotérica (quer dizer, exótica). Tem uma amiga que fala quatro idiomas, é troglodita (quer dizer, poliglota). Corajoso, ele nunca se adromenta (amedronta). E seu filho vai ser engenheiro mecânico, como o pai, afinal, "peixinho de peixe, peixinho é".

Com o Fábio é assim... Não lhe peça para recitar provérbios ou ditos populares, que ele erra todos. Se pudesse, não leria nem bula de remédio. Vive fazendo confusão de palavras, troca letras e sílabas e tem vocabulário muito pobre, sobretudo na escrita.

Não é piada. Não é ignorância. É dislexia...


Na minha adolescência e início da vida adulta, estudei com uma amiga muito querida que trocava todos os provérbios... "Eu tô com um pé atrás da orelha", "Você ainda vai plantar aquilo que colheu" e por ai afora...

Para a gente era engraçadíssimo, ela era folclórica!

Padinha (o sobrenome dela), na faculdade, levou dp (dependência) de português do 1º ao 4º ano. A gente brincava dizendo que ela tinha feito um curso de especialização em Língua Portuguesa junto com a faculdade.

Hoje, tantos anos depois, relembro do nosso colegial e das aula do ensino superior e tenho certeza: Ela é disléxica!

Sorte que por ser inteligente e bem humorada e ter amigas que lhe davam suporte, nunca sofreu grandes discriminações, mas, o que a gente enchia a paciência dela...

Fernanda M F C Cruz

Disléxicos famosos


O físico alemão Albert Einstein não falou até os quatro anos de idade; não conseguia ler até os nove. Falhou nos exames de admissão para o colegial e só conseguiu passar após um ano adicional de preparatório.

Ao se dedicar à Física, no entanto, seu elevado grau de criatividade permitiu que ele alçasse vôos altos, criando conceitos revolucionários para a época.

Essas características fazem muitos especialistas acreditarem que Einstein era disléxico, assim como o pintor Leonardo da Vinci, do inventor Thomas Edison e até do escritor Hans Christian Andersen...

Como identificar um aluno disléxico?


Mesmo com todas as dificuldades que a dislexia pode trazer para a vida escolar de uma criança, é possível contornar o problema.

O mais importante é que os pais – e principalmente os professores – estejam sempre atentos.

O grau da "doença" varia muito e os sinais costumam ser inconstantes.



A seguir algumas das características mais comuns:


A criança é inteligente e criativa – mas tem dificuldades em leitura, escrita e soletração.

Costuma ser rotulado de imaturo ou preguiçoso.

Obtém bons resultados em provas orais, mas não em avaliações escritas.

Tem baixa auto-estima e se sente incapaz.

Tem habilidade em áreas como arte, música, teatro e esporte.

Parece estar sempre sonhando acordado.

É desatento ou hiperativo

Aprende mais facilmente fazendo experimentos, observações e usando recursos visuais.

Visão, leitura e soletração:

Reclama de enjôos, dores de cabeça ou estômago quando lê.

Faz confusões com as letras, números palavras, seqüências e explicações verbais.

Quando lê ou escreve comete erros de repetição, adição ou substituição.

Diz que vê ou sente um movimento inexistente quando lê, escreve ou faz cópia.

Parece ter dificuldades de visão, mas exames de vista não mostram o problema.

Lê repetidas vezes sem entender o texto.

Sua ortografia é inconstante.

Audição e linguagem:

É facilmente distraído por sons.

Tem dificuldades em colocar os pensamentos em palavras. Às vezes pronuncia de forma errada palavras longas.

Escrita e habilidades motoras:

Dificuldades com cópia e escrita. Sua letra muitas vezes é ilegível.

Pode ser ambidestro. Com freqüência confunde direita e esquerda ou acima e abaixo.

Matemática e gerenciamento do tempo:

Tem problemas para dizer a hora, controlar seus horários e ser pontual.

Depende dos dedos ou outros objetos para contar. Muitas vezes sabe a resposta, mas não consegue demonstrá-la no papel.

Faz exercícios de aritmética, mas considera difícil problemas com enunciados.

Tem dificuldade em lidar com dinheiro.

Memória e cognição:

Excelente memória a longo prazo para experiências, lugares e rostos. No entanto têm memória ruim para seqüências e informações que não vivenciou.



Fonte: Dyslexia The Gift www.dyslexia.com


http://dislexia.zip.net/arch2007-12-16_2007-12-22.html#2007_12-19_21_41_49-3989517-0
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