segunda-feira, 29 de junho de 2015

Playgrounds que ajudam na Inclusão de crianças especiais - Aventuraplay

Parque das Nações ganha o primeiro parque infantil adaptado do Estado


O parque é totalmente adaptado para crianças com deficiência (Foto: Marcelo Calazans)O parque é totalmente adaptado para crianças com deficiência (Foto: Marcelo Calazans)
O 1º parque infantil adaptado de Mato Grosso do Sul, que atenderá crianças com alguma deficiência física ou autismo, foi inaugurado nesta quinta-feira (18) no Parque das Nações Indígenas de Campo Grande. A construção foi uma parceria da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e o MPE (Ministério Público Estadual).
A promotora Jaceguara Dantas da Silva Passos, da 67ª Promotoria de Justiça da Comarca de Campo Grande, ressaltou que o parque é um marco para a acessibilidade da Capital. “É o 1º passo para que o Estado seja referência em acessibilidade”.
Para o presidente da CDL, Ricardo Kuninari, a construção do 1º parque é um passo para a conscientização. “Nós plantamos uma semente, um incentivo para as empresas públicas e privadas se conscientizarem e multiplicarem a ação”, valorizou.
Ele explicou que a CDL quer divulgação nas cidades do interior do Estado e usar Campo Grande como exemplo.
O parquinho é todo adaptado para cadeiras de rodas, crianças com baixa visão ou dificuldade de locomoção. Há dois balanços, uma casinha, escorregador e um carregador.
Soeli Rodrigues Ferraz, 36 anos, levou a filha para se divertir durante a inauguração e aprovou o local. “É ótimo. Ajuda na interação com outras crianças e desenvolvimento motor”.
“Esse é o primeiro parque que não precisamos nos adaptar a ele, mas ele é adaptado para nós”, ressaltou.
A segurança foi aprovada por Luisa Viana, 51. “Não tem problema de brincar aqui. Elas ficam bem seguras, sem perigos”.
A promotora assegurou que outros parquinhos como este podem ser construídos em Campo Grande. “Nós sabemos que estamos fazendo algo certo, quando vemos o brilho no olhar e sorriso das crianças”, assumiu.
http://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/parque-das-nacoes-ganha-o-primeiro-parque-infantil-adaptado-do-estado

Juiz de MT reduz carga horária de servidora para cuidar de filho autista

Servidora da UFMT conseguiu reduzir carga horária semanal de trabalho.Decisão foi proferida por juiz da 8ª Vara Federal de Mato Grosso.




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Juiz de MT reduz carga horária de servidora para cuidar de filho autista
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A servidora pública federal Aline Cristina Jara da Silva conseguiu na Justiça reduzir metade da carga horária de trabalho, sem compensação, para cuidar de seu filho, Davi de Oliveira Jara, de cinco anos, portador de transtorno de espectro autista, popularmente chamado de autismo. Arquiteta e servidora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Aline conseguiu o benefício por meio de uma decisão da Justiça Federal em Mato Grosso no dia 18 de junho.
A decisão é da 8ª Vara Federal de Mato Grosso, que levou em consideração a “Convenção sobre o direito das pessoas com deficiência” e a legislação federal sobre os regimes jurídicos dos servidores públicos civis, que prevê o benefício da redução de carga horária para servidores com filhos ou cônjuges portadores de necessidades especiais.
"Neste contexto, a presença da mãe tem primazia, não só pelo seu papel de quem traz à vida, mas de quem está mais próxima, no sentido de estimular as habilidades naturais da criança, dando-lhe suporte ao desenvolvimento adequado, de filho que demanda atenção diferenciada, disponibilidade financeira e de tempo para tratamento multiprofissional, que um servidor que trabalha em tempo integral (08 horas/dia, ainda que com intervalos de almoço), não tem como contemplar", registrou o juiz Raphael Cazelli de Almeida Carvalho na decisão.
Diagnóstico
O filho de Aline foi diagnosticado como portador do transtorno de espectro austista aos três anos, conta a mãe. “Minha irmã, que é médica, começou a desconfiar por causa do comportamento fechado dele. No começo eu achei que ele era quieto mais por causa de um traço de personalidade. Quando levamos na psiquiatra infantil, na primeira consulta ela praticamente já deu o diagnóstico. Nesse momento a gente sempre pensa no caso mais severo”, relata.
Davi acabou passando por outros exames, que descartaram outras doenças. Por fim, o garoto foi diagnosticado como portador de um grau leve de autismo. De acordo com Aline, o distúrbio neurológico do filho se manifestava – antes do início do tratamento - através da fala e de alguns comportamentos específicos.
“Ele fazia bastante ecolalia [repetição de sons comum em crianças com autismo]. A gente perguntava ‘Oi, Davi, tudo bem?’ e ele respondia ‘Oi, Davi, tudo bem?’”, comenta. Além disso, Aline diz que ele gostava de colecionar e enfileirar objetos em forma de círculo, demonstrava significativa falta de atenção e gostava de rodar em seu próprio eixo.
Tratamento
O diagnóstico e o tratamento precoce ajudaram na qualidade de vida de Davi. Segundo Aline, hoje ele tem mais facilidade de comunicação em casa e na escola, no aprendizado e na interação com as outras pessoas. Enquanto isso, ele treina para melhorar ainda outros aspectos.
“Ele ainda tem dificuldade de ir ao banheiro e comer, por exemplo. Hoje, ele só aceita comer bife cortado bem picadinho e uma bolacha de água e sal de uma marca específica. Do resto das comidas que tentamos, ele não se acostumou com a textura”, comenta.
Aline conta que todo o aprendizado de Davi é lúdico. Ela diz que ele começou, há poucos meses, a assistir a filmes de super-heróis e que, por sugestão da psiquiatra, ela e o marido acabam estimulando o aprendizado a partir disso. Eles comentam que recentemente Davi conheceu o Capitão América e que devem estimulá-lo a ir ao banheiro se utilizando da figura do herói. “'Você não é o Capitão América, então, tem que ir ao banheiro'”, contam, rindo, sobre como deve ser o treinamento.
A servidora comenta que participa de reuniões da Associação de Amigos do Autista (AMA) e que, embora a entidade não tenha uma sede fixa em Cuiabá, os pais dos autistas sempre se reúnem para debater sobre a enfermidade e questões jurídicas.
“Eu ganhei o meu caso, mas, só resolveu a questão da minha família. Lá [na AMA] nós nos reunimos para ir atrás dos nossos direitos. Para discutir quem já conseguiu uma aposentadoria para o filho, quem já conseguiu uma redução [da jornada de trabalho]”, afirma.
UFMT
Segundo a assessoria da UFMT, a Secretária de Gestão de Pessoas (SGP) da instituição ainda não recebeu a sentença da Justiça sobre a carga horária da servidora Aline Cristina Jara da Silva e só deve se pronunciar posteriormente.

http://www.cenariomt.com.br/noticia/455805/juiz-de-mt-reduz-carga-horaria-de-servidora-para-cuidar-de-filho-autista.html
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sexta-feira, 26 de junho de 2015

Deficiente pode receber benefício, mesmo com renda per capita maior que 1/4 do mínimo

O juiz Rodrigo de Melo Brustolin julgou procedente o pedido para conceder o benefício assistencial – Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) – a Ana Maria Monteiro do Amaral, mesmo com o seu núcleo familiar tendo renda per capita superior a um quarto do salário-mínimo. Ana Maria tem 42 anos, é paraplégica, tem câncer, problemas neurológicos e família carente.
A sentença foi proferida durante a realização, na comarca de Itapirapuã, do Programa Acelerar – Núcleo Previdenciário, que terminou nesta quarta-feira (24). Além das audiências previdenciárias, cerca de 75 perícias médicas também foram realizadas nos dois dias de trabalho. Amanhã, a força tarefa segue para a comarca de Uruana e finaliza a semana, na sexta-feira (26), em Rialma.
O magistrado enfatizou que o benefício pleiteado visa exclusivamente que as pessoas idosos ou portadoras de deficiência que não possuem meios de prover sua subsistência nem de tê-la provida por suas famílias possam atender às suas necessidades mais urgentes, como alimentação e vestuário, com o mínimo de dignidade, até o momento em que estiverem aptas a exercer alguma função no mercado de trabalho. Entretanto, ao analisar o caso, Rodrigo Brustolin levou em consideração a situação economicamente vulnerável da família. No caso específico de Ana Maria, ele observou que eles são aposentados rurais e utilizam suas rendas para sobreviverem.
“Firmou-se jurisprudência de que, para fins de cálculo da renda familiar mensal, não deve ser considerado o benefício (mesmo que de natureza previdenciária) que já venha sendo pago a um membro da família, desde que seja um salário-mínimo, forte na aplicação analógica do parágrafo único do artigo 34, da Lai 10.741/2003, o Estatuto do Idoso”, ressaltou, ao citar julgado de caso semelhante do Tribunal Região Federal da 1ª Região.
Ana Maria foi vítima de paralisia infantil aos 9 meses, o que a tornou incapaz para a vida independente, conforme laudos médicos. A família, formada pelo pai e pela mãe, sobrevive com dois salários-mínimos, relativos a aposentadoria deles. Ocorre que esse valor, se dividido, é maior que um quarto do salário-mínimo mínimo (se considerada a renda per capita da família).
“Esse dinheiro vai nos ajudar demais. Com o nosso dinheiro, compro comida e remédios porque uma parte fica para pagar a prestação do carro que comprei para levar minha filha para fazer quimioterapia a cada 21 dias em Goiânia”, relatou José Monteiro de Amaral, o pai de Ana Maria.
A família vive na zona rural de Itapirapuã, a 25 quilômetros da cidade e, segundo José, depois que a filha teve câncer na cabeça, a necessidade de morar na cidade aumentou. “Precisamos ir sempre à cidade comprar as coisas ou para atendimento médico. Quem sabe daqui alguns anos esse dinheiro nos ajudar a ir para cidade”, planejou.
Por TJ-GO

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Crianças em cadeira de rodas participam de corrida de rua

Crianças em cadeira de rodas participam de corrida de rua

21/06/2015 12:33:00
Mais de 1,2 mil crianças, com idades entre 8 e 16 anos, participaram neste domingo (21) da 2ª etapa do Circuito Infantil de Corridas de Rua 2015, promovido pela Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude de Curitiba, no Parque Náutico, em São José dos Pinhais. A grande novidade desta edição foi a 1ª Corrida Pernas Pra que Te Quero, com a participação de 24 crianças usuárias de cadeiras de rodas que foram conduzidas por corredores voluntários.
A etapa é resultado de uma parceria entre a Prefeitura de Curitiba e a Associação Paranaense de Reabilitação (APR). A ação visa à integração de crianças que usam cadeiras de rodas ao Circuito Infantil de Corridas da Cidade de Curitiba, proporcionando a inclusão de crianças com deficiência em um ambiente antes restrito.
Com trajetos de 2 mil e 3 mil metros, cada uma das crianças com deficiência contou com o apoio de uma equipe formada por seis corredores voluntários que se revezaram durante a prova. Amanda Vaz, 16 anos, já praticava corridas com cadeiras de rodas. Ela contou que gostou muito da iniciativa e principalmente do carinho e interação com os atletas que ela teve oportunidade de conhecer já durante os treinos anteriores à corrida. “Gostei muito da experiência e quero participar mais vezes”, afirmou a jovem.
A empresária Danielle Milarski, uma das atletas voluntárias, pratica corrida há cinco anos. Ela soube do projeto pela internet e fez questão de participar para poder dividir os bons frutos do esporte com outras pessoas. “Correr nos dá uma sensação muito boa de alegria, de liberdade. Poder proporcionar isso a uma dessas crianças é incrível. Algumas gritam, vibram e é possível perceber que elas estão amando”, afirmou.
Amanda Riesemberg Ferreira, da Agência de Transformação Social Nossa Causa e uma das organizadoras do evento, explicou que o objetivo do projeto é promover a inclusão social de crianças e adolescentes em um esporte do qual elas não podiam participar. Segundo ela, a intenção é ampliar o projeto para que outras crianças usuárias de cadeiras de rodas também possam participar.
A organizadora disse que, para garantir a segurança de todos, as cadeiras de rodas foram adaptadas e instalados dispositivos para dar estabilidade ao equipamento e também que permitissem as crianças correr sem nenhum tipo de risco. 
“Com essa iniciativa, a Prefeitura consegue atingir todas as crianças. Quando se inclui a criança com deficiência, toda a sociedade sai ganhando”, enfatizou o secretário de Esporte, Lazer e Juventude, Aluísio Dutra Júnior.
http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/criancas-em-cadeira-de-rodas-participam-de-corrida-de-rua/36780

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Bonecas com deficiências são lançadas após campanha nas redes sociais por diversidade


Publicado há 2 semanas - em 5 de junho de 2015 » Atualizado às 10:20 
Categoria » Racismo e Preconceitos
makies

Modelos com bengalas e marcas de nascença foram produzidos pela marca britânica Makies
Do O Globo
Depois que uma campanha por maior diversidade na indústria de brinquedos se tornou viral em redes sociais com a hashtag “#ToysLikeMe” (brinquedos como eu, em tradução livre), um fabricante de brinquedos britânico criou uma nova linha de bonecos com deficiência.
Além de modelos com bengalas e deficiência auditiva, a empresa Makies criou alternativas com marcas de nascença e cicatrizes. Personagens em cadeira de rodas também estão sendo desenvolvidos pela equipe de design e produção.
Usando a impressão 3D para projetar as bonecas e os acessórios, o fabricante espera que a nova linha seja um grande sucesso – dada a rapidez com que foi criada em resposta à campanha #ToyLikeMe que começou no Facebook.
Por £ 69 (cerca de R$ 320), as “Makies Dolls” são personalizadas para o dono, com a empresa planejando realizar customização com as características faciais. Ou seja, em breve os pais podem solicitar bonecas com a mesma marca de nascença que o filho ou a filha tem.
http://www.geledes.org.br/bonecas-com-deficiencias-sao-lancadas-apos-campanha-nas-redes-sociais-por-diversidade/#gs.f8351aa59ade48d79976f315d5b345a2
makiess
A nova coleção deixou os ativistas da hashtag felizes, mas isso não fará com que eles parem de pedir por uma diversidade maior no que diz respeito a brinquedos infantis. O movimento postou em sua página no Facebook: “Toy Like Me não vai descansar. Se pequenas empresas como a Makies podem atender, o que estão fazendo os meninos e meninas grandes? Vamos Lego, Playmobil, Mattell Barbie – 770 mil crianças britânicas com deficiências precisam de representação agora!”.
Leia também 


Leia a matéria completa em: Bonecas com deficiências são lançadas após campanha nas redes sociais por diversidade - Geledés http://www.geledes.org.br/bonecas-com-deficiencias-sao-lancadas-apos-campanha-nas-redes-sociais-por-diversidade/#ixzz3dSpzhS3y 
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Curtam a página Brincando e Aprendendo de ANA CRISTINA SÁTIRO BITU - Pedagoga Especializada em Educação Especial.

Brincando e Aprendendo.
Trabalho com crianças com alguma deficiência ou não.
Acompanho o seu filho e o ajudo a se superar e a encontrar suas habilidades;
Auxilio na autonomia e nos processos de aprendizagem;
Uso diversas ferramentas para auxiliá-los nestes processo principalmente o lúdico (o brincar pedagógico).
Trabalho com crianças com Síndrome de Down, Espectro de Autista, Asperger, Deficiência Intelectual e Crianças com TDAH.
Trabalho com aconselhamento de pais sobre a área comportamental de seus filhos.

ANA CRISTINA SÁTIRO BITU
Pedagoga Especializada em Educação Especial.
TELEFONES:
11 98700 4092 TIM - WhatsApp
11 9665 0103 OI
11 2381 3824 FIXO
SÃO BERNARDO DO CAMPO - SÃO PAULO.

Autismo se Trata Com Muito Amor!

terça-feira, 16 de junho de 2015

Paraíba tem a primeira cidade com condomínio exclusivo para idosos

24 de Novembro de 2014 • Atualizado às 16h11


O Governo da Paraíba tem investido na criação de lares para a população idosa. Em junho deste ano, as autoridades entregaram as chaves do condomínio “Cidade Madura” localizado na capital do estado, João Pessoa. Em breve, as unidades chegarão às cidades de Campina Grande, Cajazeiras e Sousa.
Trata-se do primeiro residencial do país voltado exclusivamente aos idosos carentes de moradia. Com 54 m², as casas são totalmente adaptadas às necessidades das pessoas da terceira idade. Seguem normas de acessibilidade, inclusive, para os que utilizam cadeira de rodas.
Na área externa há praça, pista de caminhada, academia ao ar livre e campo de futebol. O residencial possui também uma unidade de saúde, centro de convivência, horta, espaço para rede e guarita.
 “Os idosos aqui terão mais facilidades para viver com uma casa ampla e adaptada as suas necessidades, locais de caminhadas e ginástica, um núcleo de assistência à saúde, redário e um lugar de eventos. O lugar dos sonhos de muita gente”, afirmou a presidente da Companhia Estadual de Habitação Popular (Cehap), Emília Correia Lima.
Casa de artistas?
O ex-jogador de futebol, José Máximo, Zezito, tricampeão pelo Botafogo, é um dos ilustres moradores do residencial. Atualmente, ele morava em uma área de risco com a esposa, local em que ele estava ameaçado de ser despejado. No local, Zezito já reencontrou um velho amigo, Valdo Clemente Santos, que também jogou pelo mesmo time.

Foto: José Marques
Outra celebridade da região que ganhou um novo lar é o cantor e compositor Severino Ramos de Oliveira, que, nos anos 50, já dividiu o palco com Cauby Peixoto, Ângela Maria e Genival Lacerda.
Como funciona o condomínio
Certamente, o “Cidade Madura” será um bom lugar para fazer amizades, até porque não é permitido morar com outros familiares. No máximo, o idoso pode entrar com um cônjuge – o que se deve ao fato do projeto ser voltado para pessoas carentes de moradia e família.

Foto: José Marques
É preciso residir preferencialmente na cidade há pelo menos dois anos, ter 60 anos ou mais e possuir renda de até cinco salários mínimos. Também é necessário que a pessoa tenha condições de realizar suas atividades diárias com autonomia, ou seja, precisa ser lúcida e ter possibilidade de locomoção. Os moradores pagam apenas as despesas referentes à utilização do imóvel, que é de propriedade do Estado.
Redação CicloVivo

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Salão itinerante, com foco nas pessoas com deficiência.


Após ouvir a demanda de um cliente cadeirante que tentava ir ao salão de beleza mas tinha dificuldades por causa da acessibilidade, José Valente resolveu fazer um salão itinerante, com foco nas pessoas com deficiência.

A van adaptada tem todos os equipamentos de um salão e percorre as cidades do Distrito Federal. Ele garante que tem mais lucro hoje do que na época que trabalhava em um salão fixo e conta que criou uma relação de amizade e confiança com os clientes. Achei a ideia muito legal. Fica de inspiração.

Só tem um porém: não tenho dúvida que o salão do José é muito útil às pessoas que têm problemas de mobilidade, mas em uma sociedade com inclusão, todos conseguem ir e vir para realizar tarefas simples, como cortar o cabelo. E ter ruas e espaços adaptados é essencial.

Descrição da Imagem #PraCegoVer: fotografia. Um homem lava os cabelos de um homem cadeirante em um tanque de plástico portátil adaptado para lavar o cabelo. Sobre a imagem, está escrito "Cabeleireiro cria salão móvel para atender pessoas com deficiência". Ao lado da palavra "móvel", há o desenho de uma tesoura e um pente.


sexta-feira, 12 de junho de 2015

"A vida sobre 4 rodas": Deputada Federal Mara Gabrilli concede entrevista ao Cenário MS


A primeira deputada tetraplégica da história nacional fala de suas conquistas e de suas lutas por um país melhor para todos

Foto: Reprodução Facebook

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Mara Gabrilli é militante pelas causas dos portadores de deficiência física


por ALINE ALVES COSTA
Redação
A psicóloga, publicitária, colunista, escritora e Deputada Federal pelo PSDB: Mara Gabrilli, é a primeira deputada tetraplégica da história da política nacional.


Mara sofreu um acidente de automóvel, em 1994, que a deixou tetraplégica. Passou cinco meses internada, sem se mexer do pescoço para baixo, sem poder falar, comunicando-se apenas pelo piscar de olhos e respirando com o auxílio de um respirador artificial – e a partir de então, teve uma nova companheira: a cadeira de rodas.


Perante à tal situação, Mara pensou: "OK! Eu sobrevivi, mas eu não quero continuar assim!". E a sua luta passou a ser, literalmente, de cabeça erguida, sendo-lhe a única parte do corpo capaz de se mexer.


Então em 1997, Mara Gabrilli fundou o Instituto Mara Gabrilli, onde desenvolve programas de defesa às pessoas portadoras de deficiência física e em 2004 iniciou sua carreira política como vereadora na Câmara Municipal de São Paulo e atualmente exerce o seu segundo mandato como Deputada Federal.


Mara Gabrilli concedeu entrevista via online ao site Cenário MS para a série de reportagens especiais "A vida sobre 04 rodas", confira:






CMS: Deputada Mara Gabrilli, a sua deficiência física contribuiu para a sua entrada para a política ou já fazia parte de seus ideais?

Mara Gabrilli: Eu não diria que entrei para a política pela minha deficiência, mas sim graças à minha vontade de transformar. Nunca tive a pretensão, desejo ou vontade de entrar para a política. Na verdade, nunca me imaginei na vida política. Logo depois que sofri o acidente que me deixou tetraplégica, em 1994, passei alguns meses em reabilitação nos Estados Unidos. Após o acidente, comecei a retomar minha vida cotidiana. A maior dificuldade foi encarar a deficiência da cidade. Vi que muitas pessoas sofriam com a falta de acesso dos lugares. Além de acesso, faltava informação, faltava muita coisa. Percebi que já não fazia sentido trabalhar apenas com alguma coisa que me trouxesse dinheiro. Após me recuperar, terminei a faculdade de psicologia e fundei uma organização, o Instituto Mara Gabrilli, que apoiava o paradesporto e pesquisas científicas. Mesmo sem saber, comecei a fazer política ainda naquela época. Mas a entrada para a vida política foi em 2004. À frente da ONG me sentia de mãos amarradas para mudar muita coisa que era preciso para melhorar a vida de pessoas com deficiência na cidade, como reformar as calçadas, por exemplo. Convencida pela minha mãe, decidi me candidatar a vereadora em São Paulo. De lá para cá, fui secretária municipal da pessoa com deficiência em São Paulo, vereadora paulistana e atualmente estou no meu segundo mandato como deputada federal.




Mara Gabrilli na tribuna da Câmara dos Deputados (Foto: Reprodução Facebook)



A sua maneira de fazer política tem uma tônica especial que é a preocupação e melhoria da condição de vida das ‘minorias’, essa peculiaridade deve-se à que?

Costumo dizer que tive a “sorte” de quebrar o pescoço depois de fazer duas faculdades. A educação da pessoa com deficiência ainda é um grande gargalo, seja pela falta de escolas adaptadas, seja pela falta de materiais didáticos acessíveis, seja pela pouca quantidade de professores capacitados para ensinar pessoas com diferentes formas de aprender. Além disso, tive a oportunidade de ter uma reabilitação de qualidade, coisa que a maioria dos brasileiros com deficiência não tem. Apesar de termos centros de reabilitação de excelência, como a Rede Lucy Montoro, do governo do Estado de São Paulo, de uma forma geral a reabilitação no Brasil ainda é miserável. Por isso, senti a necessidade de aproveitar as oportunidades que a vida me deu e trabalhar para melhorar a vida de quem não teve essas mesmas oportunidades. É isso para isso que venho me empenhando desde então.





Como é possível, no seu caso, conciliar a limitação física ao destemor em desenvolver uma eficiente política?

Acima de tudo, preciso ter saúde para dar conta das atividades do meu dia a dia. Para meu corpo aguentar as viagens semanais a Brasília e o ritmo do Congresso, onde atualmente também acumulo o cargo de terceira secretária da Câmara, reservo duas horas diárias para me exercitar. Ao meu lado, tenho sempre uma assistente para me auxiliar em todas as tarefas. Para votar, utilizo um sistema desenvolvido pela Câmara, que me permite registar o voto apenas com o movimento do rosto. Ou seja, no meu dia a dia, utilizo recursos de acessibilidade, adaptações e tecnologia assistiva que me permitem realizar todas as tarefas. E isso vai de acordo com a convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência, segunda a qual quem realmente tem deficiência são as cidades, que não foram preparadas para receber todo o tipo de pessoa. Quando eliminamos as barreiras e equiparamos as condições, é a própria deficiência que diminui. Isso também tem a ver com a ideia do Desenho Universal, um conceito que tem por objetivo definir produtos e ambientes contemplando a diversidade humana: desde as crianças, adultos altos e baixos, anões, idosos, gestantes, pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Afinal, um ambiente que receba qualquer tipo de pessoa, não segrega e contribui para a inclusão. Ainda que você não tenha uma deficiência, um dia ficará idoso e precisará de um ambiente acessível. Por que então não criarmos espaços e serviços que atendam a todos?





Mara utilizando bandagem no braço e na perna - Técnica Kinisio Taping (Foto: Reprodução Facebook)







"Quando eliminamos as barreiras e

equiparamos as condições, é a

própria deficiência que diminui.

Isso também tem a ver com a ideia do Desenho Universal,

um conceito que tem por objetivo definir produtos e ambientes"










E o que atualmente é assegurado por lei aos portadores de deficiência física no Brasil?

A legislação brasileira nessa área é muito vasta e uma das mais completas do mundo. Garante não só às pessoas com deficiência física, mas à todas as pessoas com deficiência, condições de igualdade aos demais cidadãos em diversos setores da sociedade. O grande problema é que falta fiscalização para garantir que essa legislação seja cumprida.




Qual a próxima conquista?

No início de março conseguimos aprovar, na Câmara dos Deputados, a Lei Brasileira da Inclusão da Pessoa com Deficiência, da qual tive a honra de ser relatora e redigir um texto bastante completo e democrático, construído com toda a sociedade. Esse projeto modifica legislações já existentes e cria novos direitos, em diversas áreas: educação, assistência social, comunicação, cultura, lazer, trabalho, previdência social, mobilidade, habitação, tributária, até mesmo direitos civis e combate ao preconceito. O projeto de lei retornou ao Senado Federal, e o Senador Romário foi designado como relator. Esperamos que esse projeto seja votado em breve e, em seguida, sancionado pela presidente Dilma.










Mara Gabrilli, primeira deputada tetraplégica eleita (Foto: Reprodução Facebook)




Além da limitação física, há u

ma deficiência ainda maior em nosso país que é a questão da “Acessibilidade” e a falta de respeito com as vagas destinadas aos cadeirantes, bem como, a outros portadores de deficiência física. Nesse caso, o que se fazer?

Um ponto importante sobre essa questão são as vagas reservadas em estabelecimentos privados de uso público, como é o caso de shoppings, supermercados, bancos e farmácias, por exemplo. Coloquei na Lei Brasileira da Inclusão um artigo que altera o Código de Trânsito, permitindo que essas vagas possam ser fiscalizadas pelos órgãos competentes para autuar nesses locais. Mas esse é um problema diretamente relacionado à educação e conscientização da população sobre a importância de se respeitar essas vagas. Nesse sentido, falta investimento público em campanhas destinada a esse fim.




Há alguns dias foi publicado em sua rede social um episódio que sofreu por falta de acessibilidade em um aeroporto. Em Bataguassu os cadeirantes sofrem da mesma dificuldade com o transporte coletivo, isso significa dizer que os cadeirantes daqui enfrentam a mesma condição de dificuldade com acessibilidade que a Deputada?

Infelizmente, a realidade não é boa para todos os brasileiros. Essa não foi a primeira vez que tive problemas com a falta de acessibilidade para viajar, e constantemente recebo relatos sobre dificuldades enfrentadas por passageiros com deficiência. De acordo com a legislação toda a rede de transportes do país já deveria ser acessível. O prazo de dez anos para que isso acontecesse, definido pelo Decreto 5.294/94, expirou em dezembro do ano passado. E isso inclui todos os ônibus, trens, terminais, paradas, portos... Mas, infelizmente, como podemos constatar todos os dias, isso ainda não aconteceu.



Deputada Mara Gabrilli, o site Cenário MS sente-se honrado em entrevistá-la e a parabeniza pela sua garra e a diferente política que tem feito por nosso país e concede esse espaço a Vossa Excelência, para suas considerações finais...

Primeiramente, gostaria de agradecer o convite do Cenário MS. Costumo dizer que sou um exemplo prático de que sozinhos não chegamos a lugar algum. Durante toda minha trajetória política pude contar com o apoio de pessoas que acreditam na política do bem, para melhorar a vida de pessoas. Meus projetos são baseados nas necessidades e demandas que recebo da população. Continuem cobrando, opinando e sugerindo, pois conto com vocês, por meio de suas ideias e sugestões, para construirmos um Brasil com mais acessos.



Mara Gabrilli em pé em cadeira adaptável ( Foto: Reprodução Facebook)

Contatos:

Facebook: Mara Gabrilli




Site: www.maragabrilli.com.br




E-mail: maragabrilli@maragabrilli.com.br

http://www.cenarioms.com.br/noticias/2692/-A-Vida-sobre-4-rodas----Entrevista-com-Mara-Gabrilli--1--Deputada-Tetraplegica-do-Brasil.html






*** Em razão de sua limitação física, o texto da entrevista foi redigido por Ricardo Vendramel, assessor da Deputada Federal Mara Gabrilli - PSDB.