quinta-feira, 7 de julho de 2011

EducaçãoaprendizagemFamíliaEducação em todo lugar !!FÉRIAS


Aprendemos coisas novas a todo momento. As férias podem ser uma ótima temporada pra descobertas.


Texto Camilo Gomide

"Não é só indo na escola que se aprende. Crianças e jovens podem aprender com avós, tios e até mesmo entre eles"

Não é só na escola que descobrimos coisas novas. O aprendizado pode acontecer em qualquer lugar e não é necessariamente algo chato ou metódico. Em linhas gerais, aprender significa colocar em prática um novo conhecimento, seja uma receita de bolo, seja o nome de uma árvore, seja uma música ou seja um conceito de física. "Em geral, o aprendizado acontece da seguinte maneira: observamos algo desconhecido, manipulamos, organizamos, classificamos e utilizamos esse conhecimento em situações novas", explica Maria Ângela Barbato Carneiro, professora da faculdade de Educação da PUC-SP.

Por meio de uma brincadeira, por exemplo, a criança pode aprender habilidades sociais que serão fundamentais na vida adulta. "Na brincadeira a criança fica ativa tanto mentalmente quanto fisicamente. É uma forma de ela interagir, aprender a seguir regras, contestar e desenvolver autonomia", diz Maria Ângela, que também coordena o núcleo de cultura e estudos do brincar da PUC-SP. É por isso que, durante as férias, também é possível aprender muito - seja em viagens, seja em passeios na própria cidade, seja em casa: lendo um livro ou jogando cartas com os amigos. Em sala de aula, o aprendizado passa por um planejamento, fora dela acontece naturalmente, é absolutamente informal, mas não menos importante. "Não é só indo na escola que se aprende. Crianças e jovens podem aprender com avós, tios e até mesmo entre eles", diz a professora.

Os pais, por sua vez, têm um papel fundamental na aprendizagem dos filhos. "Ouvir músicas juntos, ler livros, andar de bicicleta, além de ensinar, estabelece vínculos maiores entre pais e filhos", diz Maria Ângela Barbato Carneiro. Dependendo da abordagem usada pelos pais, uma visita ao museu pode ser muito divertida. "Não podemos adotar um discurso chato e professoral na hora de levar crianças e jovens a cinemas, museus e teatros. É preciso associar esses programas ao lazer", diz Verônica Dias, professora de cinema e televisão da PUC. O segredo é respeitar o tempo do jovem e da criança.

À medida que o jovem vai criando um repertório, é legal oferecer mais diversidade, sem forçar nada, é claro. Se ele só comer arroz e feijão não saberá que gosta de macarrão. A única maneira de alguém descobrir se gosta de uma atividade é experimentando. "As pessoas só se interessam por aquilo que têm contato. A criança e o jovem não vão gostar de livros, museus e filmes se não forem apresentados a esse universo", diz Verônica Dias, professora de cinema e televisão da PUC.

Mas espera aí? Férias não são para descansar? O descanso não é importante para a mente relaxar e ficar pronta para novos conteúdos? "Sim, a criança nas férias também tem de brincar, ficar em casa e com os amigos", diz Luciana Fevorini, coordenadora pedagógica do ensino fundamental e médio do Colégio Equipe. Mas há crianças que têm energia demais pra ficarem paradas. O mais importante nesse período é não forçar a nada e deixá-las escolher o que vão fazer. Dessa maneira, elas poderão aproveitar e aprender mais.

Integra no :

http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/atividades-educativas-ferias-569917.shtml

USP revela objetivos do primeiro Centro de Robótica do Brasil

Róbotica de interesse social.



Conforme anunciado no último dia 06 de Junho, será construído no campus de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP) um núcleo de pesquisas em robótica que será o primeiro Centro de Robótica do país.

Com conclusão prevista para 2013, o prédio terá três mil metros quadrados e reunirá profissionais e estudantes de duas unidades do campus, a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC).

"A filosofia do Centro de Robótica é desenvolver projetos que sejam encampados pela sociedade. Por ser o primeiro do Brasil, temos um instrumento importante para contribuir com o aumento da pesquisa nessa área", afirma Marco Henrique Terra, coordenador do Centro.

Saúde, agricultura e pré-sal

Apesar de atualmente haver poucos trabalhos na área de robótica entre pesquisadores brasileiros, o cenário é promissor.

"Devemos fornecer alternativas para solucionar problemas universais através da robótica, como reabilitação de membros superiores e inferiores em pessoas com deficiências, e problemas com forte apelo nacional, como os relacionados com a agricultura de precisão e com o pré-sal, setores nos quais somos fortes economicamente", planeja Terra.

A criação do Centro de Robótica fará com que se aumentem os projetos desenvolvidos em conjunto pelos pesquisadores. Consequentemente, segundo Terra, haverá maior interação com a indústria, além do "aumento da eficiência na utilização de recursos, que são particularmente caros em robótica".

A construção do prédio durará cerca de dois anos. Mas, segundo o professor, já nos "próximos doze meses vamos preparar novos projetos para adquirirmos bolsas de estudos e equipamentos para serem alocados no Centro. Por hora, vamos continuar nos concentrando nos projetos individuais de cada laboratório responsável pelo Centro", informa.

Robótica médica

O professor Glauco Augusto de Paula Caurin, da EESC, está às vésperas terminar seu pós-doutorado em robótica aplicada à reabilitação de pacientes. Ele está estudando no Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos EUA, referência mundial em tecnologia e computação.

Dos Estados Unidos, Caurin relata sua animação com a notícia da criação do Centro de Robótica: "[o Centro] tem o mérito de unir as múltiplas competências tão necessárias para se fazer inovação numa área tão competitiva".

O professor ainda aponta a criação de uma tecnologia nacional como ponto forte do Centro, uma vez que os centros de pesquisa internacionais têm pouco interesse em questões nacionais brasileiras, além de ser uma tecnologia cara.

Para a volta ao Brasil, Caurin adianta que a EESC pretende desenvolver e testar jogos, direcionados à reabilitação de pacientes, em conjunto com o MIT.

"Pretendemos também aproximar o nosso núcleo dos trabalhos desenvolvidos pelo Núcleo Novas abordagens em Reabilitação de Lesões Encefálicas: aplicações, desenvolvimento e avaliação (NARLE) da Faculdade de Medicina da USP", conta.

Humanos robotizados e robôs operários


Ao contrário da ficção, atualmente os robôs não fazem tudo - mas já estão em quase todos os lugares. Pode-se encontrá-los como engenhocas de uma linha de produção de carros, como cãezinhos de brinquedo ou desativadores de bombas. Os exemplos são inúmeros.

No caso do Centro de Robótica de São Carlos, as pesquisas desenvolvidas no campus são "voltadas para robótica móvel, mãos robóticas, exoesqueleto, robótica espacial", propõe Terra.

"Já existe uma certa integração entre essas duas unidades [EESC e ICMC] para o desenvolvimento de pesquisas em robótica. Pesquisas na área automobilística, robôs manipuladores e a participação conjunta no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados Críticos (INCT-SEC) são exemplos disto. Esperamos que o Centro potencialize essas experiências", complementa.





www.inovacaotecnologica.com.b