sábado, 27 de fevereiro de 2010

Robô ajuda a tratar pacientes que não podem andar

Domingo passado estava vendo o Fantástico, teve uma reportagem sobre um aparelho para deficiente físico, é tipo de uma esteira!! Veja a segui->

O equipamento, o primeiro a chegar ao Brasil, é fabricado na Suíça, custa quase R$ 2 milhões e foi doado à Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), que não tem fins lucrativos.

Um robô está ajudando quem quer andar e não pode. Como todas as outras meninas de 8 anos, o que Giulia Castilho mais gosta de fazer é brincar. “Na escola, eu pinto, faço prova. Eu gosto de português”, avisa.

Ela tem paralisia cerebral, o que compromete a mobilidade. A menina se identifica com uma personagem da novela Viver a Vida. “Eu gosto da Luciana”, diz Guilia.

Luciana, interpretada por Aline Moraes, é uma modelo que sofreu um grave acidente e agora anda em cadeira de rodas. “O papel da moça da novela está sendo bem claro, bem otimista. E eu vejo que a Giulia meio que se compara”, conta a mãe de Giulia, Paola Castilho.

A rotina é puxada: ecoterapia, hidroterapia e fisioterapia três vezes por semana. Hoje, a Giulia vai experimentar um aparelho novo, e como toda novidade, ele vai dar mais ânimo aos pacientes e deverá acelerar o processo de reabilitação de quem tem dificuldade para andar.

O equipamento, o primeiro a chegar ao Brasil, é fabricado na Suíça, custa quase R$ 2 milhões e foi doado à Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), que não tem fins lucrativos.

“Ela encurta o tempo de terapia. Ela realmente traz um benefício bastante grande, ela é um elemento coadjuvante na terapia, mas que acelera bastante os resultados”, diz o diretor da AACD, Eduardo de Almeida Carneiro.

Primeiro o tronco é todo amarrado a um colete que suspende a pessoa. Depois, o aparelho reveste o paciente, dando suporte para os movimentos.

“Ela vai trabalhar a parte de força muscular e essa troca de passos que a gente precisa automatizar. Comprimento de passo, velocidade, cadência. São todas essas coisas que a gente trabalha na marcha”, explica a médica Alice Ramos.

O exercício estimula a musculatura e dá condicionamento físico. Pode encurtar o caminho para pacientes como Giulia e Edson Barbezan. Dois anos atrás, a bicicleta dele quebrou na estrada. No tombo, ele lesionou a medula.

“Na hora, que você sai dessa máquina a sensação é muito boa. É uma sensação de leveza. Eu espero que ela me leve ao lugar, onde eu comecei, como eu era antes”, diz o serralheiro Edson Barbezan.

Na tela, um vídeo simula nos movimentos que a criança faz durante o treino. “Então, eu vou associar movimentos que o paciente vai fazer no aparelho com os movimentos que vão aparecer na tela”, explica a médica.

A novidade faz sucesso! “Qualquer coisinha que ela faça, por menor que seja, para mim já é uma vitória”, comemora a mãe de Giulia, Paola Castilho.

Fontes: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1499531-15605,00-ROBO+AJUDA+A+TRATAR+PACIENTES+QUE+NAO+PODEM+ANDAR.html
Educar na diversidade é aceitar desafios
Alunos deficientes e não deficientes na mesma sala de aula. Muito mais do que um sonho: essa já é a realidade para alguns brasileiros
Por Katia Deutner


A importância da conscientização

Na teoria, tudo parece bonito. Mas e na prática, como são as coisas? "Um professor não capacitado pode excluir o deficiente ainda mais do processo de aprendizado, repassando atividades diferentes ou até ignorando sua presença em sala de aula", alerta Zulmira Braga, gerente de educação da Fundação ArcelorMittal Brasil e coordenadora do programa "Educar na Diversidade". Na verdade, o profissional se sente despreparado para trabalhar com um aluno em ritmo diferente dos demais, exigindo uma atenção especial. "Por exemplo, uma professora me disse que nunca havia recebido um aluno com deficiência em sua classe e não tinha ideia de como lidar com a situação. Resolveu conversar com a turma antes, explicando que chegaria um colega diferente deles e que precisariam respeitá-lo. Como o menino não conseguiu acompanhar o ritmo da turma, a professora pediu à escola uma estagiária, que durante a aula, ficava jogando bola com o garoto, enquanto o resto dos alunos, de fato, estudava. Esta educadora estava o excluindo de duas formas: destacando a sua diferença em relação aos demais e designando atividades que impediam sua integração na classe", conta a gerente.

De acordo com Zulmira, problemas como este são cada vez menores. E isso graças à captação de professores para a inclusão. Os governos regionais estão despertando para essa necessidade e tomando medidas para que se concretize. "Seja criando leis ou buscando parceiros para viabilizar as capacitações", exemplifica a coordenadora.

A Prefeitura da Cidade de São Paulo também tomou providências estabelecendo metas para a capacitação dos professores. Atualmente, frequentam a rede municipal 13.697 estudantes com deficiências, matriculados em classes comuns. São oferecidos serviços de apoio educacional especializado em 157 Salas de Apoio e Acompanhamento à Inclusão, instaladas nas unidades educacionais. Há ainda o grupo Professor de Apoio e Acompanhamento à Inclusão, que realiza serviço de itinerância nas escolas, para orientar toda a equipe educacional. Fora isso, a cidade conta com seis Escolas Municipais de Educação Especial (EMEE), que atendem mais de 1.430 estudantes com surdez e outros quadros de deficiência. Está previsto ainda para este ano um curso de formação específica para supervisores, diretores e coordenadores pedagógicos sobre gestão da escola inclusiva.

Revista Sentidos

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Realese

“...Toca, dissolve, transforma
tudo que impedir teu encontro com o sol!
A voz que é verdadeira conquista
Seu verdadeiro destino.

Fala de amores, poesia,
Fala das grandezas sem uma palavra,
Apenas resplandece teu canto
No canto central do planeta!...”

(Seguindo o Sol – Sara Bentes)

A cantora e compositora Sara Bentes vem conquistando prêmios nacionais e internacionais, trazendo no currículo shows nos Estados Unidos, Itália e Argentina. Além de apresentações solo, a também arranjadora musical apresenta-se com orquestra, tendo dividido o palco com artistas renomados como Gilberto Gil. Atuante ainda em outras áreas artísticas, como literatura, artes visuais e teatro, Sara aplica sua arte também na caminhada pela inclusão social de pessoas com deficiência. Participante do Projeto Percepções, exibido semanalmente pelo programa Fantástico, rede Globo, durante 3 meses, Sara percorreu 9 países da América do Sul e transformou muita aventura e desafios ao longo do caminho em poesia e inspiração para compor.

Suas composições passeiam pelo samba, pop, bossa nova, baião, dentre outros estilos da mpb, além de experiências no new age e na música infantil, e chamam a atenção pelas ricas melodias e letras repletas de poesia, que exaltam o amor, a simplicidade, o dia-a-dia e a diversidade do planeta. Sara, que toca piano, teclado e, com abundante musicalidade, arrisca-se ainda em instrumentos de percussão, violão e instrumentos de sopro, como oboé e flauta doce, caracteriza suas gravações com arranjos vocais bem elaborados e com uma grande variedade de sonoridades nas roupagens criativas que dá à sua própria obra. E sua interpretação encanta pela clareza, flexibilidade vocal e afinação, além, é claro, de muita verdade, entrega e emoção.

Confira neste site várias composições e releituras da artista, com letra e mp3, além de fotos, vídeos, entrevistas e histórico completo de sua trajetória. Veja ainda sua atuação no teatro, literatura e artes visuais.-----------------------------------------------------------------------------

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Olá!

Bom dia a todos, esta é a primeira vez que escrevo para este blog. Sinto-me honrada pelo convite e feliz por poder expressar minha opinião e compartilhar meus conhecimentos a respeito deste assunto que me interessa tanto.

"Mas quem é você", estão vocês se perguntando agora.
Bom, meu nome é Mathisa, acabo de me formar em psicologia e pretendo iniciar uma pós-graduação em Arte terapia.

Mês passado participei do Projeto Rondon, uma iniciativa do Governo Federal, subsidiado pelo Ministério da Defesa. Lá tive a oportunidade de palestrar a respeito da inclusão para professores de ensino regular. Foi um desafio, pois as professoras que enfrentam a realidade não sabem mais como acreditar na ideologia - muitas vezes utópica - da proposta inclusiva. Então como transmitir força e esperança a uma equipe que muitas vezes não é capacitada da forma correta para poder trabalhar com crianças especiais? O que dizer em 4 horas de palestra que as faça desejar novamente desempenhar suas funções com afinco?
Olha, foi uma tarefa muito difícil, creio que falamos (eu e o Frederico, fizemos juntos a palestra) o necessário e o que nos cabia naquele momento falar, mas o que creio ter sido mais importante foi que deixamos um tantinho de inquietação nelas. Incentivamos o debate para que o tema fosse abordado por elas mesmas.

É isso que fará o assunto inclusão ser mais estudado.
O debate, sempre o debate.
Conversar a respeito e trocar experiências é o que faz com que aprendamos mais e mais sobre um assunto.
Minhas idéias, talvez, sejam bem diferentes das suas, mas se conversarmos sobre elas quem sabe não agregaremos muito um ao outro???

O diferente não é certo ou errado, nem melhor nem pior, mas sim simplesmente diferente, oras. Não é isso que apregoamos com a inclusão? Não é a certeza de que nossa sociedade irá se tornar melhor quando for mais homogênea? Não é a tolerância que tentamos fazer com que se desenvolva nas pessoas?
Então.
Não existe melhor forma de fazer com que isso aconteça do que o debate.

Posso estar errada, mas creio que não.
Portanto vamos conversar!

Mathisa.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Adaptações pensadas e planejadas -
Postado por: Deficiente Ciente


Imagem de um banheiro planejado

"Adaptações pensadas e planejadas", acompanhe as medidas da acessibilidade e dicas para tornar a casa mais segura e confortável.

Segundo o arquiteto Jean, ainda no caso de cadeira de rodas, é importante garantir espaço. "O cadeirante necessita de áreas livres com diâmetro de 150 centímetros para poder realizar um giro de 360 graus. É a distância mínima de um ármário para uma cama, por exemplo. Para manobras de 90 graus, essa distância caí para 120 centímetros, que seria a largura mínima de um corredor ou hall." Já os banheiros devem ter a bacia recuada ao menos 50 centímetros das paredes ou de outros equipamentos, a partir de seu eixo, assim como a pia. Nada de degraus ou rampas com mais de 8% de inclinação.

Para o deficiente auditivo, o arquiteto Eduardo lembra que o adequado é substituir todos os sinais sonoros por sinais luminosos, por exemplo, trocar a campainha por um quadro de luz, posicionado em um local estratégico, de fácil visualização dentro da casa.

Idosos e obesos, normalmente, têm maior dificuldade de locomoção, ou levam muito mais tempo para se deslocar de um local para o outro. Por isso, é de extrema importância a preocupação em concentrar ou aproximar os ambientes mais utilizados pela pessoa dentro de casa, para evitar que o morador tenha que circular muito.

Dicas para tornar as casas mais seguras e confortáveis:
- Utilizar maçanetas tipo alavanca, que não exigem força física;
- Vencer desníveis por meio de rampas;
- Optar por capachos e tapetes presos ao piso;
- Proporcionar iluminação adequada;
- Usar puxadores tipo alça;
- Instalar luz interna nos armários;
- Dar preferência a torneiras tipo alavanca ou monocomando;
- Evitar a utilização de vidros sem a devida segurança;
- Prever iluminação em escadas e circulações noturnas;
- Prever sensores de presença para iluminação;
- Escolher móveis com quinas arredondadas.

Fontes e imagensArquiteto Eduardo Ronchetti de Castro
http://www.portalmobilidade.com.br/

Arquiteto Jean Tosetto
http://www.jeantosetto.com/

Revista Incluir

Veja também nesse blog:
Adaptações pensadas e planejadas - Parte 1
Adaptações pensadas e planejadas - Parte 2

domingo, 21 de fevereiro de 2010

/fox-divulga-video-de-retorno-do-seriado.

O canal americano Fox divulgou nesta semana o primeiro trailer do episódio 14 de “Glee”, que marca o retorno da série após um período de recesso, que começou no mês de dezembro.

A emissora voltará a veicular episódios inéditos de “Glee” a partir de abril. No vídeo, os telespectadores do canal podem acompanhar um pequeno trecho da apresentação da música “Hello”, dos Beattles, pelo coral da escola William McKinley. Leia o texto na íntegra e assista o primeiro trailer...

No final do trailer, o canal também apresenta uma pequena amostra do especial que será dedicado a Madonna, que poderá ser conferido no 15º episódio.


No Brasil, “Glee” é veiculado pelo canal Fox. A trama acompanha a história de um professor que tenta recuperar a imagem do coral de uma tradicional escola americana, que já obteve sucesso no passado, mas que acabou virando refúgio de classes menos favorecidas do colégio.

Recentemente, o SBT adquiriu os direitos de exibição da série na TV aberta. Ainda não há previsão de estreia na emissora.

Fonte: http://natelinha.uol.com.br/

Assista o video :PURA EMOÇÃO, EXPLOSÃO DA INCLUSÃO!!!

Ondas cerebrais


Ondas cerebrais


Vamos nos atualizar no assunto neurociência, lendo o artigo Ondas cerebrais são usadas para escrever no computador.

Embora ainda utilize métodos invasivos para coletar as ondas cerebrais, o método está entre os mais precisos já demonstrados até hoje. Os testes foram feitos em pacientes com epilepsia.

Neurocientistas da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, demonstraram que as ondas cerebrais podem ser usadas para digitar caracteres alfanuméricos na tela de um computador. Nos testes, basta que o paciente concentre-se em uma letra ou número mostrados em uma matriz para que a letra apareça no monitor.

Os pesquisadores afirmam que a descoberta representa um progresso concreto na viabilização de uma interface cérebro-computador que poderá, no futuro, ajudar as pessoas portadoras de diferentes distúrbios, a controlarem dispositivos eletrônicos e robotizados, como braços e pernas protéticos.

Segundo eles, os portadores da doença de Lou Gehrig e de lesões da medula espinhal são pacientes que poderão ser beneficiados com esta nova tecnologia. Embora ainda utilize métodos invasivos para coletar as ondas cerebrais, o método está entre os mais precisos já demonstrados até hoje.

"Mais de 2 milhões de pessoas nos Estados Unidos podem se beneficiar de dispositivos auxiliares, controlados por uma interface cérebro-computador", diz o pesquisador principal do estudo, o médico neurologista Jerry Shih, que desenvolveu a nova interface em colaboração com a equipe do Dr. Dean Krusienski, da Universidade do Norte da Flórida.

"Esse estudo constitui um primeiro passo no caminho em direção ao futuro e representa um progresso tangível no uso de ondas cerebrais para realizar certas tarefas", explica Shih.

Eletrocorticografia e eletroencefalografia

O estudo da nova interface foi feito com pacientes com epilepsia. Esses pacientes já vinham sendo monitorados, para controle da convulsão, através de eletrocorticografia (ECoG), um exame no qual eletrodos são colocados diretamente na superfície do cérebro para registrar as correntes elétricas produzidas pelas descargas das células nervosas. Esse tipo de procedimento requer uma incisão cirúrgica no crânio.

O neurologista queria estudar uma interface cérebro-computador nesses pacientes, porque, hipoteticamente, as informações captadas pelos eletrodos colocados diretamente no cérebro poderiam ser muito mais específicas do que os dados coletados através de eletroencefalografias (EEGs), nos quais os eletrodos são colocados no couro cabeludo. A maioria dos estudos de interação cérebro-computador foram feitos com EEGs, diz o neurologista.

"Há uma grande diferença entre a qualidade das informações obtidas com o ECoG e com o EEG. No EEG, o couro cabeludo e o osso do crânio dissipam e distorcem o sinal, da mesma forma que a atmosfera terrestre obscurece a luz das estrelas", diz o neurocientista. "É por isso que o progresso do desenvolvimento dessa espécie de interface da mente tem sido lento", afirma.

Como esses pacientes já tinham eletrodos de ECoG implantados em seus cérebros, para os médicos descobrirem a área em que as convulsões se originaram, os pesquisadores puderam testar essa novíssima interface cérebro-computador. Nesse estudo, os dois pacientes foram colocados em frente a um monitor que estava conectado a um computador, no qual os pesquisadores instalaram um software projetado para interpretar sinais elétricos vindos dos eletrodos.

Controlando o computador com a mente

Os pesquisadores solicitaram aos pacientes que olhassem para uma tela, que apresentava uma matriz 6 por 6, com um único caractere em cada quadrado. Todas as vezes que o quadrado com uma certa letra cintilava - e que o paciente estava focado nele - o computador registrava a resposta do cérebro à letra cintilante.

Os pesquisadores pediram então aos pacientes que focassem em letras específicas e o software do computador registrou as informações. A seguir, o computador calibrou o sistema com a onda cerebral específica de cada indivíduo, fazendo com que uma letra aparecesse na tela quando o paciente se focava nela.

"Nós podemos predizer, de forma consistente, as letras desejadas por nossos pacientes, com quase 100% de precisão", diz Jerry Shih. Embora isso seja comparável a resultados obtidos por outros pesquisadores, essa abordagem é mais localizada e pode, potencialmente, fornecer uma taxa de comunicação mais rápida. Nosso objetivo é encontrar uma maneira de usar, de forma eficaz e consistente, as ondas cerebrais do paciente, para realizar certas tarefas", afirma.

Calibragem individual

Quando a técnica for aperfeiçoada, será necessário que os pacientes se submetam a uma incisão no crânio para utilizá-la, embora ainda não se saiba quantos eletrodos deverão ser implantados.

E o software precisa ser calibrado para as ondas cerebrais de cada pessoa para a ação desejada, tais como movimentar um braço protético, explica o neurologista.

"Esses pacientes teriam de usar um computador para interpretar suas próprias ondas cerebrais, mas esses dispositivos estão ficando tão pequenos que há uma possibilidade de que eles possam ser implantados no futuro", ele diz. "Achamos que nosso progresso, até agora, é muito encorajador."

publicado no Site Inovação Tecnológica em 08/01/2010

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Neurociência cognitiva


Excitantes descobertas da ciência cognitiva e contínuos progressos da psicologia cognitiva estão começando a oferecer visões interessantes sobre as maneiras como o cérebro aprende.

Historicamente, teoria e método separam essas duas disciplinas. Com o desenvolvimento das novas tecnologias de imagem do cérebro, uma nova ciência mista surgiu: a neurociência cognitiva.

Os neurocientistas cognitivos têm dado maior atenção à educação como área de aplicação do conhecimento da neurociência cognitiva, assim como fonte de importantes pesquisas.

No passado muitos cientistas acreditavam que no nascimento o cérebro humano já tinham todos os neurônios que apresentará mais tarde. Com as novas tecnologias, este fato vem sendo contestado. Alguns mecanismos, como os que controlam nosso instinto de sobrevivência, já existem no nascimento, mas a maior parte dos circuitos mentais de um recém nascido resulta da experiência. Alguns cientistas argumentavam que esses circuitos se completavam por volta dos 3 anos, outros acreditavam que eles continuavam até a adolescência; no entanto em pesquisas mais recentes, existe o consenso de que as conexões sinápticas se formam ao longo de todo o ciclo de vida.

O objetivo mais importante da educação é desenvolver uma capacidade de aprender mais adequada a cada indivíduo, de acordo com os períodos receptivos para a aquisição das funções cognitivas. O progresso da neurociência cognitiva está conduzindo a novas descobertas. As funções cerebrais humanas estão localizadas em várias áreas funcionais. E cada área funcional terá um período receptivo diferente devido a plasticidade das redes neurais. Uma excelente organização dos temas educativos, baseado nos períodos receptivos, provavelmente será mais eficiente.

Mais detalhes sobre períodos receptivos no livro Compreendendo o cérebro ou nas pesquisas do Dr. Hideaki Koizumi - Japão.
posted by LeticiaBúrigoTK

domingo, 7 de fevereiro de 2010

OS MEUS DESIGUAIS

O Fábio sempre me surpreende com seus textos inteligentes, mas esse em especial eu adorei, ele conseguiu traduzir em palavras meus pensamentos. Aproveitem....
Todos são meus iguais enquanto seres humanos detentores de direitos e deveres. Todos são meus desiguais enquanto seres humanos únicos e insubstituíveis
Mesmo os seres humanos mais parecidos entre si ainda serão desiguaisMais uma vez, durante essa semana, fui confrontado com a tese de que as pessoas precisam conviver com os seus iguais para desenvolver a sua identidade.Eu não entendo nada de psicologia e de psicanálise.
Também não entendo porque esse tema de identificação com os iguais só surge quando se refere a pessoas com deficiência ou com aquelas que são consideradas desviantes da normalidade.Nunca ouço que os gordos barbados como eu precisam formar um grupo de encontros para que possam exercitar suas identidades. Nem que mulheres morenas de olhos verdes deveriam criar uma associação para garantir os seus direitos.
Se eu preciso ver quem eu sou um espelho não é suficiente? Por que preciso me enxergar em outro? Além do que, nem mesmo entre gêmeos, dito idênticos, existe essa "igualdade" preconizada pelos defensores de grupetes segregados.E aí eu me pergunto: que, afinal de contas é o meu desigual?A Marta que é mulher enquanto eu sou homem?O MAQ ou o Paulo que não enxergam?A Anahi que precisa de um implante para escutar? Ou será a Flávia que não anda?Será que meu desigual é o Nathan que é negro? Será o Richard que é homossexual? O filho autista da Valéria?Na verdade são todos e nenhum deles. Todos são meus iguais enquanto seres humanos detentores de direitos e deveres.
Todos são meus desiguais enquanto seres humanos únicos e insubstituíveis.Mesmo o ser humano mais parecido comigo ainda será meu desigual e é nesse ponto que as pessoas não conseguem compreender o que é, efetivamente, o conceito de diversidade.Meu diferente é qualquer um e não um grupo específico vítima da exclusão. Meu diferente é você que está me lendo.
Diversidade não é defender os interesses de coletivos de gênero, de etnia, de condição física ou de orientação sexual. Ou entendemos que todos são diversos, ou admitimos que todos são iguais, não existe meio termo (ainda que muita gente acredite que "nós somos iguais e eles diferentes")Ainda assim, muita gente vai continuar procurando criar guetos de seres supostamente iguais. Vai colocar os filhos em encontros de pessoas com as mesmas deficiências que eles tem, educando-os para acreditarem que são seres de um planeta diferente, que só podem conviver com seus espelhos fenotípicos.Essa é a identidade que eles vão construir, a identidade que a sociedade quer que eles tenham, a identidade que os rotula e os exclui da convivência com todos os demais seres humanos.Texto de Fábio AdironFonte: Inclusão : ampla, geral e irrestritaDEFICIENTE ALERTA foi criado para orientar,educar,protestar e ajudar todos com deficiência. www.deficientealerta.blogspot.com

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A escola e a busca pela integração do portador de Síndrome de Asperger
Postado por: Deficiente Ciente Categoria(s): ,

Queridos leitores, vejam abaixo o papel fundamental que a escola exerce na integração e socialização do aluno portador da síndrome de Asperger.
Socialização é a palavra-chave para o tratamento de pessoas com síndrome de Asperger. E a escola acaba ganhando um papel de destaque na busca pela integração. Segundo especialistas, os educadores costumam ser os primeiros a identificar que a criança possui um comportamento diferente dos demais. Isso porque os traços característicos da síndrome ficam mais fortes quando as crianças estão na idade escolar, a partir dos três anos. Para a psicóloga e psicomotricista relacional Clarissa Leão, a escola precisa estar atenta ao comportamento dos alunos. `
`Expressões mecanizadas, linguagem rebuscada, dificuldade de flexibilidade, fixação por determinado assunto, pouca interação social e talentos inexplicáveis``, exemplifica Leão. Uma grande dificuldade para perceber a criança com síndrome de Asperger é o seu alto nível de aprendizado. ``No aspecto cognitivo da aprendizagem, as crianças com esta síndrome costumam ter um nível de médio a alto``, diz. Isso acaba confundindo os pais e professores. ``
Eles pensam que a criança que tira boas notas dificilmente terá problemas``, alerta. Para a pedagoga Luciana Pafume, o educador deve aproveitar a linguagem rebuscada e o interesse aprofundado sobre determinado assunto do portador da síndrome para gerar mais conhecimento para toda a turma. ``O aluno deve estar sempre integrado a novas realidades e nunca pode ser retirado do seu espaço social``, afirma. O professor também deve estar atento a não expor a criança a situações de constrangimento. ``Conhecer mais sobre a síndrome vai facilitar o professor a identificar quando se trata de timidez ou de um problema mais sério``, adverte Leão. Sobre a grande incidência de crianças com síndrome de
Asperger serem alvos fáceis de bullyng, Luciana acrescenta que o educador deve estar atento à forma como os outros alunos reagem às diferenças. ``Surge então uma boa oportunidade para abordar assuntos como cidadania e diferenças e formar uma nova geração``, ensina. Fonte: http://opovo.uol.com.br/Imagem retirada do Google ImagensVeja também nesse blog:Síndrome de Asperger - Parte 1Síndrome de Asperger - Parte 2Síndrome de Asperger - Parte 3Síndrome de Asperger - Parte 4


Como lidar com pessoas que possuem limitações motoras
Postado por: Deficiente Ciente Categoria(s): Postado: Sexta-feira, Fevereiro 05, 2010



Querido leitor,Aprenda, hoje, uma das regras de etiqueta de como tratar pessoas com limitações motoras. Bom senso e naturalidade são fatores essenciais no convívio. É preciso lembrar que não se trata de doenças, mas de limitações motoras. Uma gafe comum cometida por quem convive com pessoas deficientes física ou limitações motoras é se apoiar na cadeira de rodas, no andador ou pegar nas muletas. Na maioria dos casos, essas atitudes causam grande desconforto, já que estes equipamentos servem como facilitadores da mobilidade e precisam estar firmes.
Agir desta forma é sinal de desrespeito. A dica é oferecer ajuda e nunca movimentar a cadeira de rodas sem pedir permissão. Já imaginou alguém encostando no seu carro, se apoiando nele, sentando no capô ou ainda empurrando seu carro para outra vaga no estacionamento sem a sua autorização? Pense nisso, queridos leitores!Fonte: Revista Sentidos
Veja também:

Leiam .vale a pena!!!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Primeiro aluno com deficiência visual se forma em Publicidade e Propaganda
TCC sobre audiodescrição recebeu nota 10Na tarde de segunda-feira (14), aconteceu, na sala 510 do bloco "A" da Universidade Católica de Pernambuco, a defesa do trabalho de conclusão de curso do estudante Milton Pereira Filho, 28 anos, o primeiro aluno com deficiência visual a se formar em Publicidade e Propaganda em Pernambuco.
O trabalho apresentado abordou o tema "Audiodescrição: ferramenta da inclusão social na publicidade".Na monografia, Milton mostrou como a audiodescrição pode ser uma ferramenta de marketing e trazer resultados benéficos para as empresas que investem no estilo de propaganda, aumentando o público-alvo e elevando o status de uma corporação preocupada com a inclusão social.
A audiodescrição leva acessibilidade aos meios de comunicação a portadores de deficiências visuais e auditivas. Esse processo permite a inclusão de deficientes em cinemas, teatros e programas de televisão.
O recurso, basicamente, é a tradução de imagens em uma narração das imagens em palavras.O coordenador do curso de Publicidade e Propaganda da Unicap, Rodrigo Duguay, que acompanhou, desde o início, a trajetória do estudante na Universidade, ficou muito admirado com a conclusão da monografia.
Na avaliação do trabalho, Rodrigo lembrou, com orgulho, a história de Milton na Universidade. Durante o curso, ele fez um trabalho de grande repercussão, e já é acostumado a impressionar os professores.
Milton frequentou a sala com alunos sem deficiência e se destacou no meio deles, mostrando que com força de vontade é possível vencer qualquer dificuldade", falou o professor, depois que o estudante recebeu a pontuação máxima pelo trabalho.
Segundo Milton, a idéia de fazer Publicidade e Propaganda foi um desafio, que encarou com muita responsabilidade. "Sabia que seria difícil, e não entrei para brincar. Logo no primeiro dia de curso, os professores me apoiaram muito, e ficaram empolgados de trabalhar com um aluno que é cego, em Publicidade. Esse tempo que passei aqui, foi ótimo, e se pudesse, faria tudo de novo", enfatizou Milton, feliz com a conquista.Fonte: Blog da Audiodescrição (17/12/09)Referência: Rede SaciVeja também neste blog:Audiodescrição promove a inclusão de pessoas com necessidades especiais
Postado por: Deficiente Ciente Categoria(s): Postado: Quarta-feira, Outubro 21, 2009
Durante essa semana, estava lembrando do meu primeiro dia de aula após o meu acidente. Estava na quinta série e tinha onze anos de idade. A turma de alunos era a mesma do ano anterior, eram todos meus colegas. No entanto, durante o recreio, percebi que a turma estava dividida em grupos e todos me observavam atentamente. O primeiro grupo aproximou-se e perguntou o que tinha acontecido comigo, expliquei o que tinha ocorrido, e logo após, esses alunos se afastaram. O segundo grupo ficou somente observando e nem mesmo aproximou-se. Percebia que esses alunos queriam ficar bem longe de mim. No entanto, tinha um terceiro grupo, e esse grupo era a minoria de alunos. O grupo aproximou-se, prestou solidariedade e me disse palavras de coragem. Contudo, essa minoria, assim como eu, não se enquadrava no corpo “perfeito”, “ideal” cultuada pela sociedade preconceituosa. O grupo era formado de alunos altos, obesos, negros, que de certa forma também sofriam preconceito por parte dos colegas.De acordo com o ensaio “Preconceito e Discriminação como expressões de violência” das professoras Lourdes Bandeira e Anália Soria Batista, “O preconceito, assim, constitui-se em um mecanismo eficiente e atuante, cuja lógica pode atuar em todas as esferas da vida. Os múltiplos preconceitos de gênero, de cor, de classe, etc. têm lugar tipicamente, mas não exclusivamente, nos espaços individuais e coletivos, nas esferas públicas e privadas. Fazem-se presentes em imagens, linguagens, nas marcas corporais e psicológicas de homens e de mulheres, nos gestos, nos espaços, singularizando-os e atribuindo-lhes qualificativos identitários, hierarquias e poderes diferenciais, diversamente valorizados, com lógicas de inclusões-exclusões conseqüentes, porque geralmente associados a situações de apreciação-depreciação/desgraça. O preconceito se contrapõe às qualidades de caráter, como lealdade, compromisso, honestidade, propósitos que afirmam valores atemporais e regras éticas.”Vale lembrar que preconceito é a idéia e discriminação é a idéia colocada em prática. Um exemplo disso foi o que aconteceu comigo. O primeiro e o segundo grupo de alunos praticamente me ignoraram, isso é preconceito. Se um desses alunos me insultasse ou tomasse qualquer outro tipo de atitude pejorativa, isso seria discriminação.Felizmente, naquele momento da minha vida, não me importava com o que meus colegas pudessem estar sentindo em relação a minha deficiência, mas de certa maneira aquela situação me deixava incomodada. O terceiro grupo do qual falei, me deu muita força e me acolheu muito bem, assim como alguns professores e isso me deixou muito feliz. Não sentia que estava sendo bem recebida por parte de alguns professores, pois os mesmos não orientavam a classe, sobre a questão da deficiência e as maneiras de convivência que respeitassem as diferenças. Isso aconteceu na década de 80 e hoje em dia a situação não é muito diferente em algumas escolas. Esse é um outro assunto que abordarei numa próxima oportunidade.A doutora Luciene M. da Silva, em seu artigo “ O estranhamento causado pela deficiência: preconceito e experiência” afirma que:“O corpo marcado pela deficiência, por ser disforme ou fora dos padrões, lembra a imperfeição humana. Como nossa sociedade cultua o corpo útil e aparentemente saudável, aqueles que portam uma deficiência lembram a fragilidade que se quer negar. Não os aceitamos porque não queremos que eles sejam como nós, pois assim nos igualaríamos. É como se eles nos remetessem a uma situação de inferioridade. Tê-los em nosso convívio funcionaria como um espelho que nos lembra que também poderíamos ser como eles.”Infelizmente muitas pessoas pensam dessa maneira, eles não se colocam no lugar do outro, pelo simples fato desse outro representar a fragilidade humana. Se essas pessoas soubessem o que estão perdendo...Atualmente não tenho mais contato com nenhum desses grupos. O primeiro e o segundo já não tinha mesmo, e o terceiro continuamos nossa amizade durante muito tempo, porém devido as correrias do dia-a-dia, mudanças de endereço, perdemos contato. Acredito que esses amigos que me acolheram são pessoas felizes, pois possuem nobreza de espírito, são solidários e generosos. Quanto ao primeiro e segundo grupo, torço para que eles tenham mudado a forma de pensar, torço para que eles valorizem o ser humano não por sua aparência, mas por sua essência, e que dessa maneira possam passar para as gerações vindouras que o respeito ao outro ser humano, independente de sua cor, raça, etnia, características físicas ou intelectuais é uma demonstração de humanidade e de sabedoria.Como disse muito bem o colega Gilberto do Blog Nel Mezzo Del Cammim “Chega de inteligência, o mundo precisa mesmo é de sabedoria!”Texto escrito por Vera (Deficiente Ciente)