domingo, 12 de setembro de 2010

Conheça tecnologias para facilitar o acesso à informática

Conheça tecnologias para facilitar o acesso à informática

Apesar de o País ter 25 milhões de pessoas com deficiência, software para acessibilidade são raros e caros. Mas há soluções gratuitas feitas por aqui.


www escrito em três cubos
Apesar de quase 25 milhões de brasileiros, segundo oIBGESite externo., possuírem algum tipo de deficiência, a sociedade ainda se mantêm cega a essas pessoas. Priscilla Selares, de 28 anos, advogada e coordenadora do setor jurídico do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD)Site externo., é deficiente visual desde os 18 anos, quando um acidente vascular cerebral (AVC) deixou-a com apenas 5% da visão no olho esquerdo e cega do direito. Para ela, essa invisibilidade imposta aos deficientes é perigosa. “De tanto ouvir ‘não’, você acaba achando que é impossível ter uma vida normal. Se tivesse acreditado nisso, hoje não estaria exercendo a minha profissão”, conta.
A exclusão também se manifesta no acesso à Internet. De acordo com o Censo na Web, pesquisa do Comitê Gestor da InternetSite externo., 98% dos sites do governo não adotam padrões de acessibilidade. De acordo com a ONU, em países em desenvolvimento, as pessoas com deficiência representam cerca de 10% da população. Isso significa que os sites de interesse público estão de portas fechadas para um décimo dos brasileiros.

Vagner Dinis, responsável pelo censo, explica que as barreiras não são de ordem tecnológica, mas de tomada de consciência. “É muito fácil fazer um site adequado aos padrões de acessibilidade, sem custo adicional”, diz. São mudanças simples, como uma configuração de recursos de navegação pelo teclado ou uma codificação da página e inserção de descrições das imagens para deficientes visuais, e até mesmo um aumento no contraste de gráficos para atender ao daltônico, que não é capaz de diferenciar certas cores.

Mesmo com essas opções, a inclusão não é fácil. “As empresas acham que um deficiente dá trabalho e representa gastos. Há uma grande resistência”, explica Teresa Costa d'Amaral, Superintendente do IBDD e autora da lei federal 7.853/89, que trata dos direitos da pessoa com deficiência e criminaliza o preconceito. “Dos 40 mil com currículos cadastrados, conseguimos empregar apenas 73 nos últimos seis meses”, lamenta.

A falta de acesso às tecnologias assistivas perpetuam um círculo vicioso que condena os deficientes à invisibilidade. Sem elas, é difícil obter informação, educação e trabalho. Desempregadas, as pessoas com deficiência não formam um mercado consumidor vigoroso capaz de sustentar esta indústria tecnológica. As tecnologias assistivas são, portanto, uma necessidade. Elas aumentam a qualidade de vida e abrem caminhos que, de outra forma, estariam fechados para as pessoas com deficiência.
Programas especiais
Tecnologias para pessoas com deficiência que aumentam o acesso democrático à informação não faltam. Antônio Borges, engenheiro de sistemas e responsável pelos projetos de acessibilidade do Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJSite externo., criou vários software para deficientes. ODosvoxSite externo., sintetizador de voz que narra os comandos de vários aplicativos, é gratuito e é usado por mais de 30 mil deficientes visuais. “Um cego que que saiba usar bem o programa pode mais ser rápido no computador que alguém que use um sistema operacional convencional, já que o mouse torna o usuário mais lento”, acredita o engenheiro. Já o Motrix, para pessoas sem movimento nas mãos, mas com a fala preservada, já foi baixado na Internet por 2 mil usuários, o que é considerado um sucesso.

Contudo, nem todas as tecnologias assistivas são gratuitas. Algumas podem atingir preços exorbitantes, como o Jaws, leitor de tela para cegos, que custa de R$ 2.700 a R$ 4 mil, e o Magic, que amplia os conteúdos exibidos e é usado por pessoas com capacidade reduzida de visão, que custa entre R$ 1.100 e R$ 1.500. Programa similar para celulares, o Talks é muito usado por deficientes visuais e custa em torno de R$ 700. Além de caros, os programas são difíceis de encontrar no mercado.

Ler para animais faz crianças melhorarem o aprendizado

Ler para animais faz crianças melhorarem o aprendizado


Por Lisa Poiss
Tradução por Giovanna Chinellato (da Redação)

Quando criança, eu contava história para o cão da família debaixo da mesa de jantar. Não tenho certeza de se Tuffy gostava disso, mas certamente melhorei muito minha capacidade imaginativa… alguém até consideraria esse o caminho para uma carreira de escritor. Uma pesquisa recente apoia essa teoria: o estudo da Universidade da Califórnia-Davis mostra que as crianças que leem em voz alta para seus animais melhoram as habilidades de leitura. Os participantes do estudo que leram em voz alta para cães durante o programa de dez semanas melhoraram sua leitura em 12%, deixando as crianças sem cães na mesma, sem melhoras.

O segredo do sucesso? A prática- e a falta de vergonha em entrar na história. “As crianças precisam praticar, praticar e praticar para serem boas leitoras”, explica Francine Alexander, chefe acadêmica dos livros infantis Scholastic. “E mesmo quando você está praticando, caso erre, pode se sentir desconfortável. Mas se você pratica com um cão, não se importa de errar.”

Na verdade, bibliotecas como a de Nova Iorque têm combinado com sucesso crianças, cães e livros. Também em Nova Iorque, a organização de doação de animais e organização de proteção de Bideawee, tem o projeto Reading to Dogs (Lendo para Cães) que resulta em leituras melhores, diminui faltas na escola, melhora a freqüência (inclusive tarefas) e melhora a confiança dos alunos. Aliás, até adultos têm produtividade maior com cães no escritório. Parece que descobriu-se uma maneira de melhorar a performance e satisfação na escola, trabalho e em casa- meu rabinho está abanando só de pensar nisso.

Com informações da Animals Change

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