segunda-feira, 18 de abril de 2016

Cadeira de rodas para uso por turistas com deficiência é furtada do Jardim Botânico

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Oito dias. Foi o tempo que durou no Jardim Botânico uma das três cadeiras de rodas colocadas pela Prefeitura e pelo Instituto Pró-Cidadania (IPCC) para uso gratuito por pessoas com deficiência que visitam o local. A cadeira foi furtada do Centro de Atendimento ao Turista (CAT), inaugurado no dia 16 de março.
A oferta das cadeiras foi anunciada no mesmo dia da inauguração, como fruto de uma parceria com o IPCC. No dia 24 de março, uma servidora do Centro deu falta de uma das cadeiras. Não foi possível identificar o autor do furto, um vez que a retirada da cadeira não foi autorizada pela secretaria, mediante apresentação de documento, como é norma no CAT. Alguém simplesmente chegou no local e pegou a cadeira sem autorização.
A secretária municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Mirella Prosdócimo, lembrou que a oferta de cadeiras de rodas no Jardim Botânico é um projeto piloto que a Prefeitura pretende estender para outros pontos turísticos. “É muito triste que isso ocorra. Além de atingir o patrimônio público, o furto da cadeira de rodas prejudica a inclusão de um público que deve ter o mesmo direito de acesso aos nossos pontos turísticos que qualquer outra pessoa”, afirmou.

http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/cadeira-de-rodas-para-uso-por-turistas-com-deficiencia-e-furtada-do-jardim-botanico/39458#.VxU7BkHjoo5.facebook

GIBIS ENSINAM COMO LIDAR COM AS DIFERENÇAS

Certa vez o sorridente Humberto emprestou um livro aos amiguinhos da Turma da Mônica. Ao devolverem o exemplar, Cascão disse, usando a Língua Brasileira de Sinais (Libras), que adorou, assim como a Magali. Humberto agradeceu: Hum! Hum!. Além dos gestos, é assim que o personagem surdo se comunica.
A partir desse episódio, a turminha aprendeu a conversar com Humberto. Através de histórias como essa o quadrinista Mauricio de Sousa tem levado ao mundo dos quadrinhos a inclusão social de pessoas com deficiência.
O garotinho chegou às tirinhas nos anos 60, mas outros personagens surgiram décadas mais tarde, quando Mauricio começou a pesquisar a fundo determinadas deficiências antes de introduzir novos coleguinhas à Turma. “Foi distração minha não criar anteriormente. Quando me dei conta fui estudar, falar com pessoas que viviam isso”, admitiu.
“As limitações são ditadas por preconceito e ignorância da própria família. Isso precisa ser derrubado”, concluiu. Mauricio contou que durante a infância conviveu com amigos cadeirantes, como o Luca, e cegos, assim como a Dorinha, inseridos na Turma nos anos 2000.
Mauricio teve o cuidado de não deixar de fora as crianças com autismo criando o André, conhecido nos gibis como “um amigo diferente”. E faz questão da interação entre os personagens, como na vez em que Dorinha tocou no rosto de Tati, com síndrome de Down, para conhecer a nova colega.
“Procuro aproximar as crianças com os personagens. Mostrar que alguém com deficiência lida bem com isso e pode ter uma vida normal”, afirmou. E até se inspirou em histórias reais para criar Dorinha, em homenagem a Dorina Nowil, uma mulher que perdeu a visão quando criança.
E Tati, uma homenagem à Tathi Heiderich, filha de Patrícia e Fernando Heiderich, coordenadores do Instituto MetaSocial. O quadrinista não pensa em novos personagens por enquanto, mas quer explorar os Jogos Paralímpicos 2016. Então, boas aventuras para Dorinha e Luca vêm por aí.