sábado, 28 de abril de 2012

20% da população da RMC tem alguma deficiência


Dados do IBGE revelam que população nessa situação quase dobrou
THOMAZ FERNANDES - AMERICANA

Cadeirante aguarda embarque em ônibus adaptado em Campinas
Cerca de 20% da população da RMC (Região Metropolitana de Campinas) é deficiente. A proporção dobrou entre 2000 e 2010 e o número foi ainda maior nesse período. Entre os 2,7 milhões de habitantes identificados pelo censo de 2010, 570.327 tem algum tipo de deficiência irreversível. Dez anos antes, o número era 257.061 entre os 2,3 milhões de moradores, o que significa 10%. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou ontem os dados da pesquisa por amostragem.A pesquisa levou em conta deficientes auditivos, visuais, motores e mentais. Os grupos foram definidos com alguma dificuldade, grande dificuldade ou impedimento total. Em proporção à população, Monte Mor tem o maior número de habitantes com deficiência, 23% (leia texto abaixo).
Entre as razões identificadas para o aumento, estão os acidentes de trânsito e a violência. Para a ex-presidente e integrante do Conselho dos Deficientes de Campinas, Roseli Bianco, esses dois índices são os principais fatores para a ampliação de deficientes. “Cada dia que passa, há pessoas jovens indo parar em cadeiras de roda por acidentes, sobretudo em motocicletas, ou por ação da violência”, disse.
AVANÇOS
Cadeirante, Roseli diz que nesses dez anos a vida para os deficientes se tornou mais fácil. “A situação melhorou muito, mas ainda está longe de ser a ideal. Falta muita coisa para as cidades melhorarem”, disse. A conselheira avalia que há mais organizações e políticas públicas para deficientes do que em 2000. “Acreditamos que há mais organização por parte dos próprios deficientes e hoje há melhores condições”, disse.
Roseli ponderou que ainda há muito a ser melhorado. Ela considera que ainda não há chance para que deficientes auditivos e visuais possam se locomover e acessar serviços sem dificuldades. “Acessibilidade não é somente arquitetônica. Nós queremos chegar em um ponto em que não precise de lei de cotas para deficientes, que os deficientes possam competir de igual pra igual por vagas em empregos”, completou.
Os deficientes visuais, para Roseli, enfrentam mais problemas para encontrar empregos e se locomover de forma independente. “Quando avaliamos a inserção profissional, deficientes visuais são os que se encaixam com menos facilidade”, disse. A causa disso seria a falta de adaptação para o deficiente visual no ambiente de trabalho.



Fontes:http://portal.tododia.uol.com.br/?TodoDia=cidades&Materia=673690 

Nenhum comentário: