domingo, 29 de julho de 2012

Show de Messi. Duas vezes

Messi voltou de férias no último sábado e já deu show. Dois na verdade. Durante a partida contra o Raja Casablanca, do Marrocos, marcou três na goleada de 8 a 0 do Barcelona (saiba mais sobre a partida aqui)

Depois, deu sua camisa para um torcedor com necessidades especiais. Ídolo!


Por Marcos Felipe

DA GLOBO

Criança Esperança apoia instituto que ajuda jovens cegos em Curitiba

Kleyton tinha apenas três anos quando ficou cego. “Eu pensei que ele fosse ficar quietinho em um canto, não fazendo nada, não”, fala Isaías Maçaneiros, pai do menino. Ele dá risada, porque quietinho em um canto é tudo que ele não faz. Dentro de casa, o menino não para. Na rua, a cena é ainda mais impressionante: lá vai o Kleyton, e quanta segurança!

Como ele reconhece a curva? “Pelo vento do lugar, o mato que é fechado não tem abertura no fundo”, explica Kleyton. Kleyton conquistou esta autonomia com a ajuda dos professores do Instituto Paranaense de Cegos, em Curitiba.

A repórter pergunta: “O que a senhora acha do trabalho que fazem com ele lá na escola?” “Maravilhoso, maravilhoso, porque lá ele aprendeu a viver”, explica a mãe de Kleyton, Marilene Conceição dos Santos, dona de casa.

O menino, que aprendeu a andar sozinho por ruas movimentadas, brinca, e desafia a nossa equipe: “Quer duvidar que eles vão andar?”

“Duvido”, desafia o cinegrafista.

“Depois que eu falar já? Um, dois, três e já! Andaram”, afirma Kleyton.

“Eu ando normal, como qualquer outra pessoa. Como se fosse mágica. Consigo andar pelas ruas sem medo, ando rápido, feliz. Firme”, diz o menino, de 12 anos.

Durante seis anos, Kleyton teve aulas de "uso da bengala". São os primeiros passos para a independência. “É só uma lombadinha, isso, continua”, fala a orientadora.

O projeto dá a oportunidade para crianças e adolescentes cegos irem ainda mais longe. Nas aulas de arte eles aprendem a entender melhor e, de certa forma, ver o mundo que nos cerca. Como? Tudo começa pelo toque.

Primeiro eles identificam as formas geométricas e depois transferem as linhas para o papel: “A mão é como se tivesse um círculo na ponta, para representar a palma da mão”, explica Kleyton.

O método, desenvolvido pela professora Diele Pedrozo de Morais, coordenadora do projeto, permite algo incrível. “Desenhar é uma forma de identificar coisas, que talvez eles não teriam acesso, como uma paisagem, uma árvore, uma casa. A bola que eles vão tocar, o círculo que eles vão tocar, eles vão associar com a cabeça, por exemplo, para construir essa figura humana”, afirma Diele.

“Através do desenho, a gente consegue entender as mesmas coisas que uma pessoa que enxerga, e isso é maravilhoso”, enfatiza uma aluna.


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