domingo, 25 de maio de 2014

Tatiana Rolim " Mãe, escritora, psicóloga que anda sobre rodas"

Com quantos anos sofreu a lesão medular e como foi?
Foi exatamente no dia do aniversário da cidade de São Paulo, 25 janeiro de 1995, eu tinha 17 anos quando fui atropelada por um caminhão na cidade de  Franco da Rocha, na época eu trabalhava, estudava, dançava , era modelo, e ainda jogava vôlei na equipe de minha cidade, participei de poucos campeonatos, minha altura não ajudava e eu me dava melhor com fotos  do que nas passarelas.
-Ah! Eu Também já tinha um  namorado e naquele momento vivenciava a descoberta dos prazeres  numa relação o a dois...Eu tinha saído pra pedalar com uma miga, muito amiga por sinal, até hoje nos falamos, coincidentemente enquanto estou respondendo a essa entrevista  ela me ligou para dar feliz aniversário,  hoje completo meus 36 anos de idade, ou seja 19 anos  de lesão medular. Bom com o atropelamento eu tive graves sequelas, a principal lesão medular, mas para os médicos isto não era o pior  e sim a  possibilidade  de ter o braço direito amputado, o que me deixaria menos independente motoramente...

 Qual a sua reação imediata ao saber que ficaria paraplégica?
É como digo no vídeo que fiz  a pouco pela empresa Dot Conecept,  isto foi gradativamente , acho que um processo continuo, especialmente porque fiquei muito tempo em coma, cirurgias e quando tive alta não entendia exatamente o que tinha acontecido, aonde eu estava, em que momento eu estava e como falo no meu primeiro livro “ Meu andar sobre rodas” eu já não sabia se vinha ou se ia para um guerra.
Mas certamente quando me dei conta, foi duro, foi muito triste e me lembro claramente; acho que foi no banho como na cena da novela que também participei na qual a atriz Aline Moraes se via nua e confrontava seu corpo, aquela cena é descrita também no meu livro, sabe era uma mistura desta cena e da cena da atriz  Carolina Dieckman ficando careca, porque meus cabelos caiam, enquanto eu tomava banho.Este foi o dia mais triste da miha vida.

 Quais as principais adaptações iniciais foram necessárias em sua vida?
Bom quando cheguei em casa, naquela época eu morava  numa casa nada acessível, tínhamos escadas, a cidade de Franco da Rocha não é boa arquitetonicamente falando como a maioria da periferia do estado, além de  tudo minha  casa era um sobrado, estava feita na vida com todas as dificuldades. Fora isto eu sai do hospital praticamente tetraplégica,  porque quase perdi o braço direito que é cheio de cicatriz, enxertos e o esquerdo sofreu um trauma neurológico, então eu dependi por cerca de uns oito, nove ou dez meses de muita ajuda até pra comer.Naquela época, por ser sobrado a minha casa, meus pais improvisaram meu quarto na sala, lá eu dormia , almoçava e recebia muitas e muitas visitas.Com o tempo a vida seguiu , retomou seu rumo e em dois anos  eu voltei  trabalhar, andar sobre rodas, em minha cadeira de rodas, e assim com muito esforço da família eu e meus queridos pais fizemos uma casa nova, acessível, com calçada rebaixada, banheiro grande, com barras, somente isto, pois com o resto eu fui me adaptando também. Sei que esta não é realidade de todo mundo, mas é bem possível, ninguém precisa ganhar muito dinheiro, mas é bem possível de se fazer um quarto, uma  rampa que muitas vezes ajudam muito, para isto é essencial que a família esteja unida, junta pra superar as limitações.
 .
4-O convívio com os amigos mudou? Você continuou com suas atividades normais?
 Ufa, se contínuo, é como acabei de falar acima, a família estando unida tudo se torna mais fácil. Eu sempre digo que  sou grata a Deus por tudo, primeiro a minha vida retomou o rumo na sua essência, até desfilar eu voltei a desfilar com cadeira de rodas, e os amigos se tornaram ainda mais próximos com eu disse no inicio da entrevista ,a amiga que estava comigo no dia do acidente, Meire, permanece na minha vida como sempre, hoje se muitos outros se afastaram foi simplesmente pelo rumo que a vida deu para cada um , mas certamente não pela minha deficiência.  Moro em Osasco há 10 anos e eles na maioria continuam em Franco da Rocha, outros foram para Suécia, Inglaterra, Estados Unidos, ou seja, a minha deficiência não tem a nada a ver com isto, é o rumo natural da vida de cada um.
Naturalmente que hoje ter quase 40 anos, tenho novos amigos, novos  ciclos, mas muitos da infância, adolescência permanecem na minha vida e a medida do possível estamos juntos.

 Como foi namorar para você depois do acidente?
Esta parte foi uma das partes que mais falei no meu livro meu “Andar sobre rodas” e naturalmente quando resolvi escrever sobre a gravidez e convidei outras meninas para faz o depoimento das suas histórias no livro “Maria de rodas”, eu queria que também contassem sobre esta parte, porque ainda é um tema bem limitado, cheio de tabus.Todo ano eu participo de um seminário de sexualidade na feira Reatehc, neste ano de 2013 eu espero vocês na feira ( ver o site por favor e divulgar  )REATECH- Seminário de Sexualidade.
Bom, eu depois da alta, por ainda ter o quadro de dependência total sai com uso de sonda vesical, aquela da sacolinha, sabe? Porque eu não tinha força pra me sentar, me trocar , etc,  e com tanta dependência, eu ainda tinha um namorado, passamos a ficar sozinhos aos finais de semana, e eu temia que ele me procurasse, afinal pouco antes do acidente tínhamos iniciado a vida sexual e confesso que é uma das coisas mais maravilhosas na vida de um ser humano. Assim quando me dei conta da perda da minha sensibilidade e da possibilidade do prazer pelo orgasmo fiquei arrasada. E então num final de semana juntos, de repente nos vimos prontos para as tentativas, mas não tínhamos nenhuma informação, há 20 anos não era como hoje: blog, face book, internet, i pode, etc, não tínhamos acesso, o  máximo que tinha era o livro do Marcelo Rubens Paiva “ Feliz ano velho”, que também  me inspirou a escrever o meu que acabou sendo comparado a uma versão feminina do dele.
Assim como o início dos treinos sexuais só tínhamos decepções, eu chorava de um lado e ele se frustrava por outro sem saber como me acolher, o que era  muito pior do qualquer reação de homem que não sabe o que fazer  quando uma  mulher chora.  Com muita vergonha perguntei para meu médico com quem eu fazia tratamento na AACD , mas  não foi muito eficaz nas  orientações e eu percebi que tinha que partir de mim mesma, assim foi e no fim deu certo, sabia ? Não é aquela maravilha dos meus 17 anos, mas é muito bom, hoje se me perguntarem o que eu mudaria em mim, eu mudaria isto, apenas  conexão do prazer, nem preciso andar, basta (  ,,,) rs

Você acha que alguns dos seus amores não foram correspondidos por conta da deficiência?
Sou uma mulher cheia de  experiências, algumas constam no meu livro no livro” Meu andar sobre rodas”, lá tem inclusive uma experiência destas. Aconteceu sim, como também aconteceu o contrário, pela deficiência ser justamente o alvo dos devotees. Tudo isto me ensinou muito, amadurecei  imensamente como pessoa e como mulher.


Como foi sua vida durante a faculdade, que curso fez e quais as dificuldades de acessibilidade você enfrentou?
Para começar quando resolvi fazer faculdade, eu ainda estava pedalando, tinha duvidas entre psicologia e veterinária, mas com foco em atendimento hospitalar, seja para um ou para outro, ou seja animais ou humanos, eu queria estar num hospital para atende-los como paciente, optei pela psicologia, era mais barato e mais perto, menos tempo e  eu tinha pressa em voltar  trabalhar e seguir minha vida. Quando cheguei à faculdade, de cara  tinha escadas para os andares superiores, com jeitinho fui conquistando a diretoria, que  cedeu aos meus pedidos : rampas, elevadores, banheiros acessível, vaga de estacionamento e tudo isto, na FACULDAE DE FILOSOFIA, CIENCIA E LETRAS DE GUARULHOS-FIG, famosa Fiquinha, lá eu iniciava o meu trabalho como consultora que sou hoje pela minha própria empresa TRinclusao, acessória em inclusão social. Quando se tem o conhecimento nada é perdido e eu busquei muita coisa neste tempo. Lá foi um palco de aprendizado riquíssimo, não só de saber técnico e cientifico, mas da vida pessoal também e com o tempo quebrei paradigmas de acessibilidade porque outros alunos com deficiência e grávidas  passaram a usar o elevador.
-Ah! Quando não tinha elevador e eu tinha aulas no piso superior, eu ia de cavalinho nas costas dos  meninos da classe  e as meninas carregavam a cadeira, não era pra mim humilhação, mas  também não era o certo, né?


 Ser mãe cadeirante abala a questão psicológica, como foi sua gravidez e seu parto?
Abalar não abala não,.kkk
Acho que desde que seja algo programado na vida nada abala, e assim foi a espera da minha filha. Eu estava num momento impar da minha vida conjugal e biológica, parecíamos que íamos nos separar a qualquer momento e meu relógio biológico sinalizava que eu tinha que fecundar, assim num termino e outro da relação quando voltamos optei pela gravidez, avisei-o do dia  fértil e a fizemos. Eu ficaria abalada se ele se recusasse..kk . Bom, depois disto tivemos crises graves  que efetivamente nos levou a separação e confesso isto sim levou a questões psicológicas, porque apesar de tudo eu não queria uma criança sem pai, não queria fazer parte de uma estatística universal, mas lá vou eu!! A gravidez em si, foi um processo mágico e com  a esperava da minha filha nascia as primeira páginas de “Maria de rodas”, o livro que originalmente seria “Rodas de mamãe” quando era uma escrita só minha e solitária,  até que eu convidei as outras “Marias” para concluírem o texto que eu não teria respostas, pois só saberia responder quando minha filha tivesse dois, três, quarto anos. Eu sabia que não precisaria esperar minha filha crescer tanto para poder concluir o texto, pois já tinham pessoas nestas condições, daí juntei uma coisa com a outra e assim elas toparam  e nasceu o livro “Maria de rodas”, delícias e desafios na maternidade e mulheres cadeirantes. Eu quis que apenas fossem mulheres cadeirantes, pois esse é  justamente o maior  tabu para os médicos e sendo mulheres com lesão medular  é pior ainda por conta de todas as complicações  decorrentes da lesão, tudo isto está no livro, no site mariaderodas.com.br e   em outras fontes. Hoje pela TRINCLUSAO pretendo desenvolver um curso de capacitação médica, pois atuei 10 anos na área da saúde, trabalhei também 10 anos na AACD Osasco como psicóloga e possuo extenso conhecimento técnico sobre o tema, o que inicialmente  era meu propósito, escrever algo cientifico.

 Quais as dores e as delícias de ser mãe?
Dores, não há,  o que existem são desafios. Isto todos os  dias, de como educar alguém para ser um ser melhor. E delicias estão em cada momento, a cada minuto, porque é tudo maravilhoso, mas todo muito cansativo, eu por exemplo não tenho uma assistente para me ajudar, tenho que conciliar; limpar casa, lavar, passar, cozinha, levar para escola, buscar e neste meio período trabalhar em casa na minha empresa TRINCLUSAO,  ainda não tenho condições de ter uma assistente para me auxiliar em tudo, então é corrido e  cansativo, mas o prazer que se tem por ser mãe é impar !!

 Você se mostra uma pessoa muito alegre, mas houve momentos em que você pensou que não conseguiria ir além e lhe deixaram triste?
Eu sempre fui muito extrovertida, espontânea, dona de mim, e quando me vi  com deficiência achei que tinha perdido isto em mim , literalmente,  que o caminhão tivesse atropelado isto também ,mas quando vi que eu era eu mesma e que tinha meus pais ao meu lado, meus amigos que faziam fila para me ver, para estarem comigo, pra irem ao centro de reabilitação comigo,eles tinham uma agenda, cada dia da semana era um , era uma festa, eu tinha na época do acidente uma amiga para cada coisa - uma para cortar unhas, para o banho, para dormir comigo,  amigos meninos que iam na fisioterapia, me tiravam de casa por conta das escadas, eu tinha tudo isto, não poderia reclamar, embora triste aos poucos vi que não perdi NADA, só o andar, mas aos poucos reconheci que o ANDAR está na cabeça , nos desejos e na vontade insistente de se chegar a algum lugar e isto não depende de pernas,  não é , eu posso chegar de carro, de cadeira, de bike, de colo, a pé, de mula ou de qualquer coisa, basta chegar ! E seguir a cabeça e minha cabeça está lá. Mas claro que houve momentos que tive medo, toda situação nova nos assusta, há uma delas que me marcou muito, foi quando o médico no INSS em 1998, numa perícia me disse que iria me aposentar na próxima perícia. Eu fiquei chocada com aquilo. Como aos 18, 19 anos eu aposentada por  invalidez? Era assim que eles aposentavam as pessoas? Eu não queria ser uma inválida, eu poderia muito mais! Embora o próprio médico me desacreditasse e dizia – “Olha no teu  caso, é bem difícil, melhor se aposentar” -  eu fui lá e fiz o contrário na perícia, eu disse não , não quero  ser aposentada.
E fiz uma carta pedindo para ser dispensada porque eu acreditava que poderia trabalhar registrada. Não demorou muito  e em seguida comecei de fato trabalhar, na época meu pai me levava, de trem , metrô e depois ônibus, eram 3 hs e meia de viagem de Franco da Rocha até Morumbi, e assim foram meses até eu aprender ir sozinha e ter coragem para enfrentar a vergonha das pessoas que me a olhavam, não existiam ônibus adaptados e eu já iniciava timidamente as brigas por questões de políticas publicas para pessoas com deficiência.
Outra coisa me que deixou triste, foi uma paixão há pouco tempo, anos após a minha separação, ele era americano tinha conflitos culturais comigo por ser brasileira, espontânea como somos entre outros  e me dei conta que não conseguiria mudá-lo, mas não pela minha deficiência, hoje nada disto pesa, os homens e as pessoas se apaixonam pela inteligência que se tem , ninguém gosta de gente sem conteúdo ou de gente que só tem lamurias da vida não é ??

 Quais autonomias você conquistou em relação a ser uma pessoa com deficiência?
Nossa são varias, , muitas , não tenho uma lista disto, mas posso dizer que não luto só por mim , há uma causa de muitos milhões envolvidas nisto, acabei me aproximando de eixos políticos, já estive em Brasília na Conferência Nacional da Pessoa com Deficiência que é um evento  muito importante neste segmento, também militei pelo conselho municipal em Osaco e São Paulo, estou em constantes debates de políticas visando garantias de direitos das pcds. Mas Também por mim, há conquistas pessoais, quando comprei meu apartamento exigi adequações, rampa, acesso, portas largas, etc,  enfim  ou quando vou a um mercado e tem alguém na vaga reservada,  eu busco orientar a pessoa para respeitar, sabe é um exercício diário, que gostaria que  não fosse necessário, uma vez que já tivéssemos em pé de igualdade de respeito e cidadania...

 Você costuma viajar?  Que tipo de falta de acessibilidade que te impede de ter maior liberdade em viagens?
Apesar de ser muito extrovertida, eu sou caseira, gosto de ficar em casa, tenho o estilo literária, por exemplo, são 3hs da manha e estou respondendo a puta deste blog com super carinho são nestas horas que componho livros, capítulos, páginas  para revista REACAO, onde tenho uma coluna, ou outros sites que contribuo, como o DEFICIENTESIM , etc, mas quando viajo as dificuldades são evidentes de vagas reservadas ocupada, quarto adaptado de hotel ocupado por alguém não deficiente como aconteceu numa pousada no Riocentro, na feira REACESS, texto publicado inclusive na revista REACAO sobre o descaso, mas de maneira geral muitas coisas mudaram pra melhor,  quando me dou conta de que há 15,20 anos nada disto era falado,estou contente com os avanços ,mas ainda há muito a fazer..

Por que resolver escrever? Seu livro " Meu Andar Sobre Rodas" é uma auto-biografia?
O livro meu andar sobre rodas resume-se na pergunta que eu fazia sempre ao meu ortopedista do HSPM –SP, a cada retorno eu pergunta se voltaria a andar  e ele sempre dizia , sim,, você  vai, eu sai de lá toda contente naquele início de 1995,  quando iniciei o tratamento de reabilitação eu tinha certeza que andaria, como todo lesado medular. Daí quando realmente vi que não andaria, que a coisa era séria e que andar não dependia das pernas, mas dos meus ideais  e sonhos eu voltei lá no médico já com o livro quase pronto e disse : - Ehh! Dr bem que o  senhor disse que eu andaria, só nunca me disse como “ Eu ando sobre rodas” !!! Assim nasceu todo o conceito e depois vieram as experiências, afetivas, sexuais,  mercado de trabalho, etc


 13. O que te fez escrever Maria de Rodas, e porque convidar outras autoras??
Eu estava no período gestacional e vivenciava a grande espera da minha filha, pelo facebook me aproximei de uma amiga da Fácil de Guarulhos e estávamos grávidas do mesmo tempo, tínhamos os mesmos sonhos, desejos e preocupações, única diferencia era que eu não andava e andava, daí já iniciava o pensamento de publicar algo sobre nossas conversas, éramos  apenas mulheres, mães se preparando para chegada dos filhos, daí nasceram as crianças, minha filha Maria Eduarda e João Pedro, filho  da Fernanda Formell, sem tempo deixamos de nos falar, quando retomamos tínhamos duvidas que ai tinham a ver com deficiência que ela não tinha   então direcionei o tema para as outras meninas, assim quando meu texto estava pronto elas poderiam concluir com outras resposta,  pois já tinham os filhos prontos e com as respectivas experiências com crianças maiores de 3, 4 , 6 anos,   assim eu não precisaria esperar tudo isto para minha filha crescer e  eu escrever , foi quando “Nasceu Maria  de rodas”.

Atualmente quais são seus projetos de vida?
Trabalhar muito pela TRINCLUSAO  gostaria de usar o espaço aqui do blog para divulgar a empresa que presta consultoria para empregabilidade de pcds no mercado de trabalho ver o site http://www.trinclusao.com.br/, pedir para candidatos me enviarem seus currilum vitaes  para futuras vagas.
Ter uma condição de vida satisfatória  para realizar outros tantos desejos, há outros livros em andamento, um deles com tema relacionado a mulheres, nada muito específico da deficiência, mas algo em desenvolvimento, conto com você para futura divulgação.
Tenho muitos projetos relacionados a minha vida pessoal, familiar, educação da minha filha e etc, mas Tb muitos projetos profissionais, Tb tenho um sonho de ter uma   bonequinha da inclusão, pois fui condutora da tocha olímpica em 2004 Brasil-Athenas e acredito que sendo um produto pedagógico isto contribui muito  com a formação das crianças.

15-O que te faz feliz hoje?
As mesmas coisas de ontem , de antes ontem , de um ano atrás, tenho um estado de felicidade comigo mesma, gosto de tudo em mim, só mudaria questão sensitiva para 100%, mas sou feliz com tudo que tenho, com tudo que faço, me sinto realizada com tudo que conquisto e hoje sou feliz por ver a TRINCLUSAO no mercado da inclusão, entre as grandes empresas, mas ainda falta muito pra ser realizado, mas nada me faz menos feliz, sei que tudo tem seu tempo e sua hora.

15- Deixa uma mensagem para nossos leitores.
Acreditem firmemente no poder criativo de sua mente,  no seu talento, no seu potencial se você não acreditar ninguém vai acreditar por ti, eu não sou melhor do que ninguém, da mesma forma que pude você também pode , saia de casa enfrente o transporte coletivo, arranje um emprego se for, não fique na marginalidade de um beneficio que te invalidada, tenha coragem mostre resultado pra você mesmo, mas só faça isto se for do teu coração, não pra provar pra ninguém, eu tinha isto no coração e na mente ,  Cá estou.
Desejo sucesso a todos, um abraço e obrigada pela oportunidade.




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