quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Maurício de Sousa lança gibi da Turma da Mônica com personagens soropositivos


Maurício de Sousa lançou no último dia 17 seu primeiro gibi com personagens que têm o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Por meio de Igor e Vitória, o criador da Turma da Mônica vai abordar questões como forma de contágio, o que é o vírus, como viver com crianças soropositivas e o impacto social da síndrome.
Mauricio de Sousa
A ideia dos personagens foi da ONG Amigos da Vida, que atua na prevenção e combate ao HIV/aids. Christiano Ramos, presidente da ONG, diz que o trabalho resolver um problema existente nas mídias voltadas para crianças. ” O Maurício tem uma linguagem bem acessível, bem leve. Ele vem fazer um papel inédito, que é trabalhar a aids com muita leveza, tranquilidade e naturalidade para as crianças”, disse.
Não é a primeira vez que o autor utiliza personagens de seus quadrinhos para levar informação e conscientizar seus leitores. Humberto, que é mudo, Dorinha, que não enxerga, e Luca, que não anda, mostraram que crianças com restrições físicas são crianças normais e devem ser tratadas como tal.
“Vamos usar a credibilidade da /Turma da Mônica /e nossa técnica de comunicação para espantar esse preconceito, principalmente do adulto, que muitas vezes sugerem medo à criançada. Vamos mostrar que a criança pode ter uma vida normal, com a pequena diferença de ter de tomar remédio a tal hora e, caso venha a se ferir, tem que ter alguém cuidando do ferimento. Fora isso, é uma vida normal”, diz Maurício.
O autor diz que Igor e Vitória podem vir a fazer parte do elenco permanente da /Turma da Mônica, /não necessariamente citando o fato de eles serem soropositivos. Ele explica que o gibi é também voltado para os pais. “É uma revista única no mundo. E também é voltada para os pais. Criança não tem preconceito, são os pais que inoculam”, diz.
Cláudia Renata, que é professora, levou seus filhos Maria Teresa e Lourenço para o lançamento. Ela diz que os filhos, antes de lerem o gibi, perguntaram quem eram aqueles novos amiguinhos. Para Lourenço, de 5 anos, são crianças normais. “Eles têm uma doença e têm que tomar um remédio. Só isso.”
No gibi, Igor e Vitória, que aparecem ao lado dos personagens da /Turma da Mônica/, têm habilidades com esportes e levam uma vida saudável. A professora na história é quem explica que eles precisam tomar alguns remédios e que, no caso de se machucarem, um adulto deve ser chamado para tomar os cuidados adequados.
São 30 mil exemplares do gibi, que serão distribuídos gratuitamente nas brinquedotecas do Distrito Federal, na pediatria dos hospitais da Rede Amil (um dos patrocinadores do projeto) e nos hospitais públicos do governo do Distrito Federal.
O objetivo da ONG Amigos da Vida é que em 2012 as histórias de Igor e Vitória cheguem também a São Paulo, ao Rio de Janeiro, a Porto Alegre, a Curitiba, a Salvador e ao Recife.
Fonte: Agência Brasil

PLANO DE TRATAMENTO PARA ESCLEROSE MÚLTIPLA

Veja a avaliação e o tratamento para paciente com Esclerose Múltipla
A esclerose múltipla (EM) ou esclerose disseminada é uma doença neurológica crônica, de causa ainda desconhecida, com maior incidência em mulheres e pessoas brancas (pessoas com genótipo caucasiano).

Este tipo de patologia leva a uma destruição das bainhas de mielina que recobrem e isolam as fibras nervosas (estruturas do cérebro pertencentes ao Sistema Nervoso Central ou SNC).

Esta doença causa uma piora do estado geral do paciente: fraqueza muscular, rigidez articular, dores articulares e descoordenação motora. O doente sente dificuldade para realizar vários movimentos com os braços e pernas, perde o equilíbrio quando fica em pé, sente dificuldade para andar, tremores e formigamentos em partes do corpo.

Em alguns casos a doença pode provocar insuficiência respiratória, incontinência ou retenção urinária, alterações visuais graves, perda de audição, depressão e impotência sexual.

Nos estágios mais graves da doença, pode ocorrer um comprometimento respiratório. Isto pode acarretar episódios de infecção ou insuficiência respiratória, que devem ser tratados com atenção e rapidez, para minimizar o desconforto do paciente e coibir uma piora do seu estado geral.

Sinais e sintomas

MAIS COMUNS:

– Fadiga: 88%
– Fraqueza muscular
– Parestesia: 60%
– Deambulação instável: 87%
– Diplopia: 58%
– Tremores: 41%
– Disfunção vesical/intestinal: 65%
– Problemas cognitivos

MENOS COMUNS:
– Hemiplegia
– Neuralgia do trigêmeo
– Paralisia facial
– Ataxia

EVOLUÇÃO E PROGNÓSTICO:
• EM recidivante-remissiva: recidivas, recuperação e estabilidade.
• Progressiva primária: deterioração contínua, progressão constante, não interrompidas por recorrências definidas.
• Progressiva secundária: recidiva e remissão, seguida de progressão com ou sem recaídas ocasionais, discreta remissão ou platô.
• Progressiva recidivante: progressiva desde o início, com recorrências claras, que podem regredir ou não

FATORES DE EXACERBAÇÃO:

• Fadiga excessiva
• Trauma
•  Aumento da To:
–  Interna à febre
–  Externa à banho quente ou To climática elevada

DIAGNÓSTICO
• Pelo menos dois episódios de distúrbio neurológico com idade entre 10 e 59
• Evidências em lesões no SNC: RM

MEDICAMENTOS
• Redução na taxa de recorrência:
–  Avonex (interferon beta 1a)
–  Betaferon (interferon beta 1b)
–  Copaxone (acetato de glatiramer)

AVALIAÇÃO DA FISIOTERAPIA:
• Força
• Tônus
• ADM
• Equilíbrio
• Coordenação
• Marcha
• Fadiga/resistência
• Condição cardiovascular e respiratória
• Mobilidade no leito/locomoção
• Deficiência intestinal/vesical/sexual
• Deglutição
• Fala
• Condição visual
• Sensibilidade
• AVD
• Cognição
TRATAMENTO:

ProblemaObjetivoPlano
FraquezaFortalecimentoExercícios conforme protocolo, Kabat
EspasticidadeAdequação do tonoAlongamento, crioterapia, TENS.
Sensibilidade diminuídaEstimular percepção
sensorial
Estimulação sensorial (Rood)
DorSuprimir a fonte de dorTENS, terapia manual
FadigaAumentar e
conservar a energia
Exercícios conforme protocolo
EquilíbrioAumentar equilíbrioPranchas, bolas suíças, rolos
CoordenaçãoEstimular o controleExercícios de Frenkel, Kabat
Deambulação/ transferênciasMobilidade segura e eficienteReforçar os itens anteriores e treino de marcha

Programa de fortalecimento:
1.  Alongamentos
2.  Exercícios à resistência submáxima
3.  Intervalo de 1 a 5 minutos
4.  Início: 8-10 repetições
5.  Cada 2-3 semanas aumentar 1-2 repetições até 20-25.
6.  Depois disso acrescentar ½ a 1 kg e as repetições reduzidas a 8-10
7.  Temperatura ambiental baixa
Fonte: Schapiro

Mãe tem três filhos com diferentes tipos de deficiência

A probabilidade de uma família ter crianças nessas condições é de uma a cada nove milhões


Crescer


   Reprodução
Becky Kenyon, 40, é uma mãe como poucas. Ela tem três filhos e cada um deles apresenta um tipo diferente de deficiência. O mais velho Ben, 15, tem síndrome de Asperger, um transtorno de desenvolvimento que possui semelhanças com o autismo. O do meio, Harry, 13, tem síndrome de Down e o caçula Charlie, 8, é autista.

Longe de considerar o fato falta de sorte, Becky declarou ao jornal The Sun: “Saber que eles precisariam de atenção extra e cuidados durante toda a vida foi difícil no início. Mas eu me joguei de cabeça e pesquisei muito sobre todas as condições de meus filhos e disse a mim mesma que eles precisariam de mim”.

Apesar de difícil, Becky não fazia ideia de quão rara era sua situação até consultar a Dra. Carol Cooper. Segundo a médica, a probabilidade de ter um filho autista é de uma a cada 100 chances. A síndrome de Asperger é uma condição relacionada ao autismo, então uma vez que você possui um filho diagnosticado com a doença, a chance de ter outro é de uma em dez, disse a mãe ao jornal

Quanto às chances de ter um bebê com síndrome de Down, a ocorrência é de um a cada 1.250. Mas a chance de ter filhos com cada uma destas condições é incrivelmente rara: uma a cada nove milhões, contou a mãe.

O primeiro filho a apresentar sintomas foi Harry, que foi diagnosticado com Down no momento do nascimento. Dois meses depois, Becky e o marido Andy, 50, descobriram que o filho de 2 anos, Ben, tinha Asperger.

Com duas crianças especiais em casa, Becky contou ao jornal que foi um desafio de adaptação. Mas a situação ainda ficaria mais complicada quando a mulher engravidou de Charlie. O bebê nasceu prematuro, mas parecia bem. “Quando ele tinha 18 meses, começou a andar na ponta dos pés, um sinal clássico de deficiência, então comecei a me preocupar”, disse. Os médicos então diagnosticaram o bebê com autismo.

“Outras mães me perguntam como eu consigo lidar com tudo isso, mas sinceramente eu nunca conheci outra maneira de ser mãe. Meus bebês estão vivos e cheios de amor, as coisas poderiam ter sido muito piores”.

Uma história de amor e guerra em 22 imagens


Abaixo, há 22 fotos. Elas mostram um casal em diversas fases do seu relacionamento.
Eu poderia escrever várias linhas sobre quem são eles, seus nomes, o local onde vivem, as circunstâncias nas quais se conheceram e onde seu amor se desenvolveu. Mas nada disso é realmente necessário, nada disso tem qualquer importância.
Tudo, absolutamente tudo que você precisa saber, está nas imagens que você vai ver agora.
Créditos: Tim Dodd

Resignifique a vida!!!

TECNOLOGIA ASSISTIVA AUXILIA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

Dispositivo feito em Taquara fotografa e transforma informações em áudio.


Deficiente visual, Carlos Alberto Wolke mostra como funciona o Vocalizer, que ele mesmo desenvolveu

Um aparelho do tamanho de um celular promete ser um grande avanço na vida de pessoas com deficiência visual. Desenvolvido por uma empresa de Taquara, no Vale do Paranhana, o dispositivo fotografa e transforma em áudio informações como valores de cédulas de dinheiro, cores, texto e até mesmo códigos de barras de
produtos.
Entenda como funciona o Vocalizer
Equipamentos que cumprem uma das funções do Vocalizer, como foi chamado o aparelho produzido pela empresa Pináculo, existem no mercado. No entanto, nenhum deles reúne tantas funcionalidades â?" muito menos em um dispositivo pequeno, portátil e de fácil manuseio.
Por seu caráter inovador, o projeto da empresa de Taquara recebeu R$ 1,3 milhão de subvenção da Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Finep).
Deficiente visual há oito anos, o diretor da Pináculo, Carlos Alberto Wolke, buscava para si um aparelho que lhe desse maior autonomia no momento de realizar tarefas cotidianas. Procurando no mercado, notou que
não havia nada semelhante ao que precisava.
Se não havia como comprar, o empresário optou por desenvolver o projeto. Foram três anos trabalhando no protótipo, com investimento de R$ 1,9 milhão.
" Eu precisava de algo que ajudasse em tarefas simples, como comprar algo. Eu queria saber quanto eu tinha de dinheiro na carteira, ou se estavam me dando o troco certo?" lembra Wolke.
Muito além de dinheiro, o software do Vocalizer reconhece e reproduz em áudio textos como livros, jornais e cardápios de restaurantes, lê arquivos digitais, funciona como tocador de mp3 e calculadora, detecta lâmpadas ligadas e grava recados em áudio.
Todas as informações são reproduzidas por um altofalante do aparelho, e o usuário tem a opção de usar fones de ouvido.
Novidade terá preço inicial de R$ 4 mil
O projeto está em fase final de desenvolvimento. O protótipo passa por melhorias, e deve chegar ao mercado em três meses. Custará R$ 4 mil, valor que deve baixar após o lançamento. Toda a tecnologia foi desenvolvida pela Pináculo e possui software livre, permitindo que sejam construídos aplicativos para o sistema.
Para a Associação de Cegos do Rio Grande do Sul (Acergs) um dispositivo do tipo pode facilitar toda a rotina de uma pessoa com deficiência visual. De acordo com a gerente da entidade, Fabiana Silva, não se tem
notícia de algum produto no mercado que execute as tarefas propostas pelo Vocalizer.
 
 

Pesquisadores da Unesp criam sistema motorizado para cadeiras de rodas

  
Protótipo apresentado
na Feira de Reabilitação 2012,
em São Paulo, SP
http://www.unesp.br/noticia.php?artigo=9162 Possibilitar a um usuário de cadeira de rodas enfrentar um trecho de subida com até 40% de inclinação é um dos objetivos do sistema automotor de tração inventado por pesquisadores da Faculdade de Engenharia da Unesp, Câmpus de Guaratinguetá. A tecnologia é simples, uma terceira roda dianteira com baterias, e o custo é baixo: a redução prevista é de até 60% em relação a produtos similares importados.
O sistema foi desenvolvido como resultado do mestrado do aluno Júlio Oliveto Alves em parceria com o professor que orientou sua pesquisa, Victor Orlando Gamarra-Rosado. Em junho, o pedido de patente da tecnologia foi depositado pela Agência Unesp de Inovação (AUIN) junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). O protótipo foi apresentado ao público em agosto, na Feira de Reabilitação 2012, evento ocorrido na cidade São Paulo.
Segundo seus inventores, o equipamento é de fácil instalação em qualquer modelo de cadeira de rodas e pode ser utilizado em diferentes tipos de terreno, mas exclusivamente em ambientes externos. Suporta até 90 quilos com velocidades superiores a 30 quilômetros por hora, reduzindo para 5 quilômetros por hora nos trechos de subida. Júlio Oliveto destaca ainda um outro aspecto, a facilidade de transporte: “Isso se tornou possível por se tratar de um dispositivo desmontável”, explica.
No Brasil, onde Gamarra-Rosado observa um atraso do mercado nacional em relação a novas tecnologias nesse setor, cadeiras de rodas motorizadas importadas podem ser adquiridas por cerca de R$ 10 mil, enquanto o custo do protótipo desenvolvido na Unesp custaria, aproximadamente, R$ 4 mil.
“Dados recentes, segundo o Banco Mundial e a Organização Mundial da Saúde, indicam que um bilhão de pessoas no mundo têm algum tipo de deficiência e, dessas, 80% vivem nos países em desenvolvimento, sendo que 20% em localidades pobres e com extrema desigualdade social”, afirma Gamarra-Rosado. “Este invento tem como principal objetivo a inclusão social, para proporcionar melhor qualidade de vida e mais uma opção de motorização aos usuários de cadeira de rodas, com a obtenção de um equipamento acessível a uma grande parcela da população”.
Segundo Júlio Oliveto, a aceitação do invento durante a Feira de Reabilitação 2012 foi alta. “A ideia do protótipo vir a ser comercializado agradou a cadeirantes e profissionais da área, como fisioterapeutas e médicos, pela facilidade de manuseio e pela autonomia proporcionada ao usuário”, afirma o pesquisador, que aposta: “Com isso, haverá também uma melhoria da autoestima do cadeirante”.

Denio Maués