quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Relação entre tetraplégico e cuidadora vira amor

Quando comecei a ler Como Eu Era Antes de Você, pensei ser mais uma dessas histórias em que um tetraplégico desenvolve uma relação bonita com seu cuidador, a exemplo do excelente O Segundo Suspiro.
Hesitei se continuava ou não, e decidi ir em frente. Que bom que não parei.
O novo livro de Jojo Moyes, também autora de A Última Carta de Amor, é uma obra que alcança um grau de sensibilidade que tira lágrimas como poucos, e sem ser piegas.
Will Traynor é um cara incrível, inteligente, astuto, mas que se tornou uma pessoa amarga, mal humorada e sem nenhuma perspectiva após ser atingido por uma motocicleta e ficar tetraplégico. Ok, esse tipo de situação só sabe dizer quão difícil é os que passam por ela.
Mas Jojo consegue criar uma personagem, Louisa Clark, que vai mudar a vida desse homem, e a dela mesma também.
Lou é uma jovem de 26 anos sem muitas ambições e que mora com a família – os pais, uma irmã mãe solteira e o avô que precisa de cuidados constantes devido a um derrame.
Após deixar o emprego de garçonete num pequeno café de sua cidade, ela aceita a vaga de cuidadora de Will. Tarefa para qual não tem experiência, mas que paga o suficiente e, definitivamente, vai mudar a vida de ambos.
Para ajudar Will a dissuadir-se da ideia de pôr fim ao tormento em que vive, Lou vai à busca de respostas na internet. Fala com tetraplégicos na web, pesquisa, impõe à própria vida um sentido que não havia antes: ajudar Will, que retribui aprendendo com as atitudes dela e ajudand0-a em questões muito simples para ele, e muito complicadas para ela.
Livro: Como eu era antes de você
Trecho:
“O pior de se trabalhar como cuidadora não é o que as pessoas pensam. Não é carregar e limpar a pessoa, os remédios e os lenços de limpeza e o distante, mas de algum modo sempre perceptível, cheiro de desinfetante. Não é nem o fato de quase todo mundo achar que você faz isso porque não tem inteligência suficiente para fazer outra coisa. O pior é o fato e que, quando se passa um dia inteiro num estado de real proximidade com outra pessoa, não há como escapar do estado de humor dela. E nem do seu próprio.”
“Eu contei para ele que o amava, a voz descendo de tom até o sussurro. E ele disse que isso apenas não bastava.”
Jogue-se nesse livro, ele é incrível, e prepare-se para rir e chorar de verdade!
(Indicado por Ligia Braslauskas, gerente de jornalismo do R7, @ligiakas)
Fonte: R7



Paraplégico, Fernando Fernandes fez a primeira viagem sozinho: 'Foi tenso'


 Depois que ficou paraplégico há mais de  4 anos, o tetracampeão mundial Fernando Fernandes só fez a primeira viagem sozinho há pouco tempo. E, no Encontro desta quarta, o atleta contou para Fátima como foi a experiência de ir para Portugal.
“Foi tenso, não sabia como lidar com as adversidades sozinho. Mas a Europa em relação a acessibilidade está 100 anos à frente do Brasil. Foi muito mais tranquilo que eu esperava”, disse o campeão que foi ao país trabalhar em um caiaque adaptado para alto mar.
 Fátima também repercutiu com Fernando, a foto que ele postou nas redes sociais de pé. O campeão explicou porque nunca tinha feito isso antes. “Não  queria estimular a expectativa das pessoas andarem. Durante esse tempo eu fiquei calado. Mas eu queria chamar a atenção de alguma forma e fiz através de exercícios humanos”, disse. O campeão também falou sobre a cura da lesão medular. Confira tudo nos vídeo!