segunda-feira, 21 de julho de 2014

Não sinto calor, mas a libido continua", conta cadeirante que perdeu os movimentos após acidente

Sem arrependimentos, Pedro Musa revela que tenta levar uma vida sem privações
Fabiana Grillo, do R7
"Não deixo de ir a nenhum lugar", diz o cadeirante Pedro MusaReprodução/Facebook
O dia a dia do psicólogo Pedro Musa, 32 anos, é agitado e cheio de compromissos como de qualquer homem de sua idade. Além do trabalho, ele dedica parte do tempo para sair com a namorada, tomar cerveja com os amigos, viajar, curtir um show ou uma balada. O detalhe é que o jovem faz tudo isso “preso” a uma cadeira de rodas. Há 17 anos Musa sofreu um acidente que prejudicou o movimento de seus braços e pernas. Apesar de todas as dificuldades já enfrentadas, ele garante que nenhum obstáculo é grande o suficiente para impedi-lo de viver.
Em entrevista ao R7, o psicólogo revela as principais dificuldades de um cadeirante e como é possível encarar a adversidade e levar uma vida sem privações.
R7 — Como e quando aconteceu o acidente?
Pedro Musa — Foi nas férias de julho de 1998 quando eu tinha 16 anos. Estava na Bahia com meus amigos e resolvi pular no rio. Bati a cabeça em algum lugar, provavelmente no banco de areia, e quebrei o pescoço. Perdi os movimentos na mesma hora e quando abri os olhos estava boiando de cabeça para baixo dentro da água. No início, meus amigos acharam que fosse brincadeira, mas como perceberam que eu não me mexia, foram me resgatar.
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R7 — Quando você soube que não recuperaria os movimentos?
Pedro Musa — Passei três meses internado porque tive algumas complicações nas cirurgias. Na primeira delas, tive o esôfago perfurado e por conta disso desenvolvi uma infecção. Ao todo foram quatro operações e, foi neste período ainda no hospital, que recebi a notícia de que não teria mais o movimento dos membros.
R7 — Como foi receber esta notícia aos 16 anos? Gerou alguma revolta?
Pedro Musa Tentei levar numa boa sem revoltas. Na realidade, os médicos não podiam garantir que eu ficaria totalmente sem os movimentos. Na época eu cursava o 2º colegial e perdi o semestre da escola porque fiquei no hospital e quando saí seria difícil acompanhar. Meu foco foi fazer fisioterapia. Não perdi a esperança de recuperar o movimento, por isso durante dois anos fiz sessões todos os dias da semana. Aos poucos comecei a ter a sensibilidade de volta e dar alguns passos. Apesar de meus movimentos estarem alterados, hoje consigo andar pequenas distâncias com o apoio do andador ou de alguém. Meu caso é chamado de tetraparesia, uma lesão parcial em que há algum tipo de comunicação pela medula, mas de forma incompleta.
R7 — Quais foram suas primeiras dificuldades ao sair do hospital? Lembra-se de algo que te marcou?
Pedro Musa — Acho que tem uma marca que fica até hoje. É mais fácil ficar onde se está acostumado, na famosa zona de conforto. Estava acostumado no hospital depois de três meses, já tinha uma rotina. Ir para casa foi ir em direção ao desconhecido, todas as fantasias de como seria. Mas foi bom, não dá para viver a vida no hospital, assim como quase todas as outras quebras de zona de conforto costumam levar a mais independência e novas possibilidades.
Pedro Musa se diverte com amigos na baladaReprodução/Facebook
R7 — Quais as adaptações que a sua casa sofreu após o acidente? Elas permanecem ainda hoje?
Pedro Musa — Na época (e atualmente) moro com meus pais em uma casa de dois andares e os quartos ficavam no segundo andar. A primeira atitude foi mudar meu quarto para o térreo e trocar o boxe do banheiro para cortina, assim ficaria mais fácil entrar com a cadeira, além de precisar de ajuda para os hábitos de higiene. Foi necessário alugar uma cama de hospital e eu tinha enfermeiros durante 24 horas, além de precisar que alguém cortasse a comida. Com o tempo, as necessidades foram diminuindo, fui aos poucos me tornando independente, passando a tomar banho sem ajuda, a cortar o alimento, mesmo que com dificuldade. Hoje faço tudo sozinho, mas se a lâmpada do quarto queimar é bem provável que eu precise chamar alguém.
R7 — Você enfrentou dificuldades para voltar a estudar?
Pedro Musa — Voltei a estudar no ano seguinte do acidente e o colégio se adaptou um pouco para me receber, como reprogramar para que todas as minhas aulas fossem realizadas no térreo. Fiz três faculdades, sendo a primeira Design Digital, depois cheguei a montar uma pequena produtora com um amigo, mas acabamos desistindo. Fui cursar Matemática, cheguei a buscar cursinho, não possuíam adaptação, a direção até me pediu desculpas e ofereceu aula particular, mas preferi procurar outra instituição. No meio do curso de Matemática tranquei a faculdade e fui trabalhar como programador com alguns amigos da primeira faculdade, mas acabei desistindo para fazer Psicologia. Essa mudança aconteceu porque percebi que não fazia sentido, queria trabalhar com contato humano e não passar o dia na frente do computador.
R7 — Atualmente você namora, mas em algum momento teve medo de iniciar um relacionamento por estar em uma cadeira de rodas?
Pedro Musa — Não. Após o acidente, tive algumas namoradinhas, mas a primeira mais séria foi aos 20 anos e era uma menina da escola. Ficamos um ano juntos e fazíamos tudo o que qualquer outro casal faz, como ir ao cinema, barzinho, show, balada, sexo etc. Também tive minha fase solteiro e “azaração”, como qualquer homem, e agora namoro há um ano e pouco.
R7 Você teve medo da primeira relação sexual após o acidente?
Pedro Musa — Toda primeira transa tem um grau de ansiedade maior e comigo não foi diferente. Mesmo tento privação dos movimentos, a libido continua e sinto o corpo todo. Apesar de não sentir calor e frio, sinto o toque da pessoa. É claro que fiquei receoso, mas isso passa conforme se cria mais intimidade.
R7 — Você sonha em casar e ter filhos?
Pedro Musa — Tenho vontade sim e acho que deve ser uma experiência única ajudar um ser humano a se desenvolver do começo doando um amor tão grande.
R7 — Como você se locomove em São Paulo?
Pedro Musa — Sempre achei que não precisaria ter carro, mas para ter mais liberdade e independência resolvi tirar minha habilitação de motorista há três anos. O carro é adaptado para a minha necessidade, ou seja, além de ser câmbio automático, o acelerador e o freio são na mão. Não costumo precisar de ajuda para entrar e sair do carro, mas é muito comum as pessoas se oferecerem.
R7 — Você se incomoda com isso?
Pedro Musa — Sempre preferi tentar resolver tudo sozinho, mas com o tempo você aprende que às vezes não é possível. O problema é que nem sempre esta ajuda é benéfica, pode até atrapalhar. Acho que a cadeira de rodas aumenta a solidariedade das pessoas. É claro que tenho receio de chegar a algum lugar e não conseguir “me virar” sozinho, mas não tenho medo.
R7 — Você visitou outros países após o acidente? Sendo um cadeirante quais as principais dificuldades?
Pedro Musa — Já fui para França, Argentina e Estados Unidos. Quando a cidade é plana tudo muda, facilita muito para usar a cadeira de rodas. Como tenho alteração na mão, não consigo subir uma ladeira muito inclinada, o que é um problema. Neste sentido, o carro me libertou muito, morando em São Paulo há inúmeras ladeiras que me impediria de chegar ao ponto de ônibus, por exemplo.
R7 — Você tem algum arrependimento?
Pedro Musa — Sempre tive uma visão de que se não fossem as coisas que vivi não seria quem eu sou. Hoje em dia posso garantir que é preciso encarar a adversidade para ter uma vida normal. Como cadeirante, tomo alguns cuidados, mas não deixo de ir a nenhum lugar. O importante é ficar mais atento ao meu entorno, por mais que às vezes gere ansiedade.
http://noticias.r7.com/saude/nao-sinto-calor-mas-a-libido-continua-conta-cadeirante-que-perdeu-os-movimentos-apos-acidente-21072014

Surdos fazem campanha por direito à acessibilidade em autoescolas

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Alexandre interpreta alguns termos de trânsito para JonasEm busca de vencer mais um obstáculo, um grupo de deficientes auditivos de Sorocaba (SP) deram início a uma campanha que tomou proporções nacionais. Os surdos querem que o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) forneçam condições para que a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) não seja apenas um sonho. Pela avaliação de Alexandre Henrique Elias, que é professor pós-graduado em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e membro da Integra – que há mais de 20 anos atua com os surdos em Sorocaba – mais de 20 pessoas do município tentaram tirar a CNH. “Estimamos que 80% dos que tentam desistem por não conseguirem completar o processo de habilitação por falta de acessibilidade”, destaca.
“Me sinto um palhaço. Se meus irmãos podem conseguir, por qual razão eu não posso?”, questiona o assistente de logística Jonas Gonçalves Maciel, de 22 anos. Há dois anos ele luta para concluir o processo de habilitação, mas sempre é impedido pelo mesmo obstáculo: a falta de um intérprete de libras durante a prova teórica do Detran, que é realizada antes da autorização para as aulas práticas de direção ser emitida.
A libras é considerada como a segunda língua oficial do Brasil. Como qualquer idioma, a libras possui uma gramática própria, que vai além da gesticulação. “É como quando aprendemos inglês, conhecemos as palavras, mas sem a compreensão da aplicação destas palavras não é possível entender o idioma”, explica o professor Alexandre. É por esta razão que, apesar de serem alfabetizados, a língua portuguesa não pode ser compreendida completamente pelo surdo, sem a interpretação em libras.
A cada tentativa, os deficientes auditivos pagam o valor integral do processo de habilitação. Ou seja, no caso de Cassio que há dois anos se prepara para enfrentar a quinta tentativa, o valor gasto é superior a R$ 7 mil. Sua mãe, a diarista Maria Gonçalves Santos Maciel, de 53 anos, conta que dói ver a tristeza do filho. “Quando fazemos a inscrição e o pagamento, não nos avisam que na prova não haverá intérprete e que não podemos levar um particular, isso é muito revoltante”, destaca.
E a mesma revolta é compartilhada pela funcionária pública Claudete Oliveira de Melo, 55 anos, que testemunhou as inúmeras tentativas do filho em se habilitar durante cinco anos. “Hoje meu filho tem 30 anos, é oficial mecânico, e desistiu de tirar a CNH de tanto ser reprovado na prova teórica”, conta. Para ela, a pior parte é ver a sensação de fracasso no rosto do filho. “Como mãe dói ver a tristeza de um filho, de ver que nenhum deles recebe assistência para vencer este obstáculo.”
O diretor da Associação das Auto Escolas de Sorocaba, Roberto Alarcon, confirma que no ato da matrícula, os deficientes auditivos não são informados da falta de intérprete na prova. “Não estamos enganando o candidato, a ideia é não desestimular o deficiente auditivo a tirar a CNH, que é algo que todo mundo quer. Temos que mostrar o lado bom e não enchê-los de problemas”, diz. Roberto explica que o Detran não permite intérpretes particulares nas provas, para evitar que os alunos colem. “Existem planos para que haja um intérprete oficial durante as provas, mas não há prazo para esta alteração”.
Enquanto isso, o problema continua e para o advogado Alexandre Franco de Camargo, responsável pela Comissão dos Direitos dos Deficientes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Sorocaba, a situação é inaceitável. “Diretrizes orçamentárias são destinadas para garantir acessibilidades a todos pelo governo, então a pergunta é: para onde está indo todo este investimento?”, questiona o advogado com base na Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.
“No Brasil estuda-se a língua estrangeira, mas não uma língua que é nossa, que é o segundo idioma oficial. Olha o absurdo em que este país chega”, complementa, explicando que o Detran deveria ter um intérprete oficial e que todas as autoescolas deveriam ser preparadas para receber todos os tipos de deficientes. Alexandre orienta os que se sentirem lesados a procurarem um advogado para buscar orientação.
Na internet a campanha para que o Detran disponibilize intérpretes está ganhando força. Dezenas de pessoas compartilharam fotos segurando cartazes com a frase ‘Detran sem livras= surdos sem acessibilidade’. “É uma vergonha esse país não ter acessibilidade nenhuma, ou cada vez menos, para os que precisam de uma atenção maior”, diz o músico Raphael Mena, que também compartilhou sua foto com o cartaz.
Músico adere a campanha liderada por professor de Libras
A campanha é liderada pelo professor Alexandre Henrique Elias, que é pedagogo pós-graduado em Educação Especial, em Libras e Educação de Surdos, além, de intérprete e coordenador do curso de Libras na instituição Integra – Surdos e mestre de Comunicação e Cultura. “Estamos muito felizes com a adesão das pessoas. São milhares de mensagem que chegaram de todas as partes do país, isso mostra que o que estamos fazendo em Sorocaba reflete o problema dos surdos de um país inteiro, que luta pela liberdade, mas que continuam dependentes”, conclui.
Por meio de nota, o Detran de São Paulo explica que 53 unidades de atendimento no Estado aplicam prova teórica de forma eletrônica, ou seja, no computador. “Gradativamente, todas as unidades passarão a contar com a prova eletrônica, em substituição ao caderno de questões e gabarito”, destaca a nota. O Detran afirma que em Sorocaba a prova é aplicada de forma impressa, mas que há um teste adaptado para candidatos com deficiência auditiva, aplicado na Escola Pública de Trânsito do Departamento, com o acompanhamento de um servidor habilitado na Língua Brasileira de Sinais.
http://www.deficientefisico.com/surdos-fazem-campanha-por-direito-acessibilidade-em-autoescolas/

A história da cadeirante que conheceu Amsterdã sozinha

Cadeirante Fabíola Pedroso em um dos pontos turísticos de Amsterdã
Fabíola Pedroso, de 28 anos, é um exemplo para muitas pessoas. Cadeirante, ela não deixa de fazer tudo o que as meninas de sua idade fazem. E entre essas atividades está viajar. No ano passado, ela combinou de ir para Amsterdã com uma amiga. Chegando ao destino, sua companheira de viagem mudou de planos e resolveu ficar com um menino que morava lá. Fabi se viu sozinha em um país desconhecido, sem falar inglês fluentemente. Ela poderia ter pego as malas e voltado mas, encarou a aventura sobre rodas, se encontrou com muita gente e conheceu uma cidade maravilhosa.
Veja o depoimento na íntegra:
“A arrumar a mala e sair por aí. Mesmo sendo cadeirante, me aventuro em vários cantos do Brasil para aproveitar novos destinos, conhecer novos lugares e pessoas. Em junho do ano passado, decidi que era hora de ganhar o mundo e fazer minha primeira viagem internacional. Comecei a pesquisar lugares que me ofereciam independência e hotéis adaptados para me hospedar – o que foi uma tarefa fácil se tratando de Europa.
Conversando com uma amiga de longa data, ela me disse que estava indo na mesma época para a Holanda e que seria divertido se fossemos juntas. Achei ótimo, já que não dominava muito o inglês e ter uma companhia na minha primeira viagem internacional seria incrível. Planejamos tudo juntas: cotamos passagens, hotéis e listamos alguns lugares que queríamos ver. Estava tudo pronto, preparado e pago.
Na ida ela me surpreendeu e contou que o motivo principal de sua viagem era encontrar uma pessoa de que ela gostava e queria ver. Bem, chegamos em Amsterdã e o cara já estava esperando a gente no aeroporto e nos levou até a cidade dele que ficava no interior. Chegando na casa dele, minha amiga disse: Ficarei aqui! Mas e tudo que tínhamos combinado e reservado? Fora que a casa dele cheia de escadas e sem acessibilidade, o que ia me impossibilitar de sair quando eu quisesse , sem contar que era uma casa de estranhos – ele morava com mais pessoas – e eu queria ficar no hostel.
Hora de respirar e seguir em frente
Passada a discussão que a gente teve, eu queria ir embora e ela queria ficar, achava aquilo a pior traição do mundo, não estava acreditando que aquilo estava acontecendo comigo! Não passava pela minha cabeça que a viagem tão sonhada estava se tornando um pesadelo, não queria ficar sozinha, tinha medo, mas em um estalo me enchi de coragem – que eu não tinha – peguei minhas coisas um mapa e disse: me acompanha pelo menos até o trem, e fui rumo ao hostel, que era perto da estação, pendurei a mala na cadeira e fui.
Chegando no hostel, a minha vontade era voltar para casa, tentei remarcar a passagem, mas o valor não compensava, a sensação de viajar 12 horas perdidas também me irritava, tinha que tentar, afinal estava lá.
Eu já me achava corajosa por ter atravessado o mundo e estar em um lugar totalmente novo, mas encarar esse novo país em uma cadeira de rodas e sem dominar a língua, confesso, me bateu um desespero. Mas, meu pensamento era que eu não podia desistir e simplesmente voltar para casa no 2° dia de viagem. A decisão foi ficar e conhecer o que eu pretendia.
O hostel que eu estava era bem bagunçado e, sem a acompanhante no quarto, teria que me mudar. Sentei na frente do computador D-E-S-E-S-P-E-R-A-D-A e achei outro hotel que me oferecia adaptações necessárias e me mudei. Já pensando como faria a mudança com mala e cuia para o outro hotel, conheci um casal de  brasileiros que me ajudaram na mudança. Além disso, eles ficaram comigo por dois dias. Passeamos juntos e conhecemos alguns pontos turísticos como o bar de gelo, o museu do sexo e alguns bares da cidade.
A virada pelo Facebook
Após eles irem embora, fiquei com a sensação que ainda não tinha conhecido quase nada e que precisava de outras pessoas que me mostrassem mais do país. Mas quem? Foi aí que tive uma ideia brilhante: procurar, por meio de uma rede social, brasileiros que estivessem na Holanda e pudessem me acompanhar pelo menos em alguns lugares. Fiz uma postagem em um grupo de discussão dizendo que estava sozinha, que era cadeirante e que queria companhia para passear. E não é que deu certo? Em 10 minutos de postagem muitos brasileiros começaram a aparecer se oferecendo para me encontrar!
A partir daí comecei uma viagem diferente daquela que havia planejado no Brasil. Não ia mais conhecer apenas pontos turísticos, mas a Holanda como é para os holandeses – ou brasileiros que vivem como holandeses. Conheci uma brasileira com filhos que passeou comigo à tarde na feira de flores, nos museus e no moinho de vento – o único que ainda existe por lá, acredite. Outra brasileira, que já morava há 25 anos em Amsterdã, me levou a cafés tradicionais e bares incríveis, onde eu experimentei os melhores drinks e cervejas que eles produzem. Fizemos piquenique à beira de um dos canais, passeios de barcos e andamos em alguns dos diversos parques. Outro brasileiro, me mostrou a vida noturna e as melhores baladas. Ele também me levou para conhecer a Bélgica, fizemos um tour rápido, participamos da rave mais louca que eu já estive. E claro, não deixei de conhecer gringos pelas ruas, nas baladas e estabelecimentos que visitei.
O que ficou depois de tudo
Acabei tendo uma experiência maravilhosa e muito mais rica do que esperava. Descobri que nenhuma viagem sai como o planejado, por mais que você seja organizado. Não tive a felicidade de ir com uma pessoa que estava realmente comigo nessa trip, mas por sorte ou, talvez, por uma ideia genial. Pude ter os momentos mais legais, viver histórias malucas e fazer novos amigos, que estavam comigo e admiravam a minha coragem de estar lá. E para uma coisa serviu essa experiência: ter a certeza que eu me viro em qualquer lugar do mundo, que vale a pena enfrentar meus medos e me desafiar. Procurar meios de encontrar pessoas e não ter medo de se perder é essencial. Se eu tivesse desistido nas primeiras 3 horas após a discussão com minha amiga, jamais teria visto a melhor visão que já tive, encontrar o hotel sozinha!
Viciada em viagens que sou, já estou planejando outro destino para conhecer que vou sozinha de novo aqui do Brasil, mas encontrarei com uma amiga que prometeu não me deixar sozinha nem um segundo –e se deixar, também, sei que, agora, consigo passar por tudo!”
[ Fonte - Turismo Adaptado

Reumatologia - Fibromialgia



Este vídeo faz o maior sucesso entre todos os outros que já apresentamos aqui.
Para quem quiser pedir à família que assista, para seu conhecimento, para sua divulgação sobre nossa Síndrome... esse vídeo é bárbaro!!! Deve ser compartilhado milhões de vezes!

Pai de garoto cadeirante trás para MS Power Soccer