terça-feira, 12 de junho de 2012

Sim eu sigo e você??

RIC NOTÍCIAS PR | Alunos de Design criam modelo inovador de cadeira de rodas elétrica | 18/05/2012


Publicado em 11/06/2012 por 
Estudantes de Design da Universidade Federal do Paraná (UFPR) desenvolveram um projeto de cadeira de roda elétrica para ser usada no trânsito. Para elaborar o modelo, os estudantes chegaram a passar dois dias utilizando as cadeiras de rodas. Apesar da boa aceitação do projeto, seriam necessárias alterações na legislação para o uso da cadeira

No Dia dos Namorados, deficientes visuais contam seus romances

Deficientes visuais Eronilda Mendes e Luís Carlos Santos afirmam que estão revivendo emoções da adolescência (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)

Eronilda Mendes e Luís Carlos Santos revivem emoções da adolescência (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)

Do G1

Afinidade e companheirismo sustentam histórias de amor e superação.
Casais falam sobre seus relacionamentos e valorizam união.


Dizem que o amor aguça os sentidos do corpo humano. Olfato, visão, tato, paladar e audição ficam mais sensitivos quando o coração acelera, quando estamos apaixonados. Mas e se não houver um desses sentidos, as outras sensações ficam mais aguçadas? Já pensou na possibilidade de se privar de um desses sentidos para tornar um relacionamento mais gostoso? Casais de deficientes visuais comprovam que a impossibilidade de enxergar não atrapalha a relação, e ainda aproveitam o fato para valorizar o que realmente importa: a beleza interior.
O casal Eronilda Mendes, de 51 anos, e Luís Carlos Santos, 55 anos, conta estar revivendo emoções da adolescência. Ambos são deficientes visuais e estão namorando há cerca de dois meses. Eles se conheceram no Lar das Moças Cegas, um centro de educação e reabilitação em Santos, no litoral de São Paulo. "Senti uma afinidade durante as nossas conversas. Hoje percebo que ela é a pessoa que sempre procurei. Ela me completa", diz Luís Carlos.
Eronilda e Luís já foram casados anteriormente com pessoas sem deficiência visual. Mas eles afirmam que a relação atual não é mais difícil, e sim, com mais cumplicidade. "Eu consigo enxergar vultos e sombras, mas a Eronilda não consegue ver nada. Então às vezes eu a guio, amparo, ou desacelero o meu passo para acompanhar o ritmo dela", afirma o namorado.
Ela também ressalta que o relacionamento está fazendo com que ela ultrapasse barreiras. "Eu nunca tinha saído da minha cidade sozinha, me sentia insegura. Mas na semana passada, pela primeira vez na vida, peguei um ônibus da cidade onde eu moro e fui até Praia Grande só para encontrá-lo. Olha o que o amor não faz", comenta Eronilda.
O casal afirma que a deficiência visual faz com que eles se sintam melhor. Segundo Luís, a presença física da namorada é percebida logo. Ele conta que ela nem precisa falar quando chega perto. "Eu sinto a presença dela pelo cheiro, pelo acelerar do coração", diz.
Eronilda conta que o coração acelera tanto que, as vezes, fica difícil controlar as emoções. "Acabamos de levar uma advertência da coordenação do Lar, por dar uns "selinhos mais calientes" na porta da instituiçã", diverte-se.
Os deficientes visuais Milena Ribeiro e Gilmar Ribeiro estão casados há dois anos (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)Milena e Gilmar estão casados há dois anos
(Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)
Casados
A telefonista Milena Ribeiro, de 29 anos, e o professor Gilmar Ribeiro, de 36 anos, também são deficientes visuais. Eles mantêm um relacionamento há oito anos, sendo dois de casamento. Eles moram sozinhos e levam uma vida normal e feliz.

Questionados sobre a importância de conhecer a aparência física do parceiro, Gilmar diz que gosta da esposa pela pessoa que ela é, pela beleza interior. "Já ela gostou de mim porque pegou no meu braço e sentiu meus músculos", brinca. Milena desmente, e afirma que se apaixonou pelo companheirismo do marido, pelas conversas e a afinidade.
Para o Dia dos Namorados, os casais comentam que não se importam muito com bens materiais. Milena diz que é romântica e gosta de preparar surpresas, como caixas com doces e cestas com muitos embrulhos. Gilmar prefere que a amada escolha o presente. Já o casal Eronilda e Luís pretende comprar alianças, pelo símbolo de união que o objeto representa. Os quatro, porém, possuem a mesma opinião. O que importa para os dois casais nesta data são os sentimentos.

Alunos do USP criam aplicativo para deficientes visuais

O Smart Audio City Guide é um sistema que utiliza informações geolocalizadas e GPS. Qualquer um que possua o aplicativo pode enviar e receber informações sobre determinadas localidades, que são transmitidas na forma de áudio.
Publicada em 11 de junho de 2012

Símbolo de deficiência visual
Três alunos do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USPSite externo. desenvolveram o aplicativo para celulares Smart Audio City Guide, que ajuda deficientes visuais a se locomoverem pela cidade. O trabalho rendeu aos estudantes Renata Claro, Gabriel Reganati e Thiago Silva, do último ano em Bacharelado em Ciência da Computação, o terceiro lugar na Imagine Cup, um concurso de inovação promovido pela MicrosoftSite externo..
O Smart Audio City Guide é um sistema que utiliza informações geolocalizadas e GPS, sendo alimentado por informações de qualquer usuário da rede, de maneira colaborativa. Qualquer um que possua o aplicativo pode enviar e receber informações sobre determinadas localidades, que são transmitidas na forma de áudio. Por exemplo, pode-se enviar a informação “aqui há um orelhão” para o sistema, que registra a localidade. Na próxima vez que um usuário do aplicativo estiver passando pelo mesmo local, ele recebe a informação enviada anteriormente. O usuário também pode receber as informações ao tocar a tela do aparelho em qualquer ponto. Veja aquiSite externo. um vídeo demonstrativo do aplicativo.
O projeto, que começou a ser desenvolvido em novembro de 2011, foi orientado pelo professor Marco Aurélio Gerosa, do IME, e também recebeu a colaboração do professor Artur Rozestraten, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), que alertou para a dificuldade de mobilidade urbana no grupo de deficientes visuais e sugeriu o desenvolvimento de sistemas móveis conjugando informações em áudio georeferenciadas. O aplicativo é gratuito para os usuários, que só precisam baixá-lo em seu aparelho. Por causa da competição, promovida pela Microsoft, o Smart Audio City Guide foi desenvolvido para Windows Phone, mas está sendo aperfeiçoado para ficar mais acessível e para que seja disponibilizado em outros aparelhos.
Segundo Gabriel Reganati, um dos membros da equipe Wonders, o sistema ainda precisa ser aprimorado. Thiago Silva, também da equipe, conta que o sistema já funciona, mas hoje possui um servidor limitado. Desse modo, um maior número de usuários poderia sobrecarregá-lo e ele sairia do ar. Por causa disso, os estudantes estão aperfeiçoando o aplicativo e pretendem colocá-lo para download até o fim do ano. Os idealizadores do Smart Audio City Guide pensam em financiar o projeto com incentivo de empresas vinculadas a ONGs da área, além da publicidade por meio da informação (isto é, poderiam recomendar estabelecimentos mais acessíveis para o público-alvo do aplicativo).

Imagine Cup
Das 81 equipes do Brasil inscritas no concurso, cinco se classificaram para a final, que aconteceu em Brasília, no dia 3 de maio. Os estudantes do IME contam que não esperavam ficar entre os finalistas, inclusive por causa do pouco tempo desenvolvendo seu projeto. Para Reganati, “a premiação foi um reconhecimento enorme do nosso trabalho, pudemos conhecer muita gente”. Renata Claro concorda: “Tivemos um crescimento profissional muito grande por causa do prêmio. Além disso, o concurso nos deu uma boa visibilidade. Ficamos muito felizes, porque todos os projetos eram muito bons”, diz.
Mais informações: com Thiago Silva, no e-mail thisilva@gmail.com; Renata Claro, no renata.claro@gmail.com; e Gabriel Reganati, no endereço greganatti@gmail.com

Fonte: http://www.usp.brSite externo.