segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Secretaria especial oferece consultoria gratuita

Outro projeto é mapear e cadastrar toda população na Capital com alguma deficiência

Proposta da casa é tentar atingir o máximo de acessibilidade à pessoa que tem deficiência (foto: Valquir Aureliano)
Curitiba tem 355 mil pessoas com deficiência (motora, visual, auditiva, intelectual), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. Mas o número exato deve ser descoberto com um cadastro que a Secretaria Especial Municipal da Pessoa com Deficiência lançou no final de 2011 e que deve ser concluído até 1016.
“Com o cadastramento teremos no futuro próximo o número exato de pessoas com deficiências em Curitiba e região”, disse o secretário da pasta Irajá de Brito Vaz. Enquanto espera pelo cadastro, a secretaria também tem um serviço de assessoria gratuita sobre acessibilidade, e qualquer estabelecimento pode requerer a consultoria.
Foi o que aconteceu com um novo empreendimento inaugurado, ontem, no Alto da 15, em Curitiba. O New York Café teve consultoria informal do próprio secretário. “Um café para todos”. Assim define a professora de Educação Especial, Diele Fernanda Pedrozo, que também ajudou a conceber o espaço físico do café.
A proposta da casa é tentar atingir o máximo de acessibilidade à pessoa com deficiência. O café é aberto a toda a comunidade, porém, com a preocupação de ofertar um lugar onde a pessoa que tenha alguma limitação, seja permanente ou temporária, possa usufruir da casa como qualquer outra. No sábado, 20 convidados que representam pessoas com deficiência em suas respectivas limitações, conheceram o local, a fim de dar sua opinião, crítica ou sugestão a respeito da proposta da casa.
O café pode até se tornar modelo para outros empreendimentos. Na entrada há rampas de acesso com a inclinação adequada, assim com as barras laterais em dois níveis; porta pivotada e larga, balcão, caixa e mesas com dimensões de encaixe das pernas; cardápio e placas de sinalização (banheiros) em braile, torneiras, lixeira, saboneteira e luzes automatizadas, alarme nos banheiros em caso de emergência, trincos e vasos sanitários de modelos adaptados àqueles que tenham limitações específicas.
O telefone da Secretaria Especial das Pessoas com Deficiência é o (41) 3363-5236. A direção do New York tenta com os órgãos da Prefeitura conseguir duas vagas em frente ao café, uma para deficiente e outra para idoso.
Rápidas
Exemplo
“Espero que outros estabelecimentos tomem como exemplo o projeto do café, obedecendo ao conceito do desenho universal de acessibilidade e especialmente quebrando estereótipos do deficiente, como se as pessoas com essas limitações não pudessem frequentar todos os locais, somente um ambiente exclusivo à elas”, comentou o secretário municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Irajá de Brito Vaz, um dos consultores informais do café.

Atendentes preparados
“Nossa preocupação não foi apenas nos detalhes da arquitetura adaptada, nossos atendentes estão preparados, pelo menos na forma básica, para receber as pessoas com deficiência sem traumas”, detalhou Diele. Segundo a educadora, os funcionários do café poderão explicar o espaço da casa a um cego, e o próximo passo é serem treinados num curso de libras, a linguagem dos surdos-mudos. O projeto de acessibilidade do café foi baseado na Norma Brasileira de Acessibilidade 9050004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Estilo
De propriedade do publicitário Luiz Santo, 27 anos, hoje chefe de cozinha, o projeto se inspirou no charme novaiorquinho na sua decoração, aliado ao projeto arquitetônico de acessibilidade. Noivo de Diele, que integra o projeto “Ver com as mãos”, no Instituto Paranaense de Cegos, Luiz explicou que o casal apostou no negócio “com objetivo de atender à comunidade local, aliado a questões de cidadania”. 

Horário
O New York Café fica na Rua 15 de Novembro, 2916, e abre de terça a quinta-feira, das 9 horas às 20 horas. Às sextas e sábados, das 9 horas às 22 horas e aos domingos, das 14 às 20 horas.
http://www.bemparana.com.br/noticia/230460/secretaria-especial-oferece-consultoria-gratuita

SER SURDO É SER CAPAZ!!!

POR QUE AS EMPRESAS OFERECEM A MAIORIA DAS VAGAS NA ÁREA DE ADMINISTRAÇÃO A CANDIDATOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA?

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Sabesp enviará contas de água em braille para deficientes visuais

SÃO PAULO, SP, 16 de setembro (Folhapress) - A partir de dezembro, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) irá enviar a conta de água em braille aos clientes que tenham deficiência visual.
Todas as 363 cidades atendidas pela Sabesp no Estado de São Paulo contarão com o serviço.
"O cliente cadastrado receberá as duas contas, tanto a convencional como a em braille. O pagamento é efetuado por meio da conta em papel comum, onde está o código de barras", diz Regina Corrêa, gerente do Departamento de Gestão de Clientes da Superintendência de Marketing da entidade.
Para o cliente receber a conta especial, deve fazer o requerimento por meio da central telefônica (0800-055-0195) ou ir pessoalmente a uma agência de atendimento da Sabesp.
Para o cadastramento, a companhia exige apenas a comprovação da deficiência e o número do registro geral do imóvel, que vem impresso na conta.

http://www.tnonline.com.br/noticias/economia/34,136394,16,09,sabesp-enviara-contas-de-agua-em-braille-para-deficientes-visuais.shtml

Santos: candidatos falam sobre acessibilidade

96.209 pessoas em Santos possuem algum tipo de deficiência física, segundo o IBGE
Candidatos prometeram mais acessibilidade aos deficientes / DivulgaçãoCandidatos prometeram mais acessibilidade aos deficientesDivulgação

     

Cerca de 23% da população santista possui algum tipo de deficiência física, seja motora, auditiva, visual ou mental. Este percentual representa 96.209 pessoas que fazem parte dessa estatística no município. Os dados são do Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Os dados levam em consideração as pessoas que não conseguem, tem grande dificuldade ou alguma dificuldade para enxergar, se mover, ouvir, etc. A média do município é menor que a média nacional 24% e se iguala a média estadual de 23%.
Para a cadeirante Maria Francisca Almeida de Souza andar pelas calçadas de Santos é o seu maior desafio. "As calçadas são muito esburacadas e temos que andar na rua junto com os carros e motos". Outra reclamação é em relação aos contentores de lixo espelhados na cidade. "Alguns ficam em cima da calçada e não dá pra ninguém passar. Seja deficiente visual, seja cadeirante", disse Maria.
Para o deficiente visual, Gilmar Ribeiro dos Santos, a cidade precisa avançar nesta questão. "Os carros estacionam nas rampas, faixa de pedestres, cadeiras de bares na calçadas. Os restaurantes da cidade não possuem cardápio em braile e quando possuem o mesmo não está atualizado. A gente percebe que não existe órgão para fiscalizar. A prefeitura não fiscaliza porque ela própria não cumpre a lei", afirma Gilmar.
A inexistência de intérprete de sinais nos equipamentos públicos e turísticos da cidade também é alvo de reclamação. "É necessário ter tradutores de libras de sinais nos órgãos públicos. Porque hoje não tem como o surdo se comunicar quando vai a uma policlínica, por exemplo", disse Maria.
A Prefeitura afirmou que neste ano já foram lavradas 895 intimações para reparos em calçadas e que ainda neste ano Santos vai implantar 30 semáforos sonoros, que auxiliam deficientes visuais a atravessar a rua. Hoje, existem apenas três desses equipamentos. Em relação a falta de cardápio em braile, a prefeitura disse que a fiscalização é feita pelo Defrec (Departamento de Fiscalização da Receita), ligado à Sefin (Secretaria de Finanças).
Já foram feitas blitze e fiscalizações e a Sefin orienta aos clientes que façam denúncia junto à Ouvidoria por meio da ligação gratuita 0800-112056, sempre que encontrarem alguma irregularidade.



O Metro perguntou como os candidatos pretendem melhorar a vida dos portadores de deficiência física em Santos. Confira abaixo:



Jama (PRTB) “Santos será acessível e o deficiente vai ir para onde quiser sem precisar de ajuda. Terá campanha educativa para que vagas de deficientes sejam respeitadas.”
Sérgio Aquino (PMDB) “Vamos discutir um novo padrão de calçamento. Reforçar a fiscalização e propor ideias arrojadas para fazer de Santos uma cidade cada vez mais inclusiva.”
Eneida Koury (PSOL) “Melhorar as calçadas da cidade. Criar o Centro de Reabilitação e Terapia para Portadores de Necessidades Especiais. Fiscalizar com rigor as leis já existentes e formular outras.”
Fabião (PSB) “Faremos uma Santos acessível aos portadores de necessidades especiais, idosos e crianças. Vamos dar o exemplo nas vias e nos prédios públicos em seis meses e apertar a fiscalização.”
Paulo Alexandre (PSDB) “Calçadas com piso tátil, semáforos sonoros, cursos profissionalizantes, sinalização em braile em prédios públicos, elevadores para cadeirantes.”
Beto Mansur (PP) “Vamos padronizar as calçadas com acessibilidade para todos, instalar mais semáforos sonoros e ampliar parcerias com as entidades para atender as pessoas com necessidades especiais.”
Luiz Antônio Xavier (PSTU) “É preciso ações para melhorar a vida dessas pessoas. É necessário oferecer condições decentes não somente em áreas nobres, mas em bairros carentes, onde os deficientes sofrem mais.”
Nelson Rodrigues (PSL) “Vou adaptar toda a frota de ônibus, adequar as calçadas e implantar semáforos sonoros para garantir o direito de ir e vir aos deficientes físicos.”
Telma de Souza (PT) “Vou ampliar os semáforos sonoros, fiscalizar calçadas e promover serviços públicos compatíveis com as necessidades dessa parte da população.”


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