sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Operários percorrem calçadas vendados e em cadeiras de rodas


Acessibilidade na prática





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Quarenta calceteiros (operários responsáveis pela colocação de calçadas) e mestres de obras das empresas que trabalham no Anel Viário percorreram calçadas da cidade usando cadeiras de rodas e bengalas para deficientes visuais. A prática, realizada nesta quarta-feira (8), faz parte de um curso de sensibilização sobre a importância da acessibilidade para pessoas com deficiência.
“Este curso mostra aos trabalhadores das empreiteiras como é importante executar bem o serviço, cujo resultado vai influenciar e facilitar a vida de quem tem dificuldade de locomoção”, disse o secretário municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Irajá de Brito Vaz. 

A ideia do curso surgiu após uma inspeção da Prefeitura nos quase 30 quilômetros de calçadas do anel Viário que estão em fase de conclusão. Depois verificar alguns pontos de ajustes, os técnicos das Secretarias Municipais de Obras e dos Direitos das Pessoas com Deficiências montaram o curso. 

“Agora as empresas que fizerem calçadas para Prefeitura terão que fazer este curso para seus operários”, disse o secretário municipal de Obras Públicas, Mario Tookuni.

Curso – O curso teve palestras sobre as características de pessoas com deficiência e suas dificuldades. Depois os operários vivenciaram como é andar e levar uma pessoa na cadeira de rodas. Os participantes tiveram ainda os olhos vendados andaram com uma bengala para cegos, procurando perceber a importância das pistas tácteis para os deficientes.

O encarregado de obras da empresa Obetacem, Elmar Pazinato, disse que o curso ajudou a entender a importância de uma calçada bem feita. “Agora sei o que cobrar na hora de pedir uma calçada de qualidade. Percebi como é importante que as nossas calçadas sejam bem feitas, porque isto vai influenciar na vida dos deficientes”, disse.

Mesma opinião teve o calceteiro Sidnei Santana, da empresa Marc Engenharia. “A gente tinha uma ideia que a calçada era importante. Agora, depois do curso, percebi que meu trabalho ajuda uma pessoa a sair de casa e passear sem tropeçar e se machucar por causa de uma rampa mal feita”, afirmou.
 

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