sábado, 17 de setembro de 2011

Conheça sobre o cadeirante que faz humor e conta histórias de vida de uma maneira engraçada.

                              Por Daniel Limas, da Reportagem do Vida Mais Livre


Para muitas pessoas com deficiência, pode parecer um paradoxo que uma pessoa nas mesmas condições tenha bom humor. E se impressionam ainda mais quando uma pessoa que utiliza cadeira de rodas faz humor com situações cotidianas vividas por esse público. Flávio Chato, que, na verdade, nasceu Flávio Cecere, não se considera um humorista, mas sim um rapaz que sabe contar suas histórias de vida de uma maneira engraçada. “Todo o material das minhas apresentações é baseado em fatos que aconteceram na minha vida”, explica Flávio.

Seu interesse em fazer humor nasceu da sugestão de amigos. “A vida de um cadeirante tem muitas coisas engraçadas. A minha não é diferente e, nos churrascos, uns 10 ou 12 amigos sempre ficavam ouvindo minhas histórias. Eles davam muitas risadas e sugeriram que eu partisse para a comédia. Foi o que eu fiz”, relembra. Ele sabe que existem pessoas com deficiência que não gostam muito da forma como ele encara a sua vida de cadeirante. “Já ameaçaram me processar, mas se tocaram que um cadeirante não pode discriminar outro, já que 'desfruta' da mesma situação. Talvez sejam esquerdistas”, brinca. “Na minha opinião, piada não é preconceito. Acho ridículas as manifestações e reclamações de instituições que representam minorias”, afirma, de forma simples e direta.

No futuro, pretende criar e trabalhar com roteiros menos apelativos. “Estou reformulando meu texto, pois ele não condiz com o momento em que vivo hoje, pois a maioria das piadas que utilizo tem apelo sexual e palavrões, e isso não agrada a Deus”, explica.

Flávio não vive de contar histórias e fazer humor. É formado em Recursos Humanos e está terminando um MBA em Gestão Empresarial na Faculdade Getúlio Vargas, em São Paulo. Ele atua como bancário e trabalha em uma financeira como assistente de um superintendente. Está nessa empresa há quase cinco anos, e há um no cargo atual.

Assim como inúmeras pessoas com deficiência, encontrou dificuldade para entrar no mercado de trabalho. Mas dá uma puxada de orelha em todos que utilizam o preconceito como muleta. “O preconceito está na cabeça de quem se sente discriminado. Todos somos diferentes, mas porque a nossa diferença é mais visível, alguns deficientes - não são poucos, viu - sentem-se discriminados por brincadeiras que são feitas com todos. Se queremos tanto ser iguais, não devemos nos sentir diferentes, e não deveríamos ter essa Lei de Cotas nem ter privilégios. Mas o nível cultural do nosso País ainda está muito aquém do ideal”, afirma, propondo uma reflexão.

Antigamente


Da época em que não precisava da cadeira de rodas, Flávio diz sentir muita falta de jogar bola, surfar, dançar a dois e “outras coisinhas mais, mas o portal não é um veículo adequado para publicá-las”, brinca. “Hoje, tenho o hábito de ler a Bíblia, conversar com meu melhor amigo, que é Deus, ir à Igreja. Costumo sair para restaurantes, cinemas, teatros e pratico musculação”, enumera Flávio, hoje com 26 anos “e mentalidade de 16”, como prefere dizer.

Com cuidado para não sermos inconvenientes, procuramos saber um pouco sobre essas 'outras coisinhas mais'. “Eu já cansei de zoar. E, realmente, a vida na cadeira de rodas não é fácil, mas muitas mulheres têm a curiosidade de saber como é, e nessas horas você acaba conquistando algumas garotas. Mas, graças a Deus, não vivo mais isso”, explica.

E já que seu forte é contar histórias, perguntamos por que ele traz 'Chato' em seu nome. “Recebi esse apelido de um colega de colegial [atual Ensino Médio], Thiago Becheli, porque eu não deixava os professores lecionarem”, faz graça.


Outra atividade frequente em sua vida é a fisioterapia. Lá, conheceu Ricardo Ortuño, seu fisioterapeuta, que o ajudou - e ainda ajuda - nessa longa recuperação e reabilitação. “Ele também foi meu psicólogo, que me estimulou a ter vontade de viver novamente, tirar carta, voltar a estudar e a dirigir. Sou eternamente grato a ele. Mas, na verdade, minha aceitação completa e total aconteceu quando encontrei Deus. Ele sabe de todas as coisas. Sei que tudo o que Ricardo disse foi indispensável para minha reabilitação, mas foi Deus quem o colocou no meu caminho para que tudo isso pudesse ter acontecido”, agradece.

Todas essas novas experiências começaram em 11 de setembro de 2003, a apenas 11 dias de Flávio completar 19 anos. “Sofri um acidente de carro quando eu estava em uma rua perto de casa, e era na hora do almoço. Desmaiei no momento do acidente e acordei depois de 19 dias. Foram 19 dias em coma, mais três em coma induzido e outros 22 no quarto do hospital”, relembra. “Tomar conhecimento de que havia ficado paraplégico foi um choque para mim. Mas, com o apoio da minha família e de alguns amigos, consegui tirar de letra”, explica.

Ele também faz questão de ressaltar que seu bom humor se deve ao fato de estar vivo. Muita gente, por muito menos, morre ou fica com o cognitivo afetado. Eu acabei com um carro e com minha cabeça, mas, graças a Deus, estou numa cadeira de rodas e tenho meu cérebro preservado. Não está ótimo?”, questiona à comunidade do Vida Mais Livre. “Viva e seja feliz com a condição que você tem para viver. Deus não dá a cruz mais pesada do que você pode carregar, dê seus pulos e carregue a sua”, finaliza.

Fonte: Portal Vida Mais Livre


Programa do Jô - Humor da Caneca com Flavio Chato 28/10/2010

Deficiência em Evidência: Jovens mostram que deficiência visual não é barrei...

Deficiência em Evidência: Jovens mostram que deficiência visual não é barrei...: CATEGORIAS: ACESSIBILIDADE , NOTÍCIAS Superar barreiras diariamente parece ser a missão da maior parte dos portadores de deficiência fís...

Como os sentimentos negativos se alimentam

por Andre Lima - andrelimareiki@gmail.com


Toda emoção negativa deseja se fortalecer. É como se ela tivesse vida e um tipo de inteligência própria que busca formas de se alimentar. A emoção toma de conta de nós em certas situações e fala através da nossa boca e age através do nosso corpo.

Já escrevi em outro artigo "Você não é os seus pensamentos e sentimentos" onde falo que nós não somos as emoções que carregamos, e sim, a Consciência que está por trás de tudo, o observador, a testemunha. Como se fosse uma entidade, a emoção pode nos possuir, gerando pensamentos e atitudes negativas, para que ela possa se alimentar e se perpetuar.



Observe a si mesmo. Eu me pego me irritando com certas coisas, e no momento em que isso ocorre, é quase irresistível sentir e agir da forma que ajo. Neste momento, a emoção tomou conta de mim, influenciou meus pensamentos e ações. Na hora que acontece, as razões exteriores parecem justificar muito bem a forma que eu me sinto, falo e faço. É como se eu dissesse na hora "não tem como não se irritar com isso, qualquer pessoa se sentiria assim!". No entanto, é apenas a irritação que já está dentro de mim, manifestando-se, falando pela minha boca, querendo beber mais sofrimento e se fortalecer.

Veja se você consegue perceber de vez em quando, uma vontade irresistível de reclamar, de sentir raiva de algo, de falar mal de alguém ou do passado, de relembrar alguma situação desagradável. É apenas a emoção querendo sobreviver. A emoção fica latente, a espreita, esperando uma oportunidade para se alimentar. Situações externas e outras pessoas são os gatilhos que acordam essa negatividade. Você está tranqüilo, quando de repente, alguém diz algo ou faz alguma coisa e aí surge um incômodo de forma instantânea. Quando você menos espera, a emoção já tomou conta, vários pensamentos negativos foram gerados e talvez você já tenha agido de uma determinada forma.


A emoção poderá nos influenciar levemente, gerando apenas alguns pensamentos negativos ou algumas palavras, mas pode também chegar a provocar ações violentas, e até mesmo crimes. É o mesmo mecanismo em ação, só que em níveis diferentes.

A intensidade da nossa reação vai depender de duas coisas: da força da emoção negativa que está guardada em nós, e do nosso grau de identificação com aquela emoção. Vou explicar melhor. Tem pessoas que são verdadeiras bombas-relógio. Tem uma carga emocional tão forte guardada (coisas do passado mal resolvidas, mágoas, raivas, rejeições e etc..) que esse corpo emocional quando é ativado por algum acontecimento, a reação vem como uma avalanche incontrolável e toma conta da pessoa. Assim ela pode se tornar violenta, ou pode ficar triste e chorar desesperadamente. Quanto maior o conteúdo emocional, maiores as chances de sermos pegos de surpresa.

O grau de identificação com a emoção é o quanto você acredita que ela faz parte de você, do seu eu, da sua personalidade. Você não é os seus pensamentos e sentimentos, mas na maior parte do tempo, pensamos que somos. Então, quando surge a emoção negativa, se você tem uma consciência maior de que você não é aquilo e que ela deseja apenas se alimentar, é mais fácil apenas observar a ação dela com calma, até que ela vai se dissolvendo aos poucos. O ideal é observar sem resistir, sem julgar, sem alimentar, somente sentindo a emoção, as reações físicas que ela causa e os pensamentos que ela provoca. Precisamos estar muito atentos para fazer isso.

No entanto, quando não temos consciência (e a maioria das pessoas não tem) de que a emoção não é quem nós somos, vamos alimentá-la quando ela surgir, com pensamentos e ações. Iremos argumentar interiormente que estamos totalmente certos em nos sentirmos daquela forma. Assim a emoção negativa cumpre o seu objetivo de se alimentar. Depois de um tempo, ela irá se acomodar no seu interior e vai aguardar uma outra oportunidade para se manifestar.

Observe o seguinte mecanismo: a pessoa está triste por causa de um término de um relacionamento e começa a ouvir músicas tristes para "roer" e curtir a dor. É a própria emoção da tristeza dirigindo as ações da pessoa para se alimentar. Ela fará você escolher as músicas mais tristes para tocar. E assim você sente um estranho misto de prazer e dor. Prazer para quem? Para a tristeza instalada, a dor de ouvir a música triste é prazer.

Esse mecanismo ocorre também quando começamos a alimentar lembranças de histórias passadas: brigas, perdas, culpas, frustrações e etc... Criamos um dialogo mental falando de um evento passado desagradável. Esse diálogo pode ficar relembrando falas que foram ditas, coisas que você poderia ter feito mas não fez. É possível também que esse diálogo tenha um tom de vitimismo ou agressividade. Podem também surgir imagens do que o ocorreu, ou do que poderia ter ocorrido. Algumas pessoas remoem compulsivamente histórias do passado.

Quando aplico a *EFT (técnica para auto-limpeza emocional, veja como receber um manual gratuito no final do artigo) em consultório, interessante observar a mudança da fala da pessoa depois a que a emoção negativa é dissolvida com a técnica. O discurso muda completamente. Vamos supor que a pessoa chegue com muita raiva de alguém. Ela pode chegar dizendo "ele é mau caráter, um canalha, fez de propósito, dá vontade de bater nele...". É a própria raiva falando pela boca do cliente. Depois de algumas rodadas, a raiva se dissolve, a pessoa pode dizer coisas do tipo: "eu também errei com ele, sei que nesse dia ele estava muito estressado e eu também, só podia ter dado nisso...". Neste momento, não tem mais a entidade "raiva" falando pela pessoa.

A emoção é "esperta". Se você não estiver muito atento, ela tomará conta de você. Às vezes você poderá se pegar em um conflito interior, um lado tentando deixar a emoção de lado e outro lado alimentando-a. A emoção negativa tentará convencê-lo a não deixar aqueles pensamentos para trás. Aplique EFT neste momento em que a emoção surgir, pois será bem mais fácil dissovê-la com a técnica. Mas atenção. A emoção não quer ser dissolvida. Então é muito provável que você não tenha vontade de aplicar a EFT. Agora que você já compreende o mecanismo, fica mais fácil de identificar e não ceder. É importante também limpar a carga emocional de eventos passados, desde a infância até os mais recentes. Basicamente, é esse o trabalho que fazemos no consultório, o que traz benefícios enormes em todas áreas da vida da pessoa: relacionamentos, auto-estima, saude física e área profissional.

André Lima - EFT Practitioner, Terapeuta Holístico, Mestre de Reiki e Engenheiro.

EFT - Emotional Freedom Techniques - É a auto-acupuntura emocional sem agulhas. Ensina a desbloquear a energia estagnada nos meridianos, de forma fácil, rápida e extremamente eficaz, proporcionando a cura para questões físicas emocionais. Você mesmo pode se auto-aplicar o método. Para receber manual gratuito da técnica e já começar a se beneficiar, acesse: http://www.eftbr.com.br/ e solicite o seu manual. Veja também sobre cursos, atendimentos terapêuticos online e muito mais.