segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Universitários de Resende promovem a ação 'Lacre Solidário'

A campanha é realizada por alunos do 4º ano do curso de Comunicação


Lacre Solidário (Foto: Associação Educacional Dom Bosco)Lacre Solidário (Foto: Associação Educacional Dom Bosco)







A campanha 'Um Trote Solidário', que tem sido desenvolvida há alguns anos por alunos de Comunicação Social em Resende.Tem como objetivo mostrar a  responsabilidade social por parte da instituição com a população e integração dos alunos nas atividades de ação cidadã.
O trabalho solidário tem sido desenvolvido por meio da campanha 'Atitude Legal'.
A Campanha do Lacre precisa arrecadar 80 kg de lacres de alumínio, que equivalem a 140 garrafas PET 2 litros. Ao atingir esse número serão doadas 2 cadeiras de rodas para o banco de cadeira de rodas, que estará disponível para quem necessitar. Arrecadar o lacre é um pequeno gesto, mas uma grande atitude.
Confira abaixo os postos de coleta em Resende
Parceiro: Restaurante Oliveira`s de Resende (Rede Olá)
Rodovia Presidente Dutra, Km 305 (sentido Rio de Janeiro)
Paraíso
Parceiro: Forte Apache Lanches
Av. João Ferreira Pinto, 295 - Centro
Ref.: próximo aos Supermercados Máximo
Parceiro: Coiote Lanches
No câmpus da Associação Educacional Dom Bosco (AEDB)
Parceira: Cantina do "Seu Toninho"
No câmpus da Associação Educacional Dom Bosco (AEDB)
Parceiro: “Seu Rezende”  pipoqueiro
No câmpus da Associação Educacional Dom Bosco (AEDB)
Parceiro: Restaurante Dom Gourmet
No câmpus da Associação Educacional Dom Bosco (AEDB)
Parceiro: Restaurante Skina
Av. Antenor O`Reilly de Souza Júnior
Morada da Colina
Parceira: Padaria e Mercearia da Colina
Rua Hugo Araújo Guedes, 99
Morada da Colina
Parceira: Delícias Paraíso - Pastelaria e Lanchonete
Rua Nossa Senhora de Fátima, 45 - Paraíso
Ref.: próxima à Paróquia de N. S. de Fátima
Postos de Coleta em Porto Real
Campanha Lacre Solidário - Atitude Legal
Parceira: Deorides Bar
Av. D. Pedro II, 26, Centro
Ref.: em frente à fábrica da Coca-Cola
Campanha Atitude Legal - Lacre Solidário
Parceiro: Restaurante Molica`s
Rua Hilário Ettore, 571 - Centro
Ref.: próximo à Prefeitura
Postos de Coleta em Itatiaia
Campanha Lacre Solidário - Atitude Legal
Parceiro: Hotel-Chalés Terra Nova
Estrada do Parque Nacional do Itatiaia, Km 4,5
Campanha Lacre Solidário - Atitude Legal
Parceiro: Hotel do Ypê
Estrada do Parque Nacional do Itatiaia, Km 13
Postos de Coleta em Bocaina de Minas
Campanha Atitude Legal - Lacre Solidário
Parceiro: Bar do Robertinho
Centro
Campanha Atitude Legal - Lacre Solidário
Parceiro: Bar da Neidinha
Centro
Campanha Atitude Legal - Lacre Solidário
Parceiro: Bar da Terezinha
Centro
Posto de Coleta em Piraí
Campanha Atitude Legal - Lacre Solidário
Parceiro: Verdejo Gastronomia
Estrada Piraí x Passa Três, 3.300
Centro
 http://redeglobo.globo.com/rj/tvriosul/puraatitude/noticia/2014/04/universitarios-de-resende-promovem-acao-lacre-solidario.htm

Jovem autista faz Enem para realizar sonho de ser web designer

Fernanda Raquel Nascimento Santana com a mãe, Regiane Nascimento, na saida do Enem. Foto: Fernando Donasci/ Agência O Globo
Fernanda Raquel Nascimento Santana com a mãe, Regiane Nascimento, na saida do Enem. Foto: Fernando Donasci/ Agência O Globo
Resultado da prova de Fernanda Raquel Nascimento Santana valerá como certificado de conclusão do ensino médio
SÃO PAULO — Foi sozinha numa sala de aula no campus da Uninove, que reúne o maior número de inscritos do Enem na capital paulista, que Fernanda Raquel Nascimento Santana, de 21 anos, fez a primeira parte do exame nesse sábado. A jovem, dignosticada com autismo aos 11 anos de idade, não reclamou de solidão ou isolamento, ao contrário, achou que foi melhor para sua concentração ter uma sala só para ela.
— O acompanhamento foi legal. Tiveram uma total e incrível paciência. Se eu tivesse dúvidas, eles me ajudavam. Eles estão preparados. Me receberam tão bem — contou, sobre o comportamento dos orientadores e fiscais de provas.
Dizendo-se confiante e tranquila, assim que cruzou os portões da faculdade Fernanda abraçou sua mãe, a assistente social Regiane Nascimento, de 53 anos.
— É uma vitória ela estar aqui — comemorou Regiane, sem conter lágrimas de alegria.
Fernanda não concluiu o ensino médio, mas Regiane conseguiu por meio de um pedido ao Ministério da Educação (MEC) uma autorização para que sua nota no Enem servisse para a jovem obter um certificado de conclusão do ensino médio. Com muita habilidade para desenhar, Fermanda quer ser web designer.
Graças a insistência de Regiane, que não aceitou o primeiro dignóstico dado à filha, de retardo mental, e buscou outros especialistas, Fernanda recebe tratamento terapêutico e psiquiátrico há dez anos. O talento para o desenho da jovem foi desenvolvido de forma autodidata e virou uma forma de comunicação eficaz com a família, já que Fernanda durante muito tempo utilizava pouco a linguagem verbal.
— A escola pública não está preparada para receber jovens com autismo — disse Regiane, explicando que boa parte da educação formal da filha dependeu de bolsas de estudos em escolas especiais particulares. — Não tinha condições de pagar uma mensalidade de R$ 2.500,00. Fernanda não conseguiu se adaptar à escola e a escola também não deu conta. A diversidade precisa ser tratada com seriedade na escola pública.
Há dois anos Fernanda deixou de cursar o ensino médio sem conclui-lo. Nesses dois anos, passou por entidades que atendem autistas e seu médico psiquiatra ajustou os horários de sua medicação. A arte terapia também tem sido importante para seu desenvolvimento intelectual. A mãe a ajudou a estudar em casa, especialmente matérias como história e geografia.
— Ela tem dificuldade para entender conceitos lineares de tempo e espaço. Nas últimas semanas, procurei deixa-la à vontade. Não cobrei. Mas disse a ela que não pode desistir. O fato de chegar até aqui é uma vitória e motivo de orgulho a tada a família e aos profissionais que cuidam dela — contou Regiane.
Fernanda chegou a perguntar para a mãe se seu desempenho na prova mostra o quanto é inteligente. Regiane apressou-se em explicar que não são necessárias provas para medir a inteligência. Com respostas sinceras e espontâneas, a estudante contou ter gostado de uma questão com uma história em quadrinhos da Turma da Mônica. Achou difícil uma pergunta de química e elogiou uma questão sobre radiação, tema pelo qual tem muito interesse.
— É cansativo pensar. Estou ansiosa para ir embora. É difícil ter paciência com uma prova tão longa. Mas é bom treinar a paciência — disse Fernanda, contando que no domingo seguirá a mesma rotina: vai acordar às 7 horas, se aprontar, comer e chegar ao local do exame com uma hora e trinta minutos de antecedência.

POR MÁRCIA ABOS – 08/11/2014