terça-feira, 31 de março de 2015

Microfone especial permite que pessoas com problema de audição escutem melhor


1 h · 
A tecnologia Roger da Phonak apareceu hoje (31/03) na Globo no Programa da Fátima Bernandes. Confira o depoimento de Fernando Maffra, seu pai, sua mãe e o Marcus Veras. Nós queremos um mundo onde todos possam ter o prazer de ouvir!
Em forma de caneta, objeto fica pendurado no pescoço por um cordão
GLOBOTV.GLOBO.COM

segunda-feira, 30 de março de 2015

Na Bahia, Rodrigo Faro realiza sonho de tetraplégica de voltar a ver o mar





Jeane sofreu um acidente quando tinha 24 anos e, por conta de uma série de erros médicos, acabou ficando tetraplégica. Abandonada pela família, ela passou a viver com a avó, que morreu em 2013. Com apenas um salário mínimo, Jeane vive hoje sozinha, sob os cuidados de duas cuidadoras contratadas, em uma cidade do interior da Bahia. Foi através de uma amiga, que Jeane conheceu pela internet, que Rodrigo Faro ficou sabendo da história da jovem que sonha em ver o mar, após 15 anos. Além disso, o apresentador promoveu o encontro com Aline, a quem ela só conhecia pelo computador. Acompanhe essa história na reportagem.

domingo, 29 de março de 2015

CIA de Dança Guerreiros - Just Dance

A Fundação Dorina Nowill para Cegos desenvolveu uma coleção de clássicos infantis inclusiva. São 10 títulos adaptados, entre eles Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve e Bela Adormecida.


Dica pra quem tem filhos cegos ou com baixa visão. A Fundação Dorina Nowill para Cegos desenvolveu uma coleção de clássicos infantis inclusiva. São 10 títulos adaptados, entre eles Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve e Bela Adormecida.

Os livros são impressos em braille e fonte ampliada, possui relevos nas imagens, além de serem ilustrados com cores vibrantes. Há também um CD com a leitura das histórias e com versões com e sem audiodescrição.

Os livros foram distribuídos nas fundações de apoio da Dorina. No link, há um mapa em que você pode buscar uma biblioteca próxima: http://bit.ly/1xGe99S

Descrição da Imagem #PraCegoVer: Fotografia de cinco livros da coleção. São eles, "A Bela Adormecida", "Branca de Neve", "Chapeuzinho Vermelho", "Cinderela" e "João e o pé de feijão". Embaixo da imagem dos livros, há uma faixa verde. Sobre a faixa, está escrito em cinza, a frase: "Clássicos Infantis ganham versão em braille". A palavra "braille" está toda em caixa-alta.

https://www.facebook.com/romariodesouzafaria?fref=photo

Ocean Heaven Autismo

quinta-feira, 26 de março de 2015

Especialistas reclamam da falta de tratamento adequado para autistas

Banda com músicos autistas e com síndrome de Down vai tocar no Eurovision

banda
Eurovision é a competição musical exibida na TV mais importante da Europa.
A 60ª edição do Eurovision terá uma novidade. A banda finlandesa Pertti Kurikan Nimipäivät vai participar da competição anual de música na Europa. Detalhe: o grupo de punk conta com integrantes com autismo e síndrome de Down.
A banda de punk foi formada há seis anos. Kari Aalto (vocal), Pertti Kurikka (guitarra), Toni Välitalo (bateria) e Sami Helle (baixo) foram descobertos em uma oficina musical para adultos com deficiência.
O Pertti Kurikan Nimipäivät foi tema de um documentário lançado em 2012 intitulado “The Punk Syndrome”. No último ano, a campeã do Eurovision foi a transgênero Conchita Wurst.
A competição acontece no fim de maio, em Viena, na Áustria.
Ouça a música “Puhevika!”, de Pertti Kurikan Nimipäivät:

Fibromialgia arrasa sua saúde e confunde os médicos

Síndrome causa dores insuportáveis, tristeza e perda de memória

Imagine que você passou horas apertada dentro de uma caixa, sem espaço para se mexer ou respirar direito. Pense como essa situação fragiliza seu corpo e sua mente: todos os seus músculos ficam doloridos e dormentes, seu pensamento é dominado por um misto de ansiedade e depressão. A cabeça parece pesar 200 quilos e você começa a apresentar dificuldades para dormir e executar tarefas comuns. A memória começa a falhar e a concentração diminui. A descrição lembrou um filme de terror, com requintes de tortura? 

Antes fosse. É assim que se sentem os portadores de fibromialgia, explica Ana Márcia Proença, educadora física e terapeuta corporal que atende pacientes com o problema que, atualmente, vitima principalmente as mulheres. Os portadores desta síndrome dolorosa de origem ainda desconhecida costumam enfrentar uma maratona até chegar a um diagnóstico, normalmente é difícil e demorado. Com predominância entre o sexo feminino (cerca de 80% a 90% das pacientes são mulheres entre 30 e 50 anos), as pacientes costumam chegar ao consultório médico com no mínimo três dos seguintes sintomas: 

Fibromialgia - Foto: Getty Images
Fibromialgia
Dores fortes e difusas nos músculos, tendões, ligamentos e articulações por mais de 3 meses 
Fadiga e distúrbios de sono 
Sensação de queimação e/ou contrações espasmódicas nos músculos 
Hipersensibilidade ao toque 
Dificuldade de concentração e perda de memória 
Enxaquecas crônicas TPM forte, com náuseas, fortes alterações de humor e dores abdominais 
Problemas digestivos como diarréia, intestino preso e gases 
Disfunção Temporomandibular (na lateral da testa e no queixo, perto das orelhas) ou algum desconforto ou dor constante na mandíbula 
Dormência e formigamento 
Ansiedade e depressão 
Ser portador de Lupus Eritematoso Sistêmico, Síndrome da Fadiga Crônica, osteoartrose, Artrite Reumatóide, hérnia de disco ou osteoporose  

Diagnóstico, outro calvário

Mesmo com todos os sintomas, o diagnóstico muitas vezes é complicado, confundido com outras enfermidades ou tratado como algo emocional e não uma síndrome real. Existe uma dificuldade no diagnóstico e o preconceito de alguns profissionais que, às vezes, acreditam que a paciente não tem nada, acontece principalmente porque, apesar de reclamarem de muita dor muscular em reação ao toque e/ou movimento, não há evidências clínicas de qualquer lesão nos tecidos. 

Ou seja, nos exames não aparece nenhum problema visível nas articulações ou músculos. Na prática, o paciente perde a capacidade de regular a sensibilidade dolorosa. Os níveis de produção de serotonina (neurotransmissor responsável pela liberação de alguns hormônios, controle da dor, sono e apetite, entre outros) diminuem e surge a hipersensibilidade a estímulos que normalmente não causariam dor. "Eu me sentia cansada o dia todo, já acordava fatigada", conta a alemã naturalizada brasileira Christel Hunsaker, 63 anos. "E a dor foi aumentando, chegou num ponto em que nem saía mais, de tanto que doía". Demorou mais de um ano para me diagnosticarem com fibromialgia, revela.  

Causas da síndrome

Segundo o chefe do ambulatório de fibromialgia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Eduardo S. Paiva, os estudos apontam para uma origem genética. Mas ainda não existe evidência de que um único gene seja responsável por todos os sintomas. "Além disso, muitas vezes a bagagem genética necessita de um gatilho ambiental, como um estresse físico ou psicológico", afirma. Já as terapias corporais têm um ângulo complementar para avaliar o surgimento da síndrome. 

Os músculos carregam nossa história de vida, nossa memória afetiva, sentimentos, pensamentos e reações, externalizadas ou não. "A serotonina, substância associada a esse quadro, não é apenas a responsável química pela transmissão da dor, mas também pela nossa capacidade de sentir prazer", analisa Ana Márcia Proença. Concordar com tudo, negar nossas raivas e ressentimentos e a necessidade de agradar os outros em detrimento de nossos próprios anseios e necessidades tornam as mulheres mais suscetíveis ao desenvolvimento dessa síndrome. "É algo que vai além de questões hormonais", diz a terapeuta. 

Dá para aliviar, pelo menos?

Mas e o tratamento? Como ainda não se sabe o que causa o transtorno e as dores são crônicas, mas não inflamatórias, os tratamentos acabam sendo mais paliativos. Depende do médico, mas as opções mais utilizadas são os medicamentos contra a dor, que melhorem a qualidade do sono e anti-depressivos, além de terapias corporais e ocupacionais. As principais opções de tratamento incluem: 
Medicamentos para aliviar a dor, diminuir a ansiedade e regular os neurotransmissores (sempre receitados pelo médico) Programa de exercícios e condicionamento físico para fortalecer a musculatura 
Terapia para compreender os mecanismos internos e promover a solução de conflitos 
Relaxamento ativo e passivo para diminuir a tensão muscular 
Massagem (shiatsu, ayurvédica etc) 
Práticas de yoga e tai chi 
Calatonia (tratamentos com toques sutis pelo corpo)  
http://www.minhavida.com.br/saude/materias/1193-fibromialgia-arrasa-sua-saude-e-confunde-os-medicos

Gosta de Histórias? Então confira o excelente trabalho da Pinacoteca com contação de histórias em Libras!


Gosta de Histórias? Então confira o excelente trabalho da Pinacoteca com contação de histórias em Libras! Todas as histórias são contextualizadas com obras de Arte em exposição. Muito Bom!
Venha conhecer como é possível construir histórias com as mãos. A partir desse sábado, dia 28/03, acontecerá na Pina a "Contação de Histórias em Libras". 
Será no último sábado de todo mês. Veja mais infos e todas as datas em nosso site: http://bit.ly/1Dlsp6O
Pinacoteca do Estado de São Paulo

Trilha ambiental inaugurada em Florianópolis é acessível para deficientes físicos

No aniversário da cidade, os moradores de Florianópolis ganharam nesta segunda-feira (23) uma trilha ambiental no parque do Córrego Grande. O diferencial da trilha é que ela é acessível a cegos e cadeirantes, inclusive nas sinalizações e informações. O prefeito da cidade esteve na inauguração e afirmou que promete repetir o projeto em outros parques da Capital.

http://ricmais.com.br/sc/ric-noticias/videos/trilha-ambiental-inaugurada-em-florianopolis-e-acessivel-para-deficientes-fisicos/


Novo tratamento do Alzheimer restaura totalmente a função da memória

Novo tratamento do Alzheimer restaura totalmente a função da memória

Pesquisadores australianos criaram uma tecnologia de ultra-som não-invasiva que limpa o cérebro das placas amilóides neurotóxicos responsáveis ​​pela perda de memória e pelo declínio da função cognitiva em pacientes com Alzheimer.


Se uma pessoa tem a doença de Alzheimer, isso é geralmente o resultado de uma acumulação de dois tipos de lesões - placas amilóides e emaranhados neurofibrilares. As placas amilóides ficam entre os neurônios e criam aglomerados densos de moléculas de beta-amilóide.


Os emaranhados neurofibrilares são encontrados no interior dos neurónios do cérebro, e são causados por proteínas Tau defeituosas que se aglomeram numa massa espessa e insolúvel. Isso faz com que pequenos filamentos chamados microtúbulos fiquem torcidos, perturbando o transporte de materiais essenciais, como nutrientes e organelas.

Como não temos qualquer tipo de vacina ou medida preventiva para a doença de Alzheimer - uma doença que afeta 50 milhões de pessoas em todo o mundo - tem havido uma corrida para descobrir a melhor forma de tratá-la, começando com a forma de limpar as proteínas beta-amilóide e Tau defeituosas do cérebro dos pacientes.


Agora, uma equipa do Instituto do Cérebro de Queensland, da Universidade de Queensland, desenvolveu uma solução bastante promissora. Publicando na Science Translational Medicine, a equipa descreve a técnica como a utilização de um determinado tipo de ultra-som chamado de ultra-som de foco terapêutico, que envia feixes feixes de ondas sonoras para o tecido cerebral de forma não invasiva.

Por oscilarem de forma super-rápida, estas ondas sonoras são capazes de abrir suavemente a barreira hemato-encefálica, que é uma camada que protege o cérebro contra bactérias, e estimular as células microgliais do cérebro a moverem-se. As células da microglila são basicamente resíduos de remoção de células, sendo capazes de limpar os aglomerados de beta-amilóide tóxicos.

Os pesquisadores relataram um restauro total das memórias em 75 por cento dos ratos que serviram de cobaias para os testes, havendo zero danos ao tecido cerebral circundante. Eles descobriram que os ratos tratados apresentavam melhor desempenho em três tarefas de memória - um labirinto, um teste para levá-los a reconhecer novos objetos e um para levá-los a relembrar lugares que deviam evitar.
http://www.ciencia-online.net/2015/03/tratamento-do-alzheimer-restaura-memoria.html?m=1

A escolarização do aluno com síndrome de Down

VERA LÚCIA CAPELLINI - ESPECIAL PARA O ESTADO DE S. PAULO


Conviver com pessoas de diferentes origens favorece o desenvolvimento

A síndrome de Down (trissomia 21), descrita pelo médico inglês John Langdon Down, em 1866, é um acidente genético ocorrido, em 95% dos casos, no momento da concepção. Ou seja, é uma condição causada por um cromossomo extra no par 20. Dia 21 de março foi escolhido o Dia Internacional da Síndrome de Down porque os números 21/3 (ou 3-21) fazem alusão a essa trissomia 21.
O convívio com uma realidade diferente faz com que as crianças respeitem e acolham os colegas especiais
O convívio com uma realidade diferente faz com que as crianças respeitem e acolham os colegas especiais
Em 1959, Jerôme Lejeune descobriu que a causa da síndrome era genética. Mulheres com mais de 35 anos têm maior probabilidade de gestar um bebê com alterações cromossômicas como o Down. Os alunos com esta síndrome têm características físicas parecidas, apresentam deficiência intelectual e podem ser acometidos por algumas doenças. Todavia, cada indivíduo com Down ou não é único. Quase sempre a gravidade dos sintomas é inversamente proporcional ao estímulo ofertado durante a infância.
Onde deve estudar um aluno com Síndrome de Down? Não há uma resposta única, pois a legislação brasileira prevê a escolarização na classe comum, bem como em escolas especiais. Entretanto, as evidências científicas apontam que o ambiente mais adequado para a escolarização do aluno com síndrome de Down é a classe comum.
A inclusão escolar de alunos com deficiência, adolescentes e adultos segregados por diversos anos, não é sempre tranquila. A conjuntura brasileira nem sempre favorece que a legislação se materialize a contento no cotidiano escolar. Contudo, a literatura aponta que o início da escolarização na classe comum, desde a educação infantil, tem sido mais efetiva. Visto que aprendemos na interação com o outro.
O aluno com síndrome de Down de 20 anos atrás era menos inteligente que o aluno com a mesma síndrome hoje? Não. É que ao aluno atual é dado oportunidade de aprendizagem, de acessar os conhecimentos produzidos pela humanidade. Antes a eles era apenas atribuído treinamento de habilidades de vida diária, pois eram rotulados como não educáveis. No contexto atual existem pessoas com síndrome de Down na universidade.
A educação é instrumento por excelência de emancipação das pessoas. Isso não é diferente para alunos com síndrome de Down. Além de transmitir conhecimentos acadêmicos, a escolarização é uma etapa fundamental no desenvolvimento integral do ser humano. Conviver com pessoas de diferentes origens e formações em uma escola comum, com uma perspectiva inclusiva, favorece o desenvolvimento pleno de todas as capacidades das pessoas com síndrome de Down.
Mais informações:
MENDES, E. G. Inclusão marco zero: começando pelas creches. Araraquara: Junqueira & Marin, 2010.
http://www.movimentodown.org.br/educacao/educacao-e-sindrome-de-down/
http://www.federacaodown.org.br/portal/
Vera Lúcia Messias Fialho Capellini é professor adjunto do Departamento de Educação da Faculdade de Ciências da Unesp de Bauru

quarta-feira, 25 de março de 2015

Sem carro e sem asfalto, mãe de três cadeirantes sofre para tirá-los de casa

Família mora em rua íngreme, cheia de buracos e pedras, no norte do PR.
Para transportar os filhos, mãe enfrenta ladeira e barro a pé, 'no braço'.

Erick GimenesDo G1 PR
Aparecida empurra a cadeira de um dos filhos, Anderson (Foto: Erick Gimenes/G1)Aparecida Mendes empurra a cadeira de um dos filhos, Anderson (Foto: Erick Gimenes/G1)












É difícil chegar ao casebre da dona de casa Aparecida Mendes, em Paiçandu, no norte do Paraná. O carro se bate todo, as rodas se enfiam em buracos enormes, a poeira vermelha sobe e sufoca. Se já é difícil de carro, imagine empurrar cadeiras de rodas neste terreno acidentado. Mãe de três adolescentes cadeirantes, Aparecida sequer tem veículo para encarar a ladeira de terra, vizinha a uma linha de trem desativada e a uma penitenciária estadual.
Para levar os meninos a algum lugar, vai a pé mesmo, "no braço". As cadeiras saem aos solavancos da casa e, com dona Aparecida na condução, brigam com as muitas pedras esparramadas pelo caminho. Não é raro quando as rodas enroscam e causam pequenos acidentes. E há um detalhe: quando um dos filhos sai, o outro tem que ficar em casa.
"Eles só conseguem sair se eu paro tudo o que eu 'tô' fazendo e empurro a cadeira. Uma de cada vez, claro. Não tem outro jeito, né? Quando temos que ir até o centro, eu subo tudo isso no braço, na força mesmo. Impossível viver aqui!", diz a dona de casa, com um sorriso sem graça.
Pedro, de 13 anos, Anderson, 18, e Carlos, 19, nasceram com a mesma doença nas pernas, conforme a mãe. Ela não sabe explicar o que é, com detalhes técnicos. Diz apenas que é "um problema nos nervos". Patrícia, de 16, é a única entre os filhos que consegue se locomover normalmente.
A família mora há cerca de quatro anos na casa, alugada por R$ 380 mensais. É a penúltima antes do fim da rua e do começo de um matagal. Para facilitar a saída dos rapazes, não há muros ou portão. Dentro, nenhuma porta, com exceção do banheiro, divide um cômodo do outro.
Rotina de Anderson (foto) se resume a ir à escola e voltar. (Foto: Erick Gimenes/G1)Rotina de Anderson (foto) se resume a ir à escola e voltar. (Foto: Erick Gimenes/G1)
Quando chove, ninguém sai. Quando o sol está muito forte, todo mundo sofre. A rotina dos três irmãos se resume a ir para a escola - com o ônibus que os busca em casa - e voltar. Para chegar ao centro, se necessário, é preciso enfrentar cerca de 400 metros de ladeira e barro.
O pai dos jovens trabalha em uma empresa de limpeza, em Maringá, cidade vizinha. Não tem condição de ajudar no transporte dos meninos, porque só chega em casa para jantar e dormir, segundo dona Aparecida.
Meu trabalho é limpar a casa, fazer comida e empurrar meus filhos"
Aparecida Mendes, dona de casa
"Meu trabalho é limpar a casa, fazer a comida e empurrar meus filhos. É o que faço todo dia. Infelizmente, esta foi a única casa que consegui. Estou tentando me mudar, mas não consigo nem ter tempo para ir atrás de outra. Se é o que tem, temos que viver assim".
Sem opção de o que fazer, os meninos assistem a uma televisão velha e jogam um videogame Playstation 1 praticamente o tempo todo. "É muito ruim depender dos outros. E o pior é que a gente [os irmãos] nem consegue se ajudar. Um asfalto mudaria nossa vida aqui", comenta Anderson.
Asfalto pode demorar
Não há previsão para que a rua Otávio Pelissari, onde mora a família de dona Aparecida, seja asfaltada, segundo o secretário de Obras de Paiçandu, Renato Bariani. Há dois projetos prontos para a pavimentação, mas o começo das obras depende de liberação de verba federal, diz ele.
"Já temos os projetos e as certidões prontas. Mas, não depende de nós. Temos que aguardar a liberação do dinheiro por parte do governo federal. Acreditamos que, em 60 dias, já vamos receber uma confirmação dessa verba. O processo licitatório deve começar lá para junho, julho. Agora, quando vamos conseguir, de fato, começar o asfalto? Não dá para dizer", afirma o secretário.
Ainda conforme Bariani, oito dos 67 bairros da cidade precisam atualmente de pavimentação parcial ou total – entre eles o bairro onde a família de dona Aparecida mora. O valor previsto para estas obras é de R$ 25 milhões, diz o secretário.

'Não sou a cadeira de rodas, sou um atleta', diz Fernando Fernandes

"Fiz essas fotos, entre outras coisas, para mostrar a normalidade. Mostrar a beleza. A cadeira é a cadeira. Eu não sou uma cadeira", disse nesta terça-feira (24) o tetracampeão em paracanoagem Fernando Fernandes sobre as fotos sensuais ao lado da namorada, que causaram alvoroço na internet recentemente. O romance dele é com austríaca Victoria Schwarz, também atleta da canoagem.
"A vida sexual do cadeirante mexe com a curiosidade. Mas não é só essa. O ensaio não foi no aspecto sexual, penso em quebrar os paradigmas de quem usa cadeira de rodas. Eu não sou uma cadeira de rodas, eu uso uma para me locomover. Mas não é algo fácil de mostrar. É preciso causar um impacto."
Fernando foi o entrevistado desta terça-feira da 'TV Folha' ao vivo. Quem conversou com ele foi o colunista e repórter de 'Cotidiano' Jairo Marques.
"Como atleta, me preocupo muito com isso. O atleta paraolímpico parece fazer coisas que não possíveis para ele. A mesma coisa com o ensaio, para que não confundam deficiência física com incapacidade."
Participante do "BBB 2", Fernando se tornou cadeirante após um acidente de carro em que dirigia em alta velocidade, em 2010. De lá para cá, deixou de ser modelo, criou uma ONG e tornou-se atleta. Ele refuta o termo "paraatleta". "Por acaso você é um parajornalista? Não, você é um jornalista como qualquer outro".
Para 2016, Fernando disse planeja tentar o ouro na Paraolimpíada do Rio.
ESPORTE
A respeito da Paraolímpíada, Fernandes falou sobre ser uma das principais apostas do Brasil para o ouro.
"Quando decidi que seria um atleta de paracanoeagem, a modalidade ainda não era um esporte paraolímpico. E no Brasil não tinha nenhum lesionado medular que praticasse. Então, resolvi investir minha vida nisso."
Ele conta que, quando sofreu o acidente, tinha R$ 50 mil na conta, dinheiro que guardou durante a carreira de modelo internacional. Ele resolveu apostar na canoa, em bancar sua participação em uma competição.
"Fui crescendo com a modalidade. Ano passado enfrentei o primeiro problema, que é a classificação funcional".
Os atletas com algum tipo de deficiência são separados por níveis de mobilidade para disputar categorias diferentes dentro de uma mesma mobilidade. Fernandes pertence à classe com menor mobilidade (apenas movimento nos braços)
"Tive que enfrentar, no mundial do ano passado, na Rússia, caras que andavam, mas tão fortes como eu. Tinha gente que ia sentado em uma cadeira de rodas para fingir que não andava, só para ganhar vantagem. Foi horrível", disse, ao contar que fez reclamações formais.
"Isso me desestruturou um pouco, e o jogo sujo me fez perder o prazer. Mas as coisas andaram, e vou para o Mundial deste ano [na Itália] com foco para vencer", diz, contando que, afinal a paracanoagem lhe deu a vida de volta, incluindo a namorada.
Ele relembra que 15 dias antes do acidente, ele embarcaria para abrir um desfile da Dolce & Gabana em Milão. E que, agora, ele está voltando para lá para competir, em agosto.
BBB
"Acho que me chamam de ex-BBB nas legendas porque escrever 'atleta de paracanoagem' é muito comprido", brinca. "Antes eu me incomodava, agora não ligo mais." Fernando diz que não assiste mais ao "reality show".
ONG
Ele também falou sobre a ONG que fundou, que auxilia crianças com e sem deficiência. "Eu precisava dar um retorno depois de tudo que ganhei."
"Eu abri na raça, com dinheiro do meu bolso", conta, para ensinar o esporte. Depois de um mês apareceu patrocínio financeiro, da Caixa. "Temos que criar formas de pagar salários de quem se dedica ao projeto, temos voluntários, temos apoio da Caiaque, que doa os caiaques.
AVIÃO
Sobre os entraves para viajar de avião, Fernandes diz que o despreparo é "assustador". Contou sobre o dia em que comprou uma passagem para viajar às 20h e, já na pista, ao entrar no ônibus, foi avisado que viajaria apenas as 20h45. Que foram grosseiros dizendo que não havia o equipamento necessário, e que mesmo ele tendo autorizado que o levassem no braço, isso não seria permitido.
"Logo depois, apareceram outras pessoas do aeroporto, sendo educados, pedindo desculpas, mas avisando que o outro avião já estava apto a recebê-lo. Agradeci e fui. Então, a falta de preparo e planejamento chateia", conta.
Para ele, a Paraolimpíada pode deixar esse legado, do treinamento, de um bom atendimento ao cadeirante.
"Acessibilidade é bom senso, não custa tanto. É fácil fazer uma rampa, um banheiro mais largo", afirma. "Mas não precisamos ser chatos, só cutucar. É mostrar sempre que possível."
Fernandes diz que no resto do mundo também há problemas.
"Minha namorada é austríaca. Tudo lá é acessível, menos as lojas e restaurantes!", brinca. "Podemos andar à vontade, mas não consumir. 

Em protesto, homem empurra cadeira de rodas por 6,5 mil km até o DF

Ativista quer entregar proposta sobre acessibilidade à Câmara Legislativa.
Em passeio pela Esplanada, homem enfrenta dificuldades de locomoção.

Do G1 DF









O ativista mineiro José Geraldo Castro, conhecido como Zé do Pedal, chegou a Brasília na tarde desta terça-feira (24) empurrando uma cadeira de rodas para alertar as pessoas sobre os problemas com acessibilidade. Ele começou a cruzada em 10 de fevereiro, e de Roraima até o DF percorreu 6,5 mil quilômetros. O homem disse já ter passado por 73 países defendendo a casa.
Castro anda sempre a pé com a cadeira, com a qual testa os obstáculos pelos percursos. Ele  diz que pretende entregar uma proposta de projeto de lei sobre a questão à Câmara Legislativa doDistrito Federal.
Em um passeio pela Esplanada dos Ministérios, o homem percebe as dificuldades provocadas pela falta de rampas nas calçadas em frente à Catedral Metropolitana. Uma das únicas encontradas situa-se no Ministério da Cultura. Há outras cobertas com cimento.
"Tem passeios para todo mundo usar, menos para pessoas com deficiência", diz. Castro afirma que no país, ao contrário do que ocorre na Europa, a maioria das cidades tem problemas de acessibilidade. "Aqui é tudo igual. Lá talvez tenha 1% dos problemas que temos aqui."
Os buracos são outros problemas. "Não são só as rodovias da gente que estão em estado ruim. As calçadas também."
Para Zé do Pedal, a recompensa pela jornada vem por meio declarações de pessoas que conhece. "Eu estava no México, fui fazer uma palestra na escola e após a palestra uma crianças chegou para mim e falou assim: 'Senhor Castro, obrigado por fazer isso também por mim.' Então, é isso que te motiva."

quarta-feira, 18 de março de 2015

Dispositivo ajuda pessoas com deficiência visual a ler

https://queminova.catracalivre.com.br/tecnologia/dispositivo-ajuda-pessoas-com-deficiencia-visual-a-ler/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=dispositivo-ajuda-pessoas-com-deficiencia-visual-a-ler

Liat Negrin, israelense com deficiência visual desde a infância, entrou em uma loja de conveniência recentemente, pegou uma lata de vegetais e leu com facilidade o rótulo usando uma câmera simples e discreta acoplada aos seus óculos.
Ela tem coloboma, um defeito congênito que causa uma perfuração na estrutura do olho e atinge aproximadamente 1 em cada 10.000 pessoas, e é funcionária daOrCam, startup israelense que desenvolveu um sistema de câmera capaz de permitir que deficientes visuais sejam capazes de "ler"” com mais liberdade e facilidade.
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Até agora, os recursos para ajudar a leitura de deficientes visuais e cegos não passavam de dispositivos incômodos que reconheciam textos em ambientes controlados ou, mais recentemente, aplicativos de software em smartphones com recursos limitados.
OrCam, por outro lado, é uma câmera pequena, usada de forma muito similar ao Google Glass, que se conecta por meio de um pequeno fio ao computador compacto, desenvolvido para caber no bolso do usuário. O sistema é acoplado aos óculos do usuário com um imã e usa um alto-falante de condução óssea que garante nitidez na leitura das palavras ou objetos apontados pelo usuário.
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O sistema foi desenvolvido para reconhecer e falar "texto in-the-wild", termo utilizado para descrever artigos de jornais, números de ônibus e objetos como pontos geográficos, sinal de trânsito e rostos de amigos.
Atualmente, o dispositivo reconhece somente textos em língua inglesa. O produto está à venda no website da empresa por US$ 3.500, aproximadamente o preço de um aparelho auditivo.

A esquizofrenia na infância: Como detectar a esquizofrenia nas crianças

Como detectar a esquizofrenia em crianças.
A esquizofrenia é uma enfermidade médica que causa pensamentos e sentimentos estranhos e um comportamento pouco usual. É uma enfermidade psiquiátrica pouco comum em crianças, e é muito difícil ser reconhecida em suas primeiras etapas. O comportamento de crianças e adolescentes com esquizofrenia pode diferir dos adultos com a mesma enfermidade.
É uma desordem cerebral que deteriora a capacidade das pessoas para pensar, dominar suas emoções, tomar decisões e relacionar-se com os demais. É uma enfermidade crônica e complexa que não afeta por igual a quem sofre dela.
Estimativas da esquizofrenia
A esquizofrenia é uma enfermidade mental que afeta menos de 1% da população mundial, com independência de raças, civilizações e culturas. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), afeta uns 52 milhões de pessoas em todo o mundo.
No Brasil, estima-se que 1,8 milhão de pessoas são afetadas por esta doença.
Como detectar a esquizofrenia nas crianças?
As esquizofrenias que aparecem antes dos 5 anos, têm traços extremamente comuns ao autismo, e somente com uma evolução posterior, com o aparecimento de sintomas psicóticos, propriamente ditos, permitirá um diagnóstico certo. Antes dos 3 anos, o diagnóstico diferencial é muito improvável.
É praticamente impossível distinguir uma esquizofrenia de um autismo. Somente ficará esclarecido com o passar do tempo. A partir dos 5 anos o diagnóstico diferencial vai-se esclarecendo com a presença de sintomas psicóticos (alucinações, delírios) na esquizofrenia.
Mas pode-se notar alguns sinais de alerta nas crianças com esquizofrenia. O comportamento de uma criança pode mudar lentamente com o passar do tempo. Por exemplo, as crianças que desfrutavam, relacionando-se com outros, podem começar a ficar tímidas e retraídas, com se vivessem em seu próprio mundo. Às vezes começam a falar de medos e ideias estranhas. Podem começar a ficar obstinados pelos pais e a dizer coisas que não fazem muito sentido. Os professores podem ser os primeiros a perceberem esses problemas.
A esquizofrenia é hereditária?
Se na família houve outros antecedentes familiares de esquizofrenia, pode ser hereditária, mas numa porcentagem relativamente baixa (não supera os 25% de possibilidades), mas se a esquizofrenia desencadeou por fatores de estresse ambiental, ou por outras causas que não são genéticas, não há razão para herdá-la.
O que se deve fazer?
As crianças com esses problemas e sintomas devem passar por uma avaliação integral. Geralmente, essas crianças necessitam de um plano de tratamento que envolva outros profissionais. Uma combinação de medicamentos e terapia individual, terapia familiar e programas especializados (escolas, atividades, etc.) são frequentemente necessários. Os medicamentos psiquiátricos podem ser úteis para tratar de muitos dos sintomas e problemas identificados. Estes medicamentos requerem a supervisão cuidadosa de um psiquiatra de crianças e adolescentes.
Formas de esquizofrenia
Nem todas as esquizofrenias são iguais, nem evoluem da mesma maneira. Uma vez realizado o diagnóstico, os profissionais as dividem em quatro:
- PARANÓIDE: É a mais frequente. Caracteriza-se por um predomínio dos delírios sobre o resto dos sintomas, em particular, delírios relativos a perseguição ou suposto dano de outras pessoas ou instituições para o paciente. O doente está desconfiado, inclusive irritado, evita a companhia, olha de relance e com frequência não come. Quando é questionado, dá respostas evasivas. Podem acontecer alucinações, o que gera muita angústia e temor.
- CATATÔNICA: É muito mais rara que a forma anterior, e se caracteriza por alterações motoras, seja por uma imobilidade persistente e sem motivo aparente ou agitação. Um sintoma tipico é a chamada obediência automática, segundo a qual o paciente obedece cegamente todas as ordens simples que recebe.
- HEBEFRÊNICA: É menos frequente, e ainda que também podem dar-se a idéias falsas ou delirantes, o fundamental pode aparecer ants que a paranóide e é muito mais grave, com pior resposta à medicação e evolução mais lenta e negativa.
- INDIFERENCIADA: Este diagnóstico se aplica àqueles casos que sendo verdadeiras esquizofrenias não reúnem as condições de nenhuma das formas anteriores. Pode-se utilizar como uma “gaveta de alfaiate” em que se inclui aqueles pacientes impossíveis de serem definidos.
Tratamento da esquizofrenia
O tratamento dos processos esquizofrênicos podem ficar reservados para o psiquiatra. Requer o emprego de medicamentos difíceis de empregar, tanto pela limitação dos seus efeitos como pela quantidade de reações adversas que podem provocar. Em geral, os sintomas psicóticos antes citados, correspondem a dois grandes grupos:
 Sintomas “positivos”, ou produtivos. Refere-se a condutas ou modos de pensamento que aparecem na crise psicótica, em forma auditiva (novas condutas se somam às existentes). São os delírios e as alucinações, fundamentalmente. Neste caso, a palavra “positivo” não tem conotações favoráveis; significa simplesmente que “algo se soma ou se acrescenta”, e esse “algo” (delírios, alucinações) não é, em absoluto, nada bom.
- Sintomas “negativos”, ou próprios da deterioração: diminuição das capacidades com o aparecimento de sinais de fraqueza e debilidade. Distúrbios psíquicos, perda de ânimo afetivo, dificuldade nas relações interpessoais, incapacidade para trabalhar, etc. São ao principais sintomas negativos.
Pois bem, os tratamentos básicos antipsicóticos (neurolépticos, eletrochoque) podem atuar mais ou menos sobre os “sintomas positivos”. Mas não temos nada que atue de forma brilhante sobre os “negativos”. Somente o emprego de alguns neurolépticos concretos ou de antidepressivos, a doses baixas, pode ser de alguma ajuda. Seu manejo exige muitíssimo cuidado, pois podem reativar uma fase aguda da esquizofrenia. O eletrochoque se reserva para os casos de baixa resposta aos neurolépticos, ou para quadros muito desorganizados com riscos físicos para o paciente (condutas auto-agressivas, por exemplo). Sua utilidade é na fase ativa, e somente para os sintomas “positivos”.
Fontes:
– American Academy of Child and Adolescent Psychiatry (AACAP)