
sábado, 12 de outubro de 2013
Padrão de calçadas em Campinas passará por alterações
Cidade poderá adotar modelo de São José dos Campos, com blocos intertravados e concreto
11/10/2013 - 06h30 | Maria Teresa Costa
teresa@rac.com.br
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As calçadas de Campinas serão trocadas para garantir segurança e conforto para todos os pedestres, principalmente idosos e pessoas com deficiência. A Prefeitura pesquisa experiências de outros municípios para elaborar uma legislação que padronize o piso em toda a cidade.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Samuel Rossilho, disse que o modelo de São José dos Campos é o mais interessante e possivelmente Campinas irá adotá-lo, por meio de lei, para que todos os proprietários de imóveis sigam a padronização. Nesse contexto, o mosaico português, que reveste as calçadas na região central, será aposentado.
A secretária Emmanuelle Alkmin Leão, da Secretaria de Direitos da Pessoa com Deficiência, está sendo a principal motivadora de um programa que garanta a total acessibilidade das calçadas.
Em São José, a Prefeitura criou em 2007 o Programa Calçada Segura, com normas que valem para todos os imóveis, para que as adequações ocorram até 2015. A cidade adotou como padrão os blocos intertravados, concreto moldado in loco, concreto estampado, placas de concreto e grama. Na maioria dos lugares, o piso do passeio público pode ser em concreto.
A calçada com blocos intertravados ou placas de concreto só é obrigatória no setor central e nos grandes corredores comerciais. Em aproximadamente 80% dos casos, a construção pode ser com concreto e o serviço pode ser feito por um pedreiro ou até mesmo pelo próprio morador.
Para ter a adesão da comunidade, foram realizadas campanhas, com vídeos explicativos, comerciais na TV, informações no site da prefeitura e foi criado um número de telefone especial para tratar do assunto. Um grupo de agentes, escolhidos entre idosos, também foi à rua alertar sobre os riscos de calçadas malconservadas.
Multa
Feitas as visitas, orientações e avisos, os moradores entram na execução. A contratação de mão de obra e materiais foi facilitada pela rede de parcerias formada pela Prefeitura. O custo médio em São José dos Campos ficou entre R$ 90,00 e R$ 140,00 o m2 para o pavimento intertravado e R$ 20,00 a R$ 40,00 o m2 para o concreto moldado no local. Quando há resistência em respeitar a nova lei, os moradores são notificados e multados.
Rossilho acredita que um projeto como esse terá a adesão da cidade e que a Prefeitura poderá, inclusive, reverter em calçadas as contrapartidas acordadas nos termos de ajustamento de conduta.
“Estamos estudando a melhor forma de fazer isso”, afirmou. O mosaico português, que foi padrão das calçadas de Campinas, não estará mais na lista dos materiais possíveis para os passeios, segundo Rossilho, por causa do alto custo de instalação e manutenção.
“Queremos um material mais barato, acessível a todos. O piso intertravado, por exemplo, custa entre R$ 80,00 e R$ 100,00 o metro linear instalado”, afirmou.
Em Campinas, o Código de Obras e Urbanismo definiu em 1992 que as calçadas seriam em mosaico tipo português, com desenhos padronizados pela Prefeitura, e obedeceriam ao mesmo padrão para o quarteirão. A legislação estabeleceu que na periferia da cidade seria permitida a construção de passeios de concreto, que obedeceriam a normas determinadas.
Lei de 1996 ampliou as possibilidades do pavimento, permitindo que o passeio seja feito de mosaico português, concreto ou gramado, mas com restrições em algumas avenidas.
Fratura A aposentada Aparecida de Campos, que utiliza uma bengala para poder ter segurança ao andar — ela sofreu uma fratura de fêmur recentemente — sabe bem o risco que as calçadas representam. Os buracos e os desníveis são os principais problemas para ela. “É difícil garantir o equilíbrio e elas precisam ser reformadas com urgência. Eu tenho muito medo de cair”, disse.
A desempregada Regina Aparecida Pereira, que usa cadeira de rodas para se locomover, também enfrenta problemas para circular pela cidade. Além dos buracos e dos desníveis, as calçadas no Centro são estreitas e com muitos obstáculos pelo caminho que acabam impedindo a passagem da cadeira de rodas. “As calçadas não foram feitas para cadeirantes”, afirmou.
A insatisfação com o estado de conservação das calçadas chega também a Jéssica Amanda Pereira, mãe de um bebê recém-nascido e que está sentindo dificuldades para circular com o carrinho de bebê nas calçadas. “Eu já criticava bastante o calçamento, porque falta manutenção, mas agora com o carrinho, estou vendo o quanto está ruim. Eu fico com o braço dolorido para segurar o carrinho e evitar os trancos por causa dos buracos”, disse.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Samuel Rossilho, disse que o modelo de São José dos Campos é o mais interessante e possivelmente Campinas irá adotá-lo, por meio de lei, para que todos os proprietários de imóveis sigam a padronização. Nesse contexto, o mosaico português, que reveste as calçadas na região central, será aposentado.
A secretária Emmanuelle Alkmin Leão, da Secretaria de Direitos da Pessoa com Deficiência, está sendo a principal motivadora de um programa que garanta a total acessibilidade das calçadas.
Em São José, a Prefeitura criou em 2007 o Programa Calçada Segura, com normas que valem para todos os imóveis, para que as adequações ocorram até 2015. A cidade adotou como padrão os blocos intertravados, concreto moldado in loco, concreto estampado, placas de concreto e grama. Na maioria dos lugares, o piso do passeio público pode ser em concreto.
A calçada com blocos intertravados ou placas de concreto só é obrigatória no setor central e nos grandes corredores comerciais. Em aproximadamente 80% dos casos, a construção pode ser com concreto e o serviço pode ser feito por um pedreiro ou até mesmo pelo próprio morador.
Para ter a adesão da comunidade, foram realizadas campanhas, com vídeos explicativos, comerciais na TV, informações no site da prefeitura e foi criado um número de telefone especial para tratar do assunto. Um grupo de agentes, escolhidos entre idosos, também foi à rua alertar sobre os riscos de calçadas malconservadas.
Multa
Feitas as visitas, orientações e avisos, os moradores entram na execução. A contratação de mão de obra e materiais foi facilitada pela rede de parcerias formada pela Prefeitura. O custo médio em São José dos Campos ficou entre R$ 90,00 e R$ 140,00 o m2 para o pavimento intertravado e R$ 20,00 a R$ 40,00 o m2 para o concreto moldado no local. Quando há resistência em respeitar a nova lei, os moradores são notificados e multados.
Rossilho acredita que um projeto como esse terá a adesão da cidade e que a Prefeitura poderá, inclusive, reverter em calçadas as contrapartidas acordadas nos termos de ajustamento de conduta.
“Estamos estudando a melhor forma de fazer isso”, afirmou. O mosaico português, que foi padrão das calçadas de Campinas, não estará mais na lista dos materiais possíveis para os passeios, segundo Rossilho, por causa do alto custo de instalação e manutenção.
“Queremos um material mais barato, acessível a todos. O piso intertravado, por exemplo, custa entre R$ 80,00 e R$ 100,00 o metro linear instalado”, afirmou.
Em Campinas, o Código de Obras e Urbanismo definiu em 1992 que as calçadas seriam em mosaico tipo português, com desenhos padronizados pela Prefeitura, e obedeceriam ao mesmo padrão para o quarteirão. A legislação estabeleceu que na periferia da cidade seria permitida a construção de passeios de concreto, que obedeceriam a normas determinadas.
Lei de 1996 ampliou as possibilidades do pavimento, permitindo que o passeio seja feito de mosaico português, concreto ou gramado, mas com restrições em algumas avenidas.
Fratura A aposentada Aparecida de Campos, que utiliza uma bengala para poder ter segurança ao andar — ela sofreu uma fratura de fêmur recentemente — sabe bem o risco que as calçadas representam. Os buracos e os desníveis são os principais problemas para ela. “É difícil garantir o equilíbrio e elas precisam ser reformadas com urgência. Eu tenho muito medo de cair”, disse.
A desempregada Regina Aparecida Pereira, que usa cadeira de rodas para se locomover, também enfrenta problemas para circular pela cidade. Além dos buracos e dos desníveis, as calçadas no Centro são estreitas e com muitos obstáculos pelo caminho que acabam impedindo a passagem da cadeira de rodas. “As calçadas não foram feitas para cadeirantes”, afirmou.
A insatisfação com o estado de conservação das calçadas chega também a Jéssica Amanda Pereira, mãe de um bebê recém-nascido e que está sentindo dificuldades para circular com o carrinho de bebê nas calçadas. “Eu já criticava bastante o calçamento, porque falta manutenção, mas agora com o carrinho, estou vendo o quanto está ruim. Eu fico com o braço dolorido para segurar o carrinho e evitar os trancos por causa dos buracos”, disse.
Crianças cegas ganharão brinquedos socioeducativos no Dia das Crianças
Publicado em sábado, 12 de outubro de 2013 por Fernanda Zago
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Brinquedos estão sendo produzidos pelos pais e pelas próprias crianças, no Espaço de Convivência da instituição, por meio do Projeto “Coisa de Mãe”.
Até o dia 11 de outubro, a Laramara –Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual celebrará o Dia das Crianças com a entrega de mais de 240 brinquedos e jogos adaptados para crianças e jovens cegos e com baixa visão. Esses brinquedos estão sendo produzidos pelos pais e pelas próprias crianças, no Espaço de Convivência da instituição, por meio do Projeto “Coisa de Mãe”.
A iniciativa está em seu segundo ano e conta com a orientação de especialistas da Laramara para confecção artesanal de brinquedos. Paralelamente, os familiares dos pequenos aprendem, durante os atendimentos, a importância destes materiais e das brincadeiras na aprendizagem e no desenvolvimento de seus filhos.
O projeto conta, ainda, com a utilização do livro Brincar para Todos, disponibilizado gratuitamente para os pais da instituição. Este livro, escrito pela pedagoga e presidente da Associação, Mara O. Campos Siaulys, ensina pais e educadores a confeccionarem 109 brinquedos, como brincar com eles e quais as competências que cada um deles traz para a educação das crianças.
Como explica Mara Siaulys, “todas as crianças, independentemente de suas diferenças, têm o direito e a necessidade vital de brincar, mas é necessário que todos se preocupem em garantir a elas as oportunidades para que tal aconteça”.
Fonte: Vida mais Livre
Empresário surdo vence timidez e disputa prêmio nos EUA
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/10/1354994-empresario-surdo-vence-timidez-e-disputa-premio-nos-eua.shtml
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FELIPE GUTIERREZ
ENVIADO ESPECIAL A BERKLEY (EUA)
ENVIADO ESPECIAL A BERKLEY (EUA)
O estudante de engenharia mecânica Thierry Cintra Marcondes, 25, fundador da Lux Sensor, encara os interlocutores fixamente em uma conversa. Surdo de nascença, ele tem cerca de 25% de audição, e precisa ler os lábios das pessoas com quem fala. "Se a pessoa olhar para o lado, eu não vou entender", explica.
A empresa dele, uma start-up (empresa iniciante de tecnologia) que tem pouco mais de um ano, foi a única representante brasileira em um desafio internacional de tecnologia promovido pela gigante Intel nesta semana em Berkeley (EUA). No mundo inteiro, foram 18 mil inscrições; na América Latina, mais de 1.000, e, no Brasil, 98.
Divulgação | ||
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Da esq. para dir., Wellington de Souza, Thierry Marcondes e Welder Alves, sócios da Lux Sensor |
Marcondes aprendeu a ler lábios ainda criança, mas diz que, quando mais jovem, era muito tímido e tinha vergonha de se comunicar.
Em uma viagem ao Reino Unido, onde a mãe, professora de biologia da Unicamp, foi fazer pós-doutorado, decidiu que, mesmo com a dificuldade para entender o que as pessoas dizem, "a vida é muito curta para ser tímido".
No dia a dia de empreendedor, situações como apresentação em frente a uma plateia, conversas com investidores e busca por clientes não permitem timidez, e Marcondes toma a palavra sempre que tem oportunidade.
"Algumas empresas não usam videoconferência, outras não têm paciência. Também é difícil negociar em ambientes escuros ou com pessoas que não articulam bem as palavras. Nessas situações todas eu busco ser mais objetivo, mas tem sido bastante desafiador", conta.
EMPRESA
A Lux Sensor nasceu dentro da Unicamp --das cinco pessoas que estão hoje na empresa, quatro ainda estudam lá e uma já se formou.
No ano passado, eles se juntaram para participar de uma competição de alunos da universidade. E nesse tempo vieram desenvolvendo o protótipo do produto deles.
Trata-se de um sensor para verificar se a gasolina que está sendo colocada no carro foi adulterada.
Wellington de Souza, estudante de engenharia elétrica que está na equipe, diz que o problema de combustível adulterado é algo típico dos países em desenvolvimento e por isso eles pensaram em uma solução para isso.
Para o responsável pelo braço latino-americano do concurso, Fernando Martínez, a Lux Sensor tem potencial. E não economiza elogios à Marcondes: "Ele atingiu muito, apesar da dificuldade para ouvir. Não é nem um pouco tímido, é articulado, fala inglês e espanhol fluentemente. Eu o acho incrível".
VENCEDORES
Mas a boa vontade de Martínez não garantiu o prêmio à empresa brasileira.
O prêmio de US$ 50 mil foi para a chilena Mobile Monitoring Station. Ela desenvolveu uma jaqueta que vem acoplada com sensores para mensurar dados de saúde de mineradores e do ambiente de trabalho deles.
Segundo o diretor-executivo da empresa, Maurício Contreras, 28, há um problema sério de silicose entre os trabalhadores desse setor -partículas de poeira se alojam no pulmão das pessoas, que começam a ter problemas respiratórios.
Outro cofundador da empresa, Jorge Morales, 28, diz que o intuito da peça de roupa com sensores acoplados que enviam dados a um smartphone próximo é que os trabalhadores tenham vontade de usar.
Quem paga pelo produto, no entanto, não é quem usa a roupa, mas a empresa, que, pelo menos teoricamente, não quer que o funcionário tenha complicações de saúde decorrente do trabalho.
O jornalista FELIPE GUTIERREZ viajou a convite da Intel
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