terça-feira, 8 de abril de 2014

O QUE É TRANSTONO FUNCIONAL??

O QUE É TRANSTONO FUNCIONAL??

Entende-se por Transtornos Funcionais Específicos as dificuldades de aprendizagem e/ou de comportamento em decorrência do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade - TDAH, Dislexia, Dislalia, Disgrafia, Discalculia, Disortografia, Transtorno de Conduta e Distúrbio do Processamento Auditivo Central – DPAC.

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João e Maria em libras


Um garoto com uma rara síndrome e um cão de três patas encontram, um no outro, a força para a superação




 Confira essa linda história aqui: http://goo.gl/589HW4

Any Fischer, 5 anos, mora em Brasília e tem um tipo de epilepsia rara.

Any Fischer, 5 anos, mora em Brasília e tem um tipo de epilepsia rara. As convulsões melhoraram depois que ela tomou um medicamento ilegal no Brasil, derivado da maconha. Sua mãe enfrentou a burocracia e conseguiu a liberação do remédio na justiça.
Conheça essa história comovente aqui: http://migre.me/iDQxk

CONHEÇA O FILME AQUI:Hoje eu quero voltar sozinho



 No próximo dia 10 estreia o premiado filme Hoje Eu Quero Voltar Sozinho. Na trama, o adolescente Leo, que é cego, tenta fugir da superproteção da mãe e tem uma grande amizade com Giovana. Ao conhecer Gabriel, que acabou de entrar em sua escola, o rapaz descobre sentimentos que até então desconhecia e muda sua visão do mundo.
CONHEÇA O FILME AQUI: http://www.hojeeuquerovoltarsozinho.com.br/

Voltado para inclusão social, "Programa Especial" completa dez anos

Há pouco mais de dez anos, a jornalista Maria Léa trabalhava no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e buscava informações sobre a síndrome de Down (alteração genética causada por um erro na divisão celular durante a divisão embrionária), para entender e ajudar melhor seu filho, que recebeu o diagnóstico, mas não encontrava.

Percebendo a necessidade urgente de falar mais sobre isso, ela procurou a produtora No Ar Comunicação com a ideia de um programa. Nascia aí o “Programa Especial”, dedicado à inclusão social de pessoas com deficiência. Desde o dia 9 de março de 2004, ele vai ao ar semanalmente na TV Brasil e fala de mercado de trabalho, lazer, tratamentos, esporte, saúde, entre outros assuntos.

“Concordei plenamente com a ideia da Maria. Fizemos toda a concepção do programa, com o diferencial de mostrar a pessoa com deficiência não como um coitadinho ou super-herói, mas como um cidadão que precisa de respeito. A questão da deficiência é tratada, mas a pessoa está em primeiro lugar”, lembra Ângela Reiniger, diretora da produtora e do programa.

Segundo Ângela, antes da estreia, as pessoas “não levavam muita fé” e achavam um tema estranho para ser debatido. “Mas, uma vez que o programa mostrou uma visão positiva e séria do assunto, a repercussão foi muito boa, tanto na imprensa quando com o público”, conta. 

Em março de 2014, além dos dez anos de vida do programa, eles têm outros motivo para comemorar: o Dia Internacional da Síndrome de Down, lembrado nesta sexta-feira (21/03) e que existe desde 2006, é um dos indicativos de que o assunto ganhou espaço e atenção, trazendo informações e ajudando a diminuir o preconceito.

A novidade é que a atração inicia uma nova etapa com a preparação de um quadro com foco em crianças e a busca maior pelo espectador que não tem relação com a questão da deficiência, mas acha interessante a abordagem inclusiva do programa. 

Equipe especial
São três apresentadores-repórteres: Juliana Oliveira e José Pacheco, cadeirantes, e Fernanda Honorato, até onde se sabe a primeira e única repórter com síndrome de Down do mundo. "Eles servem tanto como ‘espelho’ para outras pessoas com deficiência, como para aquelas que não têm relação com a questão e possam ver com mais naturalidade este assunto", afirma Ângela.
Crédito:Divulgação
Juliana, Fernanda e Pacheco, equipe do Programa Especial, que vai ao ar aos sábados às 10h30
Juliana Oliveira

"Foi depois da cadeira que me formei, fiz mestrado, fui morar sozinha, casei, tive dois filhos e virei apresentadora."

Além da necessidade da informação, havia um anseio grande de ver pessoas com deficiências representadas na TV. A primeira integrante do programa veio dessa busca. “Eles foram pedir indicações no Centro de Vida Independente (CVI) onde faço as minhas adaptações para comer, escovar o dente... Fiquei lisonjeada com a indicação”, lembra Juliana Oliveira, sobre o convite para os testes do programa piloto em 2002. Dois anos depois, ela foi chamada para a estreia. 

Juliana ficou tetraplégica em acidente de carro em 1997, quando ia do Rio de Janeiro para a Bahia. Um pneu de caminhão se soltou na estrada e bateu no seu veículo. “Fiquei um tempão sem me mexer e muitos meses internada. Fui retomando as minhas coisas aos pouquinhos. Hoje estou estagnada, equilíbrio o tronco e tenho alguns movimentos de braço”, conta. 
Crédito:Dilvulgação
Juliana está no programa desde o início



Formada em publicidade e com mestrado em administração, no começo lembra que sentiu timidez com as câmeras. “Depois percebi que o que a TV Brasil estava procurando era naturalidade, comecei a ser eu mesma, natural, não me preocupando tanto com a função apresentadora. E aprendi na prática”, explica ela, que apresenta o programa e faz entrevistas no estúdio.
Para Juliana, o programa abriu portas para falar de deficiências com respeito. “Toda vez que a gente via nas novelas, nos jornais, era sempre muito piedoso, muito triste. Claro que é importante denunciar, mostrar que coisas ruins acontecem, mas o programa veio suprir o mostrar a deficiência como uma naturalidade. Tem dificuldades? Tem. Mas mostrar só a deficiência é pouco. Dá para ser feliz? Dá”, afirma.

Prova disso é o reconhecimento e a abordagem de espectadores que não têm deficiências. “Mostra que a gente já vive num país em que as pessoas são mais solidárias, se preocupam com a causa dos outros. Me sinto muito orgulhosa e honrada de fazer parte disso”, diz.

José Luiz Pacheco

"Há 28 anos a palavra acessibilidade não existia"

Pacheco chegou ao "Programa Especial" como entrevistado por ter sido o primeiro cadeirante a participar do Rally dos Sertões, em 2006. Ângela achou que ele levava jeito para a comunicação e o convidou para cobrir a licença-gravidez de Juliana. Em seguida, ele começou a fazer matérias sobre aventuras. E não parou mais. “Sempre tive espírito de aventura. Fui surfista, quando criança ia para lugares distantes de bicicleta, minha mãe nem sabia... [risos]. O programa só me possibilitou fazer ainda mais”, conta ele, que já pulou de parapente na Gávea, esquiou na neve e na água, abraçou turbarão, fez tirolesa, rapel, entre outras atividades em reportagens radicais.
Zé caiu do telhado em 1986 quando tentava pegar uma bolinha de tênis. Ele quebrou a coluna e morou um ano em um centro de reabilitação. "Há 28 anos nada era adaptado, não existia um lugar com rampa no país. A pessoa com deficiência era totalmente excluída. Isso me incomodava, mas eu me adaptei ao mundo da maneira que ele era”, recorda.
Crédito:Divulgação
Pacheco: "Não queria ver a vida passar"

Formado em design gráfico, Pacheco ressalta que a cadeira de rodas nunca o impediu de fazer nada, apenas deu novas e mais possibilidades. “Decidi que não ia deixar a vida passar, mas ia à luta. E percebi que poderia usar minha imagem para passar para as pessoas a consciência de que a acessibilidade cria um mundo mais humano para as pessoas”, declara.

Apesar de todas as dificuldades, ele afirma que não sabe como seria a vida sem a cadeira de rodas. “Tudo que eu fiz hoje foi graças a estar nela. A cadeira veio agregar, não tirar nada de mim”, explica.

Além da vontade de ir à luta, sua grande motivação foi a filha, que tinha um ano à época do acidente. “Ela foi a luz no fim do túnel para enfrentar tudo. Por ela estou aqui”, diz.

Fernanda Honorato

"O mais marcante é que acreditaram em mim"
Um pouco depois de Pacheco, Fernanda Honorato também chegou ao programa após ser entrevistada. “Fiz um teste e passei. Foi uma experiência muito gostosa. Meus pais nunca podiam imaginar que eu seria repórter”, conta ela, que tem síndrome de Down.

Se os pais não podiam imaginar, ela podia – e sonhava com isso. Curiosa e com gosto por acompanhar os jornais e “ver o que acontece mundo afora”, desde pequena Fernanda brincava de ser repórter com a família, entrevistava todo mundo e imitava Marília Gabriela. “Adoro ela. Sou louca para conversar com ela”, diz. E os planos não param por aí. Ela quer entrevistar os atores Tony Ramos, Murilo Benício, Glória Pires e Giovanna Antonelli. “E conhecer a Fátima Bernardes”, acrescenta.
Crédito:Divulgação
Fernanda faz "mil e uma coisas"

Mas nem só de reportagens vive Fernanda. Ela também é atleta das paraolimpíadas do Brasil, faz dança cigana, é rainha de bateria da Embaixadores da Alegria, escola de samba que abre o desfile das campeãs no Rio de Janeiro, está escrevendo um livro sobre a sua vida e pretende fazer um teste para ser atriz. “Sou assim, gosto de fazer coisas que ligam as pessoas com e sem deficiência, de igual para igual. Não consigo ficar parada”, afirma. 

Fernanda já sofreu preconceito quando era pequena (fase que não gosta de lembrar), mas hoje não mais. “Só queremos o nosso espaço. O programa é muito importante, serve de direção para muita gente, pode ajudar a diminuir o preconceito”, defende.

Para ela, o mais marcante de participar da atração é a confiança e a oportunidade que recebeu para aprender e se desenvolver como profissional. “Eu amo demais o programa, às vezes, quando estou em casa sinto falta de fazer reportagens. Já faz parte de mim. Se hoje sou o que sou, devo muito ao "Programa Especial" e à TV Brasil”. “Eles acreditaram em mim”, declara. 

http://www.portalimprensa.com.br/noticias/ultimas_noticias/64725/voltado+para+inclusao+social+programa+especial+completa+dez+anos