quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Repórter em Ação: pai descobre remédio para tentar salvar a vida do filho

Acompanhe a história emocionante do pai que não perdeu a esperança. Seu filho foi diagnosticado com um doença incurável, mas ele não desistiu e foi em busca de um remédio para reduzir os sintomas. Acompanhe na reportagem de Raul Dias Filho, no Repórter em Ação desta quinta (21) e descubra como está o jovem Vitinho hoje.

http://entretenimento.r7.com/programa-da-tarde/video/reporter-em-acao-pai-descobre-remedio-para-tentar-salvar-a-vida-do-filho-512682db92bb3bfd63dc9ac6/


Ken Robinson: Escolas matam a criatividade? [completo, legendado português]

Alteração da entrevista com a ÓTV.Aguardemeee!!!!

      Houve alteração da entrevista realizada pela ÓTV, com o Futuro Está Aqui,por motivo de organização interna pela produção do programa.
    Aguardem próxima quinta-feira dia 28\02\2013 ás 21:30 horas.

Futuro Está Aqui na OTV,hoje,9 30 h.Assistam.


   Obaaaaaaaaa!!!Futuro Está Aqui, estará hoje ás 21: 30 h na ÓTV. E também discorrendo sobre a ADFP com assuntos pertinentes ao Movimento Inclusivo Mauro Nardine.
  Gratos pela oportunidade, equipe RPC,  simpático apresentador Jairo Nascimento e  produtora, Ariane Silva Ducati. Assista ao vivo www.otv.tv.br


As vezes precisa desenhar!!!

A Semana de Apoio aos Pacientes com Doenças Raras

O avanço do autismo

O psiquiatra norte-americano James McCracken, especialista em saúde mental na infância, explica o aumento no índice de autismo e alerta para a importância do diagnóstico precoce

Gazeta do Povo


Shutterstock /
O número de crianças diagnosticadas com autismo cresceu tanto nos últimos anos que preocupa especialistas. Du­­rante décadas a crença era de que o distúrbio atingisse 1 em cada 2,5 mil crianças, mas entre 1993 e 2003 o índice subiu 657%, segundo o Depar­­tamento de Educação Americano.
Em 2008, de acordo com pesquisa dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, nos Estados Unidos, uma em cada 88 crianças americanas sofriam do distúrbio. Segundo o psiquiatra norte-americano James McCracken, pesquisador do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos e uma das maiores autoridades mundiais no assunto, mudanças na forma de diagnosticar foram responsáveis pelas novas estatísticas.
Características
O autismo provoca um desenvolvimento atípico do cérebro e se manifesta em variados sintomas:
Sintomas
Dificuldade de interação social, problemas no domínio da linguagem e padrão de comportamento repetitivo e restritivo, com interesses específicos.
Cognição
As habilidades cognitivas podem variar bastante — enquanto alguns apresentam retardo mental, outros têm QI superior.
Tratamentos
Até agora, os tratamentos que prometeram a cura do distúrbio não cumpriram a promessa, mas é possível melhorar a capacidade de crianças e adultos por meio de terapias, fisioterapia e fonoaudiologia.
Crianças que no passado eram tidas como deficientes mentais ou cujos sintomas eram brandos – o que dificultava a definição do transtorno –, têm agora recebido o diagnóstico. McCracken foi entrevistado pela Gazeta do Povo du­­rante sua participação no Sim­­pósio Interna­cional de Neuro­­ciências de Curitiba, evento promovido recentemente pela Fundação Pelé Pequeno Príncipe.
O senhor pode explicar este aumento no índice de pessoas com autismo nas últimas décadas?
Acredito que há uma maior consciência entre médicos, conselheiros e pedagogos de como o autismo se manifesta mesmo em casos mais brandos. Eu mesmo, na década de 80, diagnostiquei pacientes com déficit de atenção e hiperatividade e hoje não tenho dúvida de que tinham autismo.
O fato de mulheres terem filhos cada vez mais tarde pode favorecer esse crescimento?
Tanto a maternidade quanto a paternidade em idade avançada pode aumentar um pouco o risco de autismo e outras desordens. Outro fator é a maior taxa de sobrevivência de bebês prematuros. Até a década de 90, a chance de um bebê com menos de um quilo sobreviver era de 25%. Essa taxa aumentou muito e hoje a maioria dos bebês que nascem nessas condições sobrevive. E o índice de autismo entre essas crianças é muito alto — estima-se que um em cada quatro bebês muito prematuros tenham autismo ou outro problema de desenvolvimento.
É comum que outros distúrbios mentais e comportamentais sejam confundidos com autismo?
O diagnóstico é tão comum atualmente que pode haver alguns erros. Sintomas que parecem de autismo podem na verdade ser desordens mentais ou ansiedade social muito severa, que gera medo de estar entre outras pessoas. Mesmo em crianças extremamente tímidas, que em seus primeiros anos quase não falam, às vezes é considerado autismo. Mas não acredito que os erros representem mais que 15% dos diagnósticos.
A partir de qual idade é possível traçar um diagnóstico preciso?
É extremamente importante fazer o diagnóstico o mais cedo possível, pois os melhores tratamentos para autismo são programas de intervenção precoce, dos quais crianças de três anos já participam. Entre os dois e os três anos é possível traçar um diagnóstico bastante confiável. Normalmente os pais percebem muito antes disso que há algo de diferente no comportamento do filho. Estamos progredindo bastante nesse aspecto, mas ainda assim, nos EUA, a média de idade de crianças diagnosticadas está um pouco abaixo dos cinco anos. Isso significa que muitas são avaliadas e tratadas somente depois dessa idade, o que é muito tarde.
Há algum teste com base biológica que pode facilitar o diagnóstico?
Por enquanto não, mas há muitas pesquisas sendo feitas para isso. Alguns acreditam que monitorar os olhos da criança enquanto veem uma imagem pode ajudar no diagnóstico precoce. Há também a possibilidade de que testes genéticos confirmem o distúrbio. Mas, por enquanto, nos baseamos no histórico da criança e pais e em avaliações cognitivo-comportamentais.
A tecnologia pode ajudá-los a se comunicar?
Pode ser extremamente útil para crianças que não conseguem se comunicar pela fala. Muitos conseguem ler, mas não pronunciam as palavras. Além dessa aplicação, a tecnologia permite o desenvolvimento de programas de realidade virtuais, com avatares, para ensinar habilidades sociais.
É possível pensar em uma cura para o distúrbio?
Algumas pessoas acreditam que sim, mas na história do autismo, como em várias outras áreas da medicina, houve muitos anúncios de cura prematuros, com tratamentos e drogas que não se mostraram eficientes. Imagino que estudos genéticos irão nos conduzir a excelentes tratamentos.
A estrutura cerebral de quem tem autismo é diferente?
Sim. Uma das maiores diferenças pode ser percebida nos primeiros estágios do desenvolvimento da criança – entre as idades de dois e cinco anos. Nesta fase, o cérebro de uma a cada quatro crianças com autismo cresce mais rapidamente. Quando entram na fase do ensino funda­mental isso tende a se regularizar. Se olharmos o padrão como seu cérebro se ativa quando pe­di­­mos que identi­fiquem emoções em expressões faciais ou que imitem uma ação, percebemos também que elas processam as coisas de forma diferente.