terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

I Passeio Inclusivo pelas Ciclovias atrai pessoas em cadeiras de rodas, skatistas e ciclistas ao centro da cidade

Evento organizado pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida reuniu mais de 200 participantes, entre pessoas em cadeiras de rodas, ciclistas e skatistas (com e sem deficiência).


Mais de 200 participantes, entre pessoas em cadeiras de rodas, ciclistas e skatistas (com e sem deficiência), percorreram na manhã de domingo, dia 01 de fevereiro, o trajeto entre a Praça da Sé e a Praça das Artes noI Passeio Inclusivo pelas Ciclovias de São Paulo. Pessoas com deficiência visual, com surdocegueira, e com dificuldade de locomoção também puderam participar graças a bikes-trenzinho conduzidas por guias. O evento celebrou o uso compartilhado e democratizado das ciclovias e a ocupação dos espaços da cidade por todas as pessoas.

A realização foi da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, com apoio da CET SP, Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência - CMPD/SP, Bike Tour SP, Dreambike, Carverize, Associação Skate Sem Limites, Movimento Conviva, Bradesco Seguros, Instituto Cidadão, e vereador George Hato.

Durante a concentração na Praça da Sé, foi apresentado um audioguia sobre a história de um dos marcos mais emblemáticos da cidade, a Catedral, incluindo os significados de suas esculturas. O passeio seguiu pela Rua Benjamin Constant, Largo São Francisco, Libero Badaró e fez uma pausa em frente ao Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura de São Paulo. Neste ponto, outro audiotour trouxe explicações sobre a construção, que serviu como sede das indústrias Matarazzo, e posteriormente do Banespa.

Os participantes então seguiram pela ciclovia no Viaduto do Chá em uma fila enorme, chamando a atenção de quem passava por um dos cartões postais mais famosos de São Paulo. O Passeio encerrou com visitação à exposição “O Mundo Segundo Mafalda” na Praça das Artes.

A ideia do I Passeio Inclusivo pelas Ciclovias de São Paulo agradou tanto às pessoas em cadeiras de rodas, como skatistas e ciclistas, que fizeram questão de manifestar seu apoio a novas iniciativas como esta.

São Paulo possui 214 km de ciclovias e chegará a 400 km ainda este ano. Desde 16 de dezembro de 2014, um decreto assinado pelo prefeito Fernando Haddad autoriza a utilização de patins, patinetes, skates e cadeiras de rodas nas ciclovias, ciclofaixas e locais de tráfego, dividindo os espaços com a circulação de ciclos, incluindo bicicletas, bicicletas de carga, triciclos e quadriciclos.

“As ciclofaixas estão começando a pegar na cidade de São Paulo e junto já vem essa possibilidade da pessoa com deficiência utilizá-las, ou seja, uma ação inclusiva construída com a política pública. É um avanço para a cidade termos espaços onde todas as pessoas podem usufruir. Não estamos substituindo o direito da pessoa com deficiência de transitar pelas calçadas da cidade, mas simplesmente acrescentando uma possibilidade dela usar a ciclofaixa como mobilidade ou como lazer também nos fins de semana”, comentou a secretária municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marianne Pinotti. O secretário adjunto, Tuca Munhoz, acrescentou: “Este é um evento muito importante, e temos que radicalizar a ocupação dos espaços públicos pelas pessoas com deficiência”.

Para o presidente do Movimento Superação, Billy Saga, a possibilidade de uso compartilhado das ciclovias amplia a discussão sobre a inclusão das pessoas com deficiência. “É obvio que a gente não pode esquecer que o ideal são calçadas acessíveis, mas eu acho que esse decreto estimula que outras pautas se envolvam com essa questão da acessibilidade arquitetônica na cidade”.

Roseli Bispo, que usa cadeira de rodas, também aprovou a iniciativa. “É importante porque a gente na cadeira de rodas já pode também usar ciclovia, podemos não correr risco de atropelamento ou coisas assim. Vai ser muito bom”. A mesma opinião tem a ciclista Linda Amaro. “Eu acho uma excelente iniciativa, principalmente porque o direito é pra todos. O cadeirante, o ciclista, todos querem inclusão”.

Casais contam como é conviver com a mesma doença que atinge Stephen Hawking

Bia Souza
Do UOL, em São Paulo
  • Adriana,31, e o marido Wellington, 57, diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (Ela)
    Adriana,31, e o marido Wellington, 57, diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (Ela)
No longa "A Teoria de Tudo", cinebiografia do físico britânico Stephen Hawking, 72, o pai do cientista, Frank Hawking, diz a então namorada do filho Jane Wilde que ela não tem ideia do que enfrentará e que a situação será uma derrota. A conversa ocorre pouco tempo depois que a jovem decide permanecer ao lado do namorado diagnosticado com uma doença incurável e com um prognóstico de apenas dois anos de vida.
Hawking é o paciente mais conhecido da esclerose lateral amiotrófica (Ela), doença que ganhou destaque nas redes sociais com o "desafio do balde de gelo". Diagnosticado aos 21 anos, ele segue em atividade até o momento. "Tem pacientes que têm evolução mais rápida, outros mais lenta. O que os diferencia ainda é um mistério. É muito raro que um paciente passe mais de 40 anos com a doença. Não tenho notícia de um paciente com uma sobrevida tão longa como a dele", explica o neurologista Francisco Rotta, coordenador médico do Instituto Paulo Gontijo, que promove pesquisas científicas e campanhas na área.
O filme mostra as dificuldades encontradas pela família ao longo da evolução da doença. Atividades como subir escadas, andar, comer e respirar com auxílio, unidas a criação dos filhos, que se tornam mais complexas.
O casal Sônia e Jorge Melo, casado há quase 30 anos, está enfrentando a doença desde 2009. Jorge, 54, era representante comercial e passou a ter dificuldades para caminhar. Ele e a mulher relatam o que mudou nestes seis anos (Leia aqui
Para o neurologista, o ideal para todo mundo é permanecer o mais confortável no seu ambiente. "Todo paciente de doença crônica, se houver essa possibilidade, ficaria melhor em casa", explica o médico Francisco Rotta. Para Adriana Arruda, 37, de Manaus, a impossibilidade de ter o marido em casa ao lado dos filhos é para mantê-lo seguro em casos de emergência. Wellington Arruda, 57, vive há um ano na UTI do hospital Samel, na capital amazonense. (Leia o relato dela aqui
Para Jô Correa, 34, estar perto do marido Gilberto Ramos, 43, é o que revigora a energia para enfrentar a Ela. "O Gilberto é um paciente diferente.  Não está triste. É uma doença ruim, mas temos aprendido a ser felizes na situação em que vivemos." (Leia o relato aqui)
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Celebridades, políticos e jornalistas aceitam desafio do balde de gelo47 fotos

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22.ago.2014 - De regata branca, o senador Eduardo Suplicy cumpre o desafio do balde de gelo e desafia seus adversários ao Senado: José Serra, Gilberto Kassab e Ana Luiza. Suplicy "Em que pese a falta d'água em São Paulo, considerei o apoio fundamental a uma causa tão importante. Doei o equivalente a cem dólares para a Associação Pró-cura da Ela (Esclerose Lateral Amiotrófica)", escreveu Suplicy ao postar o vídeo no Youtube Reprodução/Youtube

Samsung facilita vida de autistas

Aplicativo de treinamento lançado pela empresa ajuda a desenvolver interação com portadores da disfunção.
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Cerca de 60 milhões de pessoas em todo mundo sofrem de autismo, um transtorno que afeta a capacidade de comunicação e comportamento. O garotinho Jong-Hyun Kim, de 11 anos, é um deles. Em seu mais recente vídeo, criado pela Cheil, a Samsung apresenta o drama do menino e de sua mãe, que não consegue desenvolver uma relação próxima com o filho por conta das dificuldades de socialização características dos portadores do transtorno.
Cerca de 60 milhões de pessoas em todo mundo sofrem de autismo, um transtorno que afeta a capacidade de comunicação e comportamento. O garotinho Jong-Hyun Kim, de 11 anos, é um deles. Em seu mais recente vídeo, criado pela Cheil, a Samsung apresenta o drama do menino e de sua mãe, que não consegue desenvolver uma relação próxima com o filho por conta das dificuldades de socialização características dos portadores do transtorno.
A partir de uma pesquisa que identificou a leitura de expressões faciais e o contato visual como um dos principais desafios deste público, a Samsung se uniu à agência Cheil e a pesquisadores da Seoul National University and Yonsei University para criar o Look at Me, um programa de treinamento com a proposta de melhorar as habilidades de interação de autistas.
Criativos, psicólogos e especialistas em design de experiência trabalharam juntos para criar o jogo, um app inteligente que, por meio de sete missões, estimula o desenvolvimento das emoções e do contato visual.
Testado por 20 crianças durante oito semanas, o aplicativo está disponível no Google Play e, por enquanto, só funciona para usuários do sistema operacional Android. Segundo pesquisas da Samsung baseadas na informação de pais dos autistas selecionados, 60% das crianças participantes do programa apresentaram melhorias no contato visual. 
Autismo: disfunção afeta capacidade de comunicação e comportamento do portador

Conheça autistas que superaram obstáculos e entraram no mercado de trabalho

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Fonte: Globo.com

SMTT confunde cadeira de rodas com quadriciclo e expulsa cadeirante de calçada

Bizarrice ocorreu no calçadão da Pajuçara e foi protagonizada por guardas municipais despreparados

Uma moderna cadeira de rodas motorizada – importada da Coreia do Sul – foi proibida de circular pelo calçadão da Pajuçara, área reservada a pedestres e cadeirantes. Despreparados, os agentes da SMTT confundiram a cadeira de rodas com um quadriciclo motorizado, de uso exclusivo em ruas e estradas de barro. 
A vítima foi o empresário José Maria Pedrosa - o Pedrosinha da Viçosa -  que é deficiente físico e se movimenta na cidade em uma cadeira de rodas motorizada movida a bateria. Apesar de circular pelos calçadões da Pajuçara e Ponta Verde há mais de um ano, ele nunca foi incomodado pelos “zelosos” guardas da SMTT.
“Já fui parado várias vezes, mas por outros cadeirantes curiosos em conhecer a nova tecnologia da mobilidade urbana, nunca por guarda de trânsito”, disse o empresário, indignado com a atuação bizarra dos guardas municipais.
Com design moderno, luzes de alerta e outros assessórios de segurança, a cadeira motorizada do Pedrosinha confundiu a cuca dos guardas da SMTT, que o impediram de usar o calçadão da Pajuçara. “Veículo motorizado está  proibido de trafegar pelas calçadas e passeios públicos; o senhor não pode circular por aqui”, disse um dos guardas, ao obrigar o empresário a trocar o calçadão da Pajuçara pela rua, no caso a avenida Sílvio Vianna. 
Diante da exigência absurda da “autoridade”, Pedrosinha foi forçado a disputar espaço entre os automóveis expondo-se ao risco de acidentes. Indignado, o empresário levou o caso ao superintendente da SMTT, Tácio Melo da Silveira, que prometeu punir os funcionárioss e conceder uma licença especial para garantir a livre circulação da cadeira motorizada pelas calçadas da cidade.
Em tempo: no momento em que o órgão de trânsito de Maceió proíbe o uso de cadeiras de roda nos calçadões, a Prefeitura de São Paulo liberou recentemente o uso das ciclovias paulistas também para cadeirantes, que já utilizam as calçadas da cidade. É mais uma medida de apoio à mobilidade urbana, coisa desconhecida dos agentes da SMTT. 
Esta e outras matérias no Jornal Extra que está nas bancas

Projeto desenvolvido na PUC facilita mobilidade de cadeirantes


http://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2014/12/23/interna_tecnologia,601901/mobilidade-facilitada.shtml


Alunos da PUC Minas desenvolvem projeto que permite a cadeirantes maior autonomia para fazer tarefas rotineiras, por meio de um smartphone ou de um tablet

GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS

Uma cadeira de rodas motorizada que pode ser controlada a distância pelo próprio usuário é a mais nova criação tecnológica de um grupo de jovens estudantes mineiros. O projeto, em desenvolvimento no curso de engenharia eletrônica e de telecomunicação da PUC Minas, pretende facilitar a vida de pessoas com necessidades especiais. Toda a pesquisa vem sendo desenvolvida há cerca de um ano pelos alunos do último período do curso Bruno Araújo, Cristian de Souza, Elisângela de Souza, Marcus Vinícius Zaza e Vinícius Lopes da Silva, tendo como orientador o professor Mário Buratto.

“Nosso trabalho nasceu da iniciativa de uma usuária de cadeira de rodas motorizada. Ela dirige veículos automotores e está sempre em busca de maior independência, mas convive com a constante necessidade de contar com a ajuda de alguém para entrar e sair do carro. Levantou um dia essa questão com o professor Mário Buratto, que então apresentou ao nosso grupo o desafio de construir um controle remoto para ativar funções da cadeira”, conta Elisângela. Desafio aceito, os jovens alunos tiveram dois períodos na faculdade para desenvolver o projeto. “Com base em estudos de mercado sobre o funcionamento de cadeiras de rodas motorizadas e as necessidades dos usuários desse tipo de produto, surgiu um protótipo de dispositivo capaz de permitir o controle remoto a distância da cadeira: a Interface Spadam”, explica.

A primeira fase do projeto consistiu em levantar requisitos e benefícios que esse tipo de controle poderia trazer, e como seria implantado. Essa etapa foi finalizada com o escopo definido e com a ideia de criarem um aplicativo para tablet ou smartphone com sistema operacional Android e um hardware para simular o controle da cadeira, sendo que o aplicativo acionaria o hardware. “Pensamos na necessidade de instalar diversos sensores na cadeira, para que pudéssemos ser avisados sobre a distância dos obstáculos, evitando colisões, além de uma câmera à frente do assento, como se fosse a visão frontal de uma pessoa sentada”, explica Bruno Araújo, ressaltando que, como benefício, o usuário poderia pôr e retirar sua cadeira de um veículo usando apenas um celular ou um tablet.

O grupo comprou, então, nos Estados Unidos, um controle para estudar seu funcionamento. “O controle era totalmente codificado e nem usando os mais avançados equipamentos eletrônicos disponíveis nos laboratórios da PUC conseguimos decodificá-lo. Concluímos que ele usava um protocolo próprio de comunicação e que não conseguiríamos enviar à central da cadeira a mesma sequência de dados que o dispositivo geraria durante os movimentos. Descobrimos que a cada movimento do controle da cadeira, determinados valores de tensão eram gerados. Diante disso, criamos um hardware que gerava os valores de tensão, que eram enviados à central do controle, permitindo, assim, o movimento da cadeira”, relata Bruno.

A partir daí, o grupo foi dividido por funções: Elisângela cuidou do hardware que gerava valores de tensão, que seriam enviados pelo controle; Cristian de Souza e Vinícius Lopes analisaram os tipos de sensores no mercado e concluíram que, para o caso, os do tipo ultrassom seriam os mais adequados. Bruno e Marcus Vinícius Zaza, com ajuda do orientador, desenvolveram a página web que, por meio do tablet ou smartphone, enviaria para a cadeira o sinal que é recebido pelo hardware e que gera o valor de tensão, de acordo com o que seria clicado na tela do equipamento.
Arquivo Pessoal

“Dispensamos a ideia de desenvolver a ferramenta para Android e simplificamos o processo criando uma página em código HTML”, conta Bruno, explicando que essa página tem cinco botões para acionamento: Frente, Trás, Direita, Esquerda e Parar. Abaixo de cada um dos botões, encontra-se a leitura dos sensores da cadeira, com indicação da distância (em centímetros) dos obstáculos e as imagens produzidas pela câmera. “Os equipamentos usados foram o Raspberry, um computador do tamanho de um cartão de crédito, uma placa Arduíno, sete sensores ultrassônicos e uma buzina”, acrescenta.

O Raspberry gera o sinal wi-fi, que, usando um servidor web, hospeda a página, que, acessada pelo dispositivo móvel, identifica e conecta-se à rede Spadam. A página é carregada com os botões e o Arduíno recebe os comandos, que entram pelo Raspberry via rede sem fio, e os envia para o hardware, que converte as informações para um valor de tensão que depende da velocidade ajustada no controle da cadeira. Os sensores – três na frente, dois de cada lado e um traseiro – calculam a distância dos obstáculos e exibem as informações na tela. “O usuário decide, então, como quer operar a cadeira: via controle original ou pelo dispositivo portátil”, explica Bruno.

Carro
“Creio estarmos criando um produto muito útil para pessoas com necessidades especiais”, acentua Elisângela, complementando que com esse protótipo o usuário vai poder realizar tarefas diárias com maior autonomia, como ir e vir em um automóvel, sem se preocupar com ajuda para pôr e retirar a cadeira do carro.

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