segunda-feira, 29 de abril de 2013

Primeira mulher a receber transplante de útero está grávida de seis semanas


Uma mulher turca que se tornou a primeira pessoa a receber com sucesso um transplante de útero está com uma gravidez “saudável” de seis semanas.
Derya Sert nasceu sem o útero e passou por transplante em agosto de 2011. Usando um de seus próprios óvulos, os médicos colocaram um embrião na garota de 22 anos em março.
O hospital da Universidade Akdeniz disse que os médicos monitoraram o ritmo cardíaco do feto e a gravidez transcorre bem. Um nascimento com sucesso poderia dar esperanças a mulheres que nasceram sem úteros ou o perderam por doenças.

Jovem recebe prótese de mão que pode ser programada por iPhone


Paciente diz que aplicativo aumentou sua independência.
Polegar tem maior mobilidade e executa várias funções.



Patrick Kane programa a prótese com seu iPhone (Foto: Jeff J Mitchell/Getty Images)Patrick Kane programa a prótese com seu iPhone (Foto: Jeff J Mitchell/Getty Images)
Um jovem inglês recebeu uma nova prótese de mão que pode ser configurada e ativada com um aplicativo de iPhone. A tecnologia permite que ele tenha maior controle sobre os objetos que pega e facilita a execução de tarefas cotidianas.
Patrick Kane sofreu de uma forma grave de meningite quando criança. Embora tenham conseguido tratar a doença, os médicos não conseguiram evitar todos os efeitos e tiveram que amputar parte da perna direita e os dedos da mão esquerda – na mão direita, foi preciso retirar também uma parte de cada dedo.
Até os nove anos, o menino utilizou apenas a prótese para a perna. Adaptou-se à limitação de não ter dedos na mão esquerda e as próteses disponíveis na época não o interessavam. Com o lançamento de próteses mais modernas e eficazes, Patrick passou a usá-las.
A nova prótese, recebida nesta semana, se chama “i-limb ultra revolution” e é uma evolução do modelo que Patrick tinha antes, a “i-limb ultra”. Além do aplicativo de iPhone, que facilita a programação, a nova prótese tem maior mobilidade no polegar.
“Eu não tenho mais que usar minha outra mão para ajustar o polegar para diferentes posições de pegada, e o aplicativo me permite acessar tantas opções diferentes a qualquer momento porque está tudo no meu telefone. Realmente vai aumentar minha independência, o que é muito importante para mim”, afirmou Patrick ao site da Touch Bionics, empresa que produz a prótese.
Controle dado pela prótese permite pegar moedas (Foto: Jeff J Mitchell/Getty Images)Controle dado pela prótese permite pegar moedas (Foto: Jeff J Mitchell/Getty Images)

Prevenção pode evitar hérnia de disco durante a gravidez

O ideal é se preparar antes da gravidez, principalmente com exercícios físicos.

O Debate


Durante a gravidez e o pós-parto, cerca de 50% das grávidas sentem dores na coluna, devido ao aumento de peso e, consequentemente, à modificação da postura com a mudança do centro de gravidade para a frente do corpo.
“O ideal é se preparar antes da gravidez, principalmente com exercícios físicos. No entanto, mulheres com histórico de dor nas costas antes de engravidar são candidatas a sofrer com a coluna.

Hoje, diversos estudos afirmam que 90% dos indivíduos portadores de hérnia de disco podem se recuperar se fizerem uso do tratamento convencional – não-cirúrgico”, explica o fisioterapeuta Helder Montenegro.
“Além disso, no tratamento para as grávidas deve ser priorizado o fortalecimento dos músculos profundos da coluna lombar que garantirão a preservação das curvaturas normais da coluna, como também o reforço dos músculos do assoalho pélvico, evitando assim a queda da bexiga, incontinência urinaria e a flacidez.”
A união de todos esses fatores permite que o paciente não tenha mais dor e inicie um trabalho focado no fortalecimento dos músculos posturais.

Segundo Helder, depois de tratada a dor, é hora de investir em exercícios físicos como a musculação e o Pilates desde que bem orientados.

Lo bonito de la belleza es que depende del punto de vista de cada uno.


https://www.facebook.com/asesorenaccesibilidad

AUTISMO E COMUNICAÇÃO ALETRNATIVA:PERSPECTIVA DE DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM


Cia de Dança Casas André Luiz

Estes sim são"xikis", lindos,maravilhosos,sensiveis,vencem canhões,atiram suas flechas e acertam na vida pela força de vontade de viver!

A Educação Física desenvolve atividades motoras diversificadas aos interesses, capacidades e limitações dos pacientes

A Educação Física desenvolve atividades motoras diversificadas aos interesses, capacidades e limitações dos pacientes. O objetivo é compreender o aluno especial em movimento, dando direito em igualdade e sempre enfatizar sua capacidade e respeitar suas limitações, melhorando assim sua qualidade de vida.

Cada paciente passa por triagem e avaliação para ser encaminhado ao programa mais indicado. Por mais acentuada que seja sua limitação motora pode-se conseguir com a atividade física adaptada, uma parcial ou completa adaptação a sua limitação.

No caso dos usuários de cadeira de rodas, a importância das atividades pode ser ainda maior, já que os mesmos necessitam de movimento nos membros superiores e inferiores, por conta do tempo que ficam sem exercitá-los.

As atividades desenvolvidas pela área de Educação Física são: natação, exercícios físicos desenvolvidos no salão e na quadra, atividades rítmicas e corporais, estimulação motora e treinamento para os jogos.

Benefícios das atividades realizadas:

  • Melhor condicionamento físico e capacidade cardiorrespiratória
  • Aprimoramento de habilidades e capacidades físicas.
  • Desenvolvimento físico, mental, social, cognitivo, coordenação motora, agilidade, equilíbrio e expressão corporal.
  • Consciência Corporal
  • Relaxamento muscular, diminuição de dores, diminuição de espasmos musculares
  • Aumento da força e da flexibilidade
  • Sociabilização
  • Integração


  • Galeria
    casas-andre-luiz






    http://casasandreluiz.org.br/area_medica_educacao_fisica.php?id=111110

    domingo, 28 de abril de 2013

    Assistente Sexual




    Lendo alguns artigos na internet comecei a ver um vídeo sobre assistente sexual. No começo achei que fossem casados, mas no decorrer do vídeo comecei a achar que era uma profissional do sexo (garota de programa), mas era uma assistente sexual, algo muito comum nos Estados Unidos, Holanda, Suíça, Alemanha e Dinamarca. Aqui no Brasil não ouvi falar ainda, mas se eu descobrir algo coloco aqui, com certeza!

    Eles são enfermeiros, massagistas, terapeutas ou artistas. Têm entre 35 e 55 anos e foram formados para responder às necessidades sexuais de pessoas sofrendo de uma deficiência física. Uma tarefa delicada, sobretudo pelo fato de a sexualidade de pessoas com deficiência ser geralmente rejeitada pela sociedade e alvo de fortes preconceitos.

    Da massagem erótica às carícias, até o strip-tease ou masturbação: o leque proposto é extenso e responde simplesmente às necessidades de uma intimidade geralmente reprimida e mesmo estigmatizada. "Cada assistente oferece com empatia e respeito um pouco de ternura contra uma remuneração que vai de 150 a 200 francos por hora", relata Catherine Agthe Diserens. 

    "Por vezes, o trabalho é simplesmente descobrir o prazer de reencontrar uma funcionalidade perdida após um acidente, enquanto que, em outras circunstâncias, a relação pode ir até uma relação oral ou a penetração."

    Um trabalho difícil

    Ao contrário da prostituição, o acompanhamento sexual de deficientes só pode ser iniciado após um trabalho pontual de educação, orientado pelo respeito ao outro, pela ética e a escuta. "Os assistentes sexuais devem ser pessoas equilibradas, conscientes da sua própria sexualidade e não sentir desconforto com a deficiência. Além disso, eles devem manter outro trabalho a tempo parcial. Também é preciso informar os próximos da sua escolha profissional", detalha Dieserens.

    "É uma experiência transtornadora. Colocamos tudo em questão: nossas idéias, nossa relação com o corpo e outros", revelava Jacques, um assistente sexual que acaba de receber seu diploma, durante uma entrevista à rádio.

    Casado, pais de três crianças, Jacques relata que sua esposa apoiou sua decisão com naturalidade, sobretudo devido aos limites fixados por ele próprio desde o início: "Me dedico ao corpo, à pele, aos órgãos dessas pessoas. Não posso lhes negar massagens, carícias íntimas, mas não chego à penetração. O beijo – e o resto – está reservado a uma só pessoa bem determinada na minha vida."

    A formação dura 18 dias, distribuídos por um ano, e acrescida de uma dezena de horas de trabalho em casa. Os custos chegam a 4.200 francos, o que mostra a motivação dos que escolhem o caminho.

    Apesar do reconhecimento de muitos, a formação continua sendo difícil de explicar à família e até mesmo a si próprio. O fato de que, de um ponto de vista legal, o trabalho de assistente sexual seja assimilado à prostituição e esteja impregnado de uma conotação negativa não facilitam.

    Mas para Aiha Zemp, esses profissionais estão apenas levantando o véu de um universo oculto, feito de desejos rejeitados e perturbações afetivas. Um mundo que deve ser abordado com um olhar diferente, ao se tratar de deficientes físicos. Uma diferença que tem um grande valor para aqueles que, como Jacques, conseguem transpor a deficiência e os temores que muitas vezes ela inspira para começar a escutar a necessidade íntima de ternura.
    Fonte: http://www.swissinfo.ch/por/reportagens/Direito_a_sexualidade,_apesar_da_deficiencia.html?cid=888436

    Muitos deficientes e familiares dos mesmo, ficam furiosos quando se deparam com um post desses, achando ridículo!Mas tem muitos deficientes que não conseguem ter um relacionamento por causa de suas famílias  que ficam protegendo de tudo e de todos e esquecem que existe uma pessoa ali, capaz de sentir e de amar! E o que lhes restam, procurar alguém, nem que seja pagando!

    Vejam um vídeo de uma assistente sexual, a forma que ela dá atenção para ele é muito bacana.


    Especialistas destacam importância do acesso a informação em espaços culturais


    SÃO PAULO - Especialistas em acessibilidade e ONGs que atuam com portadores de necessidades especiais ouvidos pelo Estado destacam os avanços alcançados em acessibilidade nos espaços culturais de São Paulo, mas defendem a realização de mais iniciativas voltadas ao acesso à informação.
    Para Carla Mauch, coordenadora técnica da Mais Diferenças, organização da sociedade civil de interesse público com atuação em educação e cultura inclusivas, as políticas públicas de acessibilidade cultural são muito focadas nos aspectos arquitetônicos. "Pensar em acessibilidade cultural também é pensar em possibilidades diferentes de fruição da cultura para todos os públicos", afirma.
    Levantamento realizado pelo Estado nas dez unidades da rede estadual aponta que apenas a Pinacoteca, o Museu do Futebol e o Museu da Casa Brasileira possuem um conjunto de materiais complementares para auxiliar pessoas com deficiências mentais, visuais, auditivas e físicas na compreensão das obras de arte exibidas.
    Entre os elementos que deveriam ser incorporados nas exposições dos museus como recursos de acessibilidade, Carla cita dispositivos digitais como audioguias e videoguias, materiais em Braille, além de profissionais capacitados para fazer audiodescrições das obras ou visitas guiadas através da língua brasileira de sinais (LIBRAS). "Sem desrespeitar as questões museológicas, precisamos pensar como pessoas que não têm acesso direto à informação podem ter outras releituras", completa.
    Andrea Passarelli, presidente da ONG Transformar, defende a importância da identificação das especificidades de cada deficiência. "Cada um tem as suas necessidades, sejam pessoas com deficiência ou não", comenta. Atendendo a grupos com disfunção neuro motora, a ONG Transformar já promoveu visitas à Pinacoteca, Museu Afro Brasil e Itaú Cultural, entre outros espaços culturais da capital paulista. "A paralisia cerebral é uma disfunção neuro motora e não intelectual, portanto devem ser respeitadas suas necessidades, seu ritmo, sua maneira de comunicação e buscar a melhor maneira de integração", afirma.
    Autonomia - Além das visitas guiadas e dos orientadores habilitados, Viviane Sarraf, especialista em acessibilidade cultural e fundadora da Rede de Informação de Acessibilidade em Museus (Rinam), alerta que os museus devem oferecer ferramentas para que o portador de necessidades especiais possa fazer a sua visita de forma independente.
    "Os recursos que promovem a autonomia, como audioguias e videoguias em LIBRAS, são fundamentais para garantir o direito de opção da pessoa e para garantir a sustentabilidade da acessibilidade no modus operandi do espaço cultural", pontua. Nos museus visitados pela reportagem, a recomendação é que o portador de deficiência auditiva faça o agendamento prévio da visita. De modo geral, as instituições dispõem apenas de um educador habilitado em LIBRAS em suas equipes educativas, por exemplo. "Para atender a essa demanda de público diverso é preciso ter uma mudança de entendimento de que a comunicação cultural não precisa ser restritiva a uma capacidade somente visual e intelectiva", analisa.
    Breno Pires e Danielle Villela
    Fonte: Jornal O Estado de São Paulo

    sábado, 27 de abril de 2013

    O que é o transplante de medula óssea (TMO) ?






    A medula óssea é o local onde se produz o sangue. É conhecida, popularmente, como tutano do osso. É no interior dos ossos que encontramos as células mãe do sangue, ou melhor, as células que darão origem aos glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. As células que dão origem ao sangue são chamadas de células progenitoras ou células tronco hematopoéticas.

    O transplante de medula óssea (TMO) é um tratamento no qual a medula do paciente é destruída com altas doses de quimioterapia e/ou radioterapia. O condicionamento faz com que o sistema imunológico do paciente fique sem capacidade de reconhecer e destruir o enxerto, no caso a medula do doador. Essa medula doente será destruída substituída por células mãe do sangue sadias de um doador compatível.

    O TMO é diferente da maioria dos transplantes. É uma terapia celular, o órgão transplantado não é sólido, como fígado, ou rim- são células que são levadas do doador ao receptor. Neste procedimento, o paciente (receptor) recebe o a medula óssea por meio de uma transfusão, ou seja, as células mãe ou progenitoras do sangue são colhidas do doador, colocadas em uma bolsa de "sangue" e transfundidas para o paciente.

    As células transfundidas circulam pelo sangue, se instalam no interior dos ossos, dentro da medula óssea do paciente. Depois de um período variável de tempo ocorre a "pega" da medula, quando as células do doador começam a se multiplicar, produzindo as células do sangue e enviando ao sangue: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas normalmente.

    O tratamento tem o objetivo de substituir a medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea de um doador sadio, com o objetivo de regenerar a medula do paciente.

    Tipos de TMO ou transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH)
    Existem três tipos de transplantes:

    Autólogo: Neste tipo de transplante o paciente é seu próprio doador. Esse procedimento é indicado somente para algumas doenças. Após o paciente completar as sessões de quimioterapia, as células mãe da medula óssea são retiradas do próprio paciente, armazenadas e transfundidas após altas doses de quimioterapia (condicionamento) a fim de eliminar células doentes e reconstituir a medula óssea;

    Singênico: é o transplante de medula óssea entre irmãos gêmeos idênticos; neste caso, o paciente certamente tem um doador compatível que possui características genéticas idênticas a ele;

    Alogênico: as células-tronco ou células mãe do sangue são recebidas de outra pessoa; um doador selecionado por testes de compatibilidade (Compatibilidade HLA). Esse doador compatível pode ser um irmão, irmã, parentes próximos ou pode ser um doador voluntário não aparentado, cadastrado em bancos de medula óssea ou em bancos de cordão umbilical.

    TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA
    PASSO A PASSO
    Como é o transplante para o paciente?
    Como ajudar e ficar atento para pequenos sinais importantes


    Podemos considerar 5 etapas importantes para a realização do TMO.

    -1º Etapa: Fase Pré-TMO:

    Os serviços de transplante desenvolvem reuniões, incluindo médicos (oncologistas, hematologistas e pediatras), enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, para discussão dos casos que possuem indicação ao transplante.

    Em um segundo momento, são realizadas reuniões com pacientes e familiares para esclarecer cada procedimento a ser realizado e apresentação da equipe. A família recebe orientações sobre como proceder nos períodos de permanência com o paciente e sobre a importância da colaboração deste no estímulo e auxílio nas atividades diárias.

    Após receber os esclarecimentos necessários, o paciente ou responsável legal assina o termo de Consentimento Informado.

    Após esse processo, a data do transplante será agendada. Para iniciar o tratamento, o paciente necessitará de um cateter venoso. Este será instalado em centro cirúrgico e será implantado por médico (a). O cateter é um acesso em uma veia de maior calibre de longa duração, através do qual o paciente receberá quimioterapia, transfusões, antibióticos, medicamentos, e principalmente, será pelo cateter que será feita a transfusão de células mãe da medula óssea do doador (transplante).



    Cateter venoso instalado


    Condicionamento

    É a fase que o paciente preparará o seu corpo para receber as células sadias da medula óssea (transplante). Isso é feito com altas doses de quimioterapia e em alguns casos também radioterapia e tem a finalidade de destruir todas as células imunes para que o paciente possa receber a nova medula óssea.

    Durante o período de quimioterapia e radioterapia, o paciente poderá ou não apresentar alguns efeitos colaterais. Vamos citar os mais comuns e algumas orientações que poderão ajudar a evitá-los ou amenizá-los.

    NÁUSEAS, VÔMITOS E PERDA DE APETITE

    · Priorizar alimentos pouco temperados e se alimentar de 3 em 3 horas;

    · Comunicar sempre náuseas e vômitos para que possa ser medicado, evitando ficar sem se alimentar;

    · Mesmo sem apetite ou sem sentir o sabor dos alimentos é importante que você se esforce e mantenha uma boa alimentação, pois seu organismo necessitará de forças para a recuperação. Este efeito é muito comum e temporário.

    MUCOSITE

    São feridas que podem ocorrer em todo trato gastrintestinal, desde a boca até o ânus. Aqui vão alguns cuidados para ajudar a evitar a ocorrência de mucosite na boca e garganta que são os locais mais frequentes:

    · Escovar os dentes delicadamente ao se levantar, ao se deitar e após a ingestão de qualquer alimento;

    · Realizar os bochechos e gargarejos rigorosamente nos horários em com as soluções fornecidas pelo hospital;

    · Manter a boca hidratada, ou seja, beba no mínimo 2 litros de água por dia.


    DIARRÉIA

    Diarréia pode ser considerada quando ocorrem episódios de fezes líquidas ou aumento de frequência das evacuações durante o dia.

    · Comunicar a enfermagem a ocorrência de diarréia e qualquer alteração observada nas fezes como sangue ou muco;

    · Utilizar comadre em caso de fezes líquidas para que possam ser avaliadas pela enfermagem;

    · Após cada evacuação, não usar papel higiênico, realizar sua higiene no chuveiro ou utilizar compressa macia umedecida (não reutilizar). Isto tem a finalidade de impedir que fique resíduo de fezes na região do ânus (o que poderia causar infecção), evitar assadura e evitar ferir a pele e mucosa já tão sensíveis pela ação da quimioterapia ou radioterapia.

    OBSTIPAÇÃO INTESTINAL (Mau funcionamento do intestino)

    Comunicar diariamente o número de vezes que evacuar e a consistência das fezes, para o acompanhamento do seu hábito intestinal e para que sejam tomadas medidas preventivas para obstipação.

    É importante evitar esta ocorrência, pois fezes endurecidas podem provocar feridas no ânus, podendo levar a sangramento e infecção, além de tornarem a evacuação bastante dolorosa.

    Evitar ficar deitado por muito tempo. Procure beber bastante líquidos e andar pelo quarto, pois isso ajuda seu intestino a funcionar melhor.

    ALOPÉCIA (Perda dos cabelos)

    A perda de cabelos pode ocorrer no corpo inteiro ou ficar restrita a uma área. É um problema estético que não pode ser evitado, mas não deve ser supervalorizado, pois é temporário e em geral não representa nenhum risco real para o paciente.

    Certamente seu cabelo cairá durante o transplante, pois é um efeito colateral do tratamento. A queda de cabelo poderá causar muito desconforto, além de ter um risco de propiciar infecção devido aos fios que entram em contato com o cateter, portanto, é necessário que você raspe o cabelo e corte suas unhas antes e iniciar o tratamento.


    -2º Etapa: Dia Do Transplante: Infusão da Medula Óssea (D Zero)

    Depois de se submeter ao condicionamento, o paciente recebe a medula sadia (infusão no Dia "zero", D zero) como se fosse uma transfusão de sangue através do cateter. As células progenitoras do sangue transfundidas são levadas pela corrente sanguínea e se dirigem até a medula óssea, aonde vão se instalar e começar lentamente o processo de recuperação ou "pega" medular.

    A bolsa em que a medula é transportada conterá além da medula um líquido conservante que poderá causar alguns sintomas, como náuseas, vômitos, sensação de calor, desconforto na garganta, tosse seca, formigamento entre outro. Poderá haver alteração de sua pressão arterial e batimentos cardíacos, por isso será necessário que o paciente permaneça monitorado.

    É um procedimento rápido, em média 2h de duração, após isto o paciente estará apto a retomar suas atividades do dia. Se as células transplantadas forem de cordão umbilical, o procedimento é realizado em 20 minutos. Algum familiar pode estar presente no momento do transplante.


    Mirna Ayumi, 14 anos, paciente recebendo a medula óssea de um doador brasileiro cadastrado no REDOME.

    Devido à fragilidade do paciente após o TMO, este deve ser mantido internado no hospital para receber os cuidados necessários.

    Alguns cuidados especiais são realizados neste período:



    Controle dos sinais vitais: Os controles de temperatura, pulsos, respiração e pressão arterial também serão verificados frequentemente, inclusive durante a noite.


    Controle de líquidos recebidos e eliminados. O paciente deverá anotar todo líquido que beber e reservar a urina que eliminar em um recipiente. Esse procedimento ajuda a equipe avaliar a função renal.


    Controle de peso: Importante para avaliar diariamente as condições nutricionais evitando a desidratação e a desnutrição do paciente.

    ATENÇÃO: A colaboração do paciente é muito importante, pois condutas médicas serão tomadas com base nessas informações.

    3º Etapa: Período Pós-Transplante

    Essa fase conhecida como aplasia medular caracterizada pela queda do número de todas as células do sangue (leucócitos, plaquetas e hemácias).

    A quimioterapia provoca a queda da produção de todas as células do sangue, não somente das células doentes. O baixo número de glóbulos brancos, principalmente os neutrófilos, predispõe às infecções bacterianas, fúngicas, virais e protozoários. Neste período o paciente fica sem capacidade de se defender das infecções, recebendo inúmeros antibióticos. É muito comum o paciente apresentar diversos episódios de febre, tremores e calafrios. Nos picos de febre, são colhidas amostras de sangue para identificar o agente que está causando a infecção. Esse procedimento serve para combater a infecção com antibiótico/antiviral ou antifúngico específico.

    Durante o período em que as células transplantadas ainda não são capazes de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas em quantidade suficiente, o paciente recebe tratamento de suporte através de transfusões de glóbulos vermelhos e plaquetas, recebe medicamentos que estimulam a produção dos glóbulos brancos, importantes para defesa contra as infecções.

    Esta fase é bastante crítica, pois o paciente estará sujeito a infecções e sangramentos, por isso os cuidados a seguir são extremamente importantes:

    Cuidados para evitar infecções:

    · Reforçar os cuidados com a Higiene

    · Usar máscara quando for necessário sair da unidade de transplante (TMO);

    · Limitar o número e a freqüência das visitas;

    · Evitar contato direto com outras pessoas (beijos, abraços, proximidade ao falar, incluindo do acompanhante);

    · Usar roupas e toalhas limpas;

    · Lavar sempre as mãos: após ir ao banheiro, antes das refeições;

    · Manter-se ativo, evitando ficar deitado por muito tempo, assim estará prevenindo a infecção pulmonar

    · Não se coçar, não espremer espinhas

    Cuidados para evitar sangramentos:

    · Ter cuidado ao se movimentar para evitar quedas e ferimentos;

    · Não se barbear ou depilar;

    · Não retirar cutículas e não cortar unhas rentes;

    · Manter-se ocupado com atividades seguras (leitura, crochê, jogos);

    · Cuidados ao escovar os dentes e não utilizar fio dental;

    · Não retirar peles soltas ou crostas de feridas;

    · Comunicar caso ocorra menstruação, outras sangramentos ou hematomas;

    · Comunicar a enfermeira qualquer alteração observada (secreções, dores, feridas, cansaço, tonturas, tremores e calafrios).

    4º Etapa: "Pega Medular" ou recuperação da medula óssea e prevenção da rejeição

    Denomina-se de "pega" medular, o momento após a transfusão das células da medula quando esta já consegue produzir cada célula do sangue em quantidades suficientes.

    O paciente pode acompanhar e perguntar ao médico sobre como sua medula está trabalhando!

    A pega medular acontece quando:

    · A contagem plaquetária (número de plaquetas) alcança 20.000/mm3, sem necessidade de transfusão por dois dias seguidos,

    · E quando os glóbulos brancos ficam acima de 500/mm3, também por igual período.

    · É importante saber que este tempo de recuperação é variável, ou seja, não é igual para todos os pacientes! Dependendo do tipo de transplante e da fonte de célula, o prazo para recuperação se modifica. Existem também medulas mais preguiçosas e outras mais precoces! O paciente deve ter paciência e fazer sua parte!

    Após a recuperação ou "pega" da medula, podem ser necessárias transfusões e uso de medicamentos na veia. Só que após a pega da medula o tratamento poderá ser feito no "Hospital dia", o paciente recebe a medicação durante o dia e vai dormir em casa.

    A complicação mais frequente do transplante de medula óssea está associada a problemas de incompatibilidade é denominada Doença de Enxerto Contra Hospedeiro (DECH) ou GVHD (graft-versus-host disease do inglês), popularmente conhecida como "rejeição", na qual as células do doador transplantadas reconhecem as células do organismo do paciente como ‘estranhas' e desencadeiam uma resposta imunológica contra o organismo do paciente.

    A rejeição atinge principalmente: pele, trato gastrointestinal e fígado. Essa situação acontece porque a medula óssea produz glóbulos brancos (linfócitos) treinados para defender nosso organismo dos invasores (bactérias, fungos, vírus e protozoário e têm uma função de reconhecer o que é estranho ao nosso organismo). Após o TMO, a nova medula óssea produz linfócitos (glóbulos brancos) que reconhecem o organismo do paciente como estranho, o que acarreta uma resposta imune que destrói e agride as células de alguns tecidos e órgãos do paciente.

    Para evitar uma forte rejeição, são prescritos ao pacientes remédios anti - rejeição, os chamados imunossupressores. Os medicamentos imunossupressores diminuem ação das células imunes transplantadas contra o organismo do paciente.

    A ocorrência da rejeição em suas formas leves e limitadas também é importante para a prevenção da recaída da doença. Possui um efeito protetor, pois agride as células doentes, levando à uma menor chance de recaída. Essa resposta é denominada efeito Enxerto X Leucemia (graft-versus-. leukemia effect- GVL no inglês).

    Observação: A doença enxerto versus hospedeiro é maior, quanto maior a diferença do doador para o receptor, portanto se relaciona ao exame de compatibilidade (HLA).

    No transplante autólogo não há rejeição, já que a medula transplantada é do paciente- receptor.

    5º Etapa: Cuidados Após Alta

    · Tomar seus medicamentos rigorosamente como prescritos pelo médico. Quando sair de casa leve os medicamentos com você para que possa tomá-los nos horários corretos;

    Atenção: Se tiver dificuldades em tomar os medicamentos, não pare de tomar - comunique ao seu médico!

    · Providenciar para que a casa esteja limpa antes de sua chegada; nos primeiros três meses e que de preferência você tenha um banheiro individual;

    · Usar protetor solar fator 30 ou 50 em todas as partes expostas ao sol quando sair de casa, mesmo se permanecer na sombra;

    · Ao caminhar, evitar horários de sol forte;

    · Reduzir ao máximo o número e frequência de visitas em casa pelo menos nos dois primeiros meses após o transplante;

    · Evitar locais com um fluxo grande de pessoas, por exemplo: cinemas, shows, casas noturnas, restaurantes cheios, pelo menos os 100 primeiros dias pós transplante. O importante é seguir as orientações de seu médico.

    · Evitar contato com crianças pequenas, pois elas podem transmitir doenças como catapora, sarampo, caxumba, mesmo que ainda não estejam manifestando sintomas;

    · Não entrar em contato com pessoas que receberam em menos de um mês vacinas contra sarampo, rubéola e Sabin ( para poliomelite), pois estas vacinas utilizam vírus atenuados que podem lhe provocar doença;

    · Não manter contato com animais;

    · Evite ficar acamado, procure atividades que lhe dêem prazer e que sejam seguras como: leitura, jogos, tricô, atividades de computador...

    · Não entrar em contato com pessoas com febre, tosse e gripe;

    · Não retirar cutículas, fazer depilação ou se barbear enquanto seu número de plaquetas estiver menor de 50.000 (informação que será dada pelo seu médico na consulta de retorno);

    · Não usar absorvente interno;

    · Retomar atividade sexual apenas com contagem de leucócitos e plaquetas normais.

    Avise seu médico se houver:

    · Temperatura corporal maior que 37,8 C;

    · Tremores e /ou calafrios mesmo sem febre;

    · Tosse, catarro, falta de ar;

    · Diarréia;

    · Enjôo e vômitos freqüentes;

    · Presença de sangramento (nasal, nas fezes, urina, boca), pontos vermelhos pelo corpo;

    · Presença de secreção, vermelhidão, coceira ou dor no local do cateter;

    · Ocorrência de acidentes domésticos;

    · Ocorrência de tonturas, fadiga, palpitações, dores persistentes ou ardor para urinar ou evacuar;

    · Aparecimento de alterações na pele, como vermelhidão, descamação, coceira, bolhas e feridas.

    Faça sua parte! O sucesso do seu tratamento também depende de você!

    Complicações após o transplante são freqüentes e esperadas. O acompanhamento cuidadoso permite que muitas destas alterações sejam detectadas precocemente e tratadas de forma adequada.

    A reintegração do transplantado à sociedade deve ser considerada tão importante quanto o acompanhamento da doença. O apoio de familiares e dos grupos multidisciplinares é fundamental para a sua recuperação como indivíduo e para a melhoria de sua qualidade de vida.