sábado, 28 de dezembro de 2013

Servidores vivenciam as dificuldades da pessoa com deficiência

 



Durante todo o ano de 2013, 435 servidores públicos da Prefeitura de Curitiba foram capacitados para entender melhor as dificuldades das pessoas com deficiência, conhecer a legislação da área e como os serviços públicos podem atender melhor essa parcela da população.
A capacitação foi organizada pela Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência e atingiu servidores de várias áreas, incluindo engenheiros e arquitetos envolvidos no planejamento urbano e de mobilidade.
Divididos em 17 turmas, eles receberam informações e passaram por vivências destinadas a reproduzir as dificuldades de uma pessoa com deficiência. Para isso, locomoveram-se em cadeira de rodas e com muletas e também foram orientados a andar com os olhos vendados. Também conheceram os diferentes tipos de deficiência, aprenderam como agir com pessoas com deficiência e receberam noções de cidadania e inclusão.
O coordenador de projetos da Secretaria Municipal de Trânsito, Caçan Jurê Silvanio, é servidor municipal desde 1998 e nunca tinha participado de uma capacitação desse tipo. “Achei fantástica a iniciativa de envolver os servidores com teoria e vivência. Foi uma forma de conhecermos a realidade do usuário de cadeira de rodas, da pessoa com deficiência visual, de se colocar no lugar do outro e perceber de fato como eles enfrentam estas situações no dia a dia”, disse.
Reunião aberta
A Secretaria da Pessoa com Deficiência também instituiu este ano reuniões abertas, durante as quais representantes da comunidade puderam apresentar sugestões e reivindicações. Muitas foram solucionadas e encaminhadas, outras ainda estão na pauta dos órgãos públicos responsáveis. A ideia é descentralizar e intensificar esta ação de gestão participativa.
Entre os temas abordados estão saúde, trabalho, mulheres com deficiência, comunidade com deficiência auditiva, esporte e lazer, acessibilidade e cultura, bem como  a promoção do protagonismo na defesa de direitos. Participaram 294 pessoas com deficiência, servidores, familiares, representantes de entidades e profissionais, num total de oito reuniões.
http://www.curitiba.pr.gov.br/fotos/album-servidores-vivenciam-as-dificuldades-da-pessoa-com-deficiencia/19456

Como a crianca aprende?

IMPACTO DA PEDAGOGIA MODERNA 

"... A criança aprende, mais por experiência do que por erro, mais por prazer do que pelo sofrimento, mais pela experiência do que pela sugestão e a dissertação, e mais por sugestão do que por direção. E assim a criança aprende pela afeição, pelo amor, pela paciência, pela compreensão, por pertencer, por fazer e por ser" Frederck Molffett

Conheça as salas de recurso que funcionam de verdade para a inclusão

Alunos com deficiência precisam desenvolver habilidades para participar das aulas. Saiba como esse trabalho deve ser feito no contraturno

http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/conheca-salas-recurso-funcionam-verdade-para-inclusao-deficiencia-546795.shtml

Camila Monroe (camila.monroe@fvc.org.br). Colaborou Beatriz Santomauro
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=== PARTE 1 ====
Foto: Marina Piedade
LEITURA NO TATO O trabalho com letras móveis em braile ajuda os alunos com deficiência visual na alfabetização
Fotos: Marina Piedade
Os números do último Censo Escolar são o retrato claro de uma nova tendência: a Educação de alunos com deficiência se dá, agora, majoritariamente em classes regulares. Seis em cada dez alunos nessa condição estão matriculados em salas comuns - em 2001, esse índice era de apenas dois em cada dez estudantes. O aumento merece ser comemorado, mas que não esconde um grande desafio: como garantir que, além de frequentar as aulas, crianças e jovens aprendam de verdade?

A tarefa tem naquilo que os especialistas chamam de Atendimento Educacional Especializado (AEE) um importante aliado. Instituído pelo mesmo documento que em 2008 concebeu as diretrizes para a inclusão escolar, mas regulamentado apenas no fim do ano passado, o AEE ocorre no contraturno nas salas de recursos, ambientes adaptados para auxiliar indivíduos com uma ou mais deficiências (veja nas fotos que ilustram esta reportagem alguns dos principais equipamentos utilizados em três escolas da capital paulista: EE Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, EMEF João XXIII e EMEI Professor Benedicto Castrucci). Segundo o Censo Escolar, atualmente 27% dos alunos matriculados em classes comuns do ensino regular recebem esse apoio. Se a implantação das 15 mil novas salas prometidas para este ano de fato ocorrer, o atendimento alcançará mais de 50% das matrículas - em números absolutos, cerca de 190 mil estudantes.
Trabalho não se confunde com atividades de reforço escolar

Diferentemente do que muitos pensam, o foco do trabalho não é clínico. É pedagógico. Nas salas de recursos, um professor (auxiliado quando necessário por cuidadores que amparam os que possuem dificuldade de locomoção, por exemplo) prepara o aluno para desenvolver habilidades e utilizar instrumentos de apoio que facilitem o aprendizado nas aulas regulares. "Se for necessário atendimento médico, o procedimento é o mesmo que o adotado para qualquer um: encaminha-se para um profissional da saúde. Na sala, ele é atendido por um professor especializado, que está lá para ensinar", diz Rossana Ramos, especialista no tema da Universidade Federal de Pernambuco.

Os exemplos de aprendizagem são variados. Estudantes cegos aprendem o braile para a leitura, alunos surdos estudam o alfabeto em Libras para se beneficiar do intérprete em sala, crianças com deficiência intelectual utilizam jogos pedagógicos que complementam a aprendizagem, jovens com paralisia descobrem como usar uma prancheta de figuras com ações como "beber água" e "ir ao banheiro", apontando-as sempre que necessário. "Desenvolver essas habilidades é essencial para que as pessoas com deficiência não se sintam excluídas e as demais as vejam com normalidade", diz Maria Teresa Mantoan, docente da faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), uma das pioneiras no estudo da inclusão no Brasil.
Foto: Marina Piedade
HORA DE CONTAR Alunos com deficiência intelectual estudam numeração associando placas
a faces do dado
Também vale lembrar que o trabalho não é um reforço escolar, como ocorria em algumas escolas antes de a nova política afinar o público-alvo do AEE. "Era comum ver nas antigas salas de recursos alunos que apresentavam apenas dificuldade de aprendizado. Hoje, a lei determina que somente quem tem deficiência, transtornos globais de desenvolvimento ou altas habilidades seja atendido nesses ambientes", afirma Maria Teresa. Com o foco definido, o professor volta a atenção para o essencial: proporcionar a adaptação dos alunos para a sala comum. Cada um tem um plano pedagógico exclusivo, com as atividades que deve desenvolver e o tempo estimado que passará na sala.

Para elaborar esse planejamento, o profissional da sala de recursos apura com o titular da sala regular quais as necessidades de cada um. A partir daí (e por todo o período em que o aluno frequentar a sala de recursos), a comunicação entre os educadores deve ser constante. Se o docente da turma regular perceber que há pouca ou nenhuma evolução, cabe a ele informar o da sala de recursos, que deve modificar o plano. Outra atitude importante é transmitir o conteúdo das aulas da sala regular à de recursos com antecedência. "Se a turma for aprender operações matemáticas, é preciso preparar o aluno com deficiência visual para entender sinais especiais do braile", exemplifica Anilda de Fátima Piva, professora de uma sala de recursos na EMEF João XXIII, em São Paulo.
=== PARTE 2 ====
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