quinta-feira, 14 de abril de 2016

Meu filho é autista?

Saiba quais são os sintomas e entenda melhor esse transtorno
As crianças que possuem um transtorno do espectro autista apresentam dificuldades de comunicação verbal e não-verbal, dificuldade de interagir com outras pessoas e comportamentos repetitivos que podem incluir movimentos estereotipados. Em geral, mantêm-se indiferentes às outras pessoas, envolvidos consigo mesmos, não se interessam em olhar para o rosto dos outros; dão a impressão de não saber falar, não apontam desejos, tendem a não compartilhar sentimentos ou interesses; observam e prendem-se a detalhes dos objetos, às vezes com hábito de balançar as mãos, andar na ponta dos pés ou movimentar o corpo de forma repetitiva. Apresentam ainda dificuldade de brincar de faz de conta e podem ser muito rígidos em relação às rotinas.
O autismo não possui uma causa definida, embora o componente principal pareça ser uma tendência genética, inclusive com mais de um caso em uma mesma família. Doenças que provocam lesões cerebrais também podem causar o transtorno. O diagnóstico depende de avaliação multidisciplinar que compreende parecer neurológico ou psiquiátrico; em alguns casos, exames de neuroimagem ou laboratoriais podem estar alterados, mas na maioria das vezes não apresentam alterações.
Existem diferentes variações das características principais que denotam quadros mais leves e, portanto, difíceis de diagnosticar, assim como quadros com maiores prejuízos ao desenvolvimento, associados à ansiedade, desatenção ou comportamento agressivo. A maioria, mais ou menos 75%, apresenta algum grau de deficiência mental. Casos raros podem apresentar habilidades diferenciadas, como: capacidade autodidata de aprendizado ou de memorizar detalhes em quantidade superior a outros indivíduos.
Infelizmente, não há tratamento para reverter o transtorno do espectro autista, mas com ajuda especializada essas pessoas podem ser incluídas na escola e na sociedade e, em alguns casos, evoluírem com independência funcional na idade adulta. Muitos pacientes necessitam de tratamento medicamentoso para ansiedade, desatenção ou alterações de comportamento.
Conteúdo elaborado pelo Dr. Fábio Agertt
http://www.neurologica.com.br/dev/clinica-de-excelencia/meu-filho-e-autista/