quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Projeto que treina cães-guias no DF precisa de cuidadores de labrador

G1 DF

O Projeto Cão-Guia de Cegos está precisando de oito voluntários para cuidar dos filhotes de uma labradora que está prenha. Iniciado há dez anos no Distrito Federal, o projeto treina cães para guiar cegos do Distrito Federal e de outos estados.

Antes do início do treinamento, até o animal completar cerca de um ano e meio, o cachorro precisa de uma família que o hospede. No período em que é hospedado, o labrador aprende a conviver com outras pessoas, a andar pelas ruas e a iniciar atividades de socialização. Só depois dessa primeira adaptação, ele pode receber os comandos e as técnicas dos instrutores.
 
A labradora Ônix tem quatro anos e é reprodutora do projeto. Ela vai ter pelo menos oito filhotes daqui a um mês.
“Estamos solicitando que oito famílias se interessem pelo projeto e possam cuidar desses oito cachorrinhos que, futuramente, serão cão-guias e estarão ajudando várias pessoas”, disse Gabriela Rodrigues, voluntária do projeto cuidadora de Ônix.

O projeto paga a ração e o veterinário. O analista de sistemas Ricardo Correa já cuidou de 11 filhotes. Atualmente, ele está educando a cadela Vida, com quem vai às compras, ao cinema e a galerias de arte. ”O que a gente vê são famílias deixando o cão subir em sofá , na cama, acha isso muito bonitinho, mas isso acaba atrapalhando o treinamento”, disse Correa em entrevista ao DFTV.

Desde 2002, 40 cães formados pele projeto. Três deles já se aposentaram. No mês que vem, serão entregues mais dois animais treinados. Atualmente, 11 passam por treinamento. 300 pessoas estão cadastradas para receber um cão-guia. O tempo médio de espera é de quatro anos.
Contato
A família interessada em hospedar um dos filhotes de labrador deve entrar em contato com o projeto pelo e-mail caoguiadf.voluntariado@gmail.com ou pelo telefone 9309-0100.

Sem preconceitos!!!

Atletas paulistas recebem homenagem do Governo de São Paulo pelo desempenho nas Paralimpíadas de Londres

Os atletas brasileiros trouxeram 43 medalhas para o Brasil e deixaram o país em 7º lugar no ranking mundial
 
 
 
Homenagem aos Atletas do Time São Paulo Paralímpico, do Governo do Estado de São Paulo
Há 11 anos, o 11 de setembro passou para a história mundial como uma data carregada de lembranças de medo e de morte. Em 2012, no Brasil, o 11 de setembro ganhou um novo significado e passou a representar reconhecimento pela superação e garra de algumas pessoas que fazem a diferença justamente pela coragem e persistência em vencer desafios. Nessa terça, 11/09, os atletas brasileiros que estiveram nas Paralimpíadas de Londres voltaram ao Brasil e os atletas de São Paulo foram recebidos com todas as honras merecidas.
Os atletas paulistas da delegação brasileira que suaram a camisa em Londres nas Paralimpíadas, receberam homenagem das mãos da Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Dra. Linamara Rizzo Battistella, do Governador Geraldo Alckmin, do presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons e do Secretário de Esporte Lazer e Juventude, José Benedito Pereira Fernandes.
Os atletas do Time São Paulo Paralímpico chegaram ao Aeroporto Internacional de Cumbica e saíram em carro aberto do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. Passaram pela rua mais famosa da cidade, a avenida Paulista, onde receberam acenos e aplausos dos transeuntes e admiradores. Foram recepcionados no Palácio dos Bandeirantes de forma calorosa, com muita emoção por parte de quem ficou por aqui na torcida por todos os medalhistas que lá estiveram e fizeram bonito, com a conquista de 43 medalhas: 21 de ouro, 14 de prata e oito de bronze. No Palácio do Governo, os vencedores dos Jogos Paralímpicos de 2012 ganharam Medalhas de Mérito Esportivo e Certificados.
A Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Dra. Linamara Rizzo Battistella, ressaltou que os atletas paralímpicos “levam no peito e no coração o melhor de cada um”. Ela ainda apontou a visibilidade e a valorização do paradesporto dada pelo Estado de São Paulo. “Fomentar o esporte de forma diferenciada garante que cada um seja reconhecido como peça importante desse jogo, um jogo sem perdedores, só de ganhadores”, frisou.
Dra. Linamara lembrou a importância do Comitê Paralímpico Brasileiro e a meta alcançada no ranking mundial. “Esse notável líder, o presidente Andrew Parsons, teve a ousadia de sonhar com o sétimo lugar”. A Secretária homenageou os medalhistas e destacou os recordes quebrados por alguns deles, como Daniel Dias, Andre Brasil e Alan Fonteles, esse último “venceu a barreira do tempo”. Nesse clima, Dra. Linamara finalizou com emoção. “Acima da vitória está o coração e o Brasil foi capaz de mostrar que a vitória está na sinergia, na parceria, que o espírito olímpico está acima das vitórias e não apenas em uma luta, mas para a vida toda”.
O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons lembrou que no ano passado “a Dra. Linamara foi eleita a Personalidade Paralímpica do Ano, agora concorre ao Bi”. Parsons destacou a importância de todos os atletas e destacou o desempenho de Alan Fonteles, que surpreendeu a todos quando venceu o adversário sul-africano Oscar Pistorius. “Ele era tão favorito que todo o estádio olímpico londrino vibrou quando anunciaram o nome de Pistorius, dando como certa sua vitória”. Mas Alan Fonteles, próximo da reta de chegada, o ultrapassou de forma a deixar todos “desconcertados”. Quem acompanhou as narrações dos apresentadores pode observar a surpresa do resultado final, em especial nessa competição. “Na linha de partida todos somos iguais, e na partida de Pistorius o mundo teve que aplaudir Alan Fonteles, Alan simboliza a luta dessa Paralimpíada”, destacou o presidente do CPB. Parsons ainda afirmou que “se o Time São Paulo fosse um país, estaria em oitavo lugar no ranking mundial”. Em uma analogia, Parsons destacou que o Governador Geraldo Alckmin é a Camisa 10, por ser o cérebro da iniciativa (investir em atletas do paradesporto), e a Dra. Linamara, a Camisa 9 - quem faz gols.
O Secretário de Esportes José Benedito Pereira Fernandes ressaltou que “todos os atletas paralímpicos trouxeram resultados” e destacou que “São Paulo não mede esforços para que o esporte cresça cada vez mais. De 225 projetos aprovados no Estado, 28 são para pessoas com deficiência”. Destacou também que há 16 centros de excelência esportiva no Estado de São Paulo.
Entre os homenageados, o criador do Time São Paulo, que acreditou desde o início na ideia de ter um time diferenciado, com destacado apoio para atletas de ponta, o Assessor do Paradesporto da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Vanilton Senatore. Também recebeu medalha de mérito esportivo o Edilson Rocha (Tubiba), chefe da delegação do Time.
O Governador Geraldo Alckmin autorizou publicamente a renovação do convênio entre a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e o Comitê Paralímpico Brasileiro pra apoio aos atletas do paradesporto. “A professora Linamara já está autorizada a estudar o novo Convênio com o CPB”. O governador destacou o orgulho que o Time São Paulo levou para as competições e espera que no Rio, em 2016, a façanha seja repetida. ”A melhor maneira de apoiar e homenagear esses atletas é continuar com o apoio ao Time São Paulo Paralímpico. São cuidados médicos, nutricionais, material esportivo, bolsa atleta e muito mais”.
Daniel Dias, o nadador recordista mundial que trouxe na bagagem nada menos que seis medalhas de ouro, ganhas nas seis competições em que nadou, foi o porta-voz do Time São Paulo. Após agradecer em seu nome e do Time, ele “deixou” quem os homenageava sentir um pouco no peito o peso da medalha de ouro. Com seu largo sorriso, deu - por alguns momentos - cada uma de suas medalhas douradas para o Governador Alckmin, o Secretário de Esportes, a Dra. Linamara e o presidente do CPB, Andrew Parsons. Eles sentiram o “peso da responsabilidade”, mas antes que se “acostumassem” com tão valiosa preciosidade, Daniel já as foi recolhendo para deixá-las onde de fato - e de direito - devem ficar: em seu pescoço de campeão. Foram momentos de alegria e emoção.
A homenagem aos atletas contou com presenças distintas como a presidente da Laramara, Associação Brasileira de Apoio aos Deficientes Visuais, Mara Siaulys, de alunos e diretoria da APAE São Paulo e a representante da presidência do Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência (CEAPcD), Yara Savine, a deputada estadual Célia Leão, entre outros.
O Time São Paulo levou 24 atletas para as Paralimpíadas de Londres. Fruto da parceria do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) com o Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o Time São Paulo tem como objetivo principal preparar atletas de alto rendimento que tenham destaque em suas modalidades e chance de medalha em competições de peso, sobretudo os Jogos Paralímpicos de Londres 2012.
Confira quem faz parte do TIME SÃO PAULO PARALÍMPICO:
ATLETISMO
Terezinha Aparecida Guilhermina
Odair Ferreira dos Santos
Yohansson Nascimento Ferreira
Allan Fontelles Cardoso de Oliveira
Shirlene Santos Coelho
Daniel Mendes da Silva
Thierb da Costa Siqueira

Guilherme Soares Santana (atleta guia)
Carlos Antonio dos Santos (atleta guia)
Samuel Souza Nascimento (atleta guia)
Leonardo Souza Lopes (atleta guia)


NATAÇÃO

Daniel de Faria Dias
André Brasil Esteves
Carlos Alonso Farremberg

JUDÔ
Antônio Tenório da Silva
Daniele Bernardes da Silva
Lucia da Silva Teixeira

BOCHA
Elizeu dos Santos
Dirceu José Pinto


VELA

Bruno Landgraf da Neves
Elaine Pedroso da Cunha


REMO

Claudia Cícero dos Santos

CICLISMO
Soelito Gohr

Sabesp enviará contas de água em braille para deficientes visuais

Folha SP


A partir de dezembro, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) irá enviar a conta de água em braille aos clientes que tenham deficiência visual.
Todas as 363 cidades atendidas pela Sabesp no Estado de São Paulo contarão com o serviço.

"O cliente cadastrado receberá as duas contas, tanto a convencional como a em braille. O pagamento é efetuado por meio da conta em papel comum, onde está o código de barras", diz Regina Corrêa, gerente do Departamento de Gestão de Clientes da Superintendência de Marketing da entidade.

Para o cliente receber a conta especial, deve fazer o requerimento por meio da central telefônica (0800-055-0195) ou ir pessoalmente a uma agência de atendimento da Sabesp.

Para o cadastramento, a companhia exige apenas a comprovação da deficiência e o número do registro geral do imóvel, que vem impresso na conta.

Veja os motivos que levaram o Brasil a se tornar uma potência paralímpica

Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos comemoram a medalha de ouro na bocha


Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos



O Brasil encerrou a participação nas Paralimpíadas de Londres com uma campanha histórica. Foram 21 ouros, 14 pratas e oito bronzes, que resultaram na inédita sétima colocação no quadro geral de medalhas. Mas por que, ao contrário dos Jogos Olímpicos, o país está lado a lado dos melhores do mundo nas modalidades praticadas por deficientes? A reportagem do iG conversou com alguns especialistas e listou os principais motivos que colocaram a nação entre as mais relevantes do setor:

Investimentos no alto rendimento

O Brasil nunca investiu tanto nos atletas paralímpicos. Somente no último ciclo, os gastos voltados para atletas com deficiência pularam de R$ 77 milhões para R$ 165 milhões. A verba é originada da Lei Piva, Lei de Incentivo ao Esporte, apoio dos governos estaduais e patrocínios.

“Tivemos novos programas, como o Projeto Ouro. Escolhemos 15 atletas realizando uma preparação individualizada com cada um, cedendo equipe técnica própria, contratando sparrings e coisas do tipo. Além do pagamento fixo de bolsa-auxílio e tudo mais”, comentou o presidente do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), Andrew Parsons, ao citar um dos projetos de incentivo.

O problema é que, a exemplo do que acontece nas modalidades olímpicas, os investimentos ainda estão muito centralizados no alto rendimento. Com isso, a revelação de atletas nas equipes de base fica comprometida. Atualmente, ela está presa a torneios escolares e à atuação de “olheiros” à procura de novos talentos.






Grande população de deficientes no país

De acordo com pesquisa feita pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil conta com quase 20 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. O número é superior a populações inteiras de países como Chile e Holanda, o que aumenta o potencial de revelação de atletas.

Daniel Dias se consagrou nas Paralimpíadas de Londres como maior ganhador individual de medalhas de ouro, seis no total. Foto: Gety Images
Daniel Dias se consagrou nas Paralimpíadas de Londres como maior ganhador individual de medalhas de ouro, seis no total. Foto: Gety Images

Outro levantamento feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que a população ultrapassa os 45 milhões. Entretanto, a estimativa não é tão aceita no âmbito esportivo devido aos critérios mais brandos sobre deficiência adotados pela entidade.

Restrições sociais e preconceito no mercado de trabalho

Apesar de ser uma potência paralímpica, o Brasil é um país bem limitado em relação às condições dadas aos deficientes de maneira geral. Os problemas vão desde o preconceito social até à falta de inclusão no mercado de trabalho.

Terezinha com de seus acessórios coloridos na pista das Paralimpíadas
Terezinha com de seus acessórios coloridos na pista das Paralimpíadas

Para se ter uma ideia, um levantamento do Ministério da Educação apontou que existem apenas 12 mil alunos com deficiência cursando o Ensino Superior no Brasil: nada mais do que 0,2% dos seis milhões de estudantes universitários do país. Como consequência, muitos deficientes encaram o esporte como único projeto de carreira.

“O deficiente no Brasil praticamente não tem acesso aos direitos básicos de cidadania. O esporte às vezes é um meio de reabilitação à vida comunitária, mas isso também gera um grande problema, pois o atleta fica sem acesso à educação. É diferente de países como Estados Unidos, onde ele pode conciliar os treinamentos com os estudos. Aqui, não existe este tipo de oportunidade”, ressaltou Teresa Costa d’Amaral fundadora do IBDD (Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência).

Criação de ídolos paralímpicos

Desde Sydney-2000, o desempenho do Brasil nas Paralimpíadas é superior ao dos Jogos Olímpicos. Desta forma, o país conseguiu lançar uma série de ídolos que ajudaram a incentivar a prática esportiva dos deficientes.

Não existem levantamentos realizados sobre o número de praticantes das modalidades no país por conta aos diferentes critérios adotados sobre cada deficiência, mas a estimativa é que o número tenha dobrado somente na última década.

“O bom desempenho geral do Brasil nas Paralimpíadas gera ídolos e são eles que inspiram os novos atletas. Os meninos olham para nomes como Antônio Tenório e Clodoaldo Silva e sonham em praticar o esporte no alto rendimento”, destacou Andrew Parsons.