domingo, 7 de outubro de 2012

Campanha 'Outubro Rosa' orienta sobre câncer de mama em Rio Claro


Objetivo é conscientizar as mulheres sobre os exames necessários.
Até 2013, cerca de 53 mil novos casos serão detectados no Brasil.


Rio Claro (SP) está participando pela primeira vez da campanha mundial “Outubro Rosa” que tem o objetivo de ressaltar a importância da prevenção do câncer de mama, o tipo que mais atinge as mulheres.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, entre 2012 e 2013, cerca de 53 mil novos casos serão detectados em todo o Brasil. “Em relação ao câncer de mama a prevenção não é completamente eficaz, mas a mulheres podem previnir, evitando a obesidade e adequando um bom estilo de vida”, disse o oncologista Daniel Butros.
Ainda segundo Butros, a única forma de diagnóstico é pela mamografia. “O exame de raio-x deve ser realizado a partir dos 40 anos anualmente. O autoexame é necessário a partir dos 20 anos, mas não substitui a mamografia”, disse Butros.
A campanha na Santa Casa de Misericórdia, que tem uma unidade de oncologia, fará uma série de atividades para conscientizar as mulheres dos exames preventivos. “A população tem que se conscientizar que o câncer de mama é curável, desde que a mulher realize a mamografia. É um exame um pouco doloroso, mas necessário”, destacou o oncologista.
Outubro Rosa
Anualmente, o Outubro Rosa é celebrado em diversos países. O mês da prevenção e detecção precoce do câncer de mama teve sua primeira edição na Califórnia (EUA), em 1997, e espalhou-se pelo mundo.
As campanhas divulgam informações sobre a doença e, especialmente, a importância de detectá-la em estágio inicial, quando as chances de cura chegam a 100%.
 G1 São Carlos e Araraquara,

Portadores de necessidades especiais vencem preconceitos e cativam lugar no mercado de trabalho


Conheça histórias como a de Alexandre Abade que, mesmo com uma doença rara e mais de 300 fraturas pelo corpo, possui dois empregos e administra uma microempresa
Daniel Ferreira/CB/D.APress
Em 2011, 34.395 pessoas com deficiência foram encaminhadas ao mercado de trabalho em todo o país
Conquistar um espaço no mercado de trabalho não é tarefa fácil para ninguém. Para as pessoas com limitações físicas, que durante muito tempo estiveram segregadas na sociedade, os desafios ainda são grandes. Isso porque o conceito de que são pessoas frágeis acabou por reforçar preconceitos e manteve os deficientes longe das disputas de vagas no mercado de trabalho. Entretanto, a realidade está mudando. Segundo o Ministério do Trabalho (MTE), as contratações de pessoas com deficiência têm aumentado anualmente. Em 2011, esse número teve crescimento de 19,62%, com relação a 2010, atingindo 34.395 pessoas encaminhadas ao mercado de trabalho em todo o país.

Aos poucos, esses profissionais mostram que as limitações podem ser vencidas todos os dias. Para eles, ter um emprego é o resgate da dignidade e cidadania. Esse é o caso de Alexandre Abade. Ele nasceu com osteogênese imperfeita, uma doença rara popularmente conhecida com “ossos de vidro”. Em síntese é a falta de colágeno nos ossos, que os torna facilmente quebráveis. Ele superou todas as expectativas médicas que o condenavam a viver, no máximo, até os 17 anos. Hoje, aos 32, é formado em Gestão de Marketing e Microempresas, cursa o 8º semestre da segunda graduação e tem dois empregos.

Nem as mais de 300 fraturas pelo corpo pararam o homem de pouco mais de 1,20m de altura. Desde 2009, ele trabalha na secretaria paroquial da Igreja São Vicente de Paulo, em Sobradinho. Em 2008, Alexandre começou a ministrar palestras de motivação em empresas, escolas, universidades e igrejas e, em julho deste ano, deu mais um passo: se tornou um microempreendedor individual.

Alexandre nunca andou, não brincou com outras crianças nem ao menos segurou objetos com as mãos, mas a doença não o impediu de conquistar a independência profissional. “Eu nunca fiquei estagnado. Minha deficiência não me impede de fazer nada. Não é porque tenho limitações físicas que vou ficar escondido”, ensina.

Para ele, o trabalho é mais do que um salário. “É o crescimento como pessoa. É a quebra de paradigmas. É uma fonte de dignidade, oportunidades e descobertas”, declara. Segundo a amiga de trabalho de Alexandre, que o acompanha nas palestras e no serviço da igreja, Simone de Moraes, ainda existem muitos preconceitos que atrapalham o deficiente a entrar no mercado de trabalho. “As pessoas têm dificuldade para aceitar que o deficiente é capaz. Até parece que um cadeirante não pode ter amigos, não pode namorar”. E completa: “a pior deficiência não é a física nem mental, é a da alma”.

Alexandre conta que, além de profissionalização e maiores oportunidades de emprego, o portador de necessidades especiais ainda precisa vencer a barreira da mobilidade. Na opinião dele, muitas empresas não são adaptadas para receber cadeirantes, por exemplo. “As dificuldades são muito grandes, ainda falta muito para ficar bom. São muitas teorias e pouca prática”, lamenta.

Profissionalização

As oportunidades de emprego estão estreitamente ligadas à profissionalização. Em 2012, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) criou 20 mil vagas para pessoas com deficiência. Além disso, o Plano Viver Sem Limites, do Governo Federal, prevê uma série de ações de inserção do deficiente nas instituições de ensino superior e a implantação de núcleos de acessibilidade em 55 universidades federais.

Na capital do país, a Associação dos Deficientes de Brasília (ADB), trabalha há 12 anos com a profissionalização de portadores de necessidades especiais. Entre os cursos oferecidos estão os de informática, artesanato e culinária. Para a presidente e fundadora da associação, Maria de Fátima Amaral, a principal dificuldade que o portador de necessidades especiais encontra na hora de conseguir um emprego é justamente a formação profissional. “Poucos deficientes têm nível superior, mas a grande maioria não tem nenhum tipo de qualificação. A capacitação é importante porque direciona o profissional para o mercado de trabalho”, explica.

Maria de Fátima, 45 anos, também tem uma história de superação. Ela teve poliomielite aos dois anos de idade e, desde então, necessita do auxílio de uma cadeira de rodas para se locomover. Para ela, o trabalho é uma forma de buscar novas perspectivas de vida. “É o resgate da cidadania, você começa a sonhar e crescer. E tudo isso começa pelo emprego”, destaca.

Além de apresentar novos horizontes para quem nasceu com alguma deficiência, a associação também faz a recolocação profissional de quem sofreu acidente e adquiriu sequela física. Atualmente, a associação tem 530 cadastrados. Os números são positivos, segundo a presidente da ADB. Segundo ela, metade das pessoas que fazem os cursos de qualificação consegue um lugar no mercado de trabalho.

Acessibilidade na web

A recolocação no mercado de trabalho é também o que faz o deficienteonline, uma agência de empregos virtual para pessoas com deficiência. Hoje o site tem mais de 26.800 candidatos inscritos e 2.800 vagas de emprego. Ao todo mais de 215 mil páginas visitadas por mês e 127 mil buscas de vagas mensais em todos os estados do Brasil.

Segundo os criadores do site, o casal Kelli e Cláudio Tavares, a ideia é reunir em um só lugar oportunidades de emprego para deficientes e empresas que querem contratar esses profissionais. Kelli, que é gerente de Recursos Humanos, conta que no início as empresas só procuravam profissionais para ocupar cargos operacionais. Gradativamente, a realidade está mudando. No site são oferecidas vagas até para médicos, dentistas e profissionais de TI. “Os gestores às vezes esquecem que eles estão à procura de um profissional e não de uma deficiência”, esclarece.

O site é pago para empresas e totalmente gratuito para candidatos. Para cadastrar o currículo basta acessar (www.deficienteonline.com.br/).

Curso:Comunicação Aternativa