domingo, 26 de fevereiro de 2012

Técnicos avaliam a acessibilidade em prédio público de Curitiba. E nos outros prédios?


Técnicos da Secretaria da Pessoa com Deficiência de Curitiba avaliaram na semana passada a acessibilidade nos prédios onde estão as sedes da Secretaria Estadual da Fazenda e da Agência de Fomento do Paraná, no centro de Curitiba.
Localizado na Vicente Machado, em uma edificação da década de 70, o prédio precisa de algumas modificações para se adequar as questões da norma técnica NBR-9050.
Participaram da vistoria ao prédio os integrantes do grupo recém criado pela Vice-Governadoria do Estado responsável pela avaliação da acessibilidade arquitetônica nas instituições de atendimento ao público no estado do Paraná.
A vistoria é importante e a acessibilidade arquitetônica não é o único foco da visita. Os técnicos trabalharão também questões ligadas ao atendimento à pessoa com deficiência, pontuando, obrigatoriamente a atitude dos servidores públicos diante desse público específico.
A Vicente Machado é uma avenida que não conta com um número expressivo de estações tubo em sua extensão (na verdade acho que não há nenhuma por ali), ou em suas proximidades. Para chegar à região, o cadeirante depende dos ônibus equipados com elevadores, o que provoca um fluxo menor de deficientes, em comparação com regiões como a Rua XV, a Praça Ozório, o Passeio Público, as avenidas Sete de Setembro e República Argentina, entre muitos outros locais.
A localização do prédio que foi vistoriado me fez querer lançar uma pergunta sobre avaliações como essa em outros pontos da cidade. A Secretaria da Pessoa com Deficiência já fez vistorias nos estabelecimentos comerciais dessas regiões, com melhor estrutura para a circulação de deficientes?

 / A região da Rua XV, Rua das Flores e Praça Ozório conta com uma série de estabelecimentos comerciais. Com transporte público eu chego lá. Será que chego a todas as lojas?A região da Rua XV, Rua das Flores e Praça Ozório conta com uma série de estabelecimentos comerciais. Com transporte público eu chego lá. Será que chego a todas as lojas?
As lojas do centro da cidade oferecem produtos com preços mais em conta, mas elas estão preparadas para receber uma pessoa com deficiência? Na própria Rua XV me lembro de ter visto estabelecimentos com dois andares, ou restaurantes localizados no 2º andar de construções antigas. Também já me deparei com farmácias que contam com rampas de entrada, mas construídas de maneira completamente inadequada. Esse tipo de problema urbano limita não só a circulação do deficiente, mas tolhe a sua escolha econômica, forçando-o por vezes a recorrer a shoppings, que dispõem de uma estrutura melhor, mas preços mais elevados.
Você, dono dos estabelecimentos, consegue perceber que melhorando a acessibilidade à sua loja, pode aumentar a capilaridade do seu negócio? Você vê a pessoa com deficiência como um nicho de mercado? Essa questão é discutida pelos órgãos públicos?
 Rafael Bonfim