sábado, 5 de janeiro de 2013

Formandos da FEI desenvolvem projeto para facilitar acesso de cadeirante à piscina.


Para facilitar o acesso de cadeirantes à piscina, um grupo de formandos do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) desenvolveu uma plataforma mecânica que tem capacidade para suportar até 650 quilos e se desloca até 1,5 metro de profundidade. Esse e mais 11 projetos serão apresentados no dia 14 dezembro, às 19h30, no Ginásio de Esportes do campus São Bernardo (avenida Humberto de Alencar Castelo Branco, 3.972, bairro Assunção), durante a 31ª Expo MecPlena, mostra de projetos de formatura dos alunos do curso de Engenharia Mecânica Plena da FEI.
Acesso de cadeirantes à piscinas.
Acesso de cadeirantes à piscinas.
Denominado de Hydro Lifter, o projeto consiste no desenvolvimento de uma plataforma feita de aço inoxidável para cadeirantes, que ao ser acionada por uma alavanca se deslocará até 1,5 metro de profundidade na piscina. Além do baixo custo estimado – cerca de R$ 5 mil – comparado com os equipamentos existentes no mercado, que podem chegar a R$ 10 mil, o Hydro Lifter tem como vantagem ser uma plataforma mecânica. Já os equipamentos semelhantes são hidráulicos ou eletrônicos, o que encarece o custo.
Para facilitar a produção de pizza, os alunos do projeto Angá Pizza desenvolveram uma máquina que integra os processos de dosagem e abertura da massa. Primeiramente, o operador abastece um recipiente com massa crua de pizza. A partir do acionamento da máquina, a massa é dosada por meio de um processo de extrusão e depositada em um prato, que é movido pelo operador até o processo de abertura da massa. “O projeto também engloba uma máquina para cortar de forma uniforme os pedaços de pizza”, destaca o formando Rodrigo Fernandes Lepinski, 23 anos.
Já na área de infraestrutura urbana os formandos propõem difundir o uso de máquina com ferramenta serra copo, utilizada para abertura de valas no asfalto e, posteriormente, recondicionamento do pavimento. De acordo com os alunos autores do projeto Asfalcut, o método proposto é pouco utilizado no Brasil, já que o mais comum é a britadeira. “Além de ter melhor ergonomia, o serviço é executado de forma mais rápida e o nível de ruído é menor, comparado à britadeira”, afirma o aluno Douglas Borgas Uzun, de 23 anos. O custo está estimado em R$ 15 mil. O equipamento, que necessita de um operador, também pode ser acoplado à caçamba de uma picape cabine simples.

http://www.mundodiversidade.com.br

Casa Acessível para Pessoas Deficientes e Idosos


Ex-aluno da Apae chamado de 'bobo' é escolhido presidente da Câmara em SP Uol Notícias/WM


Um vereador eleito para o sétimo mandato em Sertãozinho (333 km de São Paulo) é um exemplo de superação. Até os nove anos de idade, Rogério Magrini dos Santos, 45, não falava nem andava. Ele vivia num carrinho de bebê e era cuidado por alguns dos sete irmãos enquanto a mãe ia trabalhar na colheita da cana. A família, segundo ele, vivia numa casa de apenas um cômodo.
As limitações de fala e locomoção de Santos, porém, começaram a ser vencidas depois que ele foi matriculado na Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais), aos sete anos. Dois anos depois, graças a sessões de fonoaudiologia, passou a falar e, aos dez anos, a caminhar.
Nas ruas, porém, Santos passou a ser alvo de preconceito. "Os meninos me chamavam de bobo, louco, doido. Aí eu chorava e ia contar para a minha professora da Apae. Ela me dizia que ninguém é melhor do que ninguém e que eu deveria acreditar em mim e vencer. Foi o que aconteceu."
Dessa época veio o apelido de "Zezinho Atrapalhado", que, nas disputas eleitorais, acabou rendendo a Santos as maiores votações para a Câmara de Sertãozinho nos últimos 27 anos. Ele afirma que não se chateia mais quando é chamado pelo apelido. "Eu gosto, acho carinhoso. Hoje é o meu nome artístico", afirma.
Além de vereador pelo PTB, Zezinho Atrapalhado é humorista e costuma fazer de três a quatro shows por mês vestido de palhaço. No último, realizado em Bebedouro (381 km de São Paulo), afirma ter atraído 15 mil crianças.
Corte nos gastos
Se nos palcos o artista Zezinho Atrapalhado procura agradar a plateia, na Câmara de Sertãozinho o vereador, que é presidente da Casa, pretende fazer o oposto. A palavra de ordem do ex-estudante da Apae é cortar gastos.
"Ontem mesmo já demiti 22 pessoas. Foi uma choradeira, e eu chorei junto com as pessoas. Mas acho que o dinheiro público é para fazer escola e creches e não para gastos desnecessários. Também devolvi a máquina de café, que custava R$ 3.000 por mês, e já estou negociando o aluguel do prédio da Câmara."
Zezinho Atrapalhado afirma que fez voto de pobreza aos 14 anos. Ele se casou com separação de bens com uma "mulher rica", que herdou fazenda, e tem uma filha adolescente. "Eu tenho apenas um carro básico e um salário de R$ 7.800 de vereador. Não preciso de nada mais do que isso."
Para se eleger vereador, Zezinho Atrapalhado afirma não fazer gastos e apenas usar a experiência de garoto-propaganda, uma de suas primeiras profissões. Os votos são pedidos mediante panfletos e uma bicicleta equipada com um aparelho de som.
Divulgação
Zezinho foi escolhido presidente da Câmara de Sertãozinho

Exames de alunos cegos com formatos digitais

Os enunciados das provas finais e dos exames nacionais para alunos cegos e com baixa visão serão apresentados este ano num formato digital específico ou em documento com entrelinha 1,5, em formato PDF, anunciou o Ministério da Educação.
por Lusa, texto publicado por Paula Mourato

Fotografia © direitos reservados 
Estas duas soluções, a utilizar em alternativa, considerando o enquadramento específico das necessidades de cada aluno, constituem a resposta técnica que visa "contribuir para a melhoria das condições operacionais de realização de provas e de exames", anunciou o Ministério da Educação e Ciência (MEC).

Fica salvaguardada a possibilidade de este ano, com caráter transitório, os alunos que não reúnam condições para realizar as provas em formato DAISY (Digital Accessible Information System), poderem fazê-las transcritas em Braille.

Segundo o MEC, desde 2005 que são produzidos em Portugal manuais escolares e outros livros no sistema DAISY, um formato áudio-digital com funcionalidades acrescidas para pessoas cegas ou com baixa visão.

Estes livros caracterizam-se pela sincronização entre a informação áudio e a informação escrita que permite simultaneamente ler e ouvir ler, possibilitando manipular e ajustar a cada utilizador a velocidade de leitura áudio, o tamanho dos caracteres e o contraste entre as cores do texto no ecrã.

De acordo com a descrição do MEC, é ainda possível localizar informação textual, colocar marcadores no texto e inserir comentários e notas pessoais, bem como "navegar ao longo dos documentos, por capítulo, subcapítulo e secções".

Para o MEC, trata-se de "uma interessante opção de acesso à leitura", no âmbito da realização de atividades em sala de aula, sendo tais potencialidades extensivas "a contextos de avaliação formal".

Para que o sistema funcione, foi concebido um plano nacional de acompanhamento às escolas, no âmbito do qual os profissionais que integram os centros de recursos TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) assumem a "primeira linha de apoio" aos docentes que trabalham diretamente com estes alunos, como os professores de educação especial e titulares de turma.

Os elementos daqueles centros de recursos (CRTIC) vão contactar já nos próximos dias as direções dos agrupamentos de escolas das respetivas áreas geográficas.

"Oportunamente será divulgado o elenco completo das adaptações a disponibilizar este ano letivo", afirma o MEC, segundo o qual a lista apresentará - à semelhança dos anos anteriores - "soluções destinadas a alunos daltónicos e com limitações motoras severas".

Os pedidos de provas adaptadas devem ser dirigidos ao Júri Nacional de Exames.

No caso específico dos ficheiros entrelinha 1,5 (PDF), a consulta e utilização para treino, como a ampliação/redução, deslocação horizontal e vertical no documento, poderá ser feita nos ficheiros das provas e exames de 2012, bem como nos ficheiros dos testes intermédios, disponíveis na página eletrônica da Direção-Geral da Educação.

O ministério diz, em comunicado, que norteia a aposta nestas plataformas pelo princípio de que nenhum aluno, por condições de deficiência ou incapacidade, deverá estar limitado no acesso à leitura e à informação escrita.

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O Flexmotor foi criado a partir da necessidade e carência de um produto que realizasse exercícios para quem não possui movimento nos braços e nas pernas, e, logo de início, mostrou-se um sucesso.

Ideal nas terapias de Lesão Medular, AVC, Parkinson, Esclerose Múltipla, etc.

Opcional: Sensor de Espasticidade.

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Entrevista: não matricular crianças com deficiência é crime


A coordenadora do Fórum Nacional de Educação Inclusiva, Claudia Grabois, concedeu entrevista à GloboNews a respeito do direito à educação inclusiva. Recentemente, a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (CONFENEN), em seu boletim (páginas 8, 9 e 10), afirmou que escolas privadas podem restringir o acesso e a permanência na educação de pessoas com deficiência e afirmou ser legítimo discriminá-las e excluí-las do sistema educacional comum.
Na entrevista, Claudia Grabois esclareceu que as escolas privadas não são regidas por legislação diferenciada e que, à parte disso, discriminar é crime. Negar ou fazer cessar matricula por motivo de deficiência é crime, com pena de reclusão de 1 a 4 anos (Lei 7.853/89). Clique na imagem abaixo a assista ao vídeo.
claudia_globonews
http://globotv.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/v/escolas-que-nao-aceitarem-criancas-com-deficiencia-podem-ser-denunciadas-por-crime/2270199/

Selo "Aqui tem Acessibilidade".Assunto sempre em pauta.Aqui no FUTURO!!!




 O que sai nas mídias....









O seu estabelecimento comercial é acessível?

A Prefeitura de São Caetano do Sul através da SEDEF certifica estabelecimentos acessíveis.

Adesivos – Numa ação para reconhecer que proprietários de estabelecimentos da cidade estão adequando seus comércios às normas de acessibilidade, a secretária Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida está visitando locais para colocar um selo que atesta essa situação. Na quarta-feira (23/5), a titular da Sedef realizou a ação no restaurante Santa Pasta, situado na Rua Amazonas. Leia mais>>

Fonte: Sítio da Prefeitura de São Caetano do Sul



Movimento Inclua-se comenta!

A primeira vez que nos deparamos com este "selo" ...




 Imagem compartilhada no facebook.

... fora justamente no restaurante Santa Pasta (nhoque e risoto tudo de bom!) - onde o mesmo estava fixado na parede do vão de acesso que separa o restaurante propriamente dito da rotisserie. Perguntamos ao garçon, que nos recepcionara, sobre o selo, e ele nos dissera que fora uma moça da Prefeitura (trata-se da secretária da Sedef Lilian Cristina Fernandes, indicada a pasta pela Deputada Federal Mara Gabrilli - PSDB) que entregara o selo aos donos após alguns dias de ter lá jantado com um grupo de pessoas, dentre elas, pessoas usuárias de cadeira de rodas. O grupo ficou entusiasmado ao se deparar com a rampa no acesso e os sanitários largos (raridade em São Caetano!), comentou o garçon. E que fora solicitado para que colocassem as barras também no sanitário masculino, uma vez que somente o feminino possui as barras de apoio ao lado do vaso sanitário.

Pelo que notamos no relato do garçon, e após ter observado o restaurante, não houve por parte da Sedef, na pessoa da secretária Lilian Fernandes (Lilian é formada em Direito), uma avaliação criteriosa fundamentada tanto no Decreto-Federal 5296-04 e no conceito do Desenho Universal, quanto na norma técnica NBR 9050-04 (a norma está sendo revisada) que estabelecem os parâmetros para que os ambientes sejam projetados garantindo o acesso e o uso com autonomia, independência, conforto e segurança a TODAS as pessoas a TODOS os ambientes.

Tomamos a liberdade e fizemos uma imagem do sanitário feminino, sanitário este que não segue o básico que determina a norma técnica NBR 9050-04...


 
  Sanitário feminino do restaurante Santa Pasta.
Imagem de Tuca Monteiro.

Observa-se que:

As barras de apoio estão inadequadas - a barra da parede do fundo esta na vertical 
quando deveria estar na horizontal e ambas não seguem as dimensões especificadas pela norma (1); a válvula de descarga seria mais funcional se fosse de alavanca (veja ex.imagem abaixo), embora a norma não estabeleça como sendo um item obrigatório (2); o papeleiro embutido deve estar na parede lateral e a 0,15m da borda frontal da bacia (3); a lixeira, embora não haja menção sobre na norma técnica, NÃO deve ter tampa! (4); o sóculo na base da bacia deve acompanhar a PROJEÇÃO da base da mesma, ou seja, NÃO deve ter quinas (5). Obs.: não fizemos a medição das distâncias dos itens citados.

 Sanitário dito "acessível" do Cristo Redentor na cidade de Socorro - SP
 Imagem de Amilcar Zanelatto


Também não há lavatório dentro do sanitário e dispositivo de sinalização de emergência ao lado da bacia (o sanitário é isolado), itens que, segundo a norma, são obrigatórios

Na imagem abaixo, um exemplo de sanitário conforme os parâmetros da NBR 9050-04.

Desenho esquemático segundo parâmetros da NBR 9050-04.
Fonte: Cartilha de Acessibilidade do Governo do Distrito Federal.



Enfim, o restaurante Santa Pasta, da rua Amazonas, tem um pouco mais de um ano de funcionamento; portanto, deveria estaradequado plenamente aos princípios do Desenho Universal e à norma NBR 9050-04, já que o imóvel (antes uma borracharia) fora totalmente reformado: é o que determina o Decreto-Federal 5296-04. E caberia à Prefeitura, segundo o Decreto citado, apontar, no projeto, os equívocos, e fiscalizar o andamento da reforma ou construção; mas não o fazem: aprovam os projetos quando corrigidos, mas a fiscalização não está qualificada para exigir a execução correta e isso acarreta a emissão de habite-ses e alvarás à revelia. E isso é umas das consequências de uma má gestão: se o conceito do Desenho Universal (DU) tivesse sido exigido pela Prefeitura, a organização espacial do restaurante teria sido outra, inclusive o acesso!

Outro estabelecimento que recebera o tal selo fora o Vivano Grill. Tomamos ciência do fato pelo facebook do Movimento Inclua-se!, ao ser compartilhada uma imagem do selo pelo perfil do próprio restaurante. Obviamente que questionamos e a imagem fora "deletada" de imediato.

Postamos, em seguida ao ocorrido, esta imagem da rampa de acesso do famoso e bem frequentado restaurante, inclusive por muitos políticos da cidade, entre eles, o Prefeito!


Rampa de acesso do Vivano Grill.
Imagem de Tuca Monteiro.

Rampa esta que possui mais de 22% de inclinação, sendo que a inclinação máxima permitida pela NBR 9050-04 é de 8,33% - lembrando que as rampas confortáveis têm no máximo 6% de inclinação (3); que não possui a guia de balizamento (2) e nem os corrimãos em duas alturas (1). Também não há comunicação tátil para pessoas com deficiência visual, tanto no piso quanto nos corrimãos e é corriqueiro encontrarmos objetos obstruindo o acesso à rampa, como o cinzeiro e a corrente bloqueando a passagem, além das "almofadinhas" para identificação dos carros pelos "valets" sobre o patamar da rampa. 'Genuínos' exemplos de barreira de atitude!

Atenção! Mesmo que esta rampa estivesse com inclinação adequada e com todos os itens de acessibilidade especificados na NBR 9050-04, continuaria irregular, pois a mesma fora construída sobre o passeio público! Segundo a norma citada,  ajuste de soleira deve ser executado dentro do imóvel, jamais sobre o passeio público.


As cabines "acessíveis" dos sanitários, tanto feminino quanto masculino, também apresentam alguns equívocos de projeto ou execução:

Cabine acessível do sanitário feminino - Vivano Grill.
Imagem de Tuca Monteiro.


A bacia, assim como o assento, possui abertura frontal que dificulta o uso das pessoas com paraplegia - o curioso é que este tipo de bacia não está especificado na NBR 9050-04 e, no entanto, está sendo adotada por muitos profissionais e é comum encontrá-las nos edifícios públicos como nas escolas da rede municipal (1); a barra na parede ao fundo está acima dos 0,75 m especificados pela norma (2); a válvula de descarga não possui alavanca, como já citei anteriormente (3); o dispositivo com capas descartáveis para o assento, embora não seja um item exigido pela norma - mas que é muito bem-vindo - está fora do alcance de uma pessoa usuária de cadeiras de rodas (4). O lavatório não possui espelho, nem saboneteira e papeleira. A torneira também não é a adequada (5); assim como não tem a barra de apoio em seu entorno (6). Estes são itens obrigatórios!

Exemplo de lavatório com os  itens de acessibilidade.
Sanitário do Hospital Albert Sabin. 
Imagem de Tuca Monteiro com Fabio Minjoni



Existem puxadores horizontais para auxiliar tanto na abertura quanto no fechamento da  porta, que é de vidro; porém, estão a uma altura de aproximadamente 1,20m do piso quando o correto, segundo a norma, é 0,90m (7). Tive dificuldades para  trancar a porta. Na verdade  não consegui manusear o trinco cujo mecanismo não é o indicado: o ideal é um sistema de alavanca de amplo alcance e fácil manuseio (8). 


Cabine acessível do sanitário feminino - Vivano Grill.
Imagem de Tuca Monteiro.


E também encontramos um objeto que jamais deveria estar dentro de sanitários e cabines universais: os armários para guardar produtos de limpeza! ...


Cabine acessível do sanitário feminino - Vivano Grill.
Imagem de Tuca Monteiro.

Ambas as cabines acessíveis dos sanitários do Vivano Grill possuem estes armários que comprometem justamente a área de giro da cadeira de rodas

As cabines possuem de largura 1,50m e de comprimento 1,80m e, devido a disposição da bacia, a circulação fica comprometida: uma pessoa usuária de cadeira de rodas, se não tiver perfeito movimento de tronco e braços, terá dificuldades para fechar a porta por causa da localização da bacia e a ausência de área de aproximação, por exemplo.


Outro local que recebera o selo fora a Câmara Municipal Legislativae talvez este fato tenha sido em virtude da equivocada matéria"Câmara é perfeita em acessibilidade...".
Faremos uma série de postagens demonstrando os equívocos na Praça Cívica, na Plenária e gabinetes dos vereadores, afinal em uma obra onde foram gastos trinta milhões de reais (!) o Desenho Universal e os itens de acessibilidade deveriam estar presentes nos mínimos detalhes.

Um exemplo do não cumprimento do Decreto-Federal 5296-04 está justamente no acesso principal da Praça Cívica...

Câmara Municipal Legislativa.
Imagem Tuca Monteiro.

As rampas estão com 11% de inclinação - a inclinação máxima é de 8,33% (o que exige um certo esforço físico) -, não há corrimãos nas rampas, nem comunicação tátil e guia de balizamento. O extenso patamar, que está a 0,21m de altura com relação ao nível da calçada, não possui guarda-corpo - item de segurança.

Reparem que existe um "remendinho" entre o patamar da rampa e o piso da praça Cívica, pois há um desnível entre ambos, desnível este que não deveria existir (ou fora erro de projeto ou de execução); afinal, devemos eliminar as barreiras existentes e JAMAIS arquitetar novas barreiras, inclusive barreiras devido à falta de manutenção (vide http://incluase.blogspot.com.br/2012/06/barreira-atitudinal-rampa-de-acesso.html ).

Rampa de acesso à Praça Cívica - 
remendinho no piso para eliminar o desnível.
Imagem de Amilcar Zanelatto.


E o pior de tudo: 

as rampas estão sobre o passeio público do mesmo modo que a rampa do Vivano Grill! 


Estas foram algumas observações pontuais sobre alguns itens de acessibilidade da NBR 9050-04. Existem muitos outros itens a serem observados, inclusive quanto aos princípios do Desenho Universal (DU) e erros crassos de projeto; mas acredito que dera para demonstrar que ambos os estabelecimentos, assim como a Câmara, não estão adequados (caso do Santa Pasta) nem adaptados (caso do Vivano Grill) às leis e normas de acessibilidade para que a Secretaria Municipal dos DIREITOS da Pessoa com Deficiência (SEDEF) entregasse um selo atestando,  sem critério algum, que ambos os estabelecimentos estejam acessíveis às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

Talvez a Sedef não saiba que há uma Lei Federal no. 7405-85 que estabelece critérios para a colocação do Símbolo Universal de Acesso; e é justamente nesta lei e no Decreto-Federal 5296/04 que a Secretaria deveria se basear para atestar e entregar "selos"! 

Lembrando que o prazo para que todos os estabelecimentos comerciais e de serviços estejam de acordo com as leis de acessibilidade expirou em 2008 e, para os próprios municipais, o prazo expirou em 2007.

Obs.: A questão será levada para a apreciação do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida. Havendo retorno postaremos na caixa de comentários.

 Tuca Monteiro.
Na luta pela REAL Acessibilidade!
Fonte:http://incluase.blogspot.com.br/2012/08/selo-aqui-tem-acessibilidade.html


BRASIL: AMPARADOS POR LEI, AUTISTAS AINDA SOFREM COM PRECONCEITO

Uma nova lei garante direitos às pessoas que sofrem com autismo, um transtorno que pode afetar os movimentos, a comunicação e socialização. Mas esse avanço vai depender, principalmente, do fim do preconceito.

Reportagem de Aline Midlej 
Isabella Cavichiolli - 9 anos
Fernanda Rachel - desenhista
Fábio Bittar - estudante

Acesse o vídeo exemplos de superação e inclusão AUTISTA no Brasil

http://bandnewstv.band.uol.com.br/noticias/conteudo.asp?ID=641305&tc=brasil-amparados-por-lei-autistas-ainda-sofrem-com-preconceito

COMO SERIA ESTAR POR TRÁS DOS OLHOS DE UM AUTISTA?



http://lounge.obviousmag.org/
"O autismo me prendeu dentro de um corpo que eu não posso controlar" - conheça a história de Carly Fleischmann, uma adolescente que aprendeu a controlar o autismo para se comunicar através de palavras escritas em um computador após 11 anos de enclausuramento dentro de si mesma, e assista também o video interativo "Carly's Café", no qual você poderá vivenciar alguns minutos da experiência de um autista por trás dos olhos de um.


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Lê se na tela de um computador: "Meu nome é Carly Fleischmann e desde que me lembro, sou diagnosticada com autismo", a digitação é lenta, a idéia não é concluída sem algumas interrupções, é assim que Carly trava contato com o mundo. Carly é uma adolescente de Toronto, Canadá, e atravessou uma batalha na vida. Ajudada pelos pais, ela conseguiu superar a barreira máxima do isolamento humano.
“Quando dizem que sua filha tem um atraso mental e que, no máximo atingirá o desenvolvimento de uma criança de seis anos, é como se você levasse um chute no estômago", diz o pai de Carly. Ela tem uma irmã gêmea que se desenvolvia naturalmente, e aos dois anos, ficou claro que havia algo de errado. Ela estava imersa no oceano de dados sensoriais bombardeando seu cérebro constantemente. Apesar dos esforços dos pais, pagando profissionais, realizando tratamentos, ela continuava impossibilitada de se comunicar e de ter uma vida normal. O pai de Carly explica que ela não era capaz de andar, de sentar, e todos doutores recomendavam: "Você é o pai. Você deve fazer o que julgar necessário para esta criança".
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Eram cerca de 3 ou 4 terapeutas trabalhando 46 horas por semana. Os terapeutas acreditavam que Carly fosse mentalmente retardada, portanto, sem esperanças de algum dia sair daquele estado. Amigos recomendavam que os pais parassem o tratamento, pois os custos eram muito altos. O pai de Carly, no entanto, acreditava que sua criança estava ali, perdida atrás daqueles olhos: "Eu não poderia desistir da minha filha".
Subitamente aos 11 anos algo marcante aconteceu. Ela caminhou até o computador, colocou as mãos sobre o teclado e digitou lentamente as letras: H U R T - e um pouco depois digitou - H E L P. Hurt, do inglês "Dor", e Help significa "Socorro". Carly nunca havia escrito nada na vida, nem muito menos foi ensinada, no entanto, foi capaz de silenciosamente assimilar conhecimento ao longo dos anos para se comunicar, usando a palavra pela primeira vez, em um momento de necessidade extrema. Em seguida, Carly correu do computador e vomitou no chão. Apesar do susto, ela estava bem. "Inicialmente nós não acreditamos. Conhecendo Carly por 10 anos, é claro que eu estaria cético", disse o pai.
Os terapeutas estavam ansiosos para ver provas e os pais incentivavam Carly ao máximo para que ela se comunicasse novamente. O comportamento histérico de Carly permanecia exatamente como antes e ela se recusava a digitar. Para força-la a digitar, impuseram a necessidade. Se ela quisesse algo, teria que digitar o pedido. Se ela quisesse ir a algum lugar, pegar algo, ou que dissessem algo, ela teria que digitar. Vários meses se passaram e ela percebeu que ao se comunicar, ela tinha poder sobre o ambiente. E as primeiras coisas que Carly disse aos terapeutas foi "Eu tenho autismo, mas isso não é quem eu sou. Gaste um tempo para me conhecer antes de me julgar".
A partir dai, como dizem os pais, Carly "encontrou sua voz" e abriu as portas de sua mente para o mundo. Ela começou a revelar alguns mistérios por trás do seu comportamento de balançar os braços violentamente, e de bater a cabeça nas coisas, ou de querer arrancar as roupas: "Se eu não fizer isso, parece que meu corpo vai explodir. Se eu pudesse parar eu pararia, mas não tem como desligar. Eu sei o que é certo e errado, mas é como se eu estivesse travando uma luta contra o meu cérebro".
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"Eu gostaria de ir a escola, como as outras crianças. Mas sem que me achassem estranha quando eu começasse a bater na mesa, ou gritar. Eu gostaria de algo que apagasse o fogo". Carly explica ainda que a sensação em seus braços é como se estivessem formigando, ou pegando fogo. Respondendo a uma das perguntas que fizeram a ela, sobre porquê às vezes ela tapa os ouvidos e tapa os olhos, ela explica que isso serve para ela bloquear a entrada de informações em seu cérebro. É como se ela não tivesse controle e tivesse que bloquear o exterior para não ficar sobrecarregada. Ela explica ainda que é muito difícil olhar para o rosto de uma pessoa. É como se tirasse milhares de fotos simultaneamente com os olhos, e é muita informação para processar. O cérebro de Carly não possui a capacidade de catalizar a quantidade imensa de informações para os sentidos, e consequentemente, ela não pode lidar com a quantidade excessiva de informação absorvida.
Segundo o pai de Carly, ela faz questão de dizer, que é uma criança normal, presa em um corpo que a impede de interagir normalmente com o mundo. O Pai de Carly teve a chance de finalmente conhecer a filha. A partir do momento em que ela começou a escrever, se abriu para o mundo. Carly hoje está no twitter e no facebook. Ela conversa com as pessoas e responde dúvidas sobre o autismo. Com ajuda do pai ela escreveu um livro chamado Carly's Voice (A voz de Carly). Entre os mais variados comentários que ela recebe sobre o livro, um crítico disse: "A história de Carly é um triunfo. O autismo falou e um novo dia nasceu".
Assista o curta-metragem interativo "Carly's Café", baseado em um trecho do livro, e vivencie a experiência de Carly por alguns minutos:
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Veja algumas perguntas respondidas por Carly que ajudam a elucidar algumas questões do autismo:

Questão 1: Carly, você pode me dizer porque meu filho cospe todo o tempo? Ele tem todos os outros tipos de comportamento também: Bater a cabeça, rolar, balançar os braços, mas o cuspe é asqueroso e realmente faz com que as pessoas queiram ficar longe dele. Alguma idéia?
Carly: Eu nunca cuspi, quando era criança. No entanto, eu babava, e sentia como se cuspisse. Hoje eu percebo que eu nunca soube como engolir a saliva. Eu nunca usei minha boca para falar, e por isso, nunca usei os músculos da boca. Quando você tem saliva presa na sua boca, existem poucas maneiras de se livrar do desconforto. Tente dar a ele alguns doces por duas semanas. Isso vai fortalecer os músculos e ensina-lo a engolir a saliva.
Questão 2: Meu garoto de quatro anos grita no carro toda vez que o carro para. Ele fica bem, desde que o carro mantenha-se em movimento. Mas uma vez que parou, ele começa a gritar. É uma mania incontrolável.
Carly: Eu adoro longos passeios de carro. O carro em movimento, e o visual passando rapidamente permite que você bloqueie outros impulsos sensoriais e foque em apenas um. Meu conselho é que você coloque um DVD no carro com cenário em movimento.
Questão 3: Você alguma vez já gritou sem razão nenhuma? Mesmo com o semblante feliz, e tudo calmo e relaxado, mas você apenas começa a gritar? Minha filha às vezes faz isso e eu estou tentando entender o porquê.
Carly: Ela está filtrando o audio e quebrando os sons, ruídos e conversações através do dia. Além de gritar, ela poderá chorar, rir alto e até demonstrar raiva. É a nossa reação por finalmente entendermos algo que foi dito há alguns minutos, alguns dias ou alguns meses. Está tudo ok com ela.
Questão 4: Como eu faço com que um adolescente pare com movimentos repetitivos na classe? Ele diz que os professores são chatos e que é muito mais divertido na cabeça dele. Eu sei que é, mas ele está perdendo todas as instruções e leituras. Eu estou sempre redirecionando ele, mas ele está perdendo tanto. Me ajude.
Carly: Ok. Preciso limpar uma má interpretação sobre o autismo. Se uma criança está fazendo movimentos repetitivos, não quer dizer que ele ou ela não esteja escutando. De fato, ela escuta melhor se ela estiver fazendo esses movimentos. Eu estou estudando e ainda faço movimentos na classe. Eu tento ser discreta, como se estivesse enrolando um pequeno pedaço de papel nos meus dedos. Todos fazem movimentos repetitivos. Pense nos desenhos que você faz quando está no telefone, ou enrolando a ponta dos cabelos, ou enroscando o lápis entre os dedos. Isso é um "stim" (uma movimentação repetitiva). Não há nada de errado com isso, mas às vezes é melhor tentar ser discreto.

No Dia Internacional do Braille deficiente visual dá exemplo de vida


Márcio Ândrei
http://primeiraedicao.com.br/

No Dia Internacional do Braille, 4 de janeiro, José Cícero Tenório da Silva, um dos professores da Escola Estadual de Cegos Cyro Accioly, que fica na Rua Pedro Monteiro, no Centro de Maceió, deu exemplo de vida ao relatar a vida de um deficiente e seus obstáculos superados. 
José Cícero enfatizou a data comemorativa como uma das grandes ajudas para melhorar a vida dos deficientes visuais. O professor lembrou que a perda da visão não é um impasse capaz de deixar o indivíduo sem informação e inativo. Para driblar as dificuldades outros órgãos são aprimorados, com isso o sentido, sensibilidade entre outros levam vantagem em relação as pessoas que não tem deficiência.
professor deu uma lição de vida ao demonstrar harmonia com a vida, principalmente pelas atividades executadas por ele, muitas vezes não desenvolvidas por quem não tem deficiência. Além de cantar e dirigir um coral o professor garantiu que leva uma vida praticamente normal, onde um dos maiores aliados é o rádio por informar as ocorrências cotidianas. José Cícero também destacou a falta de uma atenção maior para os deficientes, desta forma lembrou que as autoridades poderiam fazer mais por eles.
Como o deficiente visual lê em braille
Para que uma pessoa com deficiência visual consiga ler em braille é necessário uma combinação de seis pontos dispostos em duas colunas e três linhas, o Sistema Braille permite a formação de 63 caracteres diferentes, que representam as letras do alfabeto, os números, a simbologia científica, musicográfica, fonética e informática.

Esse sistema adapta-se perfeitamente à leitura tátil, pois os seis pontos em relevo podem ser percebidos pela parte mais sensível do dedo com apenas um toque.

Dados do IBGE
Segundo os novos dados do censo 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) neste mês, existem no Brasil 6.585.308 pessoas com deficiência visual. Deste total, 582.624 pessoas possuem cegueira e 6.056.684 possuem baixa visão. O número representa 3,5% dos brasileiros, ou seja, a deficiência com maior incidência na população do país. A pesquisa revela ainda que 23,91%
da população brasileira tem algum tipo de deficiência.