segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Série de fotos com pessoas com Síndrome de Down ilustra a beleza e diversidade humana

Foto: Sigga Ella
Através de uma simples cadeira verde e um pano de fundo floral, uma artista islandesa está mostrando a diversidade e beleza do ser humano.
Fisrts and foremost I am (Em primeiro lugar eu sou) é uma exposição de 21 fotos com pessoas com Síndrome de Down tiradas pela fotógrafa Sigga Ella. Ella entrou em contato com a Associação da Síndrome de Down da Islândia, família e amigos para reunir um grupo de pessoas entre nove meses e 60 anos para fotografar para o projeto. A artista escolheu 21 modelos para ilustrar a cópia extra de cromossomo 21 que causa a condição genética.
“Eu passei algum tempo com cada pessoa para que eu pudesse mostrar o melhor possível quem cada um é”, disse a artista. “Eu queria que cada fotografia mostrasse uma pessoa com suas características únicas”.
Foto: Sigga Ella
A exibição foi inspirada por um programa de rádio que Ella ouviu e que discutia as questões éticas levantadas ao se fazer um diagnóstico pré-natal para detectar as condições do bebê. Isso provocou Ella, que tem na família um parente com Síndrome de Down. “Para onde estamos caminhando? As pessoas realmente irão escolher não ficar com o embrião caso descubram que ele tem Síndrome de Down?” ponderou a artista.
Para responder a essas questões, Ella começou a trabalhar no projeto. “Eu queria provocar as pessoas a pensarem que somos únicos. Devíamos
acolher e celebrar a diversidade dos seres humanos”, afirmou.
O título do trabalho vem de um artigo escrito por Halldóra Jónsdóttir, mulher retratada no projeto. Ela escreveu: “Eu tenho Síndrome de Down, mas em primeiro lugar eu sou Halldóra. Eu faço milhões de coisas que outras pessoas também fazem. Minha vida tem significado e é boa, porque eu escolhi ser positiva e ver as coisas boas da vida”.
Ella usou essa positividade para montar a exibição, mantendo a simplicidade e escolhendo um fundo para “enfatizar que todas os tipos de flores Foto: Sigga Ellapodem crescer e florescer juntos”. Ela não deu instruções às pessoas fotografadas sobre como se vestir ou posar, querendo que todos fossem fotografados felizes e confortáveis.
O trabalho começou como o trabalho final de Ella na Escola de Fotografia de Reykjavik. Todos os retratos foram tirados ao final de 2013 e começo de 2014 e foram mostrados pela primeira vez na escola em fevereiro do ano passado. A exposição atualmente está no Museu de Fotografia de Reykjavik e irá para a Polônia para o Festival de Arte Fotográfica de Varsóvia em maio.
Confira mais fotos da exposição abaixo:
Foto: Sigga Ella
Foto: Sigga Ella
Foto: Sigga Ella
Foto: Sigga Ella
Foto: Sigga Ella
Foto: Sigga Ella
Foto: Sigga Ella
Tradução: Adele Lazarin
Fotos: Sigga Ella