sexta-feira, 26 de setembro de 2014

ILEGAL

Projeto usa arte para lidar com diferenças

Portal Carlotas irá oferecer atividades para que os professores trabalhem imperfeição, respeito e empatia na escola

Figuras desproporcionais, cabelos diferentes e peles coloridas. Com desenhos que fogem do comum, a artista plástica Carla Douglass utiliza a arte como ferramenta para lidar com as diferenças. Após percorrer por diferentes instituições de ensino para levar o mundo de Carlotas, um lugar onde todos são imperfeitos, a ideia agora é desenvolver o projeto de um portal com recursos para educadores trabalharem os temas imperfeição, respeito e empatia. Tudo isso com uma linguagem lúdica e bem humorada.
Os conteúdos serão direcionados para crianças e adolescentes, com faixa etária entre 6 e 18 anos. Em uma área exclusiva, os educadores terão acesso a vídeos explicativos e materiais para download. Em cada atividade, eles poderão contar com um roteiro de apoio que indica os objetivos da proposta, desenvolvimento e idade recomendada, sempre respeitando a autonomia do professor para criar em cima das atividades.
Carla Douglass


“As pessoas sempre buscam a faculdade perfeita, o emprego perfeito. A gente tenta viver em um mundo perfeito”, afirma Carla. Segundo ela, ao utilizar imagens imperfeitas para descontruir essa idealização, é possível abrir espaço para que os alunos sejam pessoas muito mais cooperativas e capazes de aceitar o outro. “Eles se transformarão em adultos livres de censuras e dos limites impostos por uma sociedade que é focada no perfeito.”
Para Carla, o caráter lúdico da arte ajuda a transmitir a mensagem com muito mais facilidade. “É uma linguagem global e não existe uma barreira social”, pontua. Em uma das atividades por exemplo, os alunos serão estimulados a formar duplas para pintar uma folha inteira com grafite. De olhos vendados, eles deverão utilizar a borracha para criar traços e formar um desenho imperfeito. “Em uma atividade como essa, você também esbarra muito na questão do respeito. O seu traço é livre, mas vai apenas até onde começa o do outro”, explica a pedagoga Joice Risnic, ao mencionar a importância dos alunos entrarem em acordo ao dividir espaço em um mesmo papel.
O site também vai propor aos educadores a criação de um portfólio com os alunos. “Ele vai receber todas as atividades e representar a história daquele grupo se relacionando com mundo de Carlotas”, conta a pedagoga. Porém, longe de ficar arquivado em uma gaveta, a ideia é que todos os trabalhos sejam expostos. “Quando a sua arte fica exposta, ela não é mais sua. Ela se torna de todo mundo”, destaca Joice.
Divulgação


Financiamento coletivo
Para viabilizar os recursos necessários para o site, o projeto do Portal Carlotas está em financiamento coletivo no site Partio, que apoia projetos culturais. A campanha de arrecadação está dividida em três fases. Na primeira, o projeto tem até o dia 3 de outubro para arrecadar R$ 22 mil no financiamento coletivo, o que garante o desenvolvimento do portal e a disponibilização de atividades. Se atingir a meta inicial, com R$ 44 mil o portal também estará pronto para oferecer fóruns de interatividade e com R$ 66 mil uma loja virtual para vender os produtos de Carlotas. Os apoiadores podem contribuir com valores a partir de R$ 25. Cada doação terá uma contrapartida, que pode vir na forma de cadernos personalizados, ilustrações e telas exclusivas. Todos pintados pela artista plástica Carla Douglass.

Aluna com deficiência fala de capacitação técnica no Senai

Conheça Eduardo Camargo, primeiro cantor com deficiência visual a se apresentar no The Voice Brasil!

Eduardo Camargo escolheu Lulu Santos para ser seu técnico: 'É referência para todos nós'
gshow.globo.com
Edu Camargo toma café da manhã com Ana Maria (Foto: Mais Você/TV Globo)
Segundo dia de audição às cegas da terceira temporada do The Voice Brasil. E haja coração! Entre tantos talentos, uma história inédita no programa emocionou os jurados e o pessoal de casa também. Pela primeira vez, um cantor cego se apresentou no reality brasileiro. E no Mais Você de sexta-feira (26), o músico Eduardo Camargo, conhecido como Edu, mostrou mais uma vez por que merece estar entre as melhores vozes do país. Ele cantou a música "Distância", composta por ele e gravada pelo grupo Travessos, na década de 90.
The Voice Brasil: Reveja o segundo dia de audições
Sucesso no The Voice, Edu solta a voz no Mais Você (Foto: Mais Você/TV Globo)Sucesso no The Voice, Edu solta a voz no Mais Você (Foto: Mais Você/TV Globo)
Sua história de vida é emocionante: Edu nasceu com glaucoma e catarata, e depois dos nove anos parou de enxergar. Mas nada disso deixou a veia musical sair de sua vida. "Acho que para a gente sempre rola uma emoção, mas, na minha vida, deixei a música falar mais alto do que as condições impostas pela deficiência. Graças a Deus tive uma estrutura familiar muito boa", confessou.
Deficiência visual de Edu Camargo não impediu cantor de ajudar cedo em casa
A missão de escolher Lulu Santos para ser seu técnico foi fácil para Edu. "Ele tem uma importância muito grande na minha formação musical. É referência para todos nós", justificou o cantor.
Siga o @MaisVocê_Globo no Twitter. Saiba tudo sobre novelas, programas de variedades e reality shows da TV Globo! E veja também receitas, dicas de estilo e conteúdos exclusivos só para a web. Conheça o Gshow!

Implantes para enxergar, ouvir, andar e lembrar

Milhares de pessoas já receberam "chips cerebrais" para recuperar a audição e os movimentos

John Horgan
Cortesia de Audrey Weiner
Quando José Delgado e alguns outros cientistas começaram a explorar os efeitos do implante de eletrodos no cérebro, há mais de meio século, não imaginavam quantos poderiam se beneficiar um dia dessa linha de pesquisa. A mais bem-sucedida forma de implante, ou “prótese neural”, é hoje a cóclea artificial. Milhares de pessoas já receberam esse dispositivo, que no mínimo recupera rudimentos de audição ao levar sinais captados por um microfone externo para o nervo auditivo. Estimuladores cerebrais já foram implantados em mais de 30 mil pessoas que sofrem de Parkinson ou de outros transtornos do movimento. Outros tantos pacientes com epilepsia estão sendo tratados com aparelhos que estimulam o nervo vago, no pescoço.

Kari Weiner ficou sete anos confinada a uma cadeira de rodas devido à distonia, problema que causa espasmos musculares incontroláveis. Hoje ela anda sem ajuda graças a eletrodos implantados em seu cérebro quando ela tinha 13 anos – e a cirurgias que consertaram seus músculos retorcidos e alongaram seus tendões

Estudos com outras próteses avançam de forma mais lenta. Estão em andamento ensaios clínicos para testar a estimulação do cérebro e do nervo vago no tratamento de problemas como depressão, transtorno obsessivo-compulsivo, ataques de pânico e dor crônica. Retinas artificiais – chips sensíveis à luz – que imitam a capacidade de processamento de sinais do olho e estimulam o nervo óptico ou o córtex visual estão em teste.

Vários estudos vêm demonstrando que os macacos são capazes de controlar computadores e braços robóticos, não por telecinese, mas através de eletrodos implantados que captam os sinais neurais. Embora os experimentos ainda sejam controversos e limitados, como os realizados pelo brasileiro Miguel Nicolelis, esse potencial não pode ser desprezado. Também existe a possibilidade de que, um dia, os chips contribuam para a recuperação da memória de pacientes de Alzheimer ou de outras doenças.

Leia mais


Implantes que aprimoram os sentidos
Pesquisa da Universidade Duke poderá facilitar o controle de membros artificiais por usuários de próteses

Eletricidade ajuda paciente com dano cerebral a se comunicar
Eletrodos colocados no couro cabeludo disparam uma suave corrente elétrica e estimulam o tecido cerebral, o que aumenta o nível de consciência

Palhaçada promove inclusão de pessoas com deficiência através da arte circense

Risos e muita são os ingredientes que um grupo de artistas utiliza para promover a inclusão de jovens com deficiência e manter viva a milenar arte circense. Desde 2013, o projeto Palhaçadaria acontece na Lona Cultural Municipal Terra, em Guadalupe. A oficina gratuita de palhaço, com 20 alunos, é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura em parceria com a Associação Balaio Carioca, que administra o espaço e um grupo de atores, idealizadores do projeto  A atividade é aberta a todos, independentemente da idade. Neste domingo, às 17h, o grupo se apresenta na Lona, gratuitamente. 

- A oficina tem o objetivo de passar  nossa experiência na área do circo-teatro para as crianças e adultos, levar a eles um pouco da inocência e da picardia do ser palhaço, uma arte tão linda quanto a de um ator – explica Jairo Santos, ator e um dos idealizadores do projeto.


Participam da oficina pessoas com síndromes de Down e do Edwards e paralisia cerebral. Para que eles possam praticar todas as atividades oferecidas às vezes são feitos pequenos ajustes. No entanto, os alunos com deficiência geralmente superam suas limitações com espontaneidade e talento, garante Jairo: 



- A princípio, as atividades e os exercícios que realizamos durante as aulas são iguais para todos. No caso dos alunos com deficiência, procuramos adequar esses exercícios às necessidades de cada um para que, assim, possam vencer seus limites, o que na maioria das vezes acaba acontecendo.


Irlanda Maria de Andrade é mãe da portadora de síndrome de down Juliana Ventura de Andrade, de 24 anos, uma das alunas mais atuantes do projeto. Segundo Irlanda, a participação da filha em atividades culturais é de grande importância para o seu processo inclusivo, principalmente pela convivência com os demais participantes:


- O ambiente é muito bom, o que ajuda a minha filha a estar totalmente inserida ao grupo. O Palhaçadaria foi um estímulo também para que ela participasse das atividades na escola, isso é muito gratificante. Hoje ela está no grupo de dança da escola e dança muito bem. 

As aulas acontecem todas as terças-feiras, às 17h, na Lona Cultural Municipal Terra, que fica na Rua Marcos Macedo, Guadalupe. O projeto é gratuito. Mais informações podem ser obtidas através do telefone: 3018-4203.

Foto / Raphael Lima.

Leia mais
https://www.facebook.com/Palhacadaria

Curta e compartilhe essa excelente notícia!

Deficiência visual de Edu Camargo não impediu cantor de ajudar cedo em casa

Edu e a irmã Simone se apresentavam juntos na adolescência (Foto: Arquivo Pessoal)Edu e a irmã Simone se apresentavam juntos na adolescência (Foto: Arquivo Pessoal)
Edu Camargo descobriu o talento musical que mostrou no palco do The Voice Brasildesde muito cedo. Influenciado pelo pai, pela irmã Simone e pelas aulas de música no Instituto de Cegos Padre Chico, o paulistano decidiu que seguiria carreira musical já com sete anos. O talento precoce contribuiu para que Edu ajudasse no sustento da casa desde os 12. Ele e a irmã formaram uma dupla e se apresentavam na noite de São Paulo. "A música mudou a nossa vida", garante Edu.
"Meu pai Joaquim faleceu quando ainda éramos muito pequenos, e minha mãe cuidava da gente sozinho. Começamos a cantar e ajudar em casa. A música foi um verdadeiro divisor de águas na nossa família", explica o cantor do timeLulu Santos. "Compramos nosso primeiro rádio, ajudamos a trocar os móveis e a comprar roupas e sapatos", relembra Simone, três anos mais velha que Edu. Os irmãos nasceram com glaucoma congênito e são cegos desde a infância.Reveja no vídeo a apresentação de Edu Carmargo no palco do The Voice.
Os dois cantavam juntos interpretando diferentes estilos, de música sertaneja a Beatles. Eduardo costumava soprar as letras que a irmã esquecia. "Ele cantava a estrofe antes, no estilo que o Padre Marcelo faz", lembra ela, aos risos. A dupla se desfez depois de três anos, quando Simone decidiu se dedicar ao goal ball, um esporte paralímpico.
Edu Camargo descobriu a paixão pela música desde pequeno (Foto: Arquivo Pessoal)Edu Camargo descobriu a paixão pela música desde pequeno (Foto: Arquivo Pessoal)
Segundo Eduardo, a deficiência visual nunca o impediu de realizar qualquer atividade, principalmente quando o assunto é cantar. "A música prevalece com qualquer condição. Sempre levei minha deficiência com naturalidade", explica o cantor, que também é tecladista e compõe. "Distância", sucesso na voz do grupo Os Travessos, é de autoria dele.
Já a irmã Simone acredita que ainda exista preconceito, mas que a entrada de Edu Camargo no The Voice é uma prova de que a arte venceu. "Tem gente que faz um pré-julgamento se a pessoa é mesmo capaz. Isso acontece diariamente com a gente. O Edu está tendo uma oportunidade ímpar, na minha opinião, de ser reconhecido por seu talento e não pela deficiência", completa.
Edu Camargo 3 - Audição 2 (Foto: Isabella Pinheiro/TV Globo)Edu ganha chamego de Claudia Leitte no 2º dia de Audições (Foto: Isabella Pinheiro/TV Globo)
The Voice Brasil: toda quinta na TV e simultaneamente AO VIVO no GSHOW.COM
Curta a página oficial The Voice Brasil e siga @TheVoiceBrasil!
Saiba tudo sobre novelas, programas de variedades e reality shows da TV Globo! E veja também receitas, dicas de estilo e conteúdos exclusivos só para a Web. Conheça o Gshow.

Série sobre acessibilidade no Bom Dia São Paulo e se indignou com o que viu nessa semana.

Bom dia ,para você que acompanhou a série sobre acessibilidade no Bom Dia São Paulo e se indignou com o que viu nessa semana.
Toda ajuda é bem-vinda para cobrar do poder público cada uma das providências necessárias e urgentes.
Hoje eu consegui andar de ônibus em São Paulo. Espero pelo dia que isso seja tão comum que "conseguir" não seja motivo de comemoração.
Durante a semana, a repórter Flávia Cintra mostrou que várias calçadas oferecem riscos para quem tem a mobilidade reduzida na capital. Nesta sexta-feira...