quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Indústria emprega 36% das pessoas com deficiência que estão no mercado de trabalho

Setor é o que, proporcionalmente, mais absorve a mão de obra desse grupo da população. SENAI já qualificou 78 mil em seis anos

SESI

 
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As matrículas anuais de pessoas com deficiência no SENAI saíram de 10 mil, em 2007, para 17 mil, em 2012
O Brasil tem cerca de 45,6 milhões de pessoas com, pelo menos, um tipo de deficiência, o que representa 23,92% da população. O grupo é composto por cidadãos com diferentes tipos de dificuldades e incapacidades. Em comum, eles têm o fato de leis nacionais e tratados internacionais com força constitucional assegurarem o exercício pleno de seus direitos humanos e suas liberdades individuais, entre eles o acesso ao mercado de trabalho.

Neste sábado (21), o Brasil comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Um olhar sobre o esforço de diversas instituições para ampliar o acesso dessas pessoas à cidadania indica que ainda há desafios a serem superados. Por outro lado, existem vitórias a se comemorar.

De acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 2011, que são os mais recentes disponíveis, no Brasil há 324.403 profissionais com deficiência ocupando postos formais no mercado de trabalho. A indústria é responsável por 36,1% desses vínculos – 117 mil. Levando em conta que a indústria responde por cerca de 25% do total de trabalhadores registrados na RAIS, pode-se dizer que, proporcionalmente, a indústria é o setor da economia que mais emprega trabalhadores com deficiência.

Tabela

FORMAÇÃO AJUDA INSERÇÃO – O SENAI – principal instituição de formação profissional para a indústria – tem um papel importante na empregabilidade das pessoas com deficiência. Desde 1999, o Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI) atua para qualificar pessoas com deficiência e apoiá-las na inserção no mercado de trabalho. Nos últimos seis anos, o SENAI formou 78,3 mil pessoas com deficiência. As matrículas anuais saíram de 10 mil, em 2007, para 17 mil no ano passado.

As aulas – em turmas inclusivas, das quais participam estudantes com deficiência e os outros alunos – contam com professores qualificados para lidar com diversos tipos de deficiência, além de material didático adequado à situação de cada estudante.

Coordenadora do programa, Adriana Barufaldi lembra que a qualificação profissional tem importância não apenas por melhorar as condições para conseguir emprego. “A formação abre possibilidades para que a pessoa com deficiência passe a investir em várias áreas da própria vida. Para a sociedade, conseguimos transformações culturais, na superação de preconceitos e de barreiras arquitetônicas, metodológicas e comunicacionais”, avalia.

InfosDesse trabalho já resultaram quatro cursos de formação adaptados para pessoas com deficiências intelectual, física, auditiva ou visual: operador de microcomputador; montador e reparador de microcomputadores; mecânico de manutenção de motocicletas; e mecânico de manutenção de motores ciclo Otto, comum em carros de passeio. Trezentos docentes foram capacitados para atuarem nesses cursos e outros 300 para lidar com alunos com Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), como síndrome de Asperger, por exemplo, e deficiência intelectual. Há também 22 livros didáticos desenvolvidos nessas áreas.

Quando o interesse é por outras opções, grupos de apoio local – formados por equipes técnicas e pedagógicas do SENAI e de entidades parceiras – atuam para propiciar a inclusão nas aulas. Eles são responsáveis, por exemplo, por criar práticas pedagógicas que garantam a participação e o aproveitamento no curso.

Uma novidade importante deste ano é que as pessoas com deficiência foram incluídas como público do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O SENAI oferecerá, até o fim do ano, 13,7 mil vagas em cursos de formação inicial e continuada e cursos técnicos. Como todos os beneficiários do programa, matrícula, mensalidade, transporte, alimentação e material didático são custeados pelo governo federal. Para eles, há ainda o direito à inscrição prioritária.

Por Ismália Afonso
Foto: Miguel Ângelo
Do Portal da Indústria

Jovem com deficiência visual desenvolve trilha sensorial e é o primeiro guia do Brasil

REPORTAGEM DO R7



Desde pequeno, Miguel superou os obstáculos por causa da sua deficiência e hoje faz tudo como um adolescente normal. Ele surfa, joga futebol e até se tornou o primeiro guia de trilha com deficiência visual do Brasil. A ideia abre portas para outros jovens com deficiência que, além de terem a oportunidade de conhecerem a Mata Atlântica, e precedente para que eles sejam inseridos no mercado do turismo.

26 DE SETEMBRO - DIA NACIONAL DO SURDO




A Comunidade Surda Brasileira comemora no dia 26 de setembro, o Dia Nacional do Surdo, data em que são relembradas as lutas por melhores condições de vida, trabalho, educação, saúde, dignidade e cidadania. Este dia tão importante foi instituído pela Lei federal nº 11.796, de 29 de outubro de 2008, ou seja, é uma conquista recente.
A Federação Mundial dos Surdos celebra o Dia do Surdo Internacionalmente no último domingo de setembro, normalmente no dia 30 de setembro. Mas no Brasil a escolha da data diferenciada tem um motivo nobre, no dia 26 de setembro de 1857 foi inaugurada a primeira escola pra surdos no país, com o nome de Instituto Nacional de Surdos Mudos do Rio de Janeiro, atual INES‐Instituto Nacional de Educação de Surdos. O professor francês Hernest Huet fundou com o apoio do imperador o “Imperial Instituto de Surdos Mudos”. Na época, o Instituto era um asilo, onde só eram aceitos surdos do sexo masculino. Mas Huet que era surdo pretendia no instituto educar pessoas surdas unindo o método gestual francês com a linguagem oral brasileira. É este instituto – O INES, o maior divulgador da linguagem de sinais no Brasil – LIBRAS, e o responsável pela instauração da Lei nº 10.436, de 24 de Abril de 2002, que reconheceu a Libras como linguagem.
De acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2002, há no Brasil 24,5 milhões de pessoas com deficiência, desses 16,7 % possuem algum grau de deficiência auditiva.
A surdez pode ter várias causas, estas, didaticamente são separadas de acordo com o período de ocorrência. As causas pré-natais se referem a problemas ocorridos antes do nascimento da criança que podem levar a sua surdez, como por exemplo, doenças adquiridas pela mãe durante a gravidez (como sífilis, herpes, caxumba). Existem as causas perinatais, que se referem à surdez devido a problemas ocorridos no parto (como infecção hospitalar ou o uso de fórceps, por exemplo). E as causas pós-natais, quando a criança fica surda em decorrência de problemas após o seu nascimento (como devido à meningite, sarampo, caxumba, exposição contínua a ruídos e traumatismos cranianos, por exemplo).
E esta deficiência, em qualquer grau, é reconhecida como uma das complicações mais sérias que alguém pode possuir, pois acarreta implicações não só na questão da saúde, como também no comportamento social e emocional dos indivíduos.
Fonte do Vídeo: Seriado Glee - Canal FX