sábado, 3 de setembro de 2011

Desenhadinho: Sobre

Desenhadinho: Sobre: Estive pensando numa forma de não enlouquecer. Resolvi criar um mecanismo pra ocupar minha mente. E eis que surgiu o Desenhadin...

Nem tão virtual assim


Reflexo da vida offline, mídias sociais não criam alienadosnem pessoas mais sociáveis virtualmente, mas aumentam a interação fora do computador

POR: Fábio Cherubini
Fonte: GAZ+/Gazeta do Povo
As pesquisas mais recentes sobre as consequências das mídias sociais na vida das pessoas fora da internet são divergentes. Umas dizem que os usuários estão se tornando mais depressivos e reclusos por causa delas. Já outras apontam para o fortalecimento dos laços de amizade exatamente pelo maior uso do Twitter e do Facebook. Mas o fato é que o fenômeno das mídias, iniciado no Brasil com o Orkut em 2005, ocupa cada dia mais o tempo dos jovens e traz reflexos para a vida deles fora da web.

A consultoria E.Life, especializada em estudos da internet, indicou que 85% dos heavy users – aqueles que passam pelo menos seis horas de seu dia na rede – usam a internet para atualizar, fuçar e mexer nos perfis do Facebook e do Twitter, o que acaba sendo a principal ocupação deles quando estão em frente ao computador. “As pessoas se conhecem por meio das mídias sociais, namoram, se casam, têm acesso a novos conhecimentos. Essas mídias não fazem parte de um mundo ‘virtual’, elas são reais, porque mudam o nosso comportamento”, avalia o consultor e pesquisador de redes sociais Augusto de Franco.
Para ele, assim como para outros especialistas, as plataformas de relacionamento online não criam alter-egos dos usuários, mas refletem quem eles são quando não estão online, seja em casa ou na escola. Logo, não vão ser elas que incentivarão as pessoas a se expor ou mesmo criarão uma multidão de engajados que marcharão país afora defendendo algo. “As plataformas de interação online permitem que você tenha sua rede de relacionamentos à mão para utilizar à qualquer momento, com qualquer finalidade. E isso pode ser para coisas produtivas ou não. Podemos passar o dia batendo papo ou fechar negócios. A relação entre positivo e negativo está em como usamos essas plataformas”, opina a coordenadora do MBA em Comu­­nicação Online, Marketing Digital e Publicidade na Internet da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), Lucina Viana.
Mais amigos?
Por refletir a nossa vida social offline, os espaços de interação na internet acabam sendo usados principalmente para fortalecer as amizades que já temos e para nos comunicar com as pessoas que conhecemos. A estudante Isabela Koteski Antunes, de 16 anos, por exemplo, usa as mídias para saber o que os amigos estão fazendo e para ficar por dentro dos eventos que rolam por aí. “Se deixar fico conectada o tempo inteiro. Até acordo antes de ir a escola só pra mexer nas redes sociais”. Isabela conta que passa em média três horas por dia nas suas mídias favoritas: o Twitter, o Facebook e o Foursquare.
E a facilidade não se limita a ficar mais perto dos nossos amigos. Agora, é mais simples se encontrar gente com gostos e interesses parecidos com os nossos. Mas isso não significa que as plataformas de interação digital estejam criando mais amizades verdadeiras. “A maioria dos relacionamentos que surge nas mídias são superficiais, mas isso não é ruim, porque eles acabam sendo mais importantes que as amizades. São esses relacionamentos que fazem a gente conhecer pessoas com novas ideias e a encontrar oportunidades de emprego”, complementa Augusto.
Vida privada
Para Lucina, porém, as mídias interferem na esfera privada ao “catalogarem” e darem visibilidade praticamente geral às redes de relacionamento dos usuários. “Quando recriamos ou construímos uma rede de relacionamentos online, fazemos de forma pública e rastreável. Dessa forma, estamos tornando públicas as informações que antes eram difíceis de ser mensuradas, o que permite que outras pessoas e empresas tenham acesso à essas informações. Com isso, conseguimos produtos e serviços mais parecidos com o que gostamos, mas pagamos com a nossa privacidade.”
Se liga
Uso exagerado das mídias pode viciar
Embora seja legal ficar conversando e vendo as atualizações dos amigos no Twitter, no Facebook e no Orkut, o uso intenso das mídias sociais pode trazer alguns prejuízos para as pessoas e até causar vício. O caso da estudante Isabela Koteski Antunes, de 16 anos – que diz que ficaria conectada o tempo inteiro se pudesse – não chega a ser daqueles que precisa de tratamento. Mesmo assim, ela admite que já saiu perdendo por ficar tempo demais mexendo nas mídias sociais. “Minha mãe reclama porque não vou conversar com a família ou acabo me atrasando para fazer as coisas. Sei que às vezes deixo de fazer algo mais importante, como estudar, por ficar por muito tempo no computador.”
Já a relação de Celi Bonete, de 22 anos, com as mídias é mais intensa. Por questões profissionais, a corretora de câmbio, professora e webdesigner fica em média oito horas por dia conectada. “Trabalho no computador e tenho wi-fi no meu celular. Sempre estou no Facebook, no Twitter e no e-mail. Uso o Skype pra fechar negócios e converso com alunos e clientes. As mídias são uma forma mais barata de comunicação”, avalia.
A necessidade de estar sempre conectada fez com que Celi trocasse algumas tardes de sol por horas em frente ao PC. Mas ela não se sente mal por isso. “Comecei a usar as redes sociais por exigência do mercado. O meu noivo, que é engenheiro da computação, também passa o tempo todo no computador, então somos dois ‘viciados’... Mas no momento em que eu me sentir mais estabilizada com os clientes e como webdesigner, vou me sentir mais confortável para ficar menos tempo nelas.”
Vício de verdade
Esses dois exemplos não caracterizam casos de vício de verdade, mas há pessoas que precisam de tratamento especializado para largar da internet. A estimativa do Centro de Recuperação de Dependência da Internet, dos EUA, é de que o número de pessoas com problemas chegue a 5% dos usuários da rede, com concentração entre jovens de 15 a 29 anos. No Brasil, existe um instituto só para esse tipo de problema, o PsicoInfo (www.psicoinfo.com.br, em que você encontra enquetes e sinais de vício na internet), e um site bem-humorado para recuperação de “viciados” no estilo Narcóticos Anôminos de troca de experiências, o Faceannonymous (faceanonymous.com). Um sinal de alerta para usarmos as mídias de forma moderada sem esquecer da vida lá fora.

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A possibilidade de viajar no tempo e mudar o destino não é uma ideia original. No cinema, foi capaz de gerar pelo menos dois exemplos notáveis: A Felicidade Não Se Compra(1946), clássico absoluto de Frank Capra, e a cultuada trilogia De Volta para o Futuro, dirigida por Robert Zemeckis. Embarcando nessa mesma proposta ficcional, o cineasta carioca Claudio Torres realizou o simpático O Homem do Futuro, que estreia neste fim de semana em todo o Brasil.

Único adepto do cinema fantástico no país, Torres, que já exercitou o gênero no sucesso de bilheteria A Mulher Invisível e no subestimado Redentor, visto por poucos, agora flerta também com a ficção científica. E se sai bem.

O Homem do Futuro conta a história de João (Wagner Moura), um físico que há anos vem trabalhando em um projeto de acelerador de partículas e acaba por inventar uma máquina capaz de viajar no tempo. No fundo, tem razões muito pessoais por trás de todo o seu empenho científico: ele sonha voltar a uma certa noite no mês novembro de 1991, quando teve nos braços a mulher de sua vida, uma colega de curso chamada Helena (Alinne Moraes), para perdê-la horas depois, em um incidente no qual foi humilhado publicamente.

Embora a máquina funcione, e João consiga reencontrar seu passado, a jornada, antes um sonho longamente acalentado, torna-se um pesadelo. A tentativa de alterar os fatos em uma festa de faculdade, durante a qual a versão mais jovem do cientista, um sujeito tímido e inseguro, consegue impedir Helena de escapar de sua vida, resulta em um futuro ainda pior do que aquele que o personagem de fato viveu.

Com efeitos especiais convincentes e uma cuidadosa direção de arte e de figurinos, O Homem do Futuro é tecnica e esteticamente um filme muito bem resolvido. Cumpre a missão de transportar o público de volta ao início dos anos 90. O roteiro, porém, apresenta pontos fracos. Embora tenha situações engraçadas e inventivas, por vezes peca pela redundância. Entre as idas e vindas no tempo, algumas cenas sobram por não acrescentarem muito à evolução da trama. Os incríveis talento e carisma de Wagner Moura, no entanto, compensam em boa parte essas falhas e ajudam a fazer do novo longa de Claudio Torres um filme brasileiro de entretenimento acima da média.






fonte:Gazeta do Povo